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terça-feira, 18 de março de 2025

Qual a real situação de cristãos na Síria? Portas Abertas esclarece: ‘Há muita incerteza’

 Imagem ilustrativa/Portas Abertas).

A missão informou que a morte de apenas quatro cristãos pode ser confirmada.

Síria enfrenta mais de uma década de conflitos, iniciados com a Guerra Civil Síria em 2011, marcada por violações sistemáticas dos direitos humanos, massacres, deslocamentos forçados e confrontos intensos contra grupos do ISIS (Estado Islâmico).

No final de novembro de 2024, uma ofensiva relâmpago conduzida pelo grupo islâmico sunita Hay'at Tahrir al-Sham (HTS), com raízes na Al-Qaeda, resultou na queda da dinastia Assad, há décadas no poder. Desde então, o ex-líder buscou refúgio em Moscou, enquanto al-Sharaa, membro do HTS, assumiu o cargo mais alto do governo.

No início de março, a Síria enfrentou seu momento mais mortal desde a queda do presidente Assad. Confrontos entre forças governamentais e combatentes pró-Assad eclodiram, resultando na morte de centenas de civis e soldados.

O total de mortes nos confrontos entre as forças de segurança e os apoiadores de Assad, somado aos assassinatos motivados por vingança, ultrapassou 1.000, segundo a OSDH, um grupo de monitoramento de guerra, conforme informou a Associated Press.

Relatórios espelhados pela mídia e pelas redes sociais indicaram que em menos de 24 horas, centenas de cristãos foram massacrados na região costeira da Síria. As mortes ocorreram nas regiões sírias de Jableh e Baniyas, onde comunidades cristãs e alauítas vivem historicamente.

Rumores

O porta-voz de comunicações da Portas Abertas no Oriente Médio e Norte da África informou que a morte de apenas quatro cristãos pode ser confirmada e que não há evidência de que foram assassinados por causa da perseguição religiosa.

Ele também afirmou que a informação sobre um “massacre de cristãos” no país não é verdadeira. O porta-voz alertou que, o rumor não confirmado sobre a onda de perseguição que circula nas redes sociais, pode ter repercussões negativas para a população cristã local.

"Recentemente, quando uma ONG cristã iniciou um processo contra o novo presidente da Síria, o governo interrogou um líder cristão da mesma denominação da ONG, mas que não tinha relação com a solicitação, questionando por que os cristãos sírios eram tão contrários ao presidente. Da mesma forma, os rumores atuais podem repercutir gravemente sobre a comunidade cristã que não tem relação com o surgimento ou a divulgação desses rumores", afirmou. 

A Missão Portas Abertas informou que está acompanhando de perto a situação na Síria e têm verificado a veracidade de vídeos e notícias sobre cristãos sírios.

“Temos uma rede forte em campo há mais de 20 anos, pela qual continuamos a monitorar a situação de perto. À medida que recebermos novas informações verificadas, compartilharemos em nossos canais de comunicação”, explicou o responsável pela comunicação da Portas Abertas Internacional. 

Cristãos em risco

De acordo com a missão, embora não haja evidências fortes de uma matança em massa de cristãos sírios no conflito atual, a comunidade cristã está em risco.

“Ainda há muitas incertezas e medo para os 579 mil cristãos que restam na Síria de que grupos radicais aproveitem as mudanças no país para oprimir ainda mais os seguidores de Jesus”, disse a Portas Abertas.

Um jovem cristão sírio comentou: "Por 14 anos ouvimos que quando o grupo de oposição HTS chegasse ao poder, seríamos massacrados".

Na cidade de Homs, alguns cristãos contaram que não saem de casa quando está escuro, nem se sentem seguros ao deixar regiões cristãs.  

Devido à ausência do Exército, polícia e serviço secreto – que foram demitidos após a queda de Assad – o crime cresceu, deixando as ruas menos seguras.

Hoje, grupos de jovens cristãos estão atuando como vigilantes em seus bairros. Em Damasco, há 25 desses grupos.

Com a incerteza da situação atual, muitos cristãos estão pensando em deixar a Síria. 

"Quase todos os jovens querem sair, mas não apenas os que nasceram em famílias cristãs, os que se converteram do islamismo para o cristianismo também querem sair", relatou um líder cristão local à Portas Abertas.

Outro pastor sírio declarou: "Os cristãos de origem muçulmana se tornarão a maioria na igreja síria do futuro, mas eles estão com medo".



Fonte: Guiame, com informações de Portas Abertas

quinta-feira, 13 de março de 2025

Líder de evento global de oração relata: ‘O Espírito de Deus está se movendo pela Terra’

 

Cristãos durante o evento. (Foto: Reprodução/Instagram/Gather25)

Os cristãos foram liderados pela evangelista Jennie Allen no “Gather25”: “Estamos vivendo no Pentecostes”.


A evangelista Jennie Allen liderou um evento global de oração onde estima-se que 7 milhões de pessoas de 225 países e territórios se reuniram durante 25 horas de intercessão a Deus.

O “Gather25” contou com encontros ao vivo em sete locais e mais de 21.000 grupos se reunindo em igrejas e lares.

Jennie, fundadora do IF:Gathering — um ministério que equipa e discipula mulheres — contou que liderou o projeto com um objetivo singular: mobilizar a Igreja global em oração, adoração e arrependimento. No entanto, até ela ficou surpresa com a resposta:

“Sinceramente, tive dificuldade em processar isso. Parece como um sonho louco, porque havia tantas maneiras de dar errado. Dependíamos de uma tecnologia que mal existia. Estávamos bem ultrapassados em relação ao que a IA pode fazer com traduções”, disse ela ao The Christian Post.

Apesar dos desafios, Jennie acredita que o sucesso do Gather25 serve como um testemunho da “proteção e favor de Deus e de muitas pessoas que usaram seus dons para fazer isso acontecer”.

Segundo a evangelista, a ideia para o Gather25 surgiu após um sonho que ela teve em 2022. 

“Eu sonhei que Jesus voltaria em 10 anos. Não sei quando Ele realmente voltará, mas no sonho, eu senti muito a urgência. Então, acordei com essa mesma urgência — alcançar o máximo de pessoas possível com o Evangelho o mais rápido que pudermos”, contou Jennie.

A partir daí, Jennie viu uma oportunidade de convidar toda a Igreja global para um momento compartilhado de oração e avivamento.

O evento utilizou IA para criar uma tecnologia de tradução inovadora, possibilitando a comunicação em tempo real entre diversos idiomas.

“Estamos vivendo no Pentecostes, isso é um milagre. A única razão pela qual a Igreja global conseguiu se reunir pela primeira vez é a tecnologia”, afirmou a evangelista

Embora reconheça os riscos que a IA apresenta e a negativa que muitos sentem em relação à tecnologia, Jennie enfatizou que Deus pode usá-la para Seus propósitos.

“A tradução da Bíblia depende disso. Não atingiria a meta que eles estabeleceram, que era 2033, sem isso. Agora mesmo, estamos todos impressionados com a forma como Deus está usando essa tecnologia. É realmente especial e poderoso”, disse ela.

Testemunhos

Ao longo das 25 horas, houve inúmeros momentos de adoração e testemunho que levaram Jennie às lágrimas. Um, em particular, se destacou:

“Quando a África foi ao vivo com os bateristas do Burundi e o Coral Infantil Watoto — que foram resgatados da escravidão infantil — um deles falou diretamente para a câmera e disse: 'Jesus é o suficiente para o meu sofrimento'”.

Sobre a repercussão do evento, Jennie disse: “Alguém disse uma vez: 'Como você sabe se está obedecendo a Deus ou se essa visão é de Deus?'. E outra pessoa sábia respondeu: 'Quando isso acontece'. Por mais confiante que eu estivesse de que o Senhor me chamou para isso, ainda havia uma parte de mim que questionava. E Deus fez isso. Nós somos a história dos peixes e pães”.

“Os participantes não sabiam como seria, mas confiaram que Deus estava nisso. E Ele estava. Não foi só o meu 'sim', não foi só o 'sim' da minha equipe, foram milhares de pessoas dizendo 'sim' a Deus”, acrescentou.

 
Cristãos durante o evento. (Foto: Reprodução/Instagram/Gather25)

‘O Espírito de Deus se movendo pela Terra’

Jennie também refletiu sobre o que o Gather25 revelou sobre o estado da Igreja global, e afirmou que o evento renovou “uma fome por unidade e oração”.

“Por muito tempo, não ficamos realmente desanimados e cínicos. Mas, então, algo começou a acontecer, e as pessoas começaram a ter esperança novamente. Mostramos um avivamento acontecendo por toda a Terra. O mesmo Espírito de Deus se movendo em todos os lugares”, disse ela.

“Acho que quando o despertar acontecer, não haverá como negar. Toda a Igreja saberá. Mas estou em salas onde vejo isso. Estou assistindo isso acontecer em campi universitários, em igrejas, em cidades ao redor do mundo”, acrescentou.

À medida que o movimento global desencadeado pelo Gather25 continua, Jennie destacou que continua comprometida em pregar a Palavra de Deus.

“Para os lugares onde ainda não estamos vivenciando uma colheita, continuem semeando. Estou orando para que o Senhor tenha favor sobre nossa geração, que Ele derrame um avivamento em massa e que muitas almas sejam salvas”, concluiu.




Fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

Adolescentes na Finlândia renovam interesse pelo Cristianismo, diz pesquisa

 

As grandes cidades têm alta concentração de imigrantes originários de culturas onde é comum expressar abertamente a fé. (Foto: Pexels/cottonbro studio)

As novas descobertas foram divulgadas durante uma conferência teológica realizada no Instituto Bíblico Finlandês no início de janeiro de 2025.

Historicamente, as mulheres têm demonstrado uma religiosidade mais acentuada do que os homens, especialmente em contextos onde o Cristianismo é a religião predominante.

Esse padrão é amplamente reconhecido pelos estudiosos como um fenômeno universal. Contudo, pesquisas recentes na Finlândia indicam que os jovens do sexo masculino estão apresentando um maior comprometimento com o Cristianismo em comparação com as meninas.

Kati Tervo-Niemelä, professora de Teologia Prática da University of Eastern Finland, coordenou estudos com jovens em fase de preparação para a confirmação, um rito de passagem no qual os participantes aprofundam seu conhecimento sobre os ensinamentos da fé, como a Bíblia e os fundamentos cristãos. Esse grupo contempla jovens entre os 14 e 15 anos de idade.

A pesquisa mais recente, realizada em 2024 e abrangendo 30% dos jovens em preparação para a confirmação, apresenta resultados surpreendentes.

Desde 2019, estudos têm sido realizados anualmente, mostrando que a fé em Deus entre as meninas permaneceu relativamente estável até 2023. Cerca de 35% das adolescentes que participam da preparação para a confirmação a cada ano afirmam acreditar em Deus.

Paralelamente, a religiosidade dos meninos apresentou um aumento expressivo. Em 2019, eles estavam praticamente no mesmo nível das meninas, com 36% afirmando acreditar em Deus. No entanto, a proporção de meninos que declaram sua crença em Deus cresceu de maneira constante e significativa ano após ano, alcançando 50% em 2023 entre aqueles em preparação para a confirmação.

Meninas também estão se interessando pelo Cristianismo

Entretanto, os dados de 2024 na Finlândia apontam para uma nova exceção. Eles indicam que 62% dos meninos que participaram da escola de confirmação declararam acreditar em Deus, enquanto a proporção de meninas que compartilham essa crença também apresentou um aumento.

Em 2024, 50% das meninas que participaram da Confirmação declararam acreditar em Deus, representando um aumento de 13 pontos percentuais em comparação ao ano anterior. Isso sugere que as meninas também estão demonstrando um crescente interesse pelo Cristianismo, embora com alguns anos de atraso em relação aos meninos.

De acordo com a Professora Tervo-Niemelä, essa mudança não pode ser atribuída apenas ao fato de que jovens sem religiosidade estão deixando de participar da preparação para a confirmação. Isso porque a popularidade das escolas de confirmação se manteve relativamente alta, enquanto o número de pessoas que se identificam como crentes cresceu de forma expressiva.

Kati Tervo-Niemelä revelou novas descobertas de suas pesquisas durante uma conferência teológica realizada no Instituto Bíblico Finlandês no início de janeiro de 2025.

Jovens nas cidades são mais religiosos do que nas áreas rurais

Estudos recentes na Finlândia indicam que os jovens das áreas urbanas têm demonstrado maior religiosidade em comparação com seus colegas das zonas rurais. Historicamente, ocorria o contrário: a religiosidade era mais acentuada nas áreas rurais do que nas cidades.

Conforme estudos recentes com jovens em preparação para a confirmação, aqueles que vivem em áreas urbanas demonstram maior propensão a acreditar em Deus e na ressurreição de Jesus em comparação com os jovens das zonas rurais.

O que chama a atenção é que o maior número de pessoas que não acreditam em nada está concentrado nas áreas rurais. Uma possível explicação para isso é que as áreas rurais tendem a ser mais homogêneas em termos de população e religião, enquanto as cidades, com sua maior diversidade, abrigam uma variedade de crenças.

“Nas áreas rurais, pode ser mais fácil não pensar sobre isso. Sentir que a religião não é relevante para mim”, diz Henrietta Grönlund, Professora de Teologia Urbana da Universidade de Helsinque, em entrevista à revista Uusi Tie.

Outra possível explicação é que a religiosidade nas áreas rurais pode ser vista como desagradável, especialmente pelos jovens. Em pequenas cidades, por exemplo, alguns podem perceber as normas religiosas como mais restritivas em comparação às cidades maiores.

“Todos também parecem saber da sua vida, como com quem você está namorando ou se vai à igreja no domingo. Nas cidades, muitas vezes você pode viver de forma mais anônima”, diz Grönlund.

Diversidade nas cidades levanta questões religiosas

As grandes cidades concentram as maiores proporções de imigrantes, muitos dos quais vêm de contextos culturais onde expressar a fé de forma aberta é uma prática comum.

“Quando há muitas opções disponíveis, isso pode despertar interesse”, afirma a Professora Grönlund.

Ela observa que falar sobre fé de maneira natural contribui para torná-la um tema mais cotidiano. Essa abertura em relação à fé incentiva as pessoas a refletirem e a formarem suas próprias perspectivas sobre religião, seu papel em suas identidades ou se ela faz parte delas.


Fonte: Guiame, com informações do Evangelical Focus

quarta-feira, 12 de março de 2025

“Você pode ter uma teologia muito boa e não permanecer em Cristo”, exorta Paul Washer

 Paul Washer. (Foto: Reprodução/Instagram/Paul Washer)

Paul Washer ministrou sobre a importância de manter uma vida de oração.


Na última sexta-feira (7), o pastor Paul Washer, fundador e pregador da HeartCry Missionary Society, ministrou sobre a importância da oração e encorajou os cristãos a permanecerem conectados a Cristo.

Washer foi um dos palestrantes da Shepherds Conference, um encontro ministerial da Grace Community Church (GCC) de Sun Valley, na Califórnia, realizado de 5 a 7 de março.

Durante um culto, ele pregou sobre Marcos 1:29-38, que narra a história de Jesus curando várias pessoas antes de se afastar para orar.

“Você pode ter uma teologia muito boa e não permanecer em Cristo. Toda provação, toda guerra, todo ajuste de contas, toda quebra que acontece na sua vida tem um propósito: levá-lo à comunhão contínua com Cristo, não apenas por meio do estudo de bons livros, mas de joelhos”, declarou o pastor.

Segundo Washer, o “ponto chave” descrito no livro de Marcos é “a vida de oração de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”, acrescentando que “na oração secreta e permanente, não há glória diante dos homens, há apenas glória de Deus”.

“Esta Grande Comissão não irá a lugar nenhum — com todas as suas exposições, todas as suas pregações e todos os seus diagramas — ela não irá a lugar nenhum sem oração”, alertou Washer.

“Embora os homens de Deus precisem de descanso de vez em quando, a oração é algo que triunfa até sobre o sono e definitivamente triunfa sobre o ministério”, acrescentou.

‘Vida de oração’

Na ocasião, Washer também enfatizou que “a oração é necessária”. Ele citou o famoso pregador britânico do século XIX, Charles H. Spurgeon, que disse: “Prefiro ensinar um homem a orar do que dez homens a pregar”.

Nesse momento, ele destacou: “Você não pode olhar para os sermões de Spurgeon e encontrar uma explicação natural para o fato de que ainda hoje cada parágrafo de suas ministrações parecem ser ouro. Ele era um homem de oração, como seu Senhor”.

“Há apenas uma coisa que minha carne odeia mais do que o estudo das Escrituras: a oração”, acrescentou.

Washer mencionou passagens bíblicas nas quais Jesus enfatizou a importância da oração, incluindo Lucas 11, quando um discípulo pediu a Ele que “nos ensinasse a orar, assim como João ensinou seus discípulos”.

“Se eu vou pedir a um homem para me ensinar algo, será a coisa que eu achar mais espetacular na vida daquele homem. Eu honestamente acredito que a coisa mais espetacular sobre Jesus foi sua comunhão com Deus em oração”, declarou o pastor.

Por fim, Washer enfatizou a importância da “vida de oração”, bem como o “compromisso de trabalhar” pelo Reino de Deus. Segundo o pastor, os cristãos não podem abrir mão de um para realizar o outro: “Você deve fazer ambos”.


Fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

segunda-feira, 10 de março de 2025

Missão brasileira pede orações pela Síria: ‘Situação é mais grave do que a noticiada’


Relatório ressalta a angústia persistente de dezenas de milhares de famílias que ainda procuram parentes desaparecidos. (Foto: UNHCR/Hameed Maarouf) 

A Síria enfrenta seu momento mais mortal desde a queda do presidente Bashar al-Assad, há três meses.

A Missão MAIS, que apoia a igreja perseguida, relatou que no sábado (08), mais de 100 cristãos foram mortos nas cidades sírias de Baneas e Tartus.

Em uma postagem no Instagram, a missão brasileira escreveu:

"Devido à instabilidade política na Síria, a perseguição contra nossos irmãos na fé tem se intensificado nos últimos meses. Recebemos algumas mensagens de um líder local na Síria que estamos acompanhando, dizendo que a situação é pior do que tem sido noticiado. Segundo eles, a atual situação é muito mais grave do que era há 10 anos."

Centenas de pessoas, incluindo as minorias alauítas e cristãs, perderam a vida em um verdadeiro massacre na Síria, de acordo com informações do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) e fontes locais.

O total de mortes nos confrontos iniciados no fim da semana entre as forças de segurança e os apoiadores do ex-presidente Bashar al-Assad, somado aos assassinatos motivados por vingança, ultrapassou 1.000, segundo a OSDH, um grupo de monitoramento de guerra, conforme informou a Associated Press.

Vídeos com imagens dos massacres estão sendo amplamente divulgados pelas redes sociais, mostrando o horror dos ataques contra comunidades alauítas e cristãs.

Os incidentes ocorreram após ataques de forças leais a Assad contra as forças de segurança na cidade costeira de Jableh. Em resposta, as autoridades iniciaram operações na região de Latakia, reduto da minoria alauíta, à qual Assad pertence.

As Igrejas sírias denunciaram no sábado (08) os "massacres de civis inocentes" e pediram o "fim imediato desses atos horríveis".


Fonte: Guiame, com informações da Newsweek e Missão Mais

Massacre: Centenas de cristãos são mortos em 24 horas na Síria

 

Cristãos são alvo de violência na Síria. (Captura de tela/YouTube/TVi Player)

Observatório sírio para os Direitos Humanos contabiliza mais de mil mortos em dois dias no país.

A Síria enfrenta seu momento mais mortal desde a queda do presidente Bashar al-Assad, há três meses. Confrontos entre forças governamentais e combatentes pró-Assad eclodiram semana passada, resultando na morte de centenas de civis e soldados.

Em menos de 24 horas, centenas de cristãos foram massacrados na região costeira da Síria por muçulmanos locais. Relatórios indicam que o ataque coordenado ocorreu nas regiões sírias de Jableh e Baniyas, onde comunidades cristãs e alauítas vivem historicamente. 

Desde quinta-feira (06), mais de mil pessoas, incluindo essas minorias, perderam a vida, segundo informações do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) e fontes locais.

O total de mortes nos confrontos iniciados no fim da semana entre as forças de segurança e os apoiadores de Assad, somado aos assassinatos motivados por vingança, ultrapassou 1.000, segundo a OSDH, um grupo de monitoramento de guerra, conforme informou a Associated Press.

Imagens chocantes

Vídeos nas redes sociais mostraram tanto agentes de segurança quanto homens em trajes civis mortos perto de veículos e em zonas residenciais.

Imagens de uma cidade perto de al Jinderiyah retrataram mulheres lamentando pelo menos 20 homens em trajes civis que pareciam ter sido baleados. Outros, filmados à noite, mostraram forças de segurança atirando extensivamente em agressores não identificados.

O cantor e compositor cristão Sean Feucht postou imagens em seu Instagram, onde pede: “Orem pela igreja perseguida”.

Cristão de ascendência judaica, Hananya Naftali também fez uma postagem em seu perfil, junto a um vídeo, na qual questiona:

“Um civil cristão na Síria está clamando por ajuda enquanto a sua aldeia está sendo massacrada. As famílias estão sendo despedaçadas enquanto o mundo fica em silêncio. Onde está a humanidade?”

Mulheres e crianças cristãs, drusas e alauítas, grupo religioso ao qual Assad é associado, estão sendo recebidas pelos russos na Base Aérea de Hmeimim, na Síria.

O presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, garantiu que o novo governo irá respeitar todas as comunidades e grupos. Em busca de legitimidade internacional, ele tem se reunido com líderes regionais. Contudo, a escalada de violência pode comprometer esses avanços.

Síria enfrenta mais de uma década de conflitos, iniciados com a Guerra Civil Síria em 2011, marcada por violações sistemáticas dos direitos humanos, violência sectária, massacres, deslocamentos forçados e confrontos intensos contra grupos do ISIS (Estado Islâmico).

Ahmed al-Sharaa, atual governante da Síria. (Captura de tela/YouTube/TVi Player)

Os recentes confrontos mortais representam a pior onda de violência desde a destituição de Assad, com inúmeras vítimas registradas entre minorias religiosas, como alauítas e cristãos.

Grupo rebelde no poder

No final de novembro, uma ofensiva relâmpago conduzida pelo grupo islâmico sunita Hay'at Tahrir al-Sham (HTS), com raízes na Al-Qaeda, resultou na queda da dinastia Assad, há décadas no poder. Desde então, o ex-líder buscou refúgio em Moscou, enquanto al-Sharaa, membro do HTS, assumiu o cargo mais alto do governo.

Na quinta-feira, confrontos entre as forças do governo sírio e apoiadores de Assad na região costeira de Jableh, predominantemente alauíta, resultaram em mais de 200 mortes.

Segundo a OSDH, os combates começaram quando as forças governamentais tentavam capturar um indivíduo procurado e foram emboscadas por leais a Assad. A Associated Press informou que homens armados pró-Assad assumiram o controle de Qardaha, cidade natal do ex-presidente.

Conflitos foram registrados em Latakia, Baniyas e outras regiões, com a OSDH relatando que, durante o fim de semana, o fornecimento de eletricidade e água potável foi interrompido em áreas vizinhas.

Nos dias seguintes, homens armados associados ao novo governo realizaram ataques de vingança nas áreas costeiras alauítas, resultando na morte de centenas de pessoas. Segundo a OSDH, pelo menos 428 alauítas foram mortos, embora nenhum número oficial tenha sido divulgado.

A OSDH também informou centenas de mortes em massacres e dezenas em confrontos. Até a tarde de sábado, foram contabilizadas 745 mortes de civis, além de 125 membros das forças de segurança do governo e 148 combatentes pró-Assad.

"Este foi um dos maiores massacres durante o conflito sírio", disse o diretor da OSDH, Rami Abdurrahman, sobre os recentes assassinatos de civis alauítas.

De acordo com moradores locais citados pela Reuters, milhares de pessoas, incluindo cristãos e alauítas, buscaram refúgio nas montanhas próximas em busca de segurança.

A população cristã na Síria sofreu uma queda significativa desde o início da guerra civil, com o The Syrian Observer estimando que restam apenas cerca de 300.000 cristãos no país.

Assad esteve no poder na Síria por 24 anos, sucedendo seu pai, que governou o país por três décadas. Durante seu governo, ele foi acusado de inúmeros crimes de guerra e crimes contra a humanidade, como o uso de armas químicas, incluindo gás sarin, contra civis, além de massacres e táticas de fome forçada. Milhares de sírios foram detidos sem julgamento, muitos permanecendo por anos em condições insalubres e superlotadas.

Durante o governo de Assad, os alauítas, uma seita muçulmana xiita minoritária na Síria, ocupavam posições de destaque no governo e no exército. Com a perda do poder pelos alauítas, surgiram relatos de assassinatos por vingança. Relatórios locais também apontaram para assassinatos seletivos de cristãos, que possuem uma presença significativa em Latakia.

Os patriarcas das três principais igrejas cristãs da Síria – a Ortodoxa Grega, a Ortodoxa Siríaca e a Igreja Católica Grega Melquita – divulgaram no sábado uma declaração conjunta condenando a violência e os "massacres de civis inocentes".

Os líderes religiosos apelaram por "um fim imediato a esses atos terríveis, que contrariam todos os valores humanos e morais".

Em reação aos confrontos, a mídia estatal síria anunciou que forças de segurança foram deslocadas para Latakia e áreas adjacentes com o objetivo de restabelecer o controle da região.

Centenas de civis mortos em massacres enquanto a violência na Síria aumenta. (Captura de tela/YouTube/abc News)

Em um discurso na noite de sexta-feira (07), Sharaa expressou apoio a uma ação repressiva na região, mas destacou a importância de moderação por parte das forças de segurança, afirmando:

Quando abrimos mão de nossa moral, nos tornamos iguais ao nosso inimigo." Ele também apelou para que grupos armados externos às forças governamentais entregassem suas armas.

Resposta das autoridades

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou no domingo: "Os Estados Unidos condenam os terroristas islâmicos radicais, incluindo jihadistas estrangeiros, que assassinaram pessoas no oeste da Síria nos últimos dias. Os Estados Unidos apoiam as minorias religiosas e étnicas da Síria, incluindo as comunidades cristã, drusa, alauíta e curda, e oferecem suas condolências às vítimas e suas famílias. As autoridades interinas da Síria devem responsabilizar os autores desses massacres contra as comunidades minoritárias do país."

A organização sem fins lucrativos Greco-Levantines World Wide publicou na sexta-feira, em uma postagem no X [ex-Twitter]: "Tony Petrus e seu filho Fadi Petrus, dois gregos antioquenos, foram mortos hoje no pogrom lançado pelo HTS contra a região mista de cristãos e alauítas."

Em uma postagem no sábado, a organização informou: "O pai do Pe. Gregorios Bishara, sacerdote da Igreja de Nossa Senhora da Anunciação, foi martirizado nesta manhã pelas mãos de facções armadas pró-HTS que invadiram a cidade de Baniyas."

Charles Lister, diretor do programa Síria do Middle East Institute, escreveu em uma postagem no X no sábado: "Os eventos recentes mostram o quão frágil é – e continua sendo – o período de transição pós-Assad na Síria. Os sírios, em todos os cantos, estão desesperados para virar a página, mas os custos de 13 anos de um conflito brutal não desaparecem da noite para o dia. A panela ferveu."

Em uma postagem anterior no X, ele declarou: "As operações militares do governo interino na costa da Síria foram suspensas e todas as estradas bloqueadas para remover homens armados que não estão sob comando dos ministérios da Defesa e do Interior. Dois grupos foram capturados até agora, enquanto ataques pró-Assad continuam (foram 3 na última hora)."

Joshua Landis, diretor do Centro de Estudos do Oriente Médio da Universidade de Oklahoma, escreveu no X no sábado: "Um total de 353 civis alauítas perderam a vida na Síria ontem, e dezenas mais ficaram feridos com variados graus de gravidade."

E acrescentou, em outra postagem: "A área de Jableh registrou o maior número de massacres e vítimas, representando cerca de 44% das mortes em massa (10 massacres), com perdas humanas correspondendo a aproximadamente 38% (133 indivíduos). Em seguida, vêm Banias e Haffah, cada uma com uma taxa de massacre de aproximadamente 18% (4 assassinatos em cada local)."

Stephane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral das Nações Unidas, declarou em um comunicado à imprensa na sexta-feira: "O Secretário-Geral condena veementemente toda a violência na Síria e insta as partes a protegerem os civis e cessarem as hostilidades. O Secretário-Geral está alarmado com o risco de aumento das tensões entre as comunidades na Síria, justamente em um momento em que a reconciliação e a transição política pacífica deveriam ser prioridades."

Gregory Waters, pesquisador do Syrian Archive e analista do Counter Extremist Project, escreveu no X no sábado: "Há apenas um caminho para o futuro da costa, e esse caminho é o verdadeiro diálogo intercomunitário. Os alauítas precisam compreender a experiência sunita, enquanto o novo governo deve começar a empoderar alauítas genuinamente contrários ao regime (que definitivamente existem, eu os conheci) para, gradualmente, enfraquecer os extremistas."

O futuro da Síria permanece instável e imprevisível, à medida que o HTS busca consolidar seu governo e ganhar legitimidade, enquanto conflitos sectários continuam a explodir ao longo da costa do Mediterrâneo.


Fonte: Guiame, com informações da Newsweek

quinta-feira, 6 de março de 2025

Líderes evangélicos falam sobre a guerra na Ucrânia e futuro da Europa: ‘Oramos por paz’

 Jan Wessels, secretário geral da Aliança Evangélica Europeia. (Foto: EEA).

Jan Wessels, da Aliança Evangélica Europeia, concedeu entrevista ao Evangelical Focus para abordar a posição dos cristãos na guerra entre Ucrânia e Rússia.

Líderes de igrejas evangélicas europeus manifestaram surpresa, tristeza e, em alguns casos, indignação diante das decisões do novo governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, que esteve no centro de um confronto transmitido ao vivo na Casa Branca com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.

Em entrevista ao Evangelical Focus, o cossecretário-geral da Aliança Evangélica Europeia (EEA), Jan Wessels, comentou sobre o momento atual.

A EEA representa aproximadamente 23 milhões de cristãos evangélicos em países europeus e conta com uma filial dedicada à ação sociopolítica, com representação em Bruxelas.

movimento evangélico condenou a invasão russa da Ucrânia há três anos e, desde então, tem feito apelos para oração e apoio às vítimas.

“É muito lamentável que alguns tenham escolhido um caminho para excluir a Ucrânia e a Europa das negociações de paz”, diz Wessels, que enfatiza que, apesar das “dificuldades”, o corpo evangélico continua em contato com os evangélicos russos.

Ao ser questionado sobre a reação dos cristãos evangélicos na Europa às primeiras decisões do novo presidente dos EUA sobre questões delicadas, como a guerra na Ucrânia, Wessels disse que, na semana passada, estava nos Bálcãs, onde os cristãos expressaram grande preocupação com a situação na Ucrânia e os desenvolvimentos geopolíticos.

Ele destacou, porém, que há opiniões diversas dentro da Aliança Evangélica Europeia, o que torna difícil conciliar essas posições.

“Para nós, o mais importante é que ansiamos por uma paz justa. Precisamos trabalhar em direção a situações nas quais um processo de paz possa começar, mas esta não é uma decisão de um dia de parar a guerra, o processo tem que focar no futuro”, justificou.

Ele disse ainda que é lamentável o caminho escolhido por alguns para excluir a Ucrânia e a Europa das negociações de paz. “Mesmo que você diga que eles podem se juntar mais tarde, é muito estranho que o país que é vítima dessa agressão seja excluído das negociações de paz.”

Wessels deixou claro que todos na região querem a paz, mas ela deve ser baseada na justiça e na lei bíblica do amor.

“A Ucrânia sofreu muito: vidas civis foram tiradas, e devastação foi trazida ao seu país. Existem leis internacionais que determinam que há fronteiras e a Ucrânia é reconhecida como uma república independente e autônoma. Essas leis internacionais agora são ignoradas e anuladas, e isso não é justiça. Sem justiça, não haverá paz real e será muito difícil iniciar um processo de reconciliação.”

Construir pontes

Sobre o EEE pode mediar e tomar medidas práticas para construir pontes com os cristãos russos, além de declarações e posições públicas, ele disse que no momento, é muito cedo para isso.

“Estamos tentando manter contato com nossos irmãos e irmãs russos: é realmente precioso ter esses relacionamentos, mas também é uma situação muito difícil no momento, pois nós, como EEA, estamos sendo percebidos como sendo apenas contra a Rússia e como um agente estrangeiro.”

Wessels afirma que “os evangélicos russos são nossos irmãos e irmãs, e queremos que eles prosperem e sejam capazes de espalhar o Evangelho livremente na Rússia e sejam pessoas de boas novas na Rússia”.

O líder admite que os desafios que eles têm enfrentado sobre isso é muito grande e que a EEA quer apoiá-los, embora também seja difícil.

“Na Ucrânia, ainda não há uma Aliança Evangélica como tal que seja membro da EEA, mas temos muitos amigos, irmãos e irmãs lá também. Estamos construindo relacionamentos com o Conselho de Igrejas Evangélicas Protestantes na Ucrânia e esses relacionamentos se fortaleceram nos últimos anos”, explicou.

‘Há muita dor’

Sobre as conversações, Wessels ser difícil neste momento definir um tempo para isso. E explica: “Ainda há muita dor na Ucrânia, e dor está sendo infligida a eles todos os dias. Falar de reconciliação e tentar unir as pessoas só começará a se tornar possível quando a guerra parar e uma paz justa for estabelecida. Caso contrário, será muito difícil para um processo de reconciliação entre nações e até mesmo igrejas em diferentes nações.”

Mas os desafios também atingem a AEE, segundo Wessels a instituição está em frangalhos.

“Vemos todas as partes sofrendo, mas também vemos que elas não podem fazer muito para mudar a situação ainda e é difícil colocá-las ao redor da mesa. Então oramos e nos posicionamos especialmente com aquelas que são vítimas. Esse é o nosso papel em primeiro lugar, eu acho, como diz o Salmo 82: ‘Defenda a fraqueza e o órfão, defenda a causa dos oprimidos’”.

Para ele, como na Europa ainda há uma discussão inteira, com pessoas que estão vendo diferentes maneiras de resolver essa questão, é difícil reunir tudo isso em uma visão comum.

“Nosso papel é especialmente manter a família unida, manter as pessoas conversando entre si e orando juntas.” 

Sobre a divisão entre os cristãos evangélicos na Europa que apoiam opções políticas mais nacionalistas, que apelam aos "valores cristãos do passado", Wessels afirmou não perceber esse sentimento atualmente.

“Entre os evangélicos haverá pessoas mais nacionalistas e muitas que lamentam a rápida secularização da Europa Ocidental. Mas há um sentimento muito forte de que temos que aceitar que somos uma minoria.”

“Entendemos que temos que tornar essa minoria forte por meio do discipulado cristão adequado. É onde muitos estão se concentrando agora, em como discipular cristãos para enfrentar todos os desafios do nosso tempo e ser Pessoas das Boas Novas.”

Novo cenário

Ele também comentou sobre como o novo cenário, em que os EUA e a Europa começam a ter visões de mundo conflitantes, pode impactar negativamente as parcerias entre igrejas evangélicas e organizações missionárias em ambos os lados do Atlântico.

“É fácil que isso aconteça, mas espero que possamos evitar isso mantendo contato uns com os outros. Especialmente na Aliança Evangélica Mundial, estamos realmente tendo essas boas conversas. E como secretários regionais da Aliança Evangélica, é incrível o quão próximos nos tornamos nos últimos anos”, declarou.

Ele disse que certamente haverá pessoas que seguirão essa direção, mas acredita que os evangélicos têm uma maneira muito forte de alcançar irmãos e irmãs que desejam se conectar.

“Não devemos ser guiados pelo medo ou frustração, mas sempre pela esperança. Devemos sempre continuar a alcançar os cristãos dos EUA com amor, e é isso que tentamos fazer. Espero que com a ajuda do Espírito Santo, no movimento evangélico possamos continuar trabalhando juntos e superar as lacunas que estão crescendo. Esta é uma das principais forças do movimento evangélico”, pontuou.




Fonte: Guiame, com informações do Evangelical Focus

quarta-feira, 5 de março de 2025

Escola de samba apresenta Jesus como mendigo em desfile no Carnaval do RJ

 

A Beija-flor apresentou a escultura de Cristo coberta com um plástico preto. (Foto: Reprodução/TV Globo).

A Beija-flor apresentou uma escultura de Cristo coberta com um plástico preto em um carro alegórico formado por lixo e retalhos.

A escola de samba Beija-Flor apresentou Jesus como mendigo durante o desfile de carnaval, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, na segunda-feira (3), no Rio de Janeiro.

A escultura de Jesus Cristo coberta com um plástico preto desfilou como um carro alegórico formado por lixo e retalhos. Na frente da alegoria, 100 pessoas desfilaram fantasiadas de moradores de rua e ratos.

A figura de “Cristo Mendigo” foi apresentada pela primeira vez no desfile da Beija-Flor em 1989, quando foi criticada pela Igreja Católica e não voltou a ser exibida nos carnavais dos anos seguintes.

Neste ano, a alegoria retornou à Sapucaí como uma simbologia da “vitória” do samba contra a Igreja Católica. A ideia foi do diretor de Carnaval Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, conhecido como Laíla.

Na imagem de “Jesus mendigo”, foi colocada uma faixa com a frase: “Mesmo proibido, rogai por nós”.

Em postagem no Instagram, a escola Beija-flor comentou sobre a escultura polêmica. “A releitura da icônica alegoria ‘O Cristo Preto’, transgressora e antológica, é relembrada, ao fim do desfile, como a grande obra”.

Ocultismo na Sapucaí

No desfile deste ano, a maioria dos enredos das escolas de samba do Rio de Janeiro homenagearam entidades de religiões afro ocultistas.

Como a Salgueiro, que apresentou um enredo sobre o corpo fechado por amuletos e rituais. A comissão de frente mostrou um terreiro alegórico, com o casal de mestre-sala e porta-bandeira representando Xangô e Iansã, dois orixás adorados por seguidores do candomblé e da umbanda.

Após desfilar na comissão de frente, o casal embarcou em uma moto e foi até o último carro para se apresentar novamente como destaque. Segundo a Salgueiro, a atitude foi um pedido de Zé Pilintra após uma consulta à entidade.

Já a escola Unidos da Vila Isabel desfilou com o tema "Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece!".

A comissão de frente contou a história sobre o homem que enganou o diabo (interpretado pelo ator José Lorenzo).

Nos comentários de uma postagem no Instagram que mostrou a apresentação, muitos usuários criticaram a exaltação do reino das trevas.

“Apologia ao demônio não tem nada haver com tradição ou cultura”, afirmou um homem. Uma usuária comentou: “O carnaval só exalta o diabo, mas quando o povo tá passando por dificuldade ou na hora da dor, aí o povo lembra de Deus”.

Outra escreveu: “A cada ano a festa está ficando mais demoníaca. Parece um culto ao inferno. Triste ver que o carnaval do Rio virou um circo dos horrores”.



Fonte: Guiame, com informações de Metrópoles e G1

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