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sábado, 21 de dezembro de 2019

A história de homens que foram mortos para que o mundo tivesse acesso à Bíblia

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Entre torturas e martírios, a história da tradução da Bíblia para o inglês trouxe impacto para o mundo.

A fascinante história de como a Bíblia alcançou leitores comuns começou antes da Reforma Protestante, através de homens que foram torturados e mortos por causa de sua missão. O Guiame foi até Londres, na Inglaterra, para explorar a história da tradução da Bíblia para o inglês, uma das línguas de maior impacto no mundo.PUBLICIDADE
Após o estabelecimento da igreja cristã primitiva, a Bíblia foi traduzida para muitas línguas a partir do hebraico, aramaico e grego. Até que, em 600 d.C, as Escrituras Sagradas foram restritas pela Igreja Católica Romana a apenas um idioma: o latim. Com isso, a Palavra de Deus tornou-se propriedade exclusiva dos líderes religiosos.
John Wycliffe
Os primeiros manuscritos bíblicos escritos à mão em inglês, idioma falado por pessoas comuns na Inglaterra, foram produzidos em 1380 d.C. por John Wycliffe, teólogo e professor da Universidade de Oxford. Wycliffe era conhecido em toda a Europa por sua oposição ao ensino da Igreja Católica da época, que ele acreditava ser contrário à Bíblia. 
Com a ajuda de seus seguidores, Wycliffe produziu dezenas de cópias das Escrituras em manuscrito em inglês. Elas foram traduzidas da Vulgata Latina, que era a única fonte disponível para Wycliffe. 
Wycliffe morreu em dezembro de 1384, devido a um derrame cerebral, sem concluir a tradução completa da Bíblia. Mas em 1428, 44 anos depois de sua morte, seus ossos foram desenterrados e queimados por ordem do Concílio de Constança. As cinzas foram espalhadas no rio Swift, na cidade de Lutterworth.
John Hus
Um dos seguidores de Wycliffe, John Hus, promoveu ativamente suas ideias. Hus foi queimado na fogueira em 1415, com as Bíblias manuscritas de Wycliffe usadas como material para o fogo. 
As últimas palavras de John Hus foram: “Em 100 anos, Deus levantará um homem cujos pedidos de reforma não poderão ser suprimidos”. Quase exatamente 100 anos depois, em 1517, Martin Luther afixou suas famosas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha.
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Imagem ilustrativa de Bíblia antiga em inglês. (Foto: Shutterstock)

John Colet
No meio do percurso das traduções para o inglês, John Colet, outro professor de Oxford e filho do prefeito de Londres, traduziu o Novo Testamento do grego para o inglês para seus alunos, e mais tarde para o público da Catedral de São Paulo em Londres, em 1496. 
As pessoas estavam com tanta fome de ouvir a Palavra de Deus em seu idioma que, dentro de seis meses, havia mais de 20.000 pessoas na igreja e muitas outras do lado de fora, tentando entrar. Por se relacionar com pessoas influentes, Colet conseguiu evitar a execução.
William Tyndale
Também formado em Oxford, William Tyndale sabia falar sete idiomas, entre eles hebraico e grego. Em 1523, ele pediu permissão ao bispo de Londres para traduzir o Novo Testamento, mas foi negado.
Para encontrar um ambiente hospitaleiro, ele viajou para Worms, no sudoeste da Alemanha. Lá, em 1525, surgiu a primeira tradução do Novo Testamento do grego para o inglês. As primeiras cópias chegaram à Inglaterra por contrabando, deixando o rei Henrique VIII e os líderes religiosos furiosos. 
Tyndale começou a trabalhar na tradução do Antigo Testamento, mas foi capturado em uma emboscada em Antuérpia, na Bélgica, antes de ser concluída. Em agosto de 1536, Tyndale foi condenado como herege e levado à cruz em praça pública, onde teve a chance de se retratar. Nesse momento, segundo o historiador inglês John Foxe, ele gritou: “Senhor, abra os olhos do rei da Inglaterra!”
Sua oração foi respondida três anos depois, em 1539, quando o rei Henrique VIII autorizou a primeira edição da Bíblia em inglês, que ficou conhecida como a Grande Bíblia (Great Bible). A Grande Bíblia inclui parte do trabalho de Tyndale, mas também inclui traduções da Vulgata Latina. Esta versão das Escrituras passou a ser lida em todas as igrejas da Inglaterra.
King James
Quase cem anos depois, o príncipe James VI da Escócia se tornou o rei James I da Inglaterra. Dada a necessidade para uma nova tradução autorizada — já que suas edições anteriores continham várias inconsistências — James tomou para si o projeto. 
Em 30 de junho de 1604, o rei James convocou 47 estudiosos e teólogos para traduzir os diferentes livros da Bíblia, em grande parte baseados no trabalho de Tyndale. Eles foram organizados em seis empresas, distribuídas entre Westminster, Oxford e Cambridge, tendo como superintendente o arcebispo de Canterbury, Richard Bancroft. A King James Bible, como é conhecida no inglês, foi publicada em 1611.
A Bíblia King James acabou sendo uma tradução excelente e precisa. Devido à riqueza de recursos dedicados ao projeto, foi a tradução mais fiel e acessível até o momento da história.
A versão King James continua sendo influente até os dias atuais. De acordo com um estudo orientado pelo historiador Mark Noll, cerca de 55% dos americanos costumam ler a Bíblia na versão King James, ao invés de outras versões modernas.
FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES

Ex-presidente da Igreja Luterana da Venezuela é encontrado morto

Luis Gregorio Coronado era pastor da Igreja Luterana Fuente de Vida, na Venezuela.

Rev. Luis Gregório Coronado foi pastor da Igreja Luterana Fuente de Vida na Venezuela por mais de 20 anos. (Foto: LCMS/Johanna Heidorn)
Rev. Luis Gregório Coronado foi pastor da Igreja Luterana Fuente de Vida na Venezuela por mais de 20 anos. (Foto: LCMS/Johanna Heidorn)
O Rev. Luis Gregorio Coronado, pastor da Igreja Luterana da Venezuela (Iglesia Lutherana da Venezuela, ou ILV), foi encontrado morto no início desta semana, depois de ter sido dado como desaparecido vários dias antes. A ILV é uma igreja parceira da Igreja Luterana do Sínodo do Missouri (LCMS).
Coronado, 58 anos, havia desaparecido no dia 14 de dezembro, enquanto usava o transporte público para visitar membros de sua congregação. Seu corpo foi encontrado dois dias depois, em 16 de dezembro, com os pés e as mãos amarrados (sinais de que teria sido assassinado ou até mesmo torturado antes de morrer).PUBLICIDADE
Coronado deixa para trás uma esposa e três filhos, bem como sua congregação, Iglesia Luterana Fuente de Vida (Igreja Luterana da Fonte da Vida), por ele liderada já mais de 20 anos, em Puerto Ordaz, Venezuela. Ele foi o segundo pastor mais antigo da ILV e manteve uma escola por meio de sua congregação.
“O sangue de um santo clama”, escreveu a Igreja Luterana da Venezuela, anunciando sua morte. “Seu trabalho pela igreja local e nacional foi fiel e constante… Como igreja nacional, agradecemos a Deus por seu serviço, sua amizade e seu amor”.
O reverendo Coronado foi eleito para um mandato de dois anos como presidente da Igreja Luterana da Venezuela em novembro de 2009. Ele já havia servido a ILV como vice-presidente e era pastor da Igreja Luterana Fuente de Vida em Puerto Ordaz (cidade da Guiana) há mais de duas décadas.
Ultimamente, o reverendo Coronado também estava atuando como conselheiro pastoral no sul da Venezuela.
“Luis era um pastor gentil e fiel”, disse o Rev. Ted Krey, diretor regional da LCMS para a América Latina e o Caribe. “De fato, ele era muito parecido com João Batista, sempre apontando outras pessoas para Jesus e a firme esperança do Salvador. Estamos de luto com essa notícia. Lamento por sua querida esposa e seu filho que o seguem no ministério”.
“Luis agora desfruta de nova vida em Jesus”, continuou Krey. “Nós crescemos mais fortes na nossa esperança do Advento de ver nossos entes queridos reunidos em torno de nosso vivo Senhor Jesus.”
Mais informações sobre este caso serão atualizadas em breve.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA IGREJA LUTERANA / SÍNODO DE MISSOURI

Boko Haram mata 71 soldados do Níger


Grupo extremista também invade vilas e mata cristãos

Boko Haram ataca vilarejos na região do Sahel com o objetivo de implantar o islamismo radical


Boko Haram ataca vilarejos na região do Sahel com o objetivo de implantar o islamismo radical
O grupo extremista Boko Haram atacou mais uma vez no dia 11 de dezembro no Níger. Desta vez, as vítimas fatais foram 71 soldados e outros 12 ficaram feridos, no vilarejo de Inates. O acontecimento foi considerado um dos mais mortais contra as Forças Armadas nigerinas em anos. Os militantes islâmicos têm expandido os domínios sobre as regiões de Tillabéri e Tahoua, que fazem fronteira com o Mali e Burkina Faso. O resultado das ofensivas já descolocou 80 mil pessoas. Isso representa a segunda maior crise nas fronteiras de um país.
No Mali, mais de 100 soldados foram mortos nos últimos três meses. Eles estavam lutando contra a crescente violência na região. Já no leste e sul de Camarões, o Boko Haram matou ao menos 275 pessoas, incluindo 225 civis. Alguns cidadãos foram mutilados e outros sequestrados. O grupo extremista tem aterrorizado a região do Sahel para implantar um islamismo radical, que torna proibido o relacionamento político ou social com o Ocidente. Os impedimentos incluem votar nas eleições, restrições de vestimentas e receber educação que não seja muçulmana.
Dentre as principais vítimas do grupo estão os cristãos. Algumas aldeias são invadidas, as casas incendiadas e a população é morta pela fé diferente dos extremistas islâmicos. A Portas Abertas trabalha para fornecer ajuda a todos os que foram vítimas da ação de grupos como o Boko Haram. Um dos projetos é o Centro de Aconselhamento pós-trauma, na Nigéria. Lá, os líderes cristãos recebem treinamento para aconselhar os cristãos traumatizados pela intolerância religiosa. Apoie esse projeto!
Pedidos de oração
  • Interceda pelos familiares dos 71 soldados que foram mortos durante um ataque no Níger. Peça que Deus conforte a todos e envolva cada um com amor e esperança.
  • Ore pelos governantes da região do Sahel, para que eles tenham sabedoria e táticas para vencer os grupos extremistas, que têm dizimado as vilas em nome do radicalismo muçulmano.
  • Clame pela vida dos membros do Boko Haram, para que a liderança deles tenha um verdadeiro encontro com Cristo e parem de destruir a vida das pessoas que vivem na região.
  • Fonte: Portas Abertas

J.C. Ryle, 200 anos


J. C. Ryle

INTRODUÇÃO

Em 10 de maio de 1816 nasceu em Macclesfield, Cheshire, Inglaterra, um dos autores evangélicos mais admirados: o bispo anglicano de Liverpool John Charles Ryle. Um número incontável de pessoas se beneficiaram de seus escritos ao longo dos anos. Em seu próprio tempo foi muito apreciado por seus contemporâneos. Spurgeon o considerava como “o melhor homem que estava na Igreja da Inglaterra”. Ryle foi recomendado muito efusivamente por autores tais como J. I. Packer e Martyn Lloyd-Jones, entre outros. Seus trabalhos foram traduzidos em muitas línguas, incluindo o português. Ainda hoje podemos nos beneficiar, duzentos anos após o seu nascimento, e perguntar sobre algumas das razões que fizeram seus livros tão populares na comunidade evangélica. É também interessante podermos tirar algumas lições do seu trabalho que podem nos ajudar. Muitas das questões que preocupavam Ryle, e as respostas dadas, são ainda muito relevantes hoje em dia. Mas, primeiro, vamos rever por um momento um pouco de sua vida.
BREVE ESBOÇO BIOGRÁFICO
J.C. Ryle veio de uma família muito próspera economicamente. Seu avô e seu pai tinham tido muito sucesso comercialmente. Com o passar do tempo, seu pai entrou em um negócio bancário que também estava florescendo. John Charles, que era o filho mais velho, poderia estudar em locais de prestígio como Eton e depois Oxford. Ryle se tornou um cristão em 1837. Até então ele tinha recebido as verdades do cristianismo nominal e externamente, mas no verão daquele ano experimentou o novo nascimento de Cristo descrito em João 3. Em seu depoimento, ele deixou registrado para os seus filhos uma breve autobiografia, onde enfatiza a sua profunda convicção de pecado, quão precioso era Cristo, e o grande valor da Bíblia para orientar a sua vida. Mas a falência atingiu sua família em 1841, perdendo sua casa e toda a fortuna da família. Este evento marcou a sua vida de uma forma muito especial, porque nesse mesmo ano Ryle tomou a decisão de entrar no ministério da Igreja da Inglaterra. Seu primeiro pastorado começou em 1842 em Fawley, Hants, embora ao longo de sua vida, ele tenha pastoreado congregações em muitas outras partes da Inglaterra. Em 1845 casou-se com Matilda Plumptre. Este ano também é importante porque ele começou a publicar seus primeiros tratados, que são agrupadas, e formam os capítulos de seus muitos livros. Sua primeira filha, Georgina, nasceu em 1847. No ano seguinte, sua esposa morreu. Em 1850 ele se casou novamente. Sua nova esposa, Jessy Walker, lhe deu quatro filhos: Isabelle, Reginald, Herbert e Arthur. Em 1851 começou a publicação de seus tratados e mensagens em forma de livro. Depois de dez anos do segundo casamento e depois de uma longa doença, sua segunda esposa faleceu. Em 1861 casou-se com Henrietta Clowes. Em 1865 publica o comentário expositivo do Evangelho de João. Este será o primeiro de uma série sobre os quatro Evangelhos, parte das obras mais apreciadas por muitos leitores de Ryle. Em 1868 publica o seu livro sobre os líderes cristãos do século XVIII. Ryle é já bem conhecido, por isso recebe muitos convites para pregar em muitos outros lugares na Inglaterra, incluindo Oxford, Londres e Cambridge. Entre 1877 e 1879 seus trabalhos mais famosos são publicados, incluindo Santidade ou caminhos antigos. Com 63 anos é eleito primeiro bispo de Liverpool. Em 1889, sua terceira esposa morre. Dez anos mais tarde pregou o seu último sermão. Ele morreu em 10 de junho de 1900 em Lowestoft, Inglaterra.
A IMPORTÂNCIA CRUCIAL DA HISTÓRIA
A primeira lição que podemos aprender com Ryle tem a ver com a história. Devemos lembrar que a fé cristã é uma fé histórica. Deus revelou-nos no tempo e no espaço, através de pessoas que viveram e eventos que tiveram lugar na história. Além disso, as Escrituras são abundantes em exortações para não esquecer a história da intervenção de Deus em favor do seu povo: Deuteronômio 5:15; 7:18; 15:15; 24:18, etc. Uma das passagens que eu gosto a este respeito é a de Josué 4, o sucessor de Moisés ordena que um representante de cada uma das tribos de Israel pegue uma pedra do leito do Jordão, v. 5. Josué toma e levanta em Gilgal um memorial para as gerações futuras, vv. 20.21. Seu propósito era para lembrar que Deus, como fizera no Mar Vermelho, secou o Jordão diante do seu povo, vv. 22.23, de modo que eles poderiam mover-se para tomar posse da terra prometida. Assim, as pessoas não deveriam esquecer de que foi pela mão poderosa de Deus que o povo pode atravessar o Jordão e, dessa maneira, não poderiam se afastar dele v. 24.
Da mesma forma, Ryle acreditava ser essencial recordar a história da Reforma Protestante no século XVI, os puritanos, que considerava os mais fieis expositores bíblicos a “mente das Escrituras” e o Grande Despertar Evangélico do século XVIII daqueles grandes homens que Deus levantaou como George Whitefield e os irmãos Wesley, entre muitos outros. Ele considerou isso importante, porque, como Israel no passado, é fácil esquecermos esses poderosos eventos e significativos atos de Deus para o seu povo. Os escritos do bispo evangélico estão imbuídos com os princípios da Reforma. Percebemos o declínio da Reforma em sua denúncia clara dos perigos do catolicismo romano para a saúde espiritual das almas. Poucos autores se expressam de modo tão claro sobre os ensinamentos da Igreja Católica Romana como Ryle. A importância dos Puritanos também está presente em seu trabalho, em sua análise rigorosa dos textos bíblicos e aplicação do ensino à vida dos crentes. O renascimento também aparece em seus escritos, não só para lembrar os líderes o mesmo, mas também através do estilo prático e direto lembra os pregadores do Grande Despertamento. A primeira lição, portanto, que Ryle transmite é para não esquecer nossa identidade evangélica. Ryle presta muita atenção à Reforma na Inglaterra e os homens que Deus levantou nesse momento. Ele também escreveu sobre os pregadores do avivamento. Ele não queria que seus compatriotas esquecessem o que Deus tinha feito para o Reino Unido. Quanto a nós, é essencial ler sobre a nossa história evangélica, conhecer bem o nosso passado: a Reforma na Europa, mas também a Reforma na Espanha e o que aconteceu com ela.
DOUTRINA E VIDA
Ao longo de seu ministério pastoral como um pregador e escritor, Ryle não deixou de sublinhar que o carácter essencial do cristianismo também é doutrinário. Para Ryle, a importância da Reforma Protestante, os Puritanos ou o Grande Despertamento foi o fato de que eles eram movimentos do Espírito de Deus em que foram redescobertos, e a relevância para a vida cristã das doutrinas essenciais da Escritura foi mostrada. E este é apenas o outro aspecto que eu acho que ele mostra hoje: A ênfase colocada na doutrina e o propósito prático que isso tem. Mas a doutrina não é um mero conhecimento frio, seco e acadêmico da Bíblia. É basicamente a forma como o Deus vivo opera em Seu povo, para salvar e transformar. A doutrina, pela presença do Espírito Santo, traz vida espiritual. Isso é muito claro nas Escrituras; a fé tem um conteúdo a confessar e que Deus usa para nos fazer bem: 1 Timóteo 4: 13-16; 2 Timóteo 1: 13,14; 1 João 4: 1-6; Rm 10: 8-14, etc. A doutrina tem um propósito prático, salva e nos santifica, tornando-nos úteis para a glória de Deus: Romanos 6: 17-19.
Nesse sentido, a Reforma foi um retorno aos ensinamentos das Escrituras que haviam sido enterrados e marginalizados pela Igreja medieval. Os puritanos também mostraram a amplitude e a profundidade da Bíblia e como ela é aplicada de forma eficaz na vida cotidiana. Os grandes pregadores mostraram como a proclamação do evangelho pode, com a bênção de Deus, alterar o curso das nações. Ryle temia o abandono desses ensinamentos que tinham trazido tantas coisas boas, por isso uma e outra vez em seu ministério alertara sobre os perigos do esquecimento da glória da fé cristã. Ryle refletiu na exortação de Paulo em Atos 20: 28-32. Da mesma forma, hoje deve ficar claro que as diferenças com o catolicismo romano são doutrinárias. Não podemos enganar-nos quanto ao que acreditamos e porque acreditamos nisso. Devemos também enfatizar a importância prática da doutrina. Temos de ser diferentes, e a conversão tem de ser vista em nossas vidas. Esse é o grande legado do puritanismo que Ryle tem renovado e constantemente enfatizado em seu ministério. Ao mesmo tempo, temos de incentivar a paixão pela pregação do evangelho, uma nota distintiva dos tempos de reavivamento.
Nada melhor, então, para ler esses escritos Ryle e ser beneficiados com as doutrinas bíblicas e sua relevância para a nossa vida cristã. Ao contrário de outros bons autores, há muitos títulos de Ryle em português, por isso é relativamente fácil ter acesso aos mesmos. Seu estilo simples e direto, sempre com base no texto bíblico, faz com que seja uma delícia de ler. Ryle sempre desafia os seus leitores, o que é sempre conveniente.
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José Moreno Berrocal

Quatro motivos de John Owen para a vida de oração do pastor

John Owen entendeu as exigências e privilégios do ministério. Em um valioso sermão pregado num culto de ordenação na sexta-feira de 8 de Setembro de 1682, ele expôs em termos desafiadores e práticos o que realmente é a tarefa do pastor. Em sua mente, estava a necessidade urgente de ministros orarem. Nesta parte, examinaremos os motivos que ele nos fornece para orar e pensaremos no que um pastor deve orar num artigo posterior.
Os motivos da oração são:
1. A oração é a prova de que estamos cumprindo nossos deveres ministeriais plenamente:
Owen está convencido de que a oração é inflexível, de que a oração é a medida de um homem verdadeiramente cumprindo o seu ministério. “Deixe-o pregar o quanto quiser, visitar o máximo que puder, conversar o quanto conseguir”, mas sem oração não há evidência de que ele esteja verdadeiramente cumprindo o seu ministério.
2. Este é o caminho pelo qual abençoamos nossas congregações:
A habilidade do ministro de abençoar o seu povo não é autoritária (não é algo que ele administra), mas desejável e declarativa. A única maneira pela qual podemos ver a verdadeira bênção recair sobre o povo de Deus, é pedir-lhe que o conceda. Este é um ótimo motivo para orar.
3. Nenhum ministro no mundo pode manter o seu amor pela igreja se ele não ora por eles:
O ministério pastoral significa que o pregador está em contato com as melhores e piores condutas e atitudes cristãs. Ele encontrará muitos motivos para o desencorajamento, à medida que pastoreia as almas dos que estão sob seus cuidados e “nada é capaz de manter o seu coração com amor inflamado em relação a eles, se não estiver orando por elas continuamente”.
4. Deus nos ensinará o que devemos pregar ao nosso povo através da oração:
Orando pelos crentes, o pregador está constantemente trazendo à sua mente quais são as necessidades mais profundas da congregação, e isto, por sua vez, afeta o seu pensamento sobre o que ele pregará — “quanto mais oramos por nosso povo, melhor nos será instruído o que pregar a eles”.
Para muitos de nós, no ministério, o tempo e a aplicação à oração é a batalha mais difícil de todas, e as palavras de Owen nos dão grande incentivo para buscar a face de Deus em favor daqueles a quem ministramos — é crucial para a alegria de nossos corações, a saúde de nossas almas, a eficácia da nossa pregação e o bem dos nossos ouvintes.
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Título original em inglês: John Owen’s Four Motives for the Pastor’s Prayer Life
Traduzido por Ewerton B. Tokashiki
Fonte: Blog Os Puritanos acessado em 21/12/2019

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Igreja é incendiada por multidão após Bíblias serem destruídas, na Índia


Temor é de que o primeiro-ministro indiano queira estabelecer uma pátria hindu com o banimento das minorias religiosas.

 Os cristãos estão enfrentando crescente perseguição e violência na Índia de maioria hindu (Foto: Reprodução/Getty)
Os cristãos estão enfrentando crescente perseguição e violência na Índia de maioria hindu (Foto: Reprodução/Getty)
Os cristãos de uma igreja de uma pequena vila foram forçados a fugir para uma selva próxima quando uma multidão de radicais hindus cercou o prédio e o queimou até o chão.
o ataque marcou o mais recente exemplo de violência inspirada pela intolerância religiosa na Índia, governada por Narendra Modi.
Os fiéis haviam sido alvo de assédio nos dias que antecederam o ataque criminoso, com extremistas tirando Bíblias de suas mãos e os ameaçando.
Nos últimos anos, o governo nacionalista hindu da Índia tem preocupado os cristãos, muçulmanos e outras religiões minoritárias com seu afastamento do governo secular.
Muitos temem que o primeiro-ministro Modi queira estabelecer uma pátria hindu na qual seguidores de outras religiões sejam completamente marginalizados.
O primeiro-ministro Modi inaugurou uma fase do nacionalismo hindu radical. (Foto: Reprodução/Getty)
Extremistas hindus atacaram cristãos na vila de Perigaon, no distrito de Rayagada, estado de Odisha, em 24 de novembro, invadindo a igreja durante um culto de domingo, relata o site persecution.org.
Acredita-se que os membros do Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), grupo secreto de hindus hardcore da Índia, sejam responsáveis.
O pastor Bibhudan Pradhan, que liderava as orações, alegou que a congregação estava ameaçada antes que os membros fossem seguidos para casa.
Ele disse que confiscaram suas Bíblias e outros livros cristãos antes de queimá-las.
Orações proibidas
Eles também alertaram contra a realização de mais reuniões de oração na vila.
Uma semana depois, em 1º de dezembro, a mesma multidão interrompeu o culto de domingo, desta vez atacando a igreja.
Eles atearam fogo no teto de palha enquanto cristãos aterrorizados fugiam para uma floresta próxima para procurar refúgio, temendo que o RSS os atacasse também.
O incidente foi relatado à polícia local.
Desde que o partido no poder tomou o poder, em 2014, nacionalistas hindus atacaram cristãos impunemente.
Os extremistas veem os seguidores de Jesus Cristo como estranhos ao país.
Aqueles que se converteram do hinduísmo ao cristianismo também enfrentam perseguição, discriminação e violência.
No ano passado, o corpo de um pastor foi encontrado pendurado no teto de sua casa no distrito de Kanchipuram.
Ele reclamou à polícia sobre a oposição dos radicais hindus.
Sua morte levantou suspeitas, pois parecia que seu corpo havia sido amarrado depois que ele morreu.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EXPRESS

Mais de 1.000 cristãos foram assassinados por terroristas islâmicos em 2019, na Nigéria

Grupos como o Boko Haram e os Fulani usando a disputa por terras para praticar terrorismo e eliminar os cristãos de diversas regiões da Nigéria.

Homens carregam caixões em velório coletivo, após massacre na Nigéria. (Foto: Independent)
Homens carregam caixões em velório coletivo, após massacre na Nigéria. (Foto: Independent)
Uma organização sem fins lucrativos divulgou recentemente um relatório estimando que mais de 1.000 cristãos nigerianos foram mortos este ano em ataques liderados por terroristas Fulani.
“As milícias islâmicas Fulani continuam se engajando em uma política agressiva e estratégica de apropriação de terras em Plateau, Benue, Taraba, Kaduna do Sul e partes do estado de Bauchi”, informou a HART, organização sem fins lucrativos com sede no Reino Unido que rastreia perseguições. “Eles atacam aldeias rurais, forçam os moradores a deixar suas terras e se estabelecerem em seu lugar – uma estratégia que é resumida pela máxima: ‘Sua terra ou seu sangue'”.
Embora o número de mortos seja desconhecido atualmente, os cristãos se tornaram um alvo para o pastor Fulani. O HART estima que mais de 6.000 cristãos foram mortos desde 2015, enquanto 12.000 foram deslocados. Esses números foram baseados em relatórios do governo do estado de Kaduna, na mídia e em notícias de líderes comunitários no estado de Plateau. Embora os pastores fulani pareçam ser os principais autores, o grupo terrorista Boko Haram também matou muitosristãos no estado de Borno.
“Em todas as aldeias, a mensagem da população local é a mesma:‘ Por favor, ajude-nos! Os Fulani estão chegando. Não estamos seguros em nossas próprias casas ”, afirma o relatório.
Os fulani são em grande parte nômades muçulmanos que vivem na África Ocidental e Central. Conflitos entre agricultores e pastores tornaram-se mais comuns à medida que a oferta de terras se torna escassa e os conflitos por propriedades se intensificam.
As tensões entre os grupos aumentaram e nem todos as disputas por terras são baseados na religião. No entanto, o HART “sugere que religião e ideologia desempenham um papel fundamental”.
“Nossa casa está destruída. O hospital foi queimado. Eles tentaram queimar o teto da igreja empilhando as cadeiras, como uma fogueira ”, disse um sobrevivente de Karamai. “A vida é assustadora por aqui. Às vezes, recebemos mensagens anunciando um novo ataque. Então nós corremos para nos esconder. Não temos como nos defender. Não temos armas para isso. Não há nenhum tipo de segurança ou apoio de vigilantes”.
Contexto
O relatório chocante surge apenas alguns meses depois que a Campanha do Jubileu, uma ONG de direitos humanos, disse ao Tribunal Penal Internacional que “o padrão de genocídio já foi atingido” na Nigéria.
“Estamos discutindo há vários anos, bem como com o Tribunal Penal Internacional, que esses foram crimes contra a humanidade … acredito legalmente que agora estamos subindo ao lugar do genocídio”, disse a diretora de campanha, Ann Buwalda.
A Missão Portas Abertas (EUA), que apoia a Igreja perseguida em todo o mundo, classificou a Nigéria como a 12ª pior nação do mundo no que diz respeito a perseguição aos cristãos.
“Algo tem que mudar com urgência”, disse o relatório. “Quanto mais toleramos esses massacres, mais encorajamos os agressores. Damos a eles um ‘sinal verde’ para continuar matando”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

O DIA DO PASTOR PRESBITERIANO: O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO?


O Dia do Pastor Presbiteriano: O que você tem a ver com isso?

“Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus . . .”
(Hebreus 13.7)

O dia 17 de dezembro é celebrado na Igreja Presbiteriana do Brasil como “o Dia do Pastor Presbiteriano”. Essa data marca a ordenação do primeiro pastor presbiteriano brasileiro ao sagrado ministério, ou seja, José Manuel da Conceição, em 1865. José Manoel era um ex-padre que, após ser excomungado da igreja Católica Romana por aceitar a fé evangélica, foi devidamente discipulado e posteriormente ordenado pelo Presbitério do Rio de Janeiro, sob a presidência do Rev. Ashbel Green Simonton.
O ministério de José Manoel da Conceição foi caracteristicamente itinerante, visitando as cidades onde ele havia servido como padre. Todavia, antes mesmo de sua ordenação ao pastorado, o “padre evangélico”, como era conhecido, já visitava famílias orando e pregando a Palavra de Deus. Esse trabalho se intensificou após a sua ordenação e como resultado de seus esforços na evangelização de católicos romanos ele foi perseguido e muito sofreu pelo Evangelho. Como fruto de seu trabalho, foram estabelecidas igrejas em Brotas, Americana, Santa Bárbara e várias outras cidades. No dia 25 de dezembro de 1873, Conceição morreu em Barra do Piraí, RJ, após ter pedido que queria “ficar a sós com Deus”.[1]
Em lembrança ao legado de José Manoel, foi estabelecido um dia para os pastores presbiterianos e suas famílias celebrarem a bênção de poderem servir ao Supremo Pastor apascentando o rebanho comprado pelo sangue de Cristo. Esse dia marca, também, a oportunidade para que os membros da Igreja Presbiteriana do Brasil expressem a gratidão e apreço aos seus pastores pelo trabalho realizado. Todavia, como bem observa Jeremias Pereira,
. . . no dia do pastor muitos serão lembrados; outros nem um abraço receberão. Muitos ganharão presentes, abraços e boas palavras; outros, talvez, nada receberão ou podem até receber um presente que foi motivo de contenda, pois nem todos queriam cooperar para que a igreja doasse aquele presente.[2]
De fato, nenhum pastor conseguirá atender as expectativas de todos os membros de sua congregação. Também, nem todo pastor cuida do rebanho a ponto de ter o seu trabalho facilmente reconhecido pelas suas ovelhas. Ainda assim, considerando o princípio bíblico de acatar com apreço os que trabalham presidindo e exortando o rebanho (1Ts 5.12-13), é dever do crente expressar gratidão àqueles que cumprem fielmente o pastorado. Além do mais, o crente ainda é exortado a se lembrar especialmente daqueles que pregam a Palavra de Deus (cf. Hb 13.7) e o membro da IPB pode fazer isso de maneira especial, no dia 17 de dezembro.
                Com o objetivo de facilitar o reconhecimento ao pastor presbiteriano pelo seu pastoreio, sugerimos abaixo algumas formas práticas, simples, mas significativas, de como cada cristão pode proceder. Certamente essas atitudes não se limitam apenas a um dia do ano, mas essa data deveria nos motivar a uma reflexão mais dinâmica sobre o assunto.
  1. Respeite a liderança do seu pastor.  O escritor bíblico exorta os leitores da carta aos Hebreus a serem obedientes e submissos aos seus guias espirituais, pois eles cuidam da alma de cada ovelha no rebanho (cf. Hb 13.17). Essa atitude, segundo o texto, beneficia não apenas o obreiro,
que realizará o seu trabalho com alegria, mas também o crente, que é assistido pelo cuidado do pastor. A implicação do princípio bíblico é que obedecer é uma forma de expressar honra e gratidão a alguém. Muitos líderes se sentem completamente frustrados e decepcionados quando, depois de se dedicarem tanto em prol dos liderados, recebem apenas críticas, contestações e insubmissão. O pastor tem grande dificuldade e desestímulo em continuar cuidando da ovelha recalcitrante. Logo, honre o seu pastor sendo obediente aos seus ensinamentos.

  1. Procure conhecê-lo melhor. Ainda que todo crente saiba, na teoria, que deve desenvolver um relacionamento mais próximo com o seu pastor, o fato é que na prática, muitas vezes, ele só se lembra do ministro quando necessita dos seus cuidados, conselhos ou trabalho. Mas, aquele homem do púlpito que parece possuir convicções fortes, o controle completo das situações e estabilidade emocional em todos os momentos também é humano e frágil. Como todo ser humano, o pastor tem necessidades espirituais, físicas, emocionais e relacionais. Ele também necessita de conselhos e instruções para diferentes áreas de sua vida. Portanto, procure conhecer melhor o seu pastor e assim você saberá como ajudá-lo eficazmente.

  1. Respeite a esfera de trabalho do seu pastor. Pelo fato de estar disponível para atender ao rebanho, muitos pastores acabam fazendo coisas que estão fora de sua competência. Pior ainda, há alguns membros da igreja que se aproveitam da disposição e bondade do pastor e solicitam que ele faça coisas que, além de não ter qualquer relação com o ministério pastoral, acabam atrapalhando que ele exerça o pastoreio devidamente. Há aqueles que esperam que o pastor seja o secretário da igreja, o office-boy do Conselho ou até o zelador a cuidar da limpeza e do bom funcionamento das dependências do templo. Se o pastor mora próximo à igreja, então ele deve estar sempre pronto a “correr com as chaves” quando alguém precisar ter acesso à propriedade. Além de desrespeito para com a vocação ministerial daquele que foi chamado para se afadigar “na palavra e no ensino” (1Tm 5.17), essa pressão acaba impedindo que outras pessoas no Corpo de Cristo ofereçam sua contribuição e exercitem seus dons. Logo, uma boa e simples maneira de honrar o seu pastor é respeitando a esfera de atuação dele.

  1. Cumpra os seus deveres como cristão e membro da igreja local. O apóstolo Paulo insiste que os cristãos olhem para a igreja não apenas como uma organização, mas como um organismo, ou seja, um corpo (cf. 1Co 12). Sendo um corpo, cada membro da igreja possui sua função específica e essa deve ser exercitada não apenas para a glória de Deus, mas para a manutenção da saúde e o bom funcionamento do corpo. Quando isso acontece, o pastor que lidera e orienta os membros da igreja pode focalizar em outros aspectos específicos do seu trabalho e até render mais benefícios para a igreja onde ele serve. Grande parte da agenda do pastor é consumida fazendo coisas que são responsabilidades e deveres de outros membros da igreja local. Por exemplo, se você se comprometer em convidar pessoas para visitar a igreja, evangelizar, se dispor a dirigir pequenos grupos, ensinar na Escola Dominical, contribuir regularmente e tantas outras pequenas coisas, já imaginou a diferença que isso poderia fazer? De fato, se você participar regularmente das atividades da igreja e chegar no horário estipulado, já será motivo de grande alegria para o seu pastor. Todas essas coisas são deveres que um cristão maduro assume e elas contribuem para o bem-estar do Corpo de Cristo.

  1. Ore constantemente por seu pastor e família. Seu pastor necessita de suas orações. Na verdade, os próprios apóstolos careciam disso e Paulo geralmente solicitava às igrejas que intercedessem por ele e pelo seu ministério (cf. 1Ts 5.25 e 2Ts 3.1). São muitas as tentações e lutas enfrentadas por um ministro da Palavra. Existe a tentação ao desânimo quando a igreja não corresponde ao investimento de tempo e esforços, a luta para ser um exemplo de piedade para o rebanho e as dificuldades de manter a saúde emocional quando sua própria família é continuamente julgada e criticada. Também, há o fato de que quando Satanás consegue atingir, com suas investidas, o pastor ou algum membro da família, toda a igreja sofre. E, por isso, parece que o inimigo manifesta uma preferência por atacar os obreiros a serviço do Senhor. Logo, interceda diariamente pelo seu pastor, suplicando que a graça de Deus seja superabundante sobre a vida, família e ministério dele. Ao fazer isso, você estará honrando, de maneira especial, o pastor que Deus colocou para cuidar de sua vida e sua família.
Nesse dia 17 de dezembro, celebre o Dia do Pastor em sua Igreja Presbiteriana local! Reconheça os benefícios do seu ministério sobre sua vida e sobre o rebanho de Cristo. Porém, não limite essa celebração apenas a esse dia! Comprometa-se a estendê-la ao restante de sua vida cristã e ao seu crescimento espiritual.
Valdeci Santos 
[1] MATOS, Alderi S. A vida do Rev. José Manoel da Conceição. Disponível em: https://agrestepresbiteriano.com.br/a-vida-do-rev-jose-manoel-da-conceicao/.
Acesso em: 10/12/2018.
[2] PEREIRA, Jeremias. 17 de dezembro - dia do pastor presbiteriano. Disponível em: https://www.oitavaigreja.org.br/17-de-dezembro-dia-do-pastor-presbiteriano/. Acesso em 10/12/2018.

Davi e Bate-Seba: Escolhas erradas, consequências trágicas

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DAVI E BATE-SEBA: ESCOLHAS ERRADAS, CONSEQUÊNCIAS TRÁGICAS
Texto Básico: 2 Samuel 12.15-25

INTRODUÇÃO
É muito comum vermos as pessoas fazerem suas escolhas sem pensar nas consequências que elas trarão. Para muitos, e talvez para nós mesmos, o que vale na hora da escolha é o prazer imediato e a vantagem que se obterá. A preocupação com as consequências e implicações é mínima ou, até mesmo, inexistente. Esse imediatismo, infelizmente, tem afetado muitas pessoas e não são poucos os crentes que seguem por esse caminho. O resultado são inúmeros conflitos e dramas familiares.
A história de Davi e de seu adultério com Bate-Seba, serve para demonstrar que na vida não podemos fazer nossas escolhas de modo inconsequente. Todas as escolhas que fizermos trarão consequências, que podem ser boas ou ruins. Elas nos aproximarão ou nos afastarão de Deus.
Hoje veremos como escolhas erradas resultam em consequências trágicas e como devemos reagir quando isso acontecer conosco, dado o nosso pecado.
I. A FALTA DE VIGILÂNCIA ESPIRITUAL
As escolhas erradas de Davi e Bate-Seba foram derivadas de atitudes espirituais apáticas, as quais denunciam a falta de vigilância. Embora o texto bíblico enfatize o pecado de Davi, não podemos deixar passar de modo despercebido a conivência de Bate-Seba com os fatos. Diante de tudo, não há o registro de qualquer protesto contra aquela situação, nem mesmo um mínimo indício de reprovação ou desconforto. Por isso, consideramos que a sua participação também foi decisiva para a prática do pecado.
Para entender o que ocorreu com Davi e como um “homem segundo o coração” de Deus (1Sm 13.14; At 13.22) pôde trazer ruína para a sua vida e família, precisamos entender o que estava acontecendo com ele, e em que circunstâncias sua escolha ocorreu.
Em 2 Samuel 11.1, temos o contexto em que Davi comete adultério com Bate-Seba: “…no tempo em que os reis costumam sair para a guerra [...] Davi ficou em Jerusalém”. Tais palavras parecem uma crítica a atitude de Davi e apontam para as circunstâncias em que pecou. Ao que parece, Davi negligenciou as suas obrigações como rei de Israel. Ele deveria ter acompanhado seu exército, mas preferiu ficar em sua casa na ociosidade, a descansar e passear, enquanto seus homens estavam em batalha (veja o verso 2 e compare-o com os versos 1 e 11).
A escolha de Davi foi determinada por sua atitude de negligenciar seus deveres como servo de Deus, visto que a posição que ocupava fora estabelecida pelo próprio Deus. O Senhor o havia ungido como rei para governar e estar à frente de Israel.
Conforme 2Samuel 11.2, em sua ociosidade e negligência, Davi ao olhar pelo terraço de sua casa avistou uma mulher, que era mui formosa, tomando banho. A narrativa dos fatos dá entender que Davi agiu de forma descuidada. Estava onde não deveria estar e olhou o que não podia olhar e cobiçou o que não era seu. Talvez, as grandes conquistas de Davi (narradas no livro de 2Samuel, principalmente nos capítulos 8 a 12), a posição de segurança e o conforto que havia alcançado, tivessem “subido à sua cabeça”, e nesse momento o orgulho tomado conta de seu coração, a ponto de “baixar a guarda” espiritual de seu coração, ou seja, ele havia deixado de vigiar e esquecido que a carne é fraca (Mt 26.41; 1Co 10.12).
A história do adultério de Davi nos ensina como é necessário cuidarmos de nossa vida espiritual, mantendo constante vigilância, para não fazermos escolhas erradas. Davi subestimou a sua natureza pecaminosa, esquecendo-se de que ainda era um pecador e precisava vigiar sempre. Se tivesse agido diferente, não teria tomado a decisão de olhar pelo terraço e mandar buscar para si a mulher que não era sua esposa.
Ainda hoje, muitos caem em tentações, como Davi caiu, por subestimarem os perigos espirituais. Quantos são aqueles que fazem escolhas erradas, escolhendo o adultério, a fornicação, simplesmente porque olharam “pelo terraço”, acessaram aquela página na internet com imagens impróprias, que não deveriam acessar, cederam à tentação de dar uma olhadinha apenas, e isto desencadeou outras atitudes e escolhas que resultaram em ruína.
O que Jesus ensina em Mateus 5.27-32 deve ser levado em conta, para não fazermos escolhas semelhantes as escolhas de Davi. Vigiemos para não cairmos em tentação, fazendo escolhas que nos conduzam à ruína.
II. ESCOLHAS ERRADAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A decisão de Davi, após olhar para Bate-Seba, de mandar buscá-la e deitar-se com ela, cometendo adultério, desencadeou em outras escolhas erradas, na tentativa de esconder seu pecado. Tudo isso, inevitavelmente, resultou em terríveis consequências não só para eles, mas também, para suas respectivas famílias.
Após ter-se deitado com Davi, Bate-Seba achou-se grávida (2Sm 11.4-5). E quando informado disso, na tentativa de esconder o que havia feito, Davi mandou buscar Urias, esposo de Bate-Seba, sugerindo-lhe que retornasse para sua casa. O intenção de Davi, friamente calculada, era que Urias se deitasse com sua esposa (11.6-8), pois, uma vez que tivesse contato íntimo com Bate-Seba, provavelmente consideraria que o filho que ela estava gerando fosse seu – assim, tudo estaria resolvido e Davi e Bate-Seba teriam encoberto sua transgressão.
Urias, no entanto, não aceitou ir para casa, deitando-se à porta da casa real. Ele se sentia mal diante daquele “privilégio”, pois sabia que seus companheiros estavam no desconforto da batalha. Ele julgava-se no dever de voltar para ajudá-los. Isto levou o rei Davi a tomar outra escolha errada. Por meio do próprio Urias, ele encaminhou uma carta a seu oficial Joabe, para que o colocasse no local da batalha onde a peleja estivesse mais difícil, para que então fosse ferido e morresse. E foi o que aconteceu. Urias foi morto e Davi tomou Bate-Seba para ser sua mulher. Para Davi parecia que tudo estava resolvido.
Na vida as escolhas erradas que fazemos, sempre terão suas consequências. O que sucedeu com Davi e Bate-Seba é demonstração disto. Aprendemos na Bíblia que aquilo que semearmos isso ceifaremos (Gl 6.7). “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gl 6.8). Davi e Bate-Seba semearam corrupção e tiveram que colher as consequências de seus atos. Isto porque de Deus não se zomba (Gl 6.7). Os homens podiam ignorar o que Davi e Bate-Seba fizeram, mas Deus que sonda os corações e conhece todas as coisas, sabia o que eles haviam feito (Sl 139). Nada ficou encoberto aos olhos do Senhor, que no tempo próprio enviou até Davi o profeta Natã, para repreendê-lo (2Sm 12.1-15).
Nas palavras do Senhor por intermédio do profeta Natã, as ações pecaminosas de Davi e as suas escolhas erradas, teriam consequências que afetariam tanto ele como a Bate-Seba e a sua família, por um longo período da vida deles. Situações surgiriam como resultado do pecado deles, mas também como manifestação do juízo de Deus por causa de suas transgressões. Davi demonstrou-se arrependimento pelo que fez, foi perdoado (2Sm 12.13), mas ainda assim teve de enfrentar as consequências das suas escolhas.
Primeiro, foi a morte do filho que Bate-Seba estava gerando: “o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera à luz a Davi; e a criança adoeceu gravemente” e “ao sétimo dia morreu a criança” (2Sm 12.15,18).
Depois, surgiram outras consequências. O Senhor por intermédio do profeta Natã, profetizou que a espada jamais se afastaria da casa de Davi. Assim como Urias foi morto de forma violenta, assim também a violência não se apartaria da casa de Davi. Então, tempos depois, seu filho Absalão, assassinaria seu próprio irmão Amnom, como vingança, por ter este estuprado a irmã deles, Tamar (2Sm 13.1-36). Isso fez com que Joabe matasse Absalão (2Sm 18.14-15).
Mas estas não foram as únicas e trágicas consequências. Conforme as palavras do Senhor, da própria casa de Davi, seria levantado alguém que tomaria suas mulheres e se deitaria com elas à vista de todos (2Sm 12.11-12). Aquilo que o rei havia feito as escondidas, agora seria realizado as claras. Isso começou a se cumprir quando Absalão pôs fim a sua fuga, depois de matar seu irmão Amnom, retornando para sua casa. Ele se revoltou contra seu pai Davi, que teve de fugir por causa de sua conspiração, incitando o povo contra o rei. Então, Absalão deitou-se com as concubinas de Davi (2Sm 16.20-23). Davi enfrentou em tal situação grande angústia (Sl 3) visto que, era perseguido por seu próprio filho, que cessou de persegui-lo, somente depois que foi morto por Joabe, oficial do exército de Davi. Somente com a morte de seu filho, Davi teve seu reino restituído e pôde voltar para sua casa (2Sm 19.11-15).
A história de Davi e Bate-Seba, de suas escolhas erradas e consequências trágicas, permanece por todos os tempos, como um alerta para todo crente na hora de fazer suas escolhas. Para todas escolhas erradas existe um preço a ser pago. Dependendo das escolhas erradas que fizermos, o preço poderá ser alto demais, como foi o preço pago por Davi e Bate-Seba. Portanto, sabendo que não podemos ser inconsequentes em nossas escolhas, procuremos fazer escolhas acertadas, sempre fundamentadas na Palavra de Deus.
III. A BÊNÇÃO DO PERDÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A despeito dos pecados cometidos principalmente por Davi, e também por Bate-Seba, Deus os perdoou. O perdão foi declarado logo depois de Davi reconhecer sua culpa: “…disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás” (2Sm 12.13). Já foi demonstrado que Davi colheu consequências por causa de suas culpas. Isto quer dizer que receber perdão divino não implica na anulação das consequências das suas escolhas.
No salmo 51, escrito por Davi quando o profeta Natã foi ter com ele, depois de haver ele possuído Bate-Seba, encontramos a confissão do rei de forma bastante detalhada, na qual reconhece suas culpas. Davi demonstra nesse salmo a certeza que tem de que Deus pôde perdoá-lo e restaurar sua vida, restituindo-lhe a alegria da salvação (Sl 51.12).
Se por um lado, a história de Davi serve como alerta de como podemos cair em tremenda transgressão e ruína espiritual, por outro, por maior que seja a nossa culpa, mesmo que seja na proporção da culpa de Davi, ou até maior, aprendemos sobre a grandeza da ação misericordiosa de Deus. Na descrição do perdão divino concedido a Davi, podemos entender a profundidade das palavras do profeta Jeremias: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22-23).
Por maior que seja a culpa de alguém, não é suficiente grande em comparação a grandeza do amor e misericórdia de Deus, que são manifestados em Cristo Jesus, mediante o seu sacrifício na cruz (Rm 5.1-11). Paulo diz que “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20). Por maior que fosse a culpa e os pecados de Davi, a graça do Senhor era muito maior, sendo poderosa para perdoá-lo e superar sua culpa.
O perdão de pecados está disponível a todos que arrependidos confessarem os seus  pecados a Deus (1Jo 1.9). As Escrituras nos levam à certeza de que todas as vezes que confessarmos os nossos pecados, Deus em sua fidelidade e justiça, satisfeitas inteiramente em Cristo, nos perdoará. Davi foi perdoado imediatamente após ter reconhecido sua culpa (2Sm 12.13).
É preciso, também, entender que a certeza do perdão de Deus não deve servir como licença para pecar (Rm 6.1-14). Ela serve de conforto e amparo para que, quando pecarmos, podermos recorrer a nosso Advogado e lhe suplicar auxílio e perdão (1Jo 2.1-2). Temos de nos esforçar para não fazermos   escolhas erradas, que nos levem ao pecado. Mas se pecarmos, temos a certeza confortadora do perdão.
Além da bênção do perdão, Davi e Bate-Seba foram abençoados com um filho. Assim nasceu Salomão. Com esse nascimento seus pais foram consolados pela perda do primeiro filho. A essa criança o profeta Natã havia dado o nome de Jedidias, que significa literalmente “Amado do Senhor”. Este seria também alguém usado por Deus em seu serviço, pois se tornaria rei em lugar de seu pai e seria o responsável pela construção do templo de Jerusalém (2Cr 3.1-2). Salomão se destacou por sua grande sabedoria (2 Cr 1.7-13).
O nascimento de Salomão é a demonstração de que Deus está sempre pronto a abençoar seus servos, a despeito de não merecerem nada de suas mãos. Podemos perceber como a graça de Deus supera nossos pecados e deméritos. Davi havia se arrependido, recebido o perdão e agora tinha a oportunidade, juntamente com Bate-Seba, de ser instrumento das bênçãos de Deus e alvo de sua graça.
O fato mais significativo relacionado ao nascimento de Salomão está em que dele descenderia Cristo Jesus. Isto é destacado por Mateus na genealogia que apresenta de Jesus: “Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias” (Mt 1.6). Nota-se que Mateus, inspirado pelo Espírito Santo ao escrever sobre a genealogia de Cristo, não deixou de lembrar que Salomão era filho de Davi com a mulher que fora esposa de Urias. Apesar do pecado de Davi e Bate-Seba, a graça do Senhor tornou possível, por meio deles, o nascimento daquele de quem descenderia o Messias.
Por meio desses fatos, que demonstram a bênção de Deus sobre Davi e Bate-Seba, somos encorajados e confortados, pois verificamos que os pecados perdoados do passado não podem interferir ou impedir que sejamos abençoados por Deus. Deus não mais se lembra das transgressões passadas praticadas por nós e perdoadas em Cristo. Assim não deixa de derramar sobre nós suas bênçãos.
CONCLUSÃO
A história de Davi e Bate-Seba, demonstra que na vida cada escolha feita de forma errada resultará em consequências desastrosas. Vimos que a escolha de Davi foi determinada por seu descuido espiritual. No entanto, apesar do grande pecado cometido por ele e Bate-Seba, dos desdobramentos de suas escolhas e das trágicas consequências, Deus demonstrou sua graça e amor, restaurando-os, perdoando-os e ainda mais, concedendo a eles a oportunidade de terem outro filho, de quem descenderia o Messias, o Salvador Jesus.
APLICAÇÃO
Agora que você aprendeu sobre Davi e Bate-Seba e sobre as consequências trágicas de suas escolhas, avalie sua vida verificando em quais áreas você tem pecado contra o Senhor. Confesse cada um dos seus erros e dispondo-se a abandoná-los. Lembre-se de que é indispensável você manter vigilância para que suas escolhas sejam sempre feitas segundo a instrução da Palavra de Deus. E não se esqueça de sempre render louvores ao Senhor pelo perdão que ele concede a você, bem como, por sua infinita graça que é revelada na continuidade de suas bênçãos em sua vida, apesar de seus erros.
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Nossa Fé -– Casais da Bíblia. Usado com permissão
Texto Básico: 2 Samuel 12.15-25
Leitura Diária
Domingo: Mt 26.36-46 – Vigiai e orai
Segunda: 1Co 10.1-13 – Um cuidado necessário
Terça: Mt 5.27-32 – Atitudes preventivas
Quarta: Gl 6.6-10 – Semear e colher
Quinta: Sl 51.1-19 – Confissão e arrependimento
Sexta: Sl 32.1-11 – O perdão traz a bênção
Sábado: 1Jo 1.5–2.2 – A certeza do perdão

Fonte:Ultimato

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