PARE, LEIA E PENSE!
Por Ruy Marinho
Me preocupa muito o conceito atual de “Igreja” que muitas denominações possuem. Hoje vemos muitas igrejas investindo verdadeiras fortunas em construções enormes e luxuosas, mármores, madeiras caríssimas, exageros e mais exageros, milhares e milhares de lugares, tudo para construir um “templo” para Deus. Fico acompanhando a construção destas mega-igrejas e as chamadas “campanhas” que são feitas para arrecadar as “ofertas” para tal construção. Muitos membros dessas igrejas são seriamente pressionados a estar “lançando sua oferta” para a construção do templo, se não ofertar a pessoa corre o risco de ficar de fora da “benção e da unção especial”.
Não tenho nada contra a arrecadação para construção de um local onde a igreja possa se reunir, pois a necessidade em nosso contexto nos implica a termos um local onde possa acomodar todo o corpo de Cristo. Porém o que vemos por aí é totalmente diferente. Existe muito exagero, enquanto muita gente, até mesmo da própria igreja passam dificuldades financeiras gravíssimas, gastam-se com fortunas para a construção destes luxuosos prédios “5 estrelas”, com direito a camarotes para pregadores e cantores gospel convidados, locais de "honra" para membros da direção da congregação. Uma verdadeira "acepção de pessoas".
Dá para chegar de helicóptero: O templo Mega Fráter, na Guatemala,
possui heliporto e uma torre de estacionamento com sete andares.
Seu nome significa Grande Irmão. É o maior templo da congregação
Fraternidade Cristã, com capacidade para 12 000 pessoas
Parece um Maracanã Nos Estados Unidos, o pastor Joel Osteen,
da Igreja Lakewood, prega para uma multidão de 16 000 fiéis
num ginásio esportivo convertido em templo
ao custo de 95 milhões de dólares.
da Igreja Lakewood, prega para uma multidão de 16 000 fiéis
num ginásio esportivo convertido em templo
ao custo de 95 milhões de dólares.
O impacto da luz: Por fora, a Catedral de Cristal, na Califórnia,
lembra um prédio de escritórios. Por dentro, as 10 000 placas de vidro
proporcionam uma iluminação natural destinada a "elevar os espíritos"
lembra um prédio de escritórios. Por dentro, as 10 000 placas de vidro
proporcionam uma iluminação natural destinada a "elevar os espíritos"
A fé dos coreanos: A Igreja Yoido Full Gospel, na Coréia do Sul,
e sua imensa mesa de som e iluminação. Os sermões são
transmitidos em coreano, árabe, inglês, japonês e mais cinco idiomas
e sua imensa mesa de som e iluminação. Os sermões são
transmitidos em coreano, árabe, inglês, japonês e mais cinco idiomas
É chocante! Acreditem: Igrejas carismáticas estão trazendo de volta a lei! Com direito a chofás proféticos, bandeiras de Israel para todos os lados, nomes pronunciados em hebraico, etc... Há quem confunda o Templo judaico com os templos cristãos, atribuindo a estes a designação de “casas de oração” que, como se pode ler nos evangelhos (Mt 21:12-17, Mc 11:15-18, Lc 19:46, Jo 2:13-16) se referem ao Templo judaico, onde, aliás, Jesus fez tal pronunciamento quando expulsou dele os vendilhões que o profanavam.
Também é costume apelar a um certo tipo de “reverência” nos templos cristãos, usando um texto, em Eclesiástes 5:1: “Guarda o teu pé quando fores à casa de Deus...” Ora, essa casa, no contexto vetero-testamentário é certamente o templo judaico. Quem aplica hoje esse texto às casas de culto cristão, talvez defenda um culto em que não haja lugar para o convívio entre os participantes, e se pretenda dar mais ênfase a uma espécie de silêncio supersticioso nesse lugar “sagrado”, como se ele fosse mais sagrado do que qualquer outro. Seja como for, parece-nos que aquele texto não pode fundamentar essa pretensão.
Há muitas práticas e atitudes “judaizantes” no cristianismo atual. Estas e outras, de que talvez uma das mais graves é a ênfase que certas igrejas dão ao Antigo Testamento, baseando nele lições e prédicas, sistematicamente, de tal modo que, por vezes, num culto dito “de pregação do Evangelho” não está presente Evangelho nenhum, nem é anunciado Jesus, o Cristo, a Palavra de Deus viva e vivificadora. Apenas antiguidades éticas, poéticas ou históricas, algumas arrepiantes, mas não as Boas Novas de alegria, de paz, de esperança e de amor. Essas igrejas, por vezes, mais parecem sinagogas do que comunidades cristãs. São as chamadas igrejas apostólicas proféticas, muitas delas adeptas ao G12 e similares.
Afinal, desde quando houve "templos" cristãos? Não foi o próprio templo, globalmente, a principal recuperação material proveniente do paganismo?
Os cristãos primitivos tinham templos? O Templo de Jerusalém era um templo cristão? Obviamente que não. Os cristãos, até ao quarto século, reuniam-se em casas particulares, como podemos verificar em múltiplas passagens, por exemplo em Romanos 16:5 e 1 Co 16:19. Mais tarde, chegaram a reunir-se em catacumbas, refugiando-se das ferozes perseguições de que foram alvo. Também se juntavam nas sinagogas e no Templo de Jerusalém, mas esses não eram os seus espaços. Esses espaços pertenciam aos judeus. Os mesmos freqüentavam para dar testemunho de Cristo aos israelitas, procurando evangelizá-los.
Dizem os construtores dos “mega-templos” que estão construindo um “palácio para Deus”. Fico imaginando como essas pessoas interpretam Atos 7:48 onde diz que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Será que não sabem que Deus jamais habitará em palácios feitos por homens?
Agora, o pior é colocar ainda a salvação do crente vinculada à igreja (templo), ou seja, se não estiver na igreja (templo), está no mundo e não é salvo. Que falta de sabedoria Bíblica!
Por causa desta grande confusão, quero aqui colocar minha análise sobre o assunto. Espero que este artigo sirva de alerta ao Povo de Deus.
Primeiramente precisamos analisar o que não é Igreja e o que é Igreja.
Vou transcrever um texto que saiu na revista Ultimato que expressa exatamente este pensamento:
Igreja não é templo, não é sinagoga, não é mesquita. Não é o santuário onde os fiéis se reúnem para cultuar a Deus. Igreja é gente, e não lugar. É a assembléia de pecadores perdoados; de incrédulos que se tornam crentes; de pessoas espiritualmente mortas que são espiritualmente ressuscitadas; de apáticos que passam a ter sede do Deus vivo; de soberbos que se fazem humildes; de desgarrados que voltam ao aprisco.
Igreja é mistura de raças diferentes, distâncias diferentes, línguas diferentes, cores diferentes, nacionalidades diferentes, culturas diferentes, níveis diferentes, temperamentos diferentes. A única coisa não diferente na Igreja é a fé em Jesus Cristo.
A Igreja não é igreja ocidental nem igreja oriental. Não é Igreja Católica Romana nem igreja protestante. Não é igreja tradicional nem igreja pentecostal. Não é igreja liberal nem igreja conservadora. Não é igreja fundamentalista nem igreja evangelical. A Igreja não é Igreja Adventista, Igreja Anglicana, Igreja Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Congregacional, Igreja Deus é Amor, Igreja Episcopal, Igreja Holiness, Igreja Luterana, Igreja Maranata, Igreja Menonita, Igreja Metodista, Igreja Morávia, Igreja Nazarena, Igreja Presbiteriana, Igreja Quadrangular, Igreja Reformada, Igreja Renascer em Cristo nem igrejas sem nome.
A Igreja é católica (universal), mas não é romana. É universal (católica) mas não é a Universal do Reino de Deus. É de Jesus Cristo, mas não dos Santos dos Últimos Dias. Porque é universal, não é igreja armênia, igreja búlgara, igreja copta, igreja etíope, igreja grega, igreja russa nem igreja sérvia. Porque é de Jesus Cristo, não é de Simão Pedro, não é de Martinho Lutero, não é de Sun Myung Moon, não é de Bento XVI.
Em todo o mundo e em toda a história, a única pessoa que pode chamar de minha a Igreja é o Senhor Jesus Cristo. Ele declarou a Cefas: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).
Não há nada mais inescrutável e fantástico do que a Igreja de Jesus Cristo. Ela é o mais antigo, o mais universal, o mais antidiscriminatório e o mais misterioso de todos os agrupamentos. Dela fazem parte os que ainda vivem (igreja militante) e os que já se foram (igreja triunfante). Seus membros estão entrelaçados, mesmo que, por enquanto, não se conheçam plenamente. Todos igualmente são “concidadãos dos santos” (Ef 2.19), “co-herdeiros com Cristo” (Ef 3.6; Rm 8.17) e “co-participantes das promessas” (Ef 3.6). Eles são nada menos e nada mais do que a Família de Deus (Ef 2.19; 3.15). Ali, ninguém é corpo estranho, ninguém é estrangeiro, ninguém é de fora. É por isso que, na consumação do século, “eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3).
A Igreja de Jesus, também chamada Igreja de Deus (1 Co 1.2; 10.22; 11.22; 15.9; 1 Tm 3.5 e 15), Rebanho de Deus (1 Pe 5.2), Corpo de Cristo (1 Co 12.27) e Noiva de Cristo (Ap 21.2), tem como Esposo (Ap 21.9), Cabeça (Cl 1.18) e Pastor (Hb 13.20) o próprio Jesus.
Agora que sabemos o que não é igreja e o que é igreja, vamos para uma análise teológica.
A tradicional diferença entre igreja visível e igreja invisível não significa a existência de duas igrejas. A Igreja é uma só (Ef 4.4). A igreja invisível é aquela que reúne o número total de redimidos, incluindo os mortos, os vivos e os que ainda hão de nascer e se converter. Eventualmente pode incluir pecadores arrependidos que nunca freqüentaram um templo cristão nem foram batizados. Somente Deus sabe quantos e quais são: “O Senhor conhece os que lhe pertencem” (2 Tm 2.19). A igreja visível é aquela que reúne não só os redimidos, mas também os não redimidos, muito embora passem pelo batismo cristão, se declarem cristãos e possam galgar posições de liderança. É a igreja composta de trigo e joio, de verdadeiros crentes e de pseudocrentes. Dentro da igreja visível está a igreja invisível, mas dentro da igreja invisível nunca está toda a igreja visível. A Igreja de Jesus é uma só, porém é conhecida imperfeitamente na terra e perfeitamente no céu.
(Fonte: http://www.ultimato.com.br/)
Em 1º lugar, Jesus afirmou categoricamente que o local de adoração não é nem em Jerusalém (Templo judaico) nem em Samaria, nem num monte nem no outro, pois Deus é espírito e o importante é que o adoremos em espírito e em verdade (Jo 4:20 e 24), seja onde for. Quando Jesus expirou na cruz, o véu do Templo rasgou-se de alto a baixo (Mc 15:38) e, cerca de 70 anos depois, toda a cidade de Jerusalém foi destruída (Lc 19:43-44, Mt 24:1-2), incluindo o próprio Templo, do qual resta apenas o muro das lamentações, como se sabe.
Templo de Deus é Jesus, o mesmo disse: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei.” – referindo-se ao seu corpo. (Jo 2:19-21).
Templo de Deus somos nós: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em vós...?” ( 1 Co 3:16-17 e 6:19)
A IGREJA SÃO AS PESSOAS
Na verdade a essência do conceito cristão de Igreja não são quatro paredes, não são ogivas e vitrais, não são cúpulas e abóbadas, não é uma torre sineira ou um claustro. Também não é um edifício ao qual se justapõe uma cruz como símbolo ou outro qualquer elemento. Não são mega-templos construídos com ouro, mármore, madeiras caras, nem tampouco galpões enormes com altares vermelhos e púlpito de madeira serejeira.
Através da Bíblia vemos claramente que a Igreja são as pessoas.
A palavra para Igreja no original Grego é “Ekklesia”, que significa “Assembléia de pessoas - congregação - reunião". Ou seja, "são pessoas que se reunem" e não o local onde as mesmas se reunem.
A Igreja não é o templo para a habitação de Deus. Deus não habita num templo feito de pedra ou de mármore mesmo que revestido de ouro. O templo não serve para transmitir a idéia de Deus nem para acolher a Deus.
A Bíblia é bem clara quando refere que Deus não habita em templos feitos pelas mãos dos homens.(At 7:48)
NÓS SOMOS AS CASAS DE DEUS
As casas em que Deus habita somos nós!
“Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; como diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? Não foi, porventura, a minha mão que fez todas estas coisas?” (Atos 7.48-50).
Deus nos criou para Ele e é precisamente na reconciliação que reside a essência do plano de salvação que Jesus veio para concretizar e consumou através da Sua morte e ressurreição. Através de Jesus temos acesso ao Pai e podemos viver permanentemente em Sua presença.
Jesus referiu a respeito de si próprio de uma forma muito clara e explícita:
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6).
O apóstolo Paulo quando pelo Espírito Santo escreve em primeira mão aos Coríntios e depois a todos em toda a parte e em todo o tempo afirma que somos templos em que o Espírito de Deus habita em nós: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Coríntios 6.19).
O mesmo apóstolo Paulo ainda escreve aos Corintos: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito Santo habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” (1 Coríntios 3:16-17)
O autor de Hebreus nos mostra exatamente a superioridade da Graça através de JESUS sobre a Antiga Aliança, a Lei de Moisés, e o mesmo mostra o que é a Casa de Deus na Nova Aliança:
“Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas das coisas é Deus. E Moisés era fiel, em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas; Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança.” Hebreus 3:4-6
Fomos edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, este fundamento é JESUS como pedra angular e, uma vez edificados no mesmo como pedras vivas deste novo edifício, somos a habitação de Deus no Espírito, sendo assim, parte deste edifício feito de pessoas na Nova Aliança:
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.” Ef 2:20-22
“também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” 1 Pe 2:5
A CASA DE ORAÇÃO
Este é o termo que por excelência traduzia o espaço em que nos reunimos para cultuar a Deus em conjunto e que infelizmente começa a cair em decadência.
Falar com Deus e ouvir Deus é o que significa a oração. Como Igreja nos congregamos para falar com Deus, ouvir Deus e falar de Deus.
Neste sentido a Casa de Oração é um espaço caracterizado não pela grandiosidade ou pela imponência, mas pela simplicidade e singeleza que não são sinônimas de mau gosto e desleixo, antes bem pelo contrário.
Uma Casa de Oração não é compatível com a idéia de uma “obra faraônica”, em que se projeta a ostentação e o poder financeiro.
Como cristão evangélico não defendo de modo algum a construção de catedrais ou basílicas, de mega-igrejas luxuosas que não soam bem com a prática de culto vivo, espontâneo, participativo, festivo, informal. Anseio pela possibilidade de espaços amplos e modestamente confortáveis para acolher todas as pessoas que desejam orar e cantar, louvar e adorar, celebrar e partilhar a fé no Deus que habita em pessoas de carne e osso que o recebem como único e suficiente Salvador e Senhor.
Nestes espaços não há lugar para os ídolos, para imagens, para santos de pedra e madeira, para símbolos pagãos ou para fetiches e amuletos místicos.
A Igreja do primeiro século, no período chamado paleocristão na História da Arte, reunia-se em espaços adaptados. Não temos que nos sentir demasiado desconfortáveis com o fato de nos dias de hoje devido a fatores de ordem politico-social e econômica muitos de nós nos reunirmos em espaços adaptados.
A CENTRALIDADE DA PALAVRA
Na Casa de Oração onde se juntam aqueles que “são Casa de Deus” o elemento que estrutura e organiza o espaço tem que ver com a Palavra através da qual Deus nos fala e nós ouvimos Deus falar. A Bíblia lida e explicada é o elemento central do espaço de culto cristão evangélico porque o alimento do cristão é a Palavra que sai da boca de Deus como Jesus referiu claramente citando as Escrituras: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mateus 4.4).
Era assim que acontecia na Igreja primitiva, foi assim que voltou a acontecer com o movimento da Reforma protestante e é assim que hoje em dia nos devemos manter, porque é este o padrão bíblico. Era assim também que sucedia na sinagoga judaica no tempo de Jesus Cristo conforme nos relatam os evangelhos: “Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então passou Jesus a dizer-lhes: Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.” (Lucas 4.16-21).
A COMUNHÃO DOS SANTOS
Dois outros elementos marcantes do espaço de culto são o batismo e a mesa da Ceia do Senhor aos quais está intimamente ligado à comunhão dos fiéis. Pelo batismo se expressa publicamente a morte para a velha vida e a ressurreição para a nova vida, e através da Ceia do Senhor celebramos a ressurreição de Jesus até que ele volte. Deixar de ter estes dois elementos na Igreja é caminhar para um buraco herético bem profundo e distante do verdadeiro Cristianismo.
Portanto, finalizo esta postagem desejando que, você que está lendo a mesma possa refletir sobre o verdadeiro significado da Igreja, o significado Bíblico, bem diferente do que vemos hoje em dia em muitas igrejas.
A igreja somos nós em sua essência, os pecadores que são salvos em Cristo Jesus pela graça, em comunhão e unidade, a Igreja invisível universal, porém visível em localidade. Igreja jamais será um templo de quatro paredes construídos por homens. O nosso culto a Deus nunca será resumido em um templo nas reuniões dominicais, em um local cheio de tradicionalismo, de hierarquias, ou de um tabernáculo neotestamentário onde precisaríamos de sacerdotes e de ofertas e olocaustos pelos nossos pecados. O nosso culto a Deus sempre será racional, com base na Palavra, em nossas próprias vidas, 24 horas por dia, pelo resto de nossa história, e também através de nossa unidade em Cristo como Igreja, vivendo crescendo como Corpo de Cristo verdadeiramente, tudo isto graças a Nova Aliança, através de Jesus temos acesso ao Pai, e temos a promessa de vida por toda a eternidade, Aleluia.
Realmente precisamos repensar nosso conceito de Igreja!
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Bereianos