segunda-feira, 31 de julho de 2017

Não tomemos o nome de Deus em vão

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Por Samuel Alves
Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” Êxodo 20:7. [i]

Eu sei que muitos cristãos se sentem constrangidos quando ouvem ou veem piadas que vão de encontro à fé que professam ou ao Deus que seguem. Neste texto nossa intenção é abordar a falta de observância de muitos cristãos que quebram constantemente o 3º mandamento sem observar a seriedade, severidade e exigência do mesmo. A observância e a obediência deste mandamento estão ligados estritamente ao nosso relacionamento correto com Deus, é o verdadeiro testemunho da santidade de Deus e, também, está relacionado ao nosso culto pessoal ao Deus triúno.

Neste 3º mandamento aprendemos sobre a santidade de Deus e que o mau uso do nome de Deus é irreverência. Todo cristão sério deve pensar e se expressar levando em consideração a devida sobriedade e reverência. Não se deve difamar o nome de Deus ou jurar falsamente em nome de Deus, nem muito menos usar piadas levianas levando o nome do Deus Santo. Somos instados pelas Escrituras a cultuar a Deus com a disposição de espirito que seja compatível com a dignidade e solenidade de tal exercício, levando em consideração a majestade de Deus com sinceridade, humildade e reverência. “Para temeres este nome glorioso e temível, o Senhor teu Deus” (Deuteronômio 28.58).

Precisamos entender que o nome de Deus diz muito a respeito de sua natureza e seus atributos. O nome de Deus é tomado em vão quando o usamos sem a devida consideração e reverência, quando lemos a Bíblia podemos observar que os serafins velam seus rostos diante da infinita majestade e glória de Deus. A.W Pink [ii] nos diz:
Existem apenas duas finalidades que podem autorizar o nosso uso de qualquer um de seus nomes, títulos e atributos: para a sua glória e para a nossa própria edificação e de outros. Qualquer coisa além disso é frívolo e perverso, não fornecendo base suficiente para fazermos menção de tão grande e santo nome, que é cheio de glória e majestade.

A citação acima aponta a seriedade e profundidade deste mandamento, precisamos afastar de nós toda hipocrisia. Precisamos destacar que é pecado seríssimo quando professamos hipocritamente em relação ao nome de Deus. O pecado do povo de Israel muitas vezes foi usar o nome de Deus e não obedecer à revelação contida neste nome, assim violava o mandamento.


O cristão deve levar em consideração a solenidade do nome santo de Deus, assim evitaríamos sermos chamados de levianos, irreverentes e praticantes do crime de perjúrio. R. Alan Cole [iii] comentando a passagem de Exôdo 20.7, nos diz o seguinte:
Não tomarás... em vão. No judaísmo mais recente, esta proibição envolvia qualquer uso impensado e irreverente do nome YHWH. Este só era pronunciado uma vez por ano, pelo sumo-sacerdote, ao abençoar o povo no grande Dia da Expiação (Lv 23:27). Em sua forma original, o mandamento parece ter-se referido a jurar falsamente pelo nome de YHWH (Levítico 19:12). Este parece ser o verdadeiro sentido do texto hebraico.

Ao voltarmos para o texto bíblico somos exortados a pensar seriamente e solenemente sobre nosso Deus e como nos relacionamos com Ele e com as pessoas em nosso dia a dia. É quase impossível andar nas ruas e não ouvir o nome de Deus sendo tratado com desprezo blasfemo. As novelas, programas televisivos e redes sociais são terríveis detratores do nome de Deus. Cabe a nós como povo de Deus, eleitos em Cristo, honrar e cultuar o nome santo do nosso Deus. Cessem todas as piadas e brincadeiras inoportunas usando o nome santo de Deus.


Portanto, a finalidade do 3º mandamento é afirmar a santidade de Deus. Não devemos profana-lo nem trata-lo irreverentemente. Este mandamento proíbe qualquer uso do nome de Deus de forma leviana, blasfema e insincera. Devemos reverenciar o nome divino porque tal nome revela o próprio caráter de Deus.

Soli Deo Gloria!

________________
Notas:
[i] https://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/20
[ii] Pink, Artur Walkington, 1986-1952. Os Dez Mandamentos; Tradução Claudino Batista Marra e Felipe Sabino de Araújo Neto – Brasília, DF: Publicações Monergismo, 2009. p.36.
[iii] R. Alan Cole, Exôdo. Ed. Vida Nova, 1981, p. 151.

***
Autor: Samuel Alves
Fonte: Electus

CONFERÊNCIA FILADÉLFIA: Negócios para a Glória de Deus

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negocios_adPode alguém glorificar a Deus nos negócios? Muitos pensam que não. Escândalos recentes relacionados a atividades desonestas e ilegais dentro de empresas públicas e também por companhias particulares tornaram mais provável a suspeita dos que acreditam que deve haver algo no mundo corporativo que tende de maneira inerente à desonestidade e ao crime.
Pense por um instante. Quantos foram os que ao indagarem: “Como posso servir a Deus com a minha vida? Como posso glorificá-lo?” receberam uma resposta do tipo: “Entre para o mundo dos negócios.”? Não é verdade que quando alguém diz a outra pessoa: “Eu trabalho em tal e tal negócio…”, quase nunca a ouve responder: “Que maneira maravilhosa de glorificar a Deus!”? A mentalidade que parece prevalecer é que nos negócios da profissão é quase (senão) impossível glorificar a Deus. Mas isso é exatamente o que a Bíblia declara ser o propósito de todas as coisas.
Muitos aspectos das atividades de negócios são moralmente bons em si mesmos e, em sua essência, rendem glória a Deus; embora também tenham grande potencial para mau uso e delito. Talvez seja por isso que a expressão “glorificar a Deus” soa quase como se pertencesse apenas ao ambiente de igreja, e jamais ao mundo dos negócios. Gente que pensa assim só consegue se imaginar glorificando a Deus se estiver prestando culto aos domingos; ou evangelizando; ou dizimando e ofertando; ou socorrendo o próximo; ou cultivando a fé e a oração. Sim, todas elas são maneiras apropriadas de se glorificar a Deus, jamais deverão ser negligenciadas, mas não são a única forma de louvor.
Os negócios, em essência, podem e devem ser feitos para a glória de Deus – não apenas quando eles contribuem para a obra que a igreja já está executando, mas como ministério exercido por quem os realiza. Dessa forma, aspectos das atividades de negócios, tais quais: propriedade, produtividade, emprego, transações comerciais (compra e venda), lucro, dinheiro, competição, entre outros, em vez de evitados ou abominados, sempre deverão ser encarados, refletidos e praticados à luz da Palavra de Deus, de forma a glorificar o Senhor (1Co 10.31).
Pensar dessa maneira e refletir sobre esse tema nos possibilitará obedecer ao mandamento: “Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei e orem ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela” (Jr 29.7). É assim na sua vida? Faça ser, pois negócios devem ser para a glória de Deus.
Pr. Leandro B. Peixoto

Ateu decide ler a Bíblia para confrontar os cristãos e se converte: “Deus se revela a nós”

O Dr. Greg Lehman era ateu e se orgulhava disso, mas um dia decidiu ler a Bíblia para confrontar seus vizinhos cristãos e isso fez sua vida mudar completamente.

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Apesar de ter uma situação financeira invejável, que incluía viagens por todo o mundo, carros de luxo e mansões, o Dr. Greg Lehman não se sentia feliz e satisfeito com sua vida. Segundo o médico norte-americano, que compartilhou seu testemunho ao Ministério OTG, ele se recusava a acreditar em Deus e sentia-se sempre frustrado e raivoso.
“Eu estava indo de uma coisa para a outra: comprava um carro novo, mas aquilo não me satisfazia. Então eu saía e comprava roupas novas ou fazia uma viagem”, disse Lehman em seu depoimento. “Eu tinha muitos passatemps. Eu fiz triatlo e também bebia vinhos como um hobby”.
Lehman era ateu e se orgulhava disso. Ele concluiu a faculdade de medicina, tinha um trabalho que lhe rendia um gordo salário, tinha uma esposa e dois filhos. Mas apesar de tudo isso, ele continuava se vendo como uma pessoa frustrada.
“Foi uma combinação de ‘você está triste’, ‘você está vazio’ com ‘você está com raiva’. Eu estava frustrado e me perguntava: ‘Por quê? O que há de errado comigo? Por que não me sinto realizado? Por que não sinto que consegui o que eu trabalhei toda a minha vida para alcançar?”, contou.
Dr. Lehman tentou mascarar o que ele estava sentindo por dentro, mas algo o alertava em seu coração: “Você está envergonhado, mas não vai contar para ninguém, vai manter isso dentro de você”.
“Então o que você acaba fazendo nessa situação é descontar esse sentimento em outras pessoas”, contou
Lehman acabou agindo dessa forma com as pessoas mais próxima a ele: sua esposa e seus filhos.
“Ele era um bom homem, mas tinha um pavio curto”, disse sua esposa, Ruth. “Ele era arrogante. Ele sentia que sempre estava certo”.
Se ele já ficava irritado com sua família, este sentimento era ainda mais forte contra seus vizinhos cristãos, porque ele achava que seu estilo de vida não se alinhava com a Bíblia.
Buscando se preparar para expor a hipocrisia do seu vizinho, Lehman começou a ler a Bíblia para conhecer mais sobre o cristianismo. Seu plano era confrontar as incoerências de seu vizinho com base nas próprias Escrituras Sagradas.
Mudança de planos
Mas parece que seu plano não atingiu o objetivo inicial, pois Lehman acabou sendo confrontado pelo poder da Palavra. Ele ficou atônito com a afirmação dos Evangelhos, de que Jesus foi o próprio Deus que se fez carne.
“Isso rapidamente chamou minha atenção porque eu percebi que se isso realmente aconteceu, foi o evento mais importante da história”, disse ele. “Eu me esqueci dos meus vizinhos e decidi investigar se isso [a vida de Jesus] realmente aconteceu”.
Depois de semanas de pesquisa, ele percebeu que tudo sobre o cristianismo se relacionava com a ressurreição de Jesus Cristo.
Como médico, ele tentou ponderar hipóteses que poderiam “desmentir” ressurreição: “Os apóstolos roubaram o corpo. Foi uma alucinação”, imaginava o médico.
Depois de examinar cuidadosamente as teorias que se opunham à ressurreição, ele chegou a uma conclusão surpreendente: “Nenhuma delas tinha credibilidade. A única coisa que poderia fazer sentido com os fatos históricos do modo como foi montada com os guardas romanos, era que o túmulo estava vazio e Ele [Jesus] realmente se levantou dali”.
Ele ficou impressionado com a história do personagem bíblico Lucas, que era médico e também foi autor de um dos evangelhos. Dr. Greg sempre esteve acostumado a ver que os médicos foram treinados para não acreditar em “milagres supersticiosos” e sempre identificar causas científicas para todas as coisas. Mas Lehman encontrou em Lucas, um médico que validava os milagres de Jesus.
O argumento decisivo para convencer Lehman foi o do apóstolo Paulo, que começou como um perseguidor judeu da Igreja Primitiva, mas acabou sendo o maior divulgador da mensagem de Cristo.
“Ele estava matando cristãos. Ele não tinha nada a ganhar. O que no mundo poderia fazer com que esse cara [Paulo] se tornasse o maior evangelista da história?”, questionou Lehman. “Apenas uma explicação poderia justificar isso: ele viu o Senhor Jesus Cristo, após a ressurreição. Quando eu olhei para as provas e vi esses caras e suas vidas mudadas, eu disse: ‘Eu tenho que acreditar nisso”.
O apelo final
Um dia, ele terminou uma consulta médica com sua habitual frase ao paciente: “Você tem alguma pergunta?”.
O paciente que estava de pé olhou para ele e perguntou: “Você já reconheceu o Senhor Jesus Cristo como seu salvador pessoal?”.
Dr. Greg ficou surpresso. “Eu desmaiei”, disse ele. “Por que ele estava me perguntando aquilo? Quem era aquele cara? Quando acordei, saí correndo da sala, porque eu não sabia o que fazer”.
Lehman contou que passou dois dias refletindo sobre aquele momento um tanto inusitado que tinha vivenciado em seu consultório.
“Havia coisas na minha vida que eu queria mudar, como a raiva e a frustração. Mas eu não tinha o poder de mudar tudo aquilo”, disse ele. “Isso tudo fez com que eu me quebrantasse e chorasse, pedindo a Deus para me perdoar. Eu me arrependi dos meus pecados e pedi que Ele me mudasse”.
Greg orou sozinho em sua casa, declarando que reconhecia Jesus como seu Senhor e salvador. Na manhã seguinte, sentiu uma inexplicável paz.
“Eu estava completamente tranquilo”, disse ele. “Algo estava realmente diferente em mim. Eu senti que tinha sido transformado”.

O milagre
No início, ele não tinha certeza do que estava acontecendo e até mesmo verificou se seus remédios haviam sido alterados, para alguma outra marca que fazia efeitos de tranquilizantes, mas não. Os remédios ainda eram os mesmos.
Diante desses acontecimentos, Dr. Greg Lehman finalmente passou a acreditar em milagres.
“Desde o dia em que fui salvo, nunca mais me senti sozinho. Nunca mais me senti vazio. Eu nunca mais senti aquele descontentamento e coisas do tipo”.
Uma vez escarnecedor do Evangelho, Lehman agora se tornou um cristão dedicado e consciente do que Deus pode fazer nas vidas das pessoas.
“Em qualquer outra religião é o homem que procura seu deus. Mas no Cristianismo é Deus quem procura o homem. O verdadeiro teste do Cristianismo é quando você clama por Deus. Ele não só vai perdoar nossos pecados, mas também se revela a nós, para que saibamos que Ele é real. Essa é a grande diferença”, afirmou Lehman.
Com informações do Guiame e God Reports.
Imagem: Reprodução

O DEUS QUE INTERVÉM

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Texto: Josué 3 e 4

Nos dias atuais muitos creem que Deus reina soberano no céu, mas muitos não acreditam que ele reina na terra. Muitos duvidam de sua soberana providência no mundo pós-moderno (atual), acham que ele não está conosco, não se interessa com o que está acontecendo, etc. Mas, quando olhamos para a bíblia sagrada podemos ver sua intervenção na história do seu povo. O livro de Josué 3 e 4 contemplamos a intervenção de Deus na história de Israel. Meu irmão, Josué nos ensina que O Deus que Intervém: 1-Cumpre a sua Palavra - Em Josué 1.1-9, 3.7,8,15 podemos ver Deus falando e cumprindo a sua Palavra assim como ele falara a Josué. Assim, aprendemos que podemos confiar em sua Palavra, pois ela é a única infalível. Sua palavra é imutável, como Deus não muda (Ml 3.6), sua palavra também não muda. O Senhor Jesus nos ensina dizendo: "PASSARÁ O CÉU E A TERRA, PORÉM AS MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO"(Mt.24.35). Nós podemos confiar na Palavra viva e eficaz do nosso Deus. Meu irmão, nas escrituras encontramos todo o conselho de Deus concernente a vida, a salvação a sua vontade para nós, etc. Hoje é o dia de nos firmarmos na Palavra, pois a Palavra de Deus é fiel e verdadeira.
2-Ele é o Deus que Age-Nos capítulos 3 e 4 de Josué podemos contemplar o agir soberano de Deus, fazendo as águas do Rio Jordão pararem de maneira inédita, pois fato igual a este Israel não havia visto. Deus é especialista em fazer coisas inéditas meu irmão, nada é impossível para Deus, ele é o Deus todo poderoso criador dos céus e da terra. Ele continua o mesmo. Por isso, diante das dificuldades da vida, confie em Deus, entregue seus problemas a Ele, bem como seus sonhos e projetos, na certeza que Deus proverá. Não diga eu tenho um grande problema, mas diga, eu tenho um Deus incomparável, nada é impossível para ele. Ele está vivo, e tem o controle da minha vida e de tudo em suas mãos. Sua mão é forte e poderosa.
3 - É o único digo de Temor(Josué 4.24)-Deus realizou aquele milagre extraordinário não só para que Israel entrasse na terá prometida, mas para que Israel e os demais povos soubessem quem verdadeiramente era o único Deus digno de temor, honra e glória. Só o Senhor é Deus. Sua mão é forte, para livrar, salvar, para fazer aquilo que o homem não pode fazer. Enquanto se diz hoje, confie em Deus, como nos ensina o salmista entrega o teu caminho (vida) ao Senhor confia nele e o mais ele fará (Sl 37.5). Ele conhece nosso andar, sabe o momento que você está passando, as circunstâncias que lhe cercar. Nada foge o seu controle, mesmo que muitos não crêem, ele é Deus soberano, transcendente e imanente. Pare e pense. A Ele toda glória.

Autor: Pr. Eli Vieira


quinta-feira, 27 de julho de 2017

Como vivem os cristãos nos Territórios Palestinos

O pequeno pedaço de terra, dividido em três partes, é como uma prisão e a minoria cristã se sente muito pressionada

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Os Territórios Palestinos compreendem três regiões bem conhecidas pelos cristãos: Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, onde fica a disputada “Cidade Velha”, que abriga locais sagrados de três religiões. Os principais são: o Muro das Lamentações, reverenciado pelos judeus como o único remanescente do grandioso Templo de Jerusalém; a Mesquita da Rocha, erigida sobre um rochedo de onde, segundo a tradição islâmica, a alma de Maomé ascendeu ao Paraíso; e por último, a Igreja do Santo Sepulcro, construída sobre o lugar onde Cristo teria sido sepultado e, ressuscitou ao terceiro dia.
O pequeno pedaço de terra dividido em três partes é como uma prisão, onde ninguém pode entrar ou sair sem permissão especial. A comunidade cristã, sendo a minoria, se sente ainda mais pressionada. A dinâmica da perseguição aos cristãos é bem complexa nessa região, já que existem diferentes governos no controle. Sabe-se que há cerca de 4 mil brasileiros vivendo por lá.
Na Cisjordânia, o partido Fatah é formalmente baseado em princípios seculares, então os cristãos desfrutam de alguns direitos, embora não tenham proteção alguma. Já na Faixa de Gaza, onde o grupo Hamas está no controle desde 2007, os maiores desafios são a pobreza e a população crescente. Em Jerusalém, que até hoje é palco de muitas guerras entre palestinos e israelenses, os cristãos são atingidos durante os conflitos. O cristianismo faz com que eles fiquem mais vulneráveis que os demais cidadãos.
Entre os mecanismos de perseguição que afetam os cristãos, a opressão islâmica se destaca. Nos últimos anos, os cristãos da Faixa de Gaza enfrentaram várias ameaças de grupos radicais e de vigilantes islâmicos. Os militantes apelam principalmente aos mais jovens, na tentativa de islamizá-los. A lei militar israelense é válida em algumas partes da Cisjordânia, o que acarreta grandes restrições aos cristãos também, como cortes frequentes de energia elétrica, alta taxa de desemprego e situação de extrema pobreza. Ore pela Igreja Perseguida nessa região.

Fonte: Portas Abertas
Imagem: reprodução/ilustração

‘Fui estuprada todos os dias por 6 meses’: O inferno de jovem que virou escrava sexual do Estado Islâmico


Ekhlas, da minoria yazidi, foi sequestrada no norte do Iraque quando tinha 14 anos; hoje ela vive em um hospital psiquiátrico na Alemanha.
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Ekhlas, uma jovem iraquiana da minoria yazidi, vive hoje em um hospital psiquiátrico na Alemanha. Não é o ideal, mas pelo menos mais seguro do que seu último destino, no norte do Iraque.
“Minha vida era bonita, mas duas horas a mudaram completamente”, contou ela a Fiona Lamdin, do programa Victoria Derbyshire, da BBC.
“Eles vieram com sua bandeira negra. Mataram os homens e estupraram as meninas.”
Em agosto de 2014, a aldeia de Ekhlas foi atacada por militantes do grupo que se autodenomina Estado Islâmico. Muitos homens foram mortos. Mulheres e crianças, capturadas.
Ela, então com 14 anos, e sua família tentaram escapar pelas montanhas, mas não chegaram muito longe.
“Mataram meu pai diante dos meus olhos. Vi o sangue dele em suas mãos.”
Sequestro e estupro
Quando capturaram sua família, os militantes do Estado Islâmico separaram Ekhlas da mãe e a colocaram em uma prisão.
“Tudo o que escutava eram gritos, choro. Todos estávamos com fome, eles não alimentavam ninguém”, disse ela.
“Vi um homem de mais ou menos 40 anos sobre uma menina de 10. A menina gritava.”
“Nunca me esqueci desses gritos. Ela dizia ‘mamãe, mamãe…’, mas não conseguimos fazer nada.”
A jovem foi escolhida por um militante entre um grupo com 150 adolescentes.
“Era tão feio, como um monstro, com cabelos compridos. Cheirava tão mal… tinha tanto medo que não conseguia olhá-lo.”
“Me estuprou todos os dias, durante seis meses. Tentei me matar”, relatou a adolescente ao programa da BBC.
“Como consigo contar tudo isso sem chorar? Fiquei sem lágrimas”, concluiu.
Um dia, aproveitando que seu sequestrador estava no campo de batalha, Ekhlas conseguiu escapar. Foi levada a um campo de refugiados e lá conheceu Jaqueline Isaac, uma advogada americana encarregada de realocar jovens em países da União Europeia.
“Quando a conheci, não fazia contato visual”, relata a advogada.
Atualmente, entre 2 mil e 4 mil jovens yazidis estão em poder do EI.
Quase três anos após ser sequestrada, Ekhlas está hoje em um centro de apoio psiquiátrico. Frequenta a escola e participa de terapia em grupo para crianças e adolescentes refugiados.
“Focamos em certas emoções, como amor, paz e felicidade, para lidar com o medo, a ansiedade e outras emoções negativas”, diz um dos terapeutas que faz parte da equipe multicultural e disciplinar que atende os jovens.
Uma das meninas que frequenta a instituição, de 13 anos, também foi sequestrada pelo Estado Islâmico. Hoje só se comunica por meio de desenhos e sinais e não sabe se seus pais estão vivos.
Outro tinha apenas sete anos quando seus pais foram sequestrados. Desde então já se passaram três anos.
Sua mãe foi vista há alguns meses em um campo no Iraque, depois de escapar do cativeiro.
Ekhlas, por sua vez, voltou a olhar as pessoas nos olhos, canta e quer ser advogada.
“Você pode pensar que sou forte como uma pedra, mas quero que saiba que estou ferida por dentro. Minha dor é como a de cem mortes.”
Intercedamos por Ekhlas e todas as outras crianças e adolescentes resgatados das mãos destes terroristas, para que sua recuperação e conversão aconteçam.
Ore. Interceda, e clame ao Senhor por todos os outros que ainda estão cativos e torturados pelos Estado Islâmico.

Com informações G1
Imagem: BBC
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Pastor resgata mais de 700 meninas da escravidão sexual

A maioria das vítimas do tráfico sexual no Camboja foram vendidas por suas próprias mães.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CNN
 A maioria das vítimas do tráfico sexual no Camboja foram vendidas por suas próprias mães. (Foto: CNN)

A maioria das vítimas do tráfico sexual no Camboja foram vendidas por suas próprias mães. (Foto: CNN)

Um pastor que atua no Camboja já conseguiu resgatar mais de 700 vítimas do tráfico sexual, incluindo adolescentes que foram vendidas por suas próprias mães.
A organização Ágape International Missions tem apoiado meninas do país como Sephak, de apenas 13 anos.
"Ela foi levada para um hospital, recebeu um certificado que confirmava sua virgindade e foi levada para um quarto de hotel onde foi estuprada por dias. Ela voltou para casa depois de três noites”, disse o pastor americano Don Brewster à CNN.
A mãe da menina, Ann, vendeu sua filha por US$ 800 porque a família tinha dívidas a pagar e não via nenhuma alternativa. Mais tarde, Ann forçou Sephak a trabalhar em um bordel, mas hoje se arrepende de suas decisões.
Sephak hoje é voluntária da organização Ágape e ajuda as mulheres sobreviventes a terem uma renda com a produção de pulseiras e roupas.
“Hoje eu sinto muito mais estabilidade do que antes”, disse Sephak. “Agora eu tenho um trabalho decente. Eu realmente quero que outras pessoas tenham o tipo de trabalho que tenho”.
Para Sephak, é difícil entender como uma mãe consegue vender sua própria filha. "Elas não têm dinheiro, então fazem suas filhas trabalharem. Mesmo agora, vejo muitas mães que não entendem os sentimentos de suas filhas. Elas não entendem que suas filhas têm corações, que sofrem".
O pastor observa que o principal ponto do tráfico sexual no Camboja ocorre em Svay Pak, uma vila de pescadores nos arredores da capital, Phnom Penh.
"Quando falamos sobre o tráfico sexual infantil, este é um epicentro", disse Brewster. "Quando chegamos a Svay Pak, o índice era de 100% — se você fosse uma garota nascida aqui, você seria traficada. Hoje a taxa é inferior a 50%".
No site da Ágape Missions, Brewster explica que ele foi para Camboja em 2005 com sua esposa e não estava ciente do problema do tráfico sexual. Mas depois de assistir uma reportagem investigativa, o casal ficou chocado ao saber do sofrimento das crianças.
"As crianças que eu dei mãos e vi correndo pelas ruas não estavam apenas tentando sobreviver à pobreza. Muitas viviam no inferno, sofrendo torturas. Eu não podia acreditar que tudo estava bem debaixo do meu nariz”, afirma.


Brasileiros protestam e líder iraniano cancela a palestra que faria no final de semana em São Paulo

o líder iraniano Mohsen Araki cancelou a palestra que faria neste sábado (29), na capital paulista

As manifestações contrárias à vinda do Aiatolá iraniano colocaram a Polícia Federal em alerta
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Valeu a pena a pressão dos brasileiros, a exemplo da senadora Ana Amélia (RS), contra a vinda ao Brasil do líder iraniano Mohsen Araki, um dos radicais muçulmanos, que prega intolerância religiosa, sobretudo contra judeus ou qualquer outra pessoa que siga Jesus Cristo.
Na noite desta quarta-feira (26/07), o líder iraniano Mohsen Araki cancelou a palestra que faria neste sábado (29), em São Paulo. Além do encontro, Araki viria ao Brasil para pregar em mesquitas e instituições patrocinadas pelo governo do Irã.
A visita, no entanto, provocou forte reação no País. A primeira a se manifestar foi a senadora Ana Amélia, que afirmou em postagem nas redes sociais que, “a sua presença em nosso país, neste momento, é injustificável, pois se trata de um radical extremista que, nos temas internacionais, defende posições opostas à política pacifista defendida, historicamente, pelo Brasil”. Outra que não concordou foi a secretária de Direitos Humanos do Rio, Teresa Bergher, que encaminhou ofício aos Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores pedindo a proibição do iraniano em território nacional. Isto fez com que a Polícia Federal entrasse em ação para monitorar a estada do líder muçulmano no País.
Já um documento assinado pelo arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer e o rabino Michel Schlesinger, da Confederação Israelita do Brasil, também se manifestaram contrários a vinda de Mohsen Araki. Os religiosos afirmam que “no Brasil, pessoas de diferentes religiões dialogam, convivem, celebram contratos, fazem comércio, estudam e veem seus filhos e filhas crescerem juntos em harmonia”.
Os líderes religiosos também escreveram um alerta “contra qualquer discurso destinado a propagar o ódio entre nossas comunidades”.
Antes da matéria da revista Veja ser publicada, o Novotel Center Norte, onde aconteceria a palestra, anunciou na página social do facebook que “o evento com a presença do sr. Mohsen Araki não seria mais realizado ali”. A reação positiva à decisão da gerência do hotel foi imediata. Internautas de várias partes do Brasil apoiaram a medida e consideraram um absurdo esse evento, “pois estamos marcando tudo e todos que apoiam esse Islã dos infernos e boicotando pra valer. Somos um povo cristão e não vamos aceitar a lei de outro País a Sharia, no Brasil”, comentou uma internauta.
Por: Gomes Silva
Foto: Reprodução/Google Imagens
Fontes:
Revista Veja
Facebook
Via CCN

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Casas de recuperação cristãs podem ser proibidas de evangelizar dependentes químicos


Conselho Federal de Psicologia está tentando impedir que as comunidades terapêuticas ligadas a alguma entidade religiosa compartilhem seus princípios de fé com os internos


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Diversos líderes e representantes de comunidades terapêuticas do Brasil e de outros países estiveram reunidos nos últimos dias 20 e 21 (quinta e sexta-feira) em razão do ‘I Seminário Internacional sobre Drogas’ e decidiram assinar um documento em formato de carta pública, repudiando a conduta do Conselho Federal de Psicologia (CFP) com relação às casas de recuperação (sendo a maioria delas, cristãs).
O fato é que o Conselho Federal de Psicologia está tentando impedir que as comunidades terapêuticas ligadas a alguma entidade religiosa compartilhem seus princípios de fé com os internos.
A proposta da nota de repúdio à medida do Conselho veio da psicóloga paranaense Marisa Lobo, que participou do Encontro e também é uma das coordenadoras da campanha nacional “Maconha Não” – que combate a legalização da maconha e outros tipos de drogas ilícitas no Brasil.
Marisa, que chegou a ter o seu registro profissional cassado pelo Conselho Estadual de Psicologia do Paraná, mas conseguiu recuperá-lo mediante decisão judicial, afirmou que realmente existe uma atitude preconceituosa notável por parte do Conselho Federal de Psicologia contra as comunidades terapêuticas e grande parte deste tipo de conduta se dá pelo fato destas casas estarem ligadas a alguma religião.
“O Conselho persegue mesmo [essas comunidades] por serem cristãs. A última do Conselho agora é querer proibir que as comunidades terapêuticas falem de religião dentro delas. Isso é preconceito porque acham que comunidades terapêuticas só falam de religião. Mas não é isso. Existe sim, um programa terapêutico bem estruturado”, afirmou Marisa com exclusividade ao Guiame.
No evento, a psicóloga propôs aos participantes que a nota de repúdio fosse produzida.
Marisa teve o apoio do presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil, pastor Wellington Soares. Ele também condenou a postura do Conselho Federal.
“Vamos apoiar e assinar essa carta de repúdio ao Conselho Federal de Psicologia contra o preconceito e a discriminação contra as comunidades”, disse o presidente da Federação.
Segundo Soares, a conduta do Conselho de Psicologia só vem comprar o retrocesso na política de combate às drogas e no tratamento aos dependentes químicos.
“Em 2011 teve um avanço, mas está havendo um retrocesso por causa da vaidade de governos”, destacou o pastor.
Ele ressaltou que o Piauí é um “berço” de ideias para mudar conceitos e valores nesta área. O pastor informou ainda que o Seminário Internacional sobre Drogas tem como objetivo sensibilizar os governos federal, estaduais sobre a possibilidade de buscar nas comunidades terapêuticas uma ferramenta para tratar a dependência química.


Confira abaixo a nota na íntegra, divulgada e assinada pelos líderes de comunidades terapêuticas:
NOTA DE REPÚDIO AO CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA SOBRE SUA POSIÇÃO CONTRÁRIA AS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS
Na ocasião do I Seminário Internacional sobre Drogas (SISDPI), realizado no Piauí nos dias 20 e 21 de julho, no auditório do Centro de Formação dos profissionais da Educação Antonino Freire, e realizado pela Casa do Oleiro e Celebrating Freedom (centros de recuperação), com o apoio do Governo do Piauí, através da Secretaria de Justiça, Coordenadoria de Enfrentamento às Drogas, Universidade Aberta do Piauí, Centro de Formação dos Profissionais da Educação Antonino Freire, Ordem dos Advogados do Piauí (OAB-PI), Conselho Estadual de Políticas sobre drogas, Associação dos Servidores da Educação Básica do Estado do Piauí, Associação de Conselheiros e ex-conselheiros tutelares do Estado do Piauí, Instituto Superior de Educação Programus e a Fundation for a Drug Free Word, as entidades representativas e profissionais abaixo relacionados vêm a público manifestar seu REPÚDIO ao CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP) devido sua militância contrária as práticas das chamadas Comunidades Terapêuticas (CTs).
Entendemos que além de não representar o entendimento acadêmico e interesses de toda categoria profissional de psicólogos no Brasil, ao se manifestar em nota sobre assuntos que são, também, de natureza política, o CFP viola sua competência legal autárquica de Conselho Profissional no que tange à regulamentação e fiscalização do exercício legal da profissão de psicólogo(a), assumindo o papel de órgão militante típico de classes profissionais, sindicatos e organizações não governamentais (ONGs), o que não é da sua seara. Isso por si só é um ponto crucial que, infelizmente, devido aos anos de entrelaçamento com ações semelhantes, passa despercebido aos olhos de muitos.
“Os conselhos profissionais não são entidades sindicais ou associativas que representam perante a sociedade os interesses de seus filiados ou associados. O dever legal dos conselhos profissionais é o de zelar pelo interesse público, efetuando, para tanto, nos respectivos campos profissionais, a supervisão qualitativa, técnica e ética do exercício das profissões liberais, na conformidade da lei. (COSTA; VALENTE, 2008, p. 8). …Conselhos exercem nos respectivos campos de atuação o poder de polícia das profissões, zelando pela integridade e disciplina profissional em favor do interesse geral da sociedade”(1).
No entanto, embora exista na sociedade uma demanda urgente pelo enfrentamento da dependência química, tendo como referência o Relatório da 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos(5) publicado em 28 de novembro de 2011, o CFP resolveu ingressar na militância contrário aos interesses da sociedade, que é de enfrentar e vencer o impacto social causado pelo uso abusivo de drogas no Brasil. Para tanto, a sociedade não apenas tem apoiado como financiado modelos de intervenção das Comunidades Terapêuticas, motivo pelo qual o número delas tem crescido face aos relatos de maior sucesso no tratamento das “dependências”.
Alegando, entretanto, a defesa dos “direitos humanos” e violação dos princípios da “Reforma Psiquiátrica” com base num relatório que investigou apenas 68 instituições das 1.963 existentes no país (IPEA)(2), o CFP publicou em 18/03/2015 uma matéria(3) posicionando-se contrário à proposta de regulamentação das Comunidades Terapêuticas, em reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS) realizada nos dias 12 e 13 de março daquele ano. Posteriormente, em 03/06/2015, o CFP publicou outra matéria(4) informando a elaboração e entrega de um documento expressando mais uma vez seu posicionamento contrário as CTs.
Ora, é preciso deixar claro que nos posicionamos em favor da absoluta maioria das Comunidades Terapêuticas, que diferentemente do que alega o CFP de forma generalizada e por vezes preconceituosa, não violam direitos humanos e não contrariam os princípios da Reforma Psiquiátrica. Não compactuamos com quaisquer violações de direitos, todavia, entendemos que “direitos humanos” pode ser, também, um conceito interpretado de forma equivocada ou, no mínimo, tendenciosa, querendo fazer prevalecer determinadas ideologias que desprezam o real sofrimento humano.
Entendemos que os métodos de tratamento utilizados na maioria das Comunidades Terapêuticas, especialmente no que diz respeito ao uso de elementos religiosos e a laborterapia, bem como na transmissão de conhecimentos de ex-acolhidos e disposição hierárquica dos mesmos, consoante ao avanço no tratamento, são todos de caráter voluntário e dispositivos válidos de grande importância, pois fazem parte da constituição de sentido de todo sujeito que vive numa comunidade.
Entendemos que direitos humanos foram criados para dar aos humanos o direito, por exemplo, da liberdade, sendo como eles próprios entendem, humanos de direitos, e não pessoas enquadradas num corpo teórico de leis artificiais que não traduzem no seu modo de vida prático suas grandes necessidades. O que observamos, todavia, é que o discurso sobre “direitos humanos” tem sido utilizado por alguns como dispositivo ideológico para determinar, para o outro, o que seriam essas necessidades, ao invés de lhe oferecer meios para que por si mesmo possa encontrá-las e compreendê-las.
Ao dar a oportunidade para que o sujeito aceite e se submeta ao “tratamento” em uma Comunidade Terapêutica, compreende-se que este é livre para tomar essa decisão, motivo pelo qual entendemos não haver violação de direitos ao serem aplicadas regras que visam o funcionamento da casa e sucesso em sua metodologia, desde que se mantenha respeitado, também, o direito do “usuário” de abandonar o tratamento caso ache necessário.
Dessa forma, pensamos também com respaldo de vasta fundamentação acadêmica, que o incentivo da fé, por exemplo, não implica substituir uma dependência por outra. Tal afirmação é risória e destituída de profundo conhecimento quanto à natureza do sentimento religioso que acompanha, não por acaso, a humanidade desde os primórdios, constituindo grande parte do universo de significado humano, o que alguns chamam simplesmente de Ética. Tal concepção reducionista é artificial e desconectada da realidade, visto que desconsidera o testemunho dos ex-dependentes alegando, isto sim, liberdade, perspectiva de vida, esperança e felicidade, ao invés não prisão.
Quanto à divergência e pluralidade dos métodos, entendemos que apesar de haver a necessidade de regulamentação e fiscalização de questões básicas, as Comunidades Terapêuticas possuem uma metodologia que se caracterizam como “alternativas” e, portanto, não devem ser tratadas como instituições pautadas pelos métodos comuns de intervenção, visto que é justamente pelo desenvolvimento da própria metodologia que as CTs se diferenciam das unidades convencionais de saúde.
Dessa forma, compreendemos também que os princípios da Reforma Psiquiátrica não devem ser tratados como dogmas, criando uma espécie de legalismo institucional que visa enquadrar todos os métodos a um modelo “X” de saúde. Se isso não for observado, corremos o risco de enrijecer o conhecimento, inibindo também o que se mostra eficaz ao invés apenas dos equívocos e reais violações, fazendo surgir um novo modelo manicomial, com nova roupagem, de muros invisíveis e regido pela burocracia.
Isto posto, repudiamos o posicionamento do Conselho Federal de Psicologia contrário às Comunidades Terapêuticas de forma indiscriminada, por entender que despreza a legitimação das boas instituições, competentes e comprovadamente apoiadas pela própria sociedade e experiências positivas das pessoas que fazem uso desse modelo, o que significa o abandono da sua função enquanto órgão voltado para o interesse popular.
Assim, assinamos:
Feteb
Fecontepi –
Casa do oleiro
Celebrating Freedom
Foundation For a Drug Free World
Branch Hause
Cendrogas
CEPD PI
Assebepi
Youth for Human Rights International
Sérgio Harfouche
Marisa Lobo Franco Ferreira Alves
Sâmio Falcão Mendes
Carlos Augusto
Roger Howard Morrell
Rita Lemos R. Leite
Andréia Valéria da R. Cavalcanti
Lance Godsey
Witson Marcelo R. da Silva
Cesar Augusto Bances Arbanil
José de Ribamar Dias Carneiro
Genival Silva Ibiapina
Silvânia Leal
Isaque Folha
Maria José Sales
José Gouveia de Oliveira
Maria Lila Castro de Carvalho
Lisiane Santos da Mota
Debora Oliveira
Elilian Basílio e Silva
REFERÊNCIAS:
(1) http://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e-pesquisa/estudos-e-notas-tecnicas/areas-da-conle/tema1/2008-14144.pdf
(2)http://ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/20170418_nt21.pdf
(3)http://site.cfp.org.br/cfp-e-cfess-se-mostram-contrarios-as-comunidades-terapeuticas/
(4)http://site.cfp.org.br/cfp-se-manifesta-contrariamente-a-resolucao-que-regulamenta-funcionamento-de-comunidades-terapeuticas/
(5)http://www.global.org.br/blog/lancamento-de-relatorio-de-inspecao-em-68-comunidades-terapeuticas-revela-violacoes-de-direitos-humanos/
Com informações Guiame
Imagem: reprodução/Opinião crítica

O cristão e o divórcio: O que de fato diz a Bíblia?

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Crente pode se divorciar? Como a Bíblia trata a questão do casamento, divórcio e novo casamento? Será que um cristão autêntico pode, depois de um divórcio, se casar novamente? A Bíblia permite um novo casamento para quem se separou?
Esse artigo surge da necessidade de explicar uma posição, e responder de modo definitivo o que está na prescrição bíblica sobre o tema. Obviamente não tratarei de todos argumentos e detalhes propostos pelas partes. E nem vou abordar exatamente aquilo que já foi expôs por outros.
Bem acertadamente John Murray disse “sobre esta questão, a igreja está, na prática, fortemente dividida”. Por um lado, vemos uma linha histórico-confessional afirmar a possibilidade do novo casamento para aqueles que se divorciaram – não sem algumas restrições. Entretanto há pastores famosos (não só de agora) que afirmam, quase que isoladamente, mas sem medo algum, que todos os novos casamentos – mesmo depois de um processo formal de divórcio – são, na verdade, relações (biblicamente) ilegais e adúlteras, ideia que sempre teve um bom número de adeptos.
É um tema importante, embora melindroso. Quase sempre quando falamos dessa matéria, aparece a acusação – brincadeira ou não – de que estamos procurando uma brecha para nosso caso; ou ainda “só defende isso quem é divorciado ou tem algum caso assim na família”; de outra feita, claro, há quem levante a voz a favor do caso, tentando constranger a outra parte do risco de amanhã ser ela a buscar o novo casamento!
Mas um cristão autentico não pode escolher qual doutrina cristã abraçar. Com temor e tremor, ele precisa abandonar toda a pretensão de ser capaz de dirigir sua vida, e então, se submeter a todas as ordens e instruções divinamente reveladas na Palavra. Afinal, Ele é sábio, santo e bom! E para nós pastores, o peso é ainda maior, pois não somos questionados sobre isso apenas por curiosidade ou interesse acadêmico. Muitas pessoas passam por problemas reais nessa área, e precisam ser consoladas e renovadas na esperança da clara, inequívoca, inerrante e suficiente Palavra de Deus.
VAMOS AO CASO
Ao tratar desse assunto, somos rapidamente lembrados de textos como: “Eu odeio o divórcio”, diz o Senhor, o Deus de Israel… (Ml 2;16)” ou “…o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mc 10;9) ou ainda “…a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive… (Rm 7;2)”, além é claro das falas diretas de Jesus sobre o assunto. Talvez por isso fica fácil perceber na cristandade pelo menos 3 teses concorrentes. Investigar qual delas é a que condiz com o todo ver revelado, subjaz no cerne desse artigo:

1- Qualquer divórcio é totalmente proibido na Bíblia;
2- O divórcio é possível em um único caso, mas o novo casamento é vetado;
3- Para único caso de divórcio possível é também possível um novo casamento.
Passando ao largo da fala de gente famosa, é fácil desconstruir a tese 1, afinal Moisés legislou sobre o assunto (Dt 24;1). E mesmo que apenas instituindo regras simples sobre o repúdio (uma forma de dizer ‘divórcio’), é tácito em todo o Velho Testamento: a prática ocorria! Isso é tão verdade que quanto Cristo foi questionado sobre o caso, ele não negou que Moisés deu orientações para situação. E mais, o Mestre usa dessa ‘permissão’, aplicando-a especificamente a relação sexual ilícita (Mt 5;31 e 32 e correlatos).
Já o apóstolo Paulo quando manda em 1Co 7;10 “…que a mulher não se separe do marido” também diz no verso 11, “se, porém, ela vier a separar-se…” – o que em si confirma claramente a possibilidade do divórcio (e aqui sem julgar o mérito da causa) – e mais, no v.15, diz: “se o descrente quiser apartar-se, que se aparte” acrescentando no v.16, “como sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?”. Assim definitivamente caindo a tese 1 “não há base bíblica para o divórcio”, nem mesmo o apelo a fé em uma futura conversão serve de apoio para o constrangimento.
E se ainda ficou dúvidas, em especial quanto a Ml 2;16 (Deus odeia o divórcio) ali Deus condena haver vontade (ou causas) para o divórcio; se fala contra o abandono sem motivo ou por frívolas paixões. Em Mc 10;9 (o que Deus juntou…) pela análise do contexto, sabemos que Jesus não impossibilita o divórcio mas reafirma a óbvia prescrição divina da fidelidade. Assim temos que nesses textos, o Senhor põe limites a ocorrência da separação (divórcio, repúdio), legislando seus detalhes, diferenciando os casos uns dos outros.
UMA ALIANÇA FRÁGIL:
O casamento é uma aliança conjugal, pública e formal, de auxílio mútuo, cuidados, amor e fidelidade sexual entre um homem e sua mulher (CFW, cap. XXIV. II). Foi estabelecida por Deus antes mesmo da Queda (Gn 2;18). Deve ser mantido e protegido em qualquer circunstância. Esse pacto molda o início ideal da família, o modo pelo qual Deus ordinariamente decidiu exercer seu controle na Criação, revelar Seu Caráter a todas as criaturas (Gn 1;26 e 28) e trazer à existência os eleitos (o Seu Povo). Serve de figura para o relacionamento entre Deus e Israel; dá o pano de fundo para algumas histórias redentivas que apontam para Cristo Jesus. O apóstolo Paulo diz que essa aliança revela um grande mistério, Cristo e a Igreja (Ef 5;32).
Pensando assim a infidelidade conjugal ganha um aspecto ainda mais terrível. Afinal é um atentado direto, primeiramente a Deus, que estabeleceu as regras (inalteráveis) do próprio casamento – falando simplesmente: sexo só para um homem e sua mulher; abolindo ontologicamente qualquer configuração diferente. Mas tal coisa é também um abuso, ou blasfêmia contra o próprio Cristo, expondo a ignomínia a figura de sua santa relação com a Igreja. Não por outra razão, em mais de uma vez, o SENHOR demonstra especial ira contra esse tipo de traição – que é comparada a idolatria! Essa ocorrência, de forma mais terrível, é capaz de abalar e até ruir um casamento. Sendo alvo de uma legislação intrincada na lei mosaica, tem já no sétimo mandamento, “não adulterarás” (Ex 20;14)” sua condenação, e a desobediência desse preceito era para ser punida com a morte!
Ora, digno de toda honra (cuidado, manutenção, proteção) é o casamento sem pecado sexual (Hb 13;4). Mas quando uma das partes quebra essa aliança, trazendo para essa relação um terceiro (1Co 6:16)? Como fica a manutenção e proteção dessa Aliança uma vez quebrada? E se uma das partes simplesmente vai embora, some, abandona? Como manter aquilo que perdeu sua função de ser? E nesse ponto é importante lembrar que o apóstolo Paulo em 1Co 7;15,16 diz que em havendo o desejo do incrédulo se separar (ou literalmente se houver abandono, separação, divórcio, rompimento prático, efetivo dessa aliança) o cristão não fica preso nessa relação inexistente e, afinal ele não sabe se o cônjuge fará parte do povo de Deus para que possa alimentar esperanças[ii].
Em outras palavras como se pode exigir a manutenção de uma aliança com quem não quer ou não está em aliança, em especial da parte que ainda fielmente, muitas vezes enganada, suporta essa relação? Não há o que manter, o pacto foi quebrado! E não há porque se firmar numa esperança futura, antes o que é verificável dita as ações. Ou seja, não há obrigatoriedade alguma da outra parte manter-se numa aliança que uma vez foi rompida.
Assim descartamos a ideia de que não há provisão bíblica para o divórcio (tese 1) e também demonstramos o porquê há essa saída. É graça divina haver libertação de algo tão vil e maligno como a confusão sexual, em especial sob a tutela do termo cunhado por Deus para descrever a sublimidade da relação mais íntima de um casal.
PODE OU NÃO PODE:
Jesus fala de modo descomplicado – como lhe é próprio – sobre Casamento, divórcio e novo casamento em diversos momentos. Mas somente em Mateus 19:9 todos esses temas aparecem juntos de uma vez. É como diz John Murray “a passagem mais fundamental (…) particularmente porque é a única passagem do Novo Testamento na qual temos a combinação da cláusula de exceção e da cláusula do novo casamento”. Então compreender essa passagem trará a resposta definitiva nesse artigo, demonstrando biblicamente se para o divórcio possível é ou não também possível um novo casamento, ou seja, definindo se a tese 2 ou a 3 é a mais adequada com a Palavra.
Mateus 19:9:

“Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério.”

O texto diz, mais literalmente:
“Digo-vos Eu, porém, todo e qualquer homem que mandar embora a sua esposa se não por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e aquele havendo casado com aquela que foi mandada embora, comete adultério.”
Ou parafraseando:
A não ser que seja por causa do sexo ilícito, quem se divorcia e se casa novamente comete adultério e quem se casa com esse divorciado também comente adultério.
É simples, temos três afirmações do Mestre, considerando já a indiferença dos gêneros:

A. Quem se divorciar se torna adúltero ao se casar com outra pessoa;
B. Quem se casar com esse divorciado, comete adultério;
C. A exceção é se o divórcio for por causa de alguma relação sexual ilícita;
O resultante delas é óbvio e definitivo – afinal quem fala sobre isso é Jesus, suas palavras são leis. Assim, pedir (ou dar) o divórcio (separar ou repudiar) não é a mesma coisa de cometer adultério; entretanto um divórcio, pode expor as partes ao adultério, em que pese um casamento com outra pessoa (ponto A e B), a não ser que o repudio (separação, divórcio) tenha sido causado por relações sexuais ilícitas (ponto C).
Isso fica patente pela maneira de Cristo impor que um casamento não deve se interrompe definitivamente por qualquer motivo (Ponto C). Interessantemente de modo semelhante, Paulo fala em 1Co 7;5 de concessão – não uma lei – o casal não pode se privar sexualmente um do outro, ou seja, romper (ou interromper) essa pactualidade de forma leviana, mas se eventualmente for necessário que seja em mútuo consentimento, por um tempo (ou seja não definitivamente) e no mais das vezes especificamente para alguma disciplina espiritual.
Assim, segundo Jesus (e Paulo em I Co 7), o divórcio só ocorre em definitivo, ao ponto de permitir que até um novo contrato de casamento seja firmado sem problemas, quando, e somente quando, é motivado por atos sexuais ilícitos que quebram a aliança ou por um abandono (divórcio, separação) que o torna nulo! Daí, como uma aliança, que já foi desfeita justamente, pode exercer algum impedimento sobre as partes? Ora, que liberdade esse que Paulo afirmar para o cristão abandonado mais ainda o prende a um casamento inexistente? O casamento acabou na prática, foi quebrada a aliança de amor e fidelidade; a parte fiel, está mantendo sozinho um acordo que era para os dois; como obrigar que essa aliança seja mantida e tenha seus efeitos sobre aquele que nada fez para quebrá-la? E mais, como uma aliança desfeita formalmente e por força da justiça ainda pode exigir obrigações, em especial da parte inocente do fim (ou quebra) dessa aliança? Não há como! O casamento que acabou num divórcio lícito, é definitivamente encerrado, as partes estão livres das obrigações. A aliança de outrora cessou!
ALGUMAS OBJEÇÕES COMUNS:
Primeira objeção:
Há quem afirme que a cláusula de exceção dita por Jesus (ponto C) nessa passagem de Mateus é apenas um complemento para fundamentar o direito ao repudio, e não do novo casamento. Normalmente citam as passagens paralelas e dizem, “em Lc 16:18 ou Mc 10:11 não consta da cláusula de exceção (ponto C), logo por esses textos Jesus nega a possibilidade de um novo casamento”.
Contra argumentação:
Ocorre que como já vimos (tese 1), divorciar não é a mesma coisa de adultério – se o divórcio pode levar ao adultério no caso de um novo casamento (ponto B), evidentemente divórcio e adultério são coisas diferentes – e como tanto em Lc 16:18 quanto Mc 10:11, claramente Jesus não está impedindo o divórcio por que então estranhamente em Mateus apareça a exceção pela ocorrência do sexo ilícito, como lançada apenas para o divórcio? Ora, o texto aborda a controvérsia do novo casamento. Essa passagem narra a expressão (ponto C) de Cristo, afirmando que o novo casamento feito depois de um divórcio, por causa de sexo ilícito, não é igual a adultério. Os detalhes extras presentes nesse trecho não podem sofrer abusos só para que sejam igualados a outras partes da Bíblia. Assim, aquilo que para esses é a força do argumento contra o novo casamento, se mostra a verdadeira fraqueza dessa convicção. Sobrando óbvio que as diferenças no Texto Sagrado, trazem outro (acréscimo) ensino aos demais. Nada que foi escrito é dispensável ou sem autoridade.
Segunda objeção:
Alguns argumentam que πορνεια (porneia) traduzido mormente por “relações sexuais ilícitas” no lugar da expressão μοιχαω (de μοιχος – moichos; literalmente adultério, usado para traduzir o 7º mandamento na LXX[iii]) limita a instrução de Cristo, na passagem em voga, ao ocorrido antes do enlace efetivo; que descreve o pecado (ou pecados) cometido no noivado (ou compromisso de casamento, segundo o costume dos judeus). Desse modo, a única exceção do divórcio lícito (ponto C) e consequentemente casamento novo (posterior) diz daquilo que foi cometido antes do vínculo formal e definitivo do matrimônio, e até antes de haver algum acordo nupcial.
Contra argumentação:
O termo πορνεια (porneia) era de uso comum (os correlatos aparecem mais de 50 vezes na LXX) para descrever a prática (aparentemente corriqueira) da prostituição, leviandade, promiscuidade e depravação sexual já da época, logo, μοιχος (moichos: adultério) está inserido no conceito. Literalmente o que Cristo fez foi ir além do óbvio, ele informou que há mais práticas que atentam contra a fidelidade conjugal. Ele fez exatamente isso quando disse que olhar uma mulher com intenções impuras é o mesmo que adulterar (Mt 5;32 – o termo traduzido por adulterou é μοιχος – moichos) ou ainda nos versos anteriores quando discorre sobre assassinato e ódio. Sabendo que havia outras formas de desfazer um compromisso de casamento (noivado), sem que fosse num repúdio (ou divórcio), não faz sentido algum dos fariseus questionarem Jesus acerca do fim de um compromisso de casamento, e nem dele legislar que só era justo o fim de um noivado por evidente pecado sexual. E mais, havia sentença de morte e não um processo de divórcio sobre a moça prometida em casamento que teve relações com outro antes mesmo do casamento (Lv 22;20,21 e 23). Fora que é fácil demonstrar o uso do termo repúdio no Velho Testamento para caso de quem já literalmente consumo o casamento.
Terceira objeção:
A morte presumida do adúltero, ou “quando Jesus permitiu o novo casamento ele tinha em mente a morte certa do adúltero, por isso a cláusula de exceção (ponto C)”.
Contra argumentação:
Bem comum, mas também bastante flácida, não é razoável afirmar que essa exceção de Jesus para o novo casamento está apoiada na previsibilidade da pena de morte como fim natural do processo de divórcio (repúdio). Essa sentença nem era certa. E mais, morte de adúlteros não era tão comum assim nem na época de Jesus, e nem antes, haja vista as inúmeras histórias bíblicas de adultérios que não culminaram com a morte de ninguém em todo a VT. Mas que isso, se assim não fosse, para que haveria notação proibitiva do casamento com repudiados no fim da passagem, desde quando na Bíblia há casamento com mortos?
Quarta objeção:
“Você tem que perdoar setenta vezes sete!” Ou, o cristão tem que fazer tudo para manter o casamento, inclusive perdoar e suportar o adultério.
Contra argumentação:
Pode haver restauração, mas isso é uma possibilidade. O perdão e reconciliação entre os cônjuges cristãos[iv] que tiveram a aliança rompida por um adultério, é muito mais que aconselhável, certamente é o preferível e precisa ser buscado, mas não pode haver desculpas, desconsideração, desqualificação do pecado, especialmente em nome de uma piedade – falsa, claro! – ou espiritualidade extremista, porém incompatível (desobediente, diabólica) com as Santas Escrituras. O mesmo Jesus que instou a perdoar setenta vezes sete, também permitiu o fim do casamento por causa de sexo ilícito; não seja impertinente querendo ser mais santo que Jesus. Ora, quanto aos ímpios, impuros, adúlteros, que comunhão pode haver entre a luz e as trevas? Não se ponha (ou se mantenha) em julgo desigual. A condescendência ao adultério é tão nojenta quanto o adultério em si (Is 5;20, Pv 26;10, Lv 10;6, Et 4;14), e por isso mesmo a outra parte, sob hipótese nenhuma, pode manter-se nessa condição, sob o risco de também ofender ao SENHOR. Negar tal verdade é tão obtuso (Jo 14;26) e perigoso quanto esconder qualquer outro aspecto da verdadeira religião (Mt 5;17 a 20). Pensar assim é tanto lançar os irmãos (o cônjuge fiel) ao incerto, o obrigando muitas vezes a se unir (1Co 6;15 a 19) em uma só carne com prostitutas – além das demais consequências físicas (Rm 1;27) – quanto chamar o certo de errado e o errado de certo! E mais, quando depender de nós, empreendamos todos os esforços para a paz (certamente aplicável na manutenção do casamento, propósito divino) mas o que fazer quando a coisa vem pelo outro?
Quinta Objeção:
O verso 10 de Mt 19 (Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar) não aponta que Jesus tenha vetado de forma tão definitiva o novo casamento, que deixa os discípulos assustados?
Contra argumento:

O v. 10 demonstra o descontentamento dos discípulos com as intrusões de Jesus, mas antes dela sugerir uma releitura da clara afirmação no verso 9, em especial quanto a extensão da cláusula de exceção, tal passagem aponta que o coração humano, mesmo do que segue Jesus, está mais propenso a se desviar da direção divina e então assumir saídas aparentemente melhor no no fundo inconvenientes e insanas, que trarão consequências pesadas (lembre-se de Abraão e Ismael). Sempre o melhor é seguir a vontade prescrita de Deus e não se desviar nem para a direita e nem para a esquerda, mas ter coragem para fazer exatamente tudo o que Deus mandou.

Sexta objeção:
“A mulher está ligada ao marido enquanto esse for vivo” citando o apóstolo Paulo em Rm 7.
Contra argumentação:
Simples, de fato a mulher está ligada ao marido enquanto esse for vivo, e não ao ex-marido. Se a aliança acabou, obviamente não pode exercer domínio sobre as partes. Claro que no contexto da fala paulina não havia a necessidade dele esclarecer isso, pois ele não trazia norma para o casamento mas estava tomando emprestado uma situação local para exemplificar uma doutrina.
Sétima objeção:
“O casamento é indissolúvel”, ou “Jesus se mantém fiel na aliança conosco e por isso devemos também permanecer na aliança do casamento”.
Contra argumentação:
Note como isso é sério, fora não entender as óbvias diferenças entre o tipo e o antítipo, entre o casamento e aquilo que ele representa Cristo e a Igreja (Ef 5;31,32), estamos dizendo que o Senhor não pode, não tem a liberdade (Rm 9;14 a 16), para se apartar de nós. Nos esquecendo que sua permanência (ou insistência) é tão somente pela Graça Incondicional. Ele é fiel a si, e não a nós ou mesmo a alguma moralidade residente per si. A Aliança entre nós (eleitos) e nosso Deus, é indissolúvel por causa dEle, que se obriga a manter a relação e não por causa de uma obrigação moral que detenha Deus, ou por algum detalhe no Pacto que o aprisiona! Deus tem todo o direito de nos despedir e de constituir outros para si como Povo. E tanto poderíamos apontar a ruptura definitiva da aliança com os israelitas, já no exílio babilônico (lembre-se, as 10 tribos que se separaram ao norte, foram simplesmente apagadas do mapa), quanto o fim da relação com os próprios judeus (como povo exclusivo), quando Espírito Santo foi derramado também sobre os gentios, e antes disso tudo, com a caminhada no deserto por 40 anos, e ainda temos o triste, mas não menos justo, divórcio coletivo – a mando divino – nos tempos de Esdras (Cáp. 8 e 9) que obviamente precedeu novos casamentos… Se não fosse a obediência ativa de Cristo, imputada a nós, seu povo, nós teríamos o mesmo fim (Hb 6;4 a 8), seriamos abandonados a nós mesmos. Mas Cristo, em si mesmo, é que nos “mantém fiel nesse casamento”, afinal Deus provando seu amor, em nos conceder no Amado toda sorte de benção, e nisso também o espírito de filhos (Rm 8;15), com o qual clamamos “Aba, Pai” e laboramos pela santificação, sem a qual ninguém verá a Deus. E assim, e só assim, que a Noiva de Cristo é sem mancha e sem mácula (Ef 5;27, 2Co 11;2, Ef 1;4, Jd 1;24, Cl 1;22). Não se compare a Deus, você não é capaz de garantir nem a sua fidelidade, que dirá do outro. Além disso não pode imputar justiça (fidelidade) a ninguém!
CONCLUSÃO:
É preciso reconhecer que muita gente boa já trabalhou esse assunto. Analisando textos e mais textos, e subjugando tudo a uma exegese profunda, intrincada, complexa e por vezes indecifrável. Mas longe de tudo isso – não por mero simplismo, mas por uma convicção que me prende, digo: o Texto é Revelador – não se pode afirmar nada contra a simplicidade da leitura natural de um texto normativo da Bíblia. O Texto Sagrado não é, e não pode ser gnóstico, sob o risco de imaginarmos que a ação do Espírito fica na dependência do academicismo e não pela fé de se achegar a Palavra.
Ele nunca ficou sem testemunha! De forma que as questões mais complexas, questiúnculas e preciosismos quanto aos detalhes das línguas originais, em especial que artificialmente surgem nesse assunto, devem ficar para os especialistas. Descansemos no conhecimento médio, que sempre esteve estabelecido na Igreja, seja nas regras históricas e difusas das políticas de equivalência nas traduções, seja nas múltiplas línguas em que já fora vertida a Palavra de Deus, por vezes até milenares.
Então negar que haja um (único tipo de) divórcio bíblico, quer seja pela pronta afirmação mal compreendida, “o casamento é indissolúvel”, quer seja pelo simulacro piedoso “o cristão deve sempre perdoar” – dois modos comuns de impor aos casados aquilo que Deus não impôs – é desrespeitar o Texto, e insistir em pregar algo que não tem apoio bíblico, um erro terrível. Impor que uma aliança quebrada e formalmente encerrada ainda exerça obrigações sobre quem já não está preso a ela, é até bobo. Além disso – que não é pouca coisa – ao assumirmos que não há possibilidade de divórcio bíblico (obviamente incluso o direito da parte fiel propor novas núpcias depois do casamento ser devidamente extinto) desvalorizamos o leito conjugal sem mácula, igualando o casamento fiel com o infiel, quanto diminuímos a doutrina das Alianças com Deus.
Para os com problemas no casamento: Divórcio não é uma opção! Ele só é remédio para quando a Aliança foi rompida. Mesmo assim a reconciliação, a restauração é algo que se deve considerar em primeiro lugar. Usando como alegoria a passagem de João 2 (o casamento em Caná da Galileia) Jesus é capaz de transformar água em vinho! A obediência a Palavra de Deus pode mudar consideravelmente os rumos do seu casamento. Outra coisa, não espere a coisa ficar terrível para então pedir ajuda, certamente seu pastor está a disposição para tratar do caso.
Para os divorciados: A obediência é a única opção. Se há como restaurar o casamento é isso que você deve fazer. Mas lembre-se essa aliança tem regras claras e imutáveis, que não estão disponíveis para alterações. O casamento deve ser feito no Senhor, e isso diz da restauração dele também. Um crente não deve retornar ao enlace (que uma vez foi desfeito) com um descrente; casamento misto (crente e descrente) é pecado, recasamento também! Não é correto se pôr em julgo desigual sob o pretexto de restaurar a família. Mas é melhor casar que viver abrasado, orienta também o apóstolo Paulo, assim como o casamento foi dado para o auxílio e para ajudar na continência sexual, convém que aqueles que ainda possuem desejos, se casem no Senhor! Mormente isso demandará um processo longo e cuidadoso, a Igreja pode te ajudar muito nisso.
Para os que se casaram novamente: Não encare seu novo casamento como um adultério, pode não ser mesmo o caso. Romper essa nova aliança não é a saída. Em especial quanto a coisa já aconteceu há tempos. Claro que tudo deve ser visto com cuidado e novamente seu pastor e sua igreja poderão ajudar muito. Por fim, lembrando que já houve outra história de fracasso matrimonial, se esforce, no exemplo de Cristo, para que esse novo casamento seja mesmo novo, e não só uma reedição com outros personagens da história antiga.
Para os adúlteros: Deus abomina o que você tem feito! Não pense que sempre haverá tempo e escapatória. Lembre-se, os adúlteros não herdarão o Reino dos Céus (1Co 6;9 e 10). Se arrependa agora, confesse seus pecados, em especial para seu cônjuge. Peça perdão também para Deus, e também sua ajuda para a mudança de comportamento. Procure o seu pastor e se submeta a disciplina eclesiástica aplicável. Não tente racionalizar sua atitude, e nem culpe o outro por qualquer razão que você possa pensa existir.
Para cada um de nós: Visto que nós por nós mesmos nada podemos fazer, revistamo-nos de maior humildade, e clamemos ao Pai que santifique a nós e nosso cônjuge para que não venhamos a experimentar tamanha oposição em nossa própria carne, e não imponhamos aos outros, cargas que não somos capazes de carregar e nem mesmo são justas diante de Deus. Antes, ensinemos a verdade sem receios e libertemos os aprisionados através desse conhecimento (Jo 8;32).
Apêndice
A fala de alguns pregadores famosos que pensam assim também:

D.M.L-Jones, no famoso Estudos no Sermão do Monte aponta exatamente isso:
“O divórcio, quando legítimo, põe fim a toda e qualquer vinculação anterior, segundo ensinou o próprio Senhor Jesus. O relacionamento daquele homem para com sua esposa tornou-se o mesmo como se ela tivesse morrido; e este homem inocente tem o direito de casar-se de novo. Mais do que isso, se ele é um homem crente, então tem o direito de ter um casamento cristão. Porém, nesse caso, somente ele teria esse direito, e não ela; ou vice-versa, caso o culpado tivesse sido o homem.”

John Murray conclui seu artigo de análise das passagens em voga, dizendo:
“…este afastamento (o repúdio por causas de fornicação) tem o efeito de dissolver o vínculo do casamento; como resultado de que ele é livre para voltar a se casar sem, assim, incorrer na culpa do adultério. Em termos simples, isso significa que o divórcio em tal caso dissolve o casamento e que as partes não são mais marido e mulher.”

John Stott, depois de boas considerações pastorais afirma no livro Contracultura Cristã:
“A única situação em que o divórcio e o novo casamento são possíveis sem transgredir o sétimo mandamento é quando o casamento já foi quebrado por algum sério pecado sexual. Neste caso, e só neste caso, Jesus parece ter ensinado que o divórcio seria permissível, ou pelo menos poderia ser obtido sem que a parte inocente adquirisse mais tarde o estigma do adultério.”

Matthews Henry, em sua grande obra:
“Jesus permite o divórcio em caso de adultério; sendo que a razão da lei contra o divórcio consiste na máxima: “Serão dois numa só carne”. Se uma parte se prostituir e se tornar uma só carne em adultério, a razão da lei cessa, e também a lei. (com alterações)”.

Willian Hendricksen, em seu comentário ao evangelho de Mateus:
“…infidelidade conjugal é um ataque à própria essência do laço matrimonial. No presente exemplo, é a parte infiel quem está “separando” o que Deus juntou. Até onde vai o registrado, essa é a única base que Jesus mencionou para dar à pessoa inocente o direito de divorciar-se de sua esposa e casar-se novamente. (com alterações)”
Esli Soares
É pastor presbiteriano a 10 anos, atualmente titular da 4º Igreja Presbiteriana de Boa Vista – Roraima (RR)


Fonte:CCN

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