segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Porque os crentes não devem comemorar o Halloween


Notícias
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Apesar de ser absolutamente errado, muitos cristãos ainda comemoram o Halloween, o famigerado Dia das Bruxas. Algumas igrejas e pastores, especialmente nos Estados Unidos, até mesmo incentivam, como revela Jamie Morgan, pastor da Assembléia de Deus na cidade de Williamstown nos EUA. Recentemente, vi uma propaganda de uma igreja em que eles estavam tendo uma Corrida de Zumbis. Sério mesmo? Na casa de Deus?
Quando eu era um crente novo, reconheço que permiti que meu filho participasse do Halloween. Em parte porque o meu marido ainda tinha aceitado Jesus como salvador de sua vida e insistiu que fizéssemos isso. Outro motivo foi que eu não via mal nisso. Afinal de contas, muitos cristãos que eu respeitava também faziam isso. Então, como um cristão novo como eu poderia questionar? Certo? Errado!
Como eu cresci mais perto do Senhor e aprendi sobre a sua Palavra, comecei a me sentir incomodado com o Halloween. Eu tive pensamentos como: Deus é um Deus de vida, mas o Dia das Bruxas centra-se na morte. Então, devo mesmo comemorar um feriado (nos Estados Unidos) em que as pessoas decoram seus quintais com lápides?
As Escrituras nos ensinam a repudiar as obras das trevas (Romanos 13.12) e que a luz não tem nada em em comum com as trevas (2 Coríntios 6.14.). Comemorar uma negra festa pagã é mesmo algo que uma criança da luz deveria estar fazendo? Bruxaria é claramente detestável para o Senhor (Deuteronômio 18. 10-13). Caso não credite nestas palavras, basta dar uma caminhada através das lojas que vendem produtos para o Halloween para confirmar ser algo detestável.”
Halloween é um sagrado, elevado feriado para os wiccanos (a religião oficial da bruxaria). Esta é uma festa pagã que os cristãos devem celebrar ao lado daqueles que divulgam e incentivam a bruxaria e outras atitudes ue o Deus Todo-poderoso abomina em sua Palavra? É bonito quando vestimos nossas crianças como o diabo, bruxas, ghouls (seres demoníacos que consemem carne humana), personagens assustadores etc.? Isso não é demoníaco?
E se, em vez disso, eu simplesmente vestir meus filhos com uma saudável roupa de bombeiro Romanos 16.19 diz que é preciso ser sábio para o que é bom e inocente para o mal. Se eu deixar meus filhos participarem do Halloween, mesmo quando vestido como um bombeiro, não estou lhe passando uma mensagem confusa para uma criança, permitindo-lhe participar de uma celebração do mal?
O Senhor disse em 2 Coríntios. 6.17: “Saí do meio deles, separai-vos… não toqueis coisa imunda …” Será que Deus não quer que seus filhos sejam separados do mundo e do pecado e do mal? Minha família e alguns amigos acham ridículo não permitimos que o nosso filho vist-se como a maioria das outras crianças para o Dia das Bruxas. As opiniões importam mais do que a Palavra de Deus? Minha maior preocupação deve ser a de agradar a Deus.
O Dia das Bruxas traz glória a Deus? Não! Ele glorifica o diabo! Isso é definitivo.
Assim como um crente novo, salvo apenas havia dois anos, entendi a mensagem do Espírito Santo e me arrependi de desagradar ao Senhor e permitir que meu filho fosse ao Halloween. E como pastor, que conhece a destruição que o inimigo traz para a vida das pessoas quando estas eles lhe dão espaço, estou ainda mais do que convencido de que tomei a decisão certa para fechar a porta para o inimigo nesta comemoração do mal.
Separar um dia para celebrar o mal, a escuridão, a feitiçaria, o medo, a morte e algo demoníaco entristece e desagrada a Deus. Um cristão que comemora o Halloween seria como um adorador de Satanás montar um presépio no Natal enquanto canta, “Feliz aniversário, Jesus!” Os dois simplesmente não andam juntos. Jesus não tem nada em comum com Satanás (2 Coríntios 6.14), e nem nós devemos ter.
Então, o que podemos fazer no Halloween? Nos esconder com as luzes apagadas? Sair de casa com toda a família? Não. Nesse caso, casas escuras são a vitória do inimigo! Onde é que sua luz tem de ser mais brilhante ainda? Claro que na escuridão!
Halloween é o um dia do ano quando (nos Estados Unidos) algumas crianças da vizinhança vêm a sua porta esperando receber alguma coisa. Então dê-lhes JESUS! A nossa família escolheu, para a glória de Deus apresentar o Evangelho de Jesus Cristo aos vizinhos! “Vós sois a luz do mundo … deixe sua luz brilhar entre os homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5. 14-16).
Então pare de tentar justificar que é interessante celebrar esta festa claramente demoníaca. Não existem linhas confusas ou áreas cinzentas sobre este assunto. É simples assim: um verdadeiro e comprometido seguidor de Jesus Cristo não deve comemorar o Halloween.
Fonte: Charisma News
Adaptação: Milton Alves

Líderes evangélicos assinam a declaração "A Reforma acabou?”



“As questões que suscitaram a Reforma quinhentos anos atrás ainda estão muito presentes no século 21 em toda a igreja”, declara o documento, publicado antes do quingentésimo aniversário e assinado por mais de 50 líderes evangélicos.


No dia 24 de outubro de 2016, tornou-se público o manifesto “A Reforma Acabou? Uma Declaração de Convicções Evangélicas”. O documento (ler abaixo) é uma resposta à abordagem assumida, de comum acordo, pela Igreja Católica Romana e algumas igrejas e organizações protestantes e evangélicas.
Elaborado pela Reformanda Initiative, o manifesto declara: “Às vésperas do quingentésimo aniversário da Reforma Protestante, cristãos evangélicos de todo o mundo têm a oportunidade de refletir novamente sobre o legado da Reforma tanto na igreja global de Jesus Cristo como no desenvolvimento do trabalho evangelístico. Após séculos de controvérsias e tensões entre evangélicos e católicos, a cordialidade ecumênica de tempos recentes criou condições propícias para que líderes de ambos os lados afirmassem que a Reforma está em seus momentos finais e que as principais discordâncias teológicas que levaram à ruptura do cristianismo ocidental no século 16 já estão resolvidas.” São exemplos dessa cordialidade o papel ativo que o Papa Francisco desempenhará na Comemoração Ecumênica da Reforma em Lund, Suécia, no dia 31 de outubro deste ano, e as atividades que visam buscar “unidade” e “reconciliação” na Alemanha entre a Igreja Protestante (EKD) e a Igreja Católica Romana.

MAIS INFORMAÇÕES
O documento foi assinado por mais de 50 teólogos evangélicos, líderes de igrejas e líderes de instituições evangélicas de peso. Veja a lista completa de signatários aqui. Você pode baixar o documento “A Reforma Acabou? Uma Declaração de Convicções Evangélicas” em Português, Inglês, Italiano, Eslovaco e Espanhol.

Leia o manifesto abaixo:

A REFORMA ACABOU? 
Uma Declaração de Convicções Evangélicas
Às vésperas do quingentésimo aniversário da Reforma Protestante, cristãos evangélicos de todo o mundo têm a oportunidade de refletir novamente sobre o legado da Reforma tanto na igreja global de Jesus Cristo como no desenvolvimento do trabalho evangelístico. Após séculos de controvérsias e tensões entre evangélicos e católicos, a cordialidade ecumênica de tempos recentes criou condições propícias para que líderes de ambos os lados afirmassem que a Reforma está em seus momentos finais e que as principais discordâncias teológicas que levaram à ruptura do cristianismo ocidental no século 16 já estão resolvidas.

Por que alguns afirmam que a Reforma acabou
Em apoio à ideia de que a Reforma acabou, são geralmente citadas duas razões principais:
1) Os desafios para os cristãos em todo o mundo (como, por exemplo, o secularismo e o Islã) são tão atemorizantes que protestantes e católicos não podem mais se dar ao luxo de permanecer divididos. Um testemunho unificado, talvez com o Papa como porta-voz, beneficiaria grandemente o cristianismo global.
2) As divisões teológicas históricas (por exemplo, a salvação somente por meio da fé, a autoridade última da Bíblia, a primazia do bispo de Roma) são consideradas questões de diferença legítimas em termos de ênfase, mas não são pontos críticos de divisão e contraste que impeçam a unidade.
A força cumulativa desses argumentos tem amenizado a compreensão e a avaliação de alguns evangélicos acerca da Igreja Católica Romana.
É também importante notar que, no último século, o evangelicalismo global tem crescido em uma velocidade avassaladora, enquanto o mesmo não ocorre no catolicismo romano. O fato de milhões de católicos tornarem-se evangélicos nos últimos anos não passou despercebido por líderes católicos romanos, que buscam responder a essa perda de fiéis de maneira estratégica: adotando uma linguagem evangélica tradicional (conversão, evangelho, missão, misericórdia) e estabelecendo diálogos ecumênicos com igrejas que outrora condenaram. Onde antes havia perseguição e animosidade, agora há relacionamentos e diálogos mais amistosos entre católicos e protestantes. A questão, porém, permanece: as diferenças fundamentais entre católicos e protestantes ou evangélicos desapareceram?
A Reforma acabou?
A Reforma Protestante, em todas as suas variantes e por vezes tendências conflitantes, foi, em última instância, um chamado para (1) resgatar a autoridade da Bíblia sobre a igreja e (2) reconhecer novamente o fato de que a salvação chega até nós somente por meio da fé.
Há cinco séculos, o catolicismo romano é um sistema religioso que não é baseado exclusivamente na Escritura. De acordo com a perspectiva católica, a Bíblia é apenas uma fonte de autoridade: não se mantém autônoma, nem é a fonte mais importante. De acordo com esta visão, a tradição precede a Bíblia, é maior do que a Bíblia e não é revelada somente pela Escritura, mas através do ensino contínuo da Igreja e de sua agenda atual, de acordo com os tempos. Uma vez que a Escritura não tem a última palavra, a doutrina e a prática católicas permanecem indeterminadas e, portanto, confusas em sua própria essência.
A promulgação de três dogmas (ou seja, crenças obrigatórias) sem qualquer base bíblica ilustra perfeitamente o método teológico do catolicismo romano. São eles: o dogma da imaculada conceição de Maria, de 1854; o dogma da infalibilidade papal, de 1870; e o dogma da assunção corpórea de Maria, de 1950. Esses dogmas não representam o ensinamento bíblico e, na verdade, claramente os contradizem. No sistema católico, isso não importa, pois não depende da autoridade exclusiva da Escritura. Talvez sejam necessários dois milênios para se formular um novo dogma, mas, tendo em vista que a Escritura não detém a última palavra, a Igreja Católica pode eventualmente adotar tais inovações.
Quanto à doutrina da salvação, muitos têm a impressão de que há uma convergência crescente no que diz respeito à justificação pela fé e que as tensões entre católicos e evangélicos têm diminuído consideravelmente desde o século 16. No Concílio de Trento (1545-1563), a Igreja Católica reagiu fortemente contra a Reforma Protestante ao declarar “anátema” (amaldiçoados) aqueles que defendessem a justificação somente pela fé, ao mesmo tempo em que afirmou o ensino de que a salvação é um processo de cooperação com infusão da graça, ao invés de ser um ato alicerçado exclusivamente na graça e na fé.
Alguns argumentam que a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, assinada pela Igreja Católica Romana e a Federação Mundial Luterana em 1999, uniu a ambos os lados. Conquanto o documento favoreça, por vezes, uma tendência mais bíblica no entendimento da justificação, explicitamente afirma a visão de justificação do Concílio de Trento. A condenação sobre convicções protestantes e/ou evangélicas históricas permanece; apenas não se aplica àqueles que afirmam a desfocada posição da Declaração Conjunta.
Assim como em Trento, na Declaração Conjunta a justificação é um processo representado pelo sacramento da Igreja (o batismo); ela não é recebida exclusivamente pela fé. É uma jornada que requer colaboração do fiel e uma participação contínua no sistema sacramental. Não há qualquer entendimento de que a justiça de Deus é imputada por Cristo ao crente; logo, não há qualquer segurança de salvação. Além disso, a visão da Igreja Católica Romana é revelada por seu uso contínuo de indulgências (ou seja, a remissão da punição temporal por pecado atribuído pela Igreja em ocasiões especiais). Foi a teologia das indulgências que desencadeou a Reforma, mas esse sistema tem sido invocado recentemente pelo Papa Francisco no Ano da Misericórdia (2015-2016). Isto mostra que, para a Igreja Católica Romana, a visão básica da salvação – que depende da mediação da Igreja, da distribuição de graça por meio dos sacramentos, da intercessão dos santos e do purgatório – permanece a mesma após a elaboração da Declaração Conjunta.
Perspectivas
O que dissemos sobre a Igreja Católica Romana como realidade doutrinal e institucional não é necessariamente verdadeiro para indivíduos católicos. A graça de Deus está trabalhando em homens e mulheres que se arrependem e confiam somente em Deus e que respondem ao seu evangelho, vivendo como discípulos cristãos que buscam conhecer a Cristo e fazê-lo conhecido.
Entretanto, por conta de suas afirmações dogmáticas flutuantes e de sua estrutura política complexa e diplomática, a instituição Igreja Católica deve ser examinada com muito mais cautela e prudência. Iniciativas atuais para renovar aspectos da vida e adoração católicas (como, por exemplo, a acessibilidade à Bíblia, a renovação litúrgica, o papel crescente dos leigos e o Movimento Carismático) não indicam, por si mesmas, que a Igreja Católica Romana esteja compromissada com uma reforma substanciosa em consonância com a Palavra de Deus.
Em nosso mundo globalizado, encorajamos a cooperação entre evangélicos e católicos em áreas de preocupação comum, tais como a proteção da vida e a promoção da liberdade religiosa. Essa cooperação se estende a pessoas de outras orientações religiosas e ideológicas. Em pontos onde valores comuns estão em jogo – questões éticas, sociais, culturais e políticas –, os esforços colaborativos devem ser encorajados. Todavia, quando se trata de cumprir a tarefa missionária de proclamar e viver o evangelho de Jesus Cristo em todo o mundo, os evangélicos devem ser cautelosos, mantendo padrões bíblicos claros ao formar plataformas e coalizões.
A posição que articulamos aqui é um reflexo de convicções evangélicas históricas, junto a uma paixão pela unidade entre crentes em Jesus Cristo de acordo com a verdade do evangelho1. As questões que suscitaram a Reforma 500 anos atrás ainda estão muito presentes no século 21 em toda a igreja. Enquanto acolhemos de bom grado toda oportunidade para esclarecê-las, nós evangélicos afirmamos, juntamente com os reformadores, as convicções fundamentais de que nossa autoridade final é a Bíblia e que somos salvos somente por meio da fé.
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[1] Essas convicções fundamentais são expressas em papers oficiais de duas organizações evangélicas mundiais: Fraternidade Evangélica Mundial e Movimento Lausanne. Após abordar temas como mariologia, autoridade na igreja, o papado e a infalibilidade, justificação pela fé, sacramentos e a Eucaristia, e a missão da igreja, este foi o pronunciamento da Fraternidade Evangélica Mundial: “A cooperação na missão entre evangélicos e católicos está seriamente impedida por conta de obstáculos ‘insuperáveis’” (Fraternidade Evangélica Mundial, Evangelical Perspective on Roman Catholicism (1986) in Paul G. Schrotenboer (ed.), Roman Catholicism. A Contemporary Evangelical Perspective (Grand Rapids: Baker Book House 1987) p. 93). A mesma visão é refletida no documento de Lausanne intitulado Occasional Paper on Christian Witness to Nominal Christians among Roman Catholics, de 1980, bem como em uma declaração de John Stott, principal autor do Pacto de Lausanne: “Estamos dispostos a cooperar com eles (católicos romanos, ortodoxos ou protestantes liberais) em boas obras de compaixão cristã e justiça social. É no momento em que somos convidados a evangelizar com eles que nos vemos em um duro dilema, pois o testemunho comum necessita de uma fé comum e a cooperação no evangelismo depende de concordância sobre o conteúdo do evangelho” (Lausanne Committee for World Evangelization. “Lausanne Occasional Paper 10 on Christian Witness to Nominal Christians among Roman Catholics” (Pattaya, Thailand, 1980); John Stott, Make the Truth Known. Maintaining the Evangelical Faith Today (Leicester, UK: UCCF Booklets, 1983) p. 3-4.).
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Traduzido por Jonathan Silveira no Teologia Brasileira

Martinho Lutero: O precursor da Reforma Protestante



Martinho Lutero nasceu a 10 de novembro de 1483 no centro da Alemanha, em Eisleben, Turíngia/Alemanha. Seus pais, João e Margarida, eram pobres - João era mineiro e lenhador - porém não iletrado, de modo que puderam dar-lhe boa orientação educacional. Visando a melhorar a vida econômica, fixaram residência, em 1484, em Mansfeld, onde Martinho iniciou seus estudos. Terminando o curso da escola daquela localidade, então com 14 anos, deixou a casa paterna e ingressou na escola superior de Magdeburgo. Depois de um ano ali, teve que retornar à casa paterna acometido de grave enfermidade, indo por esta razão, no ano seguinte, estudar em Eisenach. Três anos cursou o colégio de Eisenach. Em 1501 ingressava na Universidade de Erfurt, cidade conhecida como "Roma Alemã" pelo número de suas igrejas e mosteiros. Obteve ali os graus de Bacharel (1502) e Mestre em Arte (1505). No mesmo ano ingressou no curso de Direito.

Este, porém, foi interrompido visto que, a 02 de julho de 1505, regressando da casa paterna, teve sua vida seriamente ameaçada por uma tempestade que, por pouco, lhe tirara a vida. Fez, nesta oportunidade, um voto a Sant’ana que, se lhe fosse dado viver, ingressaria no mosteiro para tornar-se monge. No dia 17 de julho de 1505 as portas do convento da Ordem dos Agostinhos fechavam-se atrás dele.
Sacerdote
Em fevereiro de 1507 foi ordenado sacerdote. Vivia, no entanto, em completo desespero, buscando, dias e noites a fio, em tremendos tormentos espirituais, resposta à pergunta: "De que maneira conseguirei um Deus misericordioso?" Reconheceu muito logo que jamais seria possível obter certeza de sua salvação mediante boas obras, pela impossibilidade de saber se são suficientes, mormente em se tratando de uma alma de consciência extremamente sensível.
Professor
Por indicação do vigário da ordem, João de Staupitz, que reconhecia em Lutero urna erudição e inteligência incomuns, Lutero foi designado professor na Universidade de Wittenberg, fundada em 1502 por Frederico, o Sábio, duque da Saxônia e presidente dos sete eleitores civis que, juntamente com sete autoridades religiosas, elegiam o imperador do Sacro Império -Romano da Nação Alemã. Ocupou ali a cadeira de Teologia. Continuou também seus estudos, instruindo-se principalmente nas línguas gregas e hebraica. A 09 de março de 1509 obteve o grau de Baccalaureus Biblicus.
Viagem a Roma
Em 1511, então com 28 anos, foi enviado em missão diplomática a Roma, para solucionar uma divergência entre sete conventos de sua Ordem e o vigário geral da mesma. A corrupção, imoralidade, as zombarias, o desrespeito do clero e da cúpula da igreja para com as coisas sagradas marcaram nele uma profunda decepção. Embora profundamente entristecido, as esmagadoras desilusões sofridas não o levaram a descrer de sua igreja.
Doutor em Teologia
Em outubro de 1512, recebia, das mãos do decano da faculdade de Teologia, o grau de Doutor em Teologia. Assumiu, a seguir, a cadeira de Lectura in Bíblia lecionando, à base das línguas originais, o hebraico do Antigo Testamento e o grego do Novo Testamento, incorporando conquistas do humanismo na ciência da interpretação de textos. Ainda em 1512, foi eleito subprior do convento de Wittenberg. Em maio de 1515, o cabido geral reunido em Gotha o designava vigário do distrito, que compreendia onze conventos sob sua orientação e autoridade.
Preleções
As suas preleções eram tão concorridas que a elas acorriam estudantes de todas as partes e países vizinhos. Os professores assistentes também aumentavam. O reitor da Universidade chegou a declarar, como que em antevisão: "Este frade derrotará todos os doutores; introduzirá uma nova doutrina e reformará toda a igreja; pois ele se funda sobre a palavra de Cristo, e ninguém no mundo pode combater nem destruir esta Palavra..." (Melchior, Adam. Vita Lutheri, p. 104). Ocupando o púlpito, a capela logo não mais podia comportar os assistentes. O senado o convidou então a ocupar a igreja paroquial da cidade.
Justificação pela fé
Nos seus conflitos espirituais, o texto bíblico que lhe trouxe a luz da verdade e a paz de consciência veio a ser a célebre passagem da Epístola aos Romanos (1.17), em que o apóstolo cita o profeta Habacuque: "0 justo viverá por fé" Viu que São Paulo fazia do sacrifício de Cristo o centro da verdade em religião. Seus pecados, angústias, sofrimentos haviam caído sobre os ombros de Cristo na cruz; Cristo fizera o que ao pecador teria sido impossível fazer com suas penitências e méritos pessoais.
As Teses
Em 1517, Lutero quis provocar um debate público sobre a venda de indulgências promovidas pelo Papa Leão X e o arcebispo Alberto de Mogúncia através da Ordem dos Dominicanos. Quando pregou à porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, em 31 de outubro de 1517, o pergaminho com as 95 teses em latim para serem debatidas entre os acadêmicos, conforme o costume da época, não desejava desencadear um movimento na história da igreja. Era o pároco que, com preocupado, via como as almas dos fiéis eram desnorteadas por um grande escândalo, descaradamente apregoado em nome da santa Igreja: a venda do perdão de Deus, como se fosse mercadoria, por meio de cartas de indulgência, cujo lucro se destinava ao término da basílica de São Pedro e à cruzada contra os turcos. Seu principal proclamador era o dominicano Tetzel. Eis algumas das teses apresentadas por Lutero: - Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos... etc., pretendia falar da vida interior do cristão que deveria ser um contínuo e ininterrupto arrependimento (Tese I) - Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório (Tese 27) - Todo o cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indigência (Tese 36) - Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências e o próprio papa oferecessem sua alma como garantia (Tese 52) As proposições sobre as indulgências eram completadas por algumas outras, que continham o que viria a ser fundamental na doutrina luterana: - Aos olhos de Deus, não há na criatura senão concupiscências; - Ninguém se salva senão pela graça de Deus através da fé. O efeito dessas teses foi tão inesperado, que elas não ficaram entre os letrados; traduzidas ao alemão, em poucas semanas se espalharam por toda a Alemanha e outras partes da Europa, chegando ao conhecimento do povo em geral.
Reação de Roma
Em 1518, Roma tratou de liquidar o caso do monge de Wittenberg. Lutero foi chamado para responder processo em Roma, dentro de sessenta dias. Mas, por interferência de Frederico, o Sábio, Príncipe da Saxônia, o Papa consentiu que a questão fosse tratada em Augsburgo, pelo Cardeal Cajetano. Este exigia simplesmente que Lutero se retratasse, o que este, naturalmente, não fez. Tinha Lutero nessa época o apoio do capítulo da Ordem dos Agostinhos e do corpo docente da Universidade de Wittenberg. Cajetano declararia depois dos três encontros com Lutero: "Ele tem olhos que brilham, e raciocínio que esconcertam".
O Papa temia suscitar oposição cerrada entre os príncipes alemães. Valeu-se, para que isso não acontecesse, da diplomacia. Condecorou o protetor de Lutero, Frederico, o Sábio, com a "Ordem da Rosa Áurea da Virtude" para afastá-lo de Lutero, e enviou o conselheiro Karl von Miltitz. Este conseguiu, com brandura, queLutero escrevesse uma carta ao papa, declarando sua fiel submissão; mas reafirmou, também, sua doutrina da justificação pela fé somente, sem os méritos de obras. Expôs e defendeu sua posição num debate com o Dr. João Eck em Leipzig. O que precipitou o rumo das coisas foi sua declaração de que nem todas as doutrinas de João Hus (queimado como herege em Constança, em 1415) eram falsas, e que os concílios são passíveis de erros em suas decisões. Isto o colocou à margem da igreja papal, que se fundamentava sobre a infalibilidade do papa e dos concílios.
Primeiros Escritos
Em 1520 escreveu três livros fundamentais mostrando o antagonismo do sistema de salvação papal e o ensino bíblico: "À Sua Majestade Imperial e à Nobreza Cristã sobre a Renovação da Vida Cristã",- "Sobre a Escravidão Babilônica da Igreja" e "Da Liberdade Cristã" ' Alguns de seus pensamentos-chave aí registrados são estes: - "0 cristão é um livre senhor sobre todas as coisas e não submisso a ninguém - pela fé"; "o cristão é servidor de todas as coisas e submisso a todos - pelo amor". "Não fazem as boas obras um bom cristão, mas um bom cristão faz boas obras".
Excomunhão
A resposta do Papa foi a bula de excomunhão Exsurge Domine. Tinha ainda 60 dias para retratar-se do que havia escrito e ensinado. Em 03 de janeiro de 1521 esgotou-se o prazo dado na bula, sendo então proferido o anátema definitivo, pela bula Decet Romanum Pontificem.
Dieta de Worms
Em 1521 reunia-se a primeira Dieta ou Assembléia do império, presidida pelo jovem imperador Carlos V, eleito em 1520, em sucessão a Maximiliano, para dirigir o reino "em que o sol não se punha". Lutero, intimado, compareceu diante da assembléia em 17 e I S de abril de 15 2 1. Perguntado se renunciava ao que tinha escrito, respondeu: "Não posso, nem quero retratar-me, a menos que seja convencido do erro por meio da palavra bíblica ou por outros argumentos claros. Aqui estou; não posso de outra maneira! Que Deus me ajude. Amém".
Tradução do Novo Testamento
Proscrito pelo imperador, foi posto em segurança pelo duque Frederico, através de um seqüestro simulado de cavaleiros embuçados, durante sua viagem de retomo, e escondido no Castelo de Wartburgo, nas proximidades de Eisenach. Sua principal realização nesse período foi a tradução do Novo Testamento grego para um alemão fluente de grande aceitação popular. Os primeiros 5 mil exemplares esgotaram-se em 3 meses. Em cerca de dez anos houve 58 edições. Em 1522, com risco de vida, reassumiu as funções de professor em Wittenberg. Juntamente com Felipe Melanchthon (cognominado Praeceptor Germaniae - educador da Alemanha), seu grande amigo e colaborador, instruiu centenas de estudantes alemães, boêmios, poloneses, finlandeses, escandinavos.
Guerra dos Camponeses
Marcou o ano de 1525 a Guerra dos Camponeses - uma revolução armada em que os camponeses, sob federação, reivindicaram mais liberdade aos latifundiários. Em seus objetivos políticos sociais idealizaram Martinho Lutero como chefe. Confundiram reivindicações políticas com aspirações religiosas. Lutero, embora compreendendo suas necessidades, viu-se forçado a distanciar-se do movimento porque não era política a missão dele. A carnificina, com batalha final em Frankenhausen, trouxe prejuízos ao movimento da Reforma. Mas esta, a despeito de todos os abusos praticados em seu nome, se expandia. Lutero procurava consolidar as igrejas e escolas que haviam aderido à Reforma em território alemão e países vizinhos. Neste mesmo ano (I 525) casou-se com uma ex-freira, Catarina de Bora, de cujo casamento lhes nasceram 6 falhos.
Culto e Liturgia
De 1527 a 1529 esteve empenhado na organização da Igreja Evangélica. Compositor e poeta, compôs trinta e sete hinos. Cabe-lhe a celebridade de popularizar o Lied eclesiástico. Era também conhecido como o "Rouxinol de Wittenberg". Traduziu a ordem da missa para o alemão - Deutsche Messe 1526 - a partir do que os cultos passaram a ser celebra. dos na língua do povo, e não no latim que ninguém entendia.
Os dois Catecismos
Em 1529 redigiu dois manuais de instrução, até hoje em uso nas igrejas luteranas: "Catecismo Menor" e "Catecismo Maior" Os dois volumes apresentam, em seis partes, um sumário da doutrina cristã. O primeiro é escrito, especialmente, para as crianças; o segundo, para os pais. Justificando, o Reformador afirma: "A lamentável e mísera necessidade experimentada recentemente, quando também fui visitador, é que me obrigou e impulsionou a preparar este Catecismo ou doutrina cristã nesta forma breve, simples e singela. Meu Deus, quanta miséria não vi! O homem comum simplesmente não sabe nada da doutrina cristã, especialmente nas aldeias". Numa outra oportunidade afirma: "Eu também sou doutor e pregador, e, na verdade, tenho de continuar diariamente a ler e estudar, e ainda assim não me saio como quisera, e devo permanecer criança e aluno do Catecismo".

Somente a Escritura
No mesmo ano realizou-se, no mês de outubro, um encontro entre Ulrico Zwínglio e Lutero para um debate doutrinário, denominado Colóquio de Marburgo, urna controvérsia eucarística. O pregador Zwínglio, que vivia na Suíça, também reconhecera a apostasia da igreja romana, pregai)do a Palavra e testemunhando contra as indulgências. Diferia, no entanto, da doutrina de Lutero e a discrepância básica resumia-se na pergunta: Os artigos de fé devem basear-se exclusivamente na Palavra de Deus ou também na razão humana? Não chegaram a um acordo, visto que a resposta de Lutero não admitia dúvida: A Escritura, e nada além dela, é fonte de artigos de fé, como também, mais tarde, a Fórmula de Concórdia o expressa: "Cremos, ensinamos e confessamos que somente os escritos proféticos e apostólicos do Antigo e do Novo Testamento são a única regra e norma segundo a qual devem ser ajuizadas e julgadas igualmente todas as doutrinas e todos os mestres".
Confissão de Augsburgo
Auxiliou o duque João Frederico a delinear sua estratégia em relação à Dieta de Augsburgo (l53O), convocada Pelo imperador para superar o cisma- Acompanhou a redação, por Felipe Melanchthon, duma defesa oficial, que veio a chamar-se Confissão de Augsburgo.
O documento - a primeira e mais notável das confissões evangélicas - foi lido em público à assembléia imperial, em nome de príncipes e cidades partidárias da Reforma, a 25 de junho de 1530. Era Composto o documento de duas partes: uma, dogmática; outra, apologética. Argumentavam na Confissão que, quanto à doutrina, continuavam fiéis ao que a igreja vinha ensinando à base das Escrituras Sagradas, conforme os Credos Apostólico e Niceno; com respeito ao culto, mantinham os ritos antigos consentâneos ao evangelho, cancelando apenas aqueles costumes, ritos e cerimônias que obscureciam a glória de Jesus Cristo como o único Mediador entre Deus e Os homens. Reivindicaram, por conseguinte, o direito de conviver em Paz com o papa e os bispos no seio da igreja do império. O imperador, ouvida a Confissão, determinou que os teólogos de Roma elaborassem a Confutação Católica à confissão de Augsburgo. A 03 de agosto fez-se a leitura desta. Não terminava ainda a apresentação de confissões religiosas, e Lutero e Melanchthon responderam à Confutação com a Apologia da Confissão de Augsburgo, de alto valor teológico, mas da qual a Dieta não quis tomar conhecimento. A Dieta lhes concedeu o prazo até 15 de abril de 1531 para voltarem ao seio da igreja romana e exigiu rigoroso cumprimento do Édito de Worms. Embora desaconselhados por Lutero, constituiu-se em fevereiro de 1531 uma poderosa agremiação política dos príncipes luteranos, denominada "Lida de Esmalcalde". Porém, em vista do perigo dos turcos às portas do império, em Viena, o imperador dependia do auxilio militar dos príncipes evangélicos; por isso, pela Paz de Nüremberg, para a qual Lutero muito contribuiu, em 1532, permitiu aos adeptos da Confissão de Augsburgo a persistirem nas suas doutrinas e concedia-lhes ainda outros privilégios. Essa tolerância seria dada até a realização de um concílio da igreja.
Tradução do Antigo Testamento
Não houve, assim, apesar dos esforços, uma maneira de restabelecer a unidade na igreja e no império. Em 1534 Lutero terminava uma tarefa em que havia trabalhado mais de 10 anos: a tradução do Antigo Testamento para o alemão. No mesmo ano pode-se publicar, então, a Bíblia completa. Em 1536 Lutero redigiu, por solicitação do duque João da Saxônia, artigos para serem apresentados num "Concilio geral livre" convocado pelo Papa. Os Artigos de Esmalcalde, porém, não chegaram a ser apresentados. Os líderes evangélicos concluíram que o concilio não seria livre e se negaram a participar do Concílio de Trento (l545 - 1563), que desencadeou a contra-reforma, no pontificado de Paulo III.
Paz de Augsburgo
A Paz de Augsburgo, em 1555, atendeu, de certa forma, aos reclamos dos evangélicos. Substituiu a tolerância religiosa nestes termos: os príncipes e cidadãos do império respeitariam a filiaçao religiosa de cada um, e o povo teria a opção de adotar a confissão religiosa do respectivo domínio ou de emigrar a território que tivesse a confissão desejada.
Martinho Lutero faleceu aos 62 anos de idade, em 18 de fevereiro de 1546, em sua cidade natal, Eisleben, depois de solucionar um litígio entre os condes de Mansfeld. Com grande cortejo fúnebre e ao som de todos os sinos, Lutero foi sepultado sob as lajes da igreja do Castelo de Wittenberg, onde sempre pregava o evangelho.
Contra-Reforma
A Contra-reforma, liderada pela ordem dos jesuítas, reconquistou vários territórios que tinham aderido à Reforma. Não obstante, a doutrina, o culto e a piedade preconizados por Lutero se enraizaram na Alemanha, nos países bálticos, nos países escandinavos e na Finlândia. Através doutros reformadores, foram acolhidos na França, Inglaterra, Escócia e Países ' Baixos. Em todos estes países, a Reforma ocasionou extraordinário desenvolvimento cultural, notadamente na educação, ciência, economia e política. Pela emigração, os "Luteranos" se espalharam por todos os continentes. Contam, hoje, cerca de 70 milhões. Frade, sacerdote, professor, doutor em Teologia, pregador considerado o primeiro de seu tempo, escritor vigoroso e de grande riqueza lexicografia, fixador da língua alemã, poeta e músico, Lutero abalou o mundo de seus dias e sobre ele se tem pronunciado. ciado o juízo dos séculos.
Pronunciamentos sobre Lutero
O historiador Schaff diz que "este foi o maior homem que a Alemanha produziu e um dos maiores vultos da história". Goethe dá o seu testemunho nestes termos: 'Dificilmente compreendemos o que devemos a Lutero e à Reforma em geral. Ficamos livres dos grilhões da estreiteza espiritual (... ) compreendemos o cristianismo em sua pureza". .Heinrich -Heine, o poeta excelso, exclama: "Honra a Lutero, a quem devemos a reconquista dos nossos direitos mais sagrados, e de cujos benefícios vivemos hoje em dia. Através de Lutero adquirimos a liberdade religiosa. Criou a palavra para o pensamento. Criou a língua alemã, através da tradução da Bíblia": Dollinger, historiador católico liberal, diz: "Lutero deu aos alemães o que nenhum outro jamais dera a seu povo: a língua, a Bíblia, a hinologia..." É reconhecido c omo "pai da alfabetização". Dirigiu-se aos pais através de profusas publicações, encarecendo-lhe a escola e a educação dos filhos como necessidade inadiável, para a pátria e a igreja verem melhores dias. Um escritor moderno declarou: "A Lutero deve a Alemanha seu esplendido sistema educacional - em suas origens e concepções. Porque ele foi o primeiro a reclamar uma educação universal, uma educação do povo todo, sem consideração de classe". Deixou à posteridade, em sua fecundidade literária, dezenas de volumes contendo obras doutrinárias, apologéticas, exegéticas, homiléticas, pastorais e pedagógicas. Funck-Brentano, célebre historiador contemporâneo assim se expressa: "Qualquer que seja o julgamento formulado em torno da doutrina religiosa de Martinho Lutero, é preciso reconhecer nele uma das mais poderosas personalidades que o mundo conheceu. Sua energia, seu valor, sua poderosa ação - que decorriam em grande parte da intensidade de suas convicções - estão acima de todo elogio. Calculou-se que seriam precisos a um homem dez anos de vida para simples cópia das cartas, orações e inumeráveis escritos do reformador, e Lutero não só redigiu suas obras, mas pensou-as, deu-lhes estudo e reflexões, corrigiu-as, e isso entre ocupações múltiplas, quase sempre absorventes e das mais diversas, suas prédicas, sua atividade social e política, os cuidados e o tempo que consagrou aos antigos e à família" (Martim Lutero, pág. 22, Ed Veccki). Dezenas de testemunhos dessa natureza poder-se-ia acrescentar à sua pessoa. Os exemplos citados, porém, exemplificam o veredito sobre sua pesso e a obra deixada até os nossos dias atesta a sua grandiosidade.
ROSA DE LUTERO
Símbolos são figuras que expressam verdades e convicções. Uma Cruz, um Coração, uma Rosa Messiânica, um Fundo Azul e um Anel Dourado formam o BRASÃO DE LUTERO.
O coração se apega a Cristo, centro da fé e da vida cristã. A fé se reflete em alegria, consolação, paz e esperança, aguardando a realização das promessas de felicidade sem fim, que ainda serão cumpridas.
A ROSA DE LUTERO tornou-se um símbolo visual da REFORMA e do LUTERANISMO.
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Presas por evangelizar na Etiópia, adolescentes cantam e oram na prisão: “Não temos medo”

Mulheres cristãs da Etiópia e da Eritreia louvam em igreja improvisada no campo de refugiados, na França. (Foto: Reuters)


No início do mês, quatro adolescentes foram presas na Etiópia por distribuírem livros que falam sobre o cristianismo na cidade de Babille, localizada cerca de 550 km a leste da capital, Adis Abeba.

De acordo com a organização World Watch Monitor, as quatro meninas — Deborah, 18, Eden, 15, Gifti e Mihiret, 14 — acabaram sendo libertadas sob fiança depois de pagar 3 mil Birr (cerca de R$ 425) para o tribunal da cidade vizinha, Harar.
No entanto, Deborah foi novamente detida poucas horas depois de sua libertação por motivos ainda desconhecidos. Outra adolescente, Eden, também voltou a ser presa e foi espancada em sua primeira noite na prisão.
Um representante da World Watch Monitor visitou as meninas na prisão e falou com Eden e Deborah.
Eden ressaltou que sua fé permanece inabalável. "O sofrimento é uma honra para nós. Devemos esperar a perseguição. Não temos medo. Nós estamos cantando e orando aqui na prisão", disse ela.
"É uma honra ser presa pelo Reino de Deus", Deborah acrescentou.
O livro que desencadeou a prisão das meninas é intitulado “Vamos falar a verdade em amor: Perguntas e respostas por Ahmed Deedat” — um estudioso islâmico sul africano. Escrito em amárico, língua principal da Etiópia, a obra responde a perguntas sobre a fé cristã.
Os líderes muçulmanos de Babille alegaram que o livro insulta o Islã. A ação de evangelismo levou grupos extremistas a atacarem as igrejas e ameaçarem líderes cristãos.
De acordo com uma classificação feita este ano pela World Watch Monitor em parceria com a Portas Abertas, a Etiópia é o 18º que mais persegue cristãos no mundo.
"A Etiópia tem muitas tribos que não são necessariamente favoráveis ao cristianismo. Em alguns lugares como Afar e as regiões da Somália, as tribos estão interligadas ao Islã", diz o relatório da Portas Abertas. "O partido que está no poder no país bloqueou todos os canais de liberdade de expressão e tentou controlar todas as instituições religiosas, em uma tentativa de conter a dissidência".

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Guiame

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

07 tipos de canções que não devemos cantar em nossas igrejas


A música entoada em boa parte das igrejas evangélicas tem contribuído significativamente para a disseminação tanto de conceitos como doutrinas equivocadas. É impressionante a quantidade de besteiras cantadas pelos chamados "levitas" que em nome de Deus disseminam entre o povo do Senhor,  ensinos estapafúrdios os quais afrontam a inerrante Palavra de Deus. 

Isto posto, resolvi escrever sete tipos de canções que não devemos cantar na igreja, senão vejamos:

1-) Canções cujo conteúdo contém letras absortas em psicologia barata e autoajuda.

2-) Canções antropocêntricas cujo foco da adoração não é a glória de Deus, mas, sim a satisfação humana.

3-) Canções que maculam as doutrinas fundamentais do evangelho relativizando a salvação em Cristo, atribuindo ao homem poder para ser salvo mediante seus esforços e sacrifícios pessoais.

4-) Canções que pregam e que defendem a prosperidade financeira.

5-) Canções que pregam e defendem a confissão positiva.

6-) Canções cujo conteúdo fundamenta-se na vingança, no toma-lá-dá-cá e na satisfação de ver a derrota do outro.

7-) Canções com teologia duvidosa, onde os atributos de Deus são cantados com vistas somente a satisfação do cliente, cujo objetivo não é exaltar o Senhor, mas extrair dele todo tipo de bênção.

Pense nisso!

Renato Vargens

Dez Motivos pelos quais Pastores Conservadores Costumam ter Igrejas Minúsculas



Sei que há exceções, mas elas não são muitas. A regra é que, aqui no Brasil, pastores e pregadores mais conservadores e reformados pastoreiam igrejas pequenas, entre 80 a 150 membros. Esse fato é notório e não poucas vezes tem sido usado como crítica contra a doutrina reformada. Se ela é bíblica, boa e correta, porque os seus defensores não conseguem convencer as pessoas disso? Por que suas igrejas são pouco freqüentadas, não têm envolvimento missionário, não evangelizam, não crescem e têm poucos jovens?

Como eu disse, há exceções. Conheço igrejas reformadas que são dinâmicas, crescentes, grandes, evangelizadoras e missionárias. Conheço também outras menores, que crescem não pelo aumento do número de membros na sede, mas pela plantação de outras igrejas. Quando eu digo "igrejas minúsculas" refiro-me não somente ao tamanho, mas à visão, ao envolvimento na evangelização e missões e à diferença que fazem. Tenho em mente as igrejas que se arrastam na rotina de seus trabalhos, ensaios e cultos há dezenas de anos, sempre do mesmo tamanho diminuto, sem que gente nova chegue para fazer a diferença.
Consciente de que há igrejas reformadas grandes e crescentes, mas também consciente das muitas pequenas que não crescem faz muito tempo, em nenhum sentido, eu faria os seguintes comentários nesse post, que bem poderia ser intitulado de "Navalha na Carne":
  1. Infelizmente, ao rejeitar a idéia de que em termos de crescimento de igrejas os números não dizem tudo, muitos de nós, reformados, nos esquecemos de que eles, todavia, dizem alguma coisa. Podemos aceitar que está tudo bem e tudo certo com uma igreja local que cresceu apenas 1% nos últimos anos, crescimento em muito inferior ao crescimento da população brasileira e do crescimento de outras igrejas evangélicas? Especialmente em se tratando de uma igreja em um país onde os evangélicos não são perseguidos pelo Estado e as oportunidades estão escancaradas diante de nós?

  2. Igualmente infeliz é a postura de justificar o tamanho minúsculo com o argumento da soberania de Deus. É evidente que, como reformado, creio que é Deus quem dá o crescimento. Creio, também, que antes de colocar a culpa em Deus, nós, pastores reformados, deveríamos fazer algumas perguntas básicas: nossa igreja está bem localizada? O culto é acolhedor e convidativo? A igreja tem desenvolvido esforços consistentes e freqüentes para ganhar novos membros? A pregação tem como objetivo direto converter pecadores? A pregação é inteligível para algum descrente que por acaso esteja ali? Os membros da igreja estão possuídos de espírito evangelístico? Existe oração na igreja em favor da conversão de pecadores e crescimento do número de membros? Creio que muitos pastores reformados colocam cedo demais a responsabilidade do tamanho de suas igrejas em Deus, antes de fazer o dever de casa.

  3. É triste perceber que, em muitos casos, a soberania de Deus é usada como desculpa para não se fazer absolutamente nada em termos de esforço consciente para ganhar pessoas para Cristo. Que motivos Deus teria para querer que as igrejas reformadas fossem pequenas e que os anos se passem sem que novos membros sejam adicionados pelo batismo? Que motivos secretos levariam o Deus que nos mandou pregar o Evangelho a todo o mundo impedir que as igrejas locais reformadas cresçam em um país livre, onde a pregação é feita em todo lugar e onde outras igrejas evangélicas estão crescendo vertiginosamente? Penso que o problema da naniquice não está em Deus, mas em nós. Ai de nós, porque além de não crescermos, ainda culpamos a Deus por isso!

  4. É verdade que muitas igrejas evangélicas crescem usando estratégias e metodologias questionáveis. Especialmente aquelas da teologia da prosperidade, que atraem as pessoas com promessas de bênçãos materiais e curas que não podem cumprir. Todavia, criticar o tamanho dessas igrejas e apontar seus erros teológicos e metodológicos não nos justifica por termos igrejas minúsculas. O que nos impede de termos igrejas grandes usando os métodos certos?

  5. O problema com muitos de nós, pastores conservadores e reformados, é que não estamos abertos para mudanças e adaptações, nos cultos, nas atitudes e posturas, por menores que sejam, que poderiam dar uma cara mais simpática à igreja. Ser simpático, acolhedor, convidativo, atraente, interessante não é pecado e nem vai contra as confissões reformadas e a tradição puritana. Igrejas sisudas com cultos enfadonhos nunca foram o ideal reformado de igreja. Pastores reformados deveriam estar pensando em como fazer sua igreja crescer, em vez de se resignarem e racionalizarem em suas mentes que ter uma igreja pequena é OK.

  6. Os crentes fiéis que estão nas igrejas já por muitos e muitos anos também precisam de alimento e pastoreio. Que Deus me livre de desprezá-los. Sei que Deus pode chamar alguém para o ministério de consolar e confortar crentes antigos durante anos a fio, igreja pequena após igreja pequena. Mas vejo essa vocação como apenas uma pequena parte do ministério pastoral, quase uma exceção. O que me assusta é ver que essa exceção tem se tornado praticamente a regra no arraial conservador e reformado. Será que Deus predestinou as igrejas conservadoras e reformadas para serem doutrinariamente corretas mas minúsculas, e as outras para crescerem apesar da teologia e metodologia erradas? Será que ele não tem vocacionado os conservadores para serem ganhadores de almas, evangelistas, plantadores de igrejas e expansores do Reino? Será que a vocação padrão do pastor conservador é de ministrar a igrejas minúsculas ano após ano, sem nunca conhecer períodos de refrigério e grande crescimento no número de membros? Será que quando um pastor, que era um evangelista ardente, se torna reformado, sempre vai virar teólogo e professor?

  7. O que mais me assusta é que tem pastores reformados que se orgulham de ter igrejas nanicas! "Muitos são chamados e poucos escolhidos", recitam com satisfação. Orgulham-se de serem do movimento do "esvaziamento bíblico", em vez do "avivamento bíblico"! Dizem: "os verdadeiros crentes são poucos. Prefiro uma igreja pequena de qualidade do que uma enorme cheia de gente interesseira e superficial". Bom, se eu tivesse que escolher entre as duas coisas talvez preferisse a pequena mesmo. Mas, por que tem que ser uma escolha? Não podemos ter igrejas reformadas cheias de gente que está ali pelos motivos certos? Eu sei que a qualidade sempre diminui a quantidade, mas será que tanto assim?

  8. Nós, pastores reformados em geral, temos a tendência de considerar a sã doutrina o foco mais importante da vida da Igreja. Portanto, muitos de nós passam seu ministério inteiro doutrinando e redoutrinando seu povo nos pontos fundamentais da doutrina cristã reformada. Pouca atenção dão para outros pontos igualmente importantes: espiritualidade bíblica, vida de oração, evangelismo consciente e determinado e planejado. Acho que uma coisa não exclui a outra. Aliás, creio que a doutrinação bíblica sempre será evangelística, e que o evangelismo bíblico é sempre doutrinário. "Pregação", disse Spurgeon, "é teologia saindo de lábios quentes".

  9. Alguns pastores reformados ficam tão presos pela doutrina da depravação total que não sabem mais como convidar pecadores a crerem em Jesus Cristo. Temos medo de parecer arminianos se ao final da mensagem convidarmos os pecadores a receberem a Cristo pela fé, ou mesmo se, durante a pregação, pressionarmos as pessoas a tomarem uma decisão. O fantasma de Finney, o presbiteriano criador do sistema de apelos, assombra e atormenta os pregadores reformados, que chegam ao final da mensagem e não sabem como aplicá-la aos pecadores presentes sem parecer que estão fazendo apelação. Ficam com receio de parecerem pentecostais se durante a pregação falarem de forma mais coloquial, falar de forma direta às pessoas, se emocionarem ou ficarem fervorosos, ou mesmo se gesticularem demais e andarem no púlpito. Acho que se os pregadores reformados parecessem mais humanos e naturais, mais à vontade nos púlpitos, despertariam maior interesse das pessoas.
  10. Creio, por fim, que ao reagirem contra os excessos do pentecostalismo quanto ao Espírito Santo, muitos reformados ficaram com receio de orar demais, se emocionar demais, jejuar, fazer noites de vigília, pregar nas praças e ruas e de pedirem a Deus que conceda um grande avivamento espiritual em suas igrejas. Só tem uma coisa da qual os reformados têm mais medo do que parecer arminianos, que é parecer pentecostais. Aí, jogamos fora não somente a água suja da banheira, mas menino e tudo! Acho que se houvesse mais oração e clamor a Deus por um legítimo despertamento espiritual, veríamos a diferença.
Pedi a alguns amigos meus, reformados, que criticassem esse post, antes de publicá-lo. Um deles me escreveu:
"Gostei mesmo. Me irrita o espírito de 'seita sitiada' tão comum em nosso meio [reformado]; a idéia de que a vocação da igreja é defender uma fortaleza. Somos rápidos para criticar, mas tão tardos em propor alternativas".
Acho que ele resumiu muito bem o ponto.
Não tenho respostas prontas nem soluções elaboradas para o nanismo eclesiástico. Todavia, creio que passa por um genuíno quebrantamento espiritual entre os pastores, que nos humilhe diante de Deus, nos leve a sondar nossa vida e ministério, a renovar nossos compromissos pastorais, a buscar a plenitude do Espírito Santo e a buscar a Sua glória acima de tudo.


Fonte: O tempora O Mores

sábado, 22 de outubro de 2016

70% DOS ESTUDANTES DEIXAM A IGREJA DURANTE A UNIVERSIDADE, DIZ PESQUISA


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A maioria dos jovens deixam de frequentar a igreja durante os anos de faculdade, de acordo com um estudo feito pela LifeWay Research. Cerca de 70% dos estudantes abandonam suas denominações, mas acabam retornando mais tarde.


Segundo a pesquisa, 70% dos jovens frequentavam a igreja durante o ensino médio, mas a abandonaram. Dos que saíram, quase dois terços retornaram mais e atualmente frequentam a igreja.

A frequência à igreja entre jovens e adolescentes é um fator de importância, segundo o estudo. Entre 16 e 17 anos, a queda na frequência é de 10%; entre 17 e 18 é de 14% e entre 18 e 19, a queda é de 13%.

Na maioria dos casos, as pesquisas mostram que os jovens não têm a intenção de deixar a igreja. Cerca de 80% dos jovens que abandonaram suas denominações durante a faculdade não tinham a pretensão. Muitos a deixaram por suas discordâncias com a educação teológica e encarar a igreja com menos importância em sua vida.

Estatisticamente, os pesquisadores encontraram quatro fatores determinam a permanência dos jovens na igreja:

- A igreja me ajuda a tomar algumas decisões no dia a dia (antes dos 18 anos).

- Meus pais são casados ​​e frequentam a igreja (antes dos 18 anos).

- As pregações do pastor são relevantes para a minha vida (antes dos 18 anos).

- Um adulto da igreja investe em mim pessoalmente e espiritualmente (entre 15 e 18 anos).

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Guiame

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

EX-MEMBRO DA YAKUZA SE TORNA PASTOR E EVANGELIZA MAFIOSOS: "RECOMEÇO"

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Foto: Tokyo Repórter


É uma manhã chuvosa de domingo em Kawaguchi, uma cidade de cerca de meio milhão de pessoas na periferia de Tóquio. Homens e mulheres seguram seus guarda-chuvas de plástico transparente - onipresentes do Japão - à entrada de um bar em uma das esquinas da cidade.

Na placa acima da porta se lê 'Noive de Junho'. Durante 25 anos, o local foi um bar popular neste bairro residencial tranquilo, em Saitama Prefecture.

Escondido em uma esquina, o exterior do 'Noiva de Junho' pouco mudou ao longo dos anos. Mas por dentro, o local passou por uma transformação drástica. O antigo bar e palco de karaokê se foram, agora substituídos por um púlpito decorado com uma grande cruz. Fileiras de cadeiras lentamente se enchem o com rostos úmidos, mas principalmente sorridentes. Eles conversam silenciosamente entre si.

Mesmo que alguns dos rostos na multidão sejam de fregueses antigos do bar, eles já não estão mais ali para beber. Agora, aquele é, sem dúvida, um local de culto.
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Uma das últimas pessoas a entrar na sala é o homem que todo mundo chama de "professor", o Sensei Tatsuya Shindo.
A partir do momento em que ele entra pela porta, os membros da igreja se esquecem do clima sombrio, enquanto a eletricidade enche a sala. Shindo assume o comando do púlpito - levantando seus braços, balançando a cabeça, e pregando com intensidade como se estivesse pulsando com "energia vinda do alto".

Ex-gângster
Aos 44 anos de idade, Shindo ainda aparenta certa jovialidade, parcialmente por causa de seu cabelo longo e também porque ele parece ter um sorriso permanente. Ele ri, muitas vezes, mesmo quando se fala sobre o passado sombrio que ele compartilha com muitos membros de sua congregação de cerca de 100 pessoas.

"Antes, nós estávamos em gangues rivais, disparando armas", ele exclama do púlpito. "Agora, estamos louvando o mesmo Deus".

O submundo do crime no Japão

Como alguns dos membros de sua congregação, o pastor, é um ex-gângster. A maioria deles era adolescente quando eles se juntaram à máfia japonesa, conhecida como a yakuza. Shindo tinha 17 anos.

"Eu era uma criança. Eu não pensava muito profundamente sobre as coisas", diz ele. "E eu admirava a yakuza, só pelo o que era visível na superfície. Eles têm muito dinheiro, gastam seu dinheiro ricamente, e jogam ostensivamente. Os bandidos pareciam tão legais aos meus olhos".

Pagamento em sangue

A ilusão inebriante de uma vida fácil no crime atraiu dezenas de milhares de adolescentes japoneses para se juntar à yakuza. Shindo diz que a maioria de seus colegas gangsters vieram de famílias disfuncionais. A yakuza promoveu um senso de lealdade e fraternidade. Mas Shindo caiu mais fundo no submundo japonês, aprendendo o real preço de pertencer ao grupo, que muitas vezes era pago em sangue.

"Meu chefe foi morto. As pessoas foram mortas em lutas pelo poder. As pernas das pessoas foram baleadas. Um cara que estava usando drogas comigo morreu de intoxicação. Suicídios aconteceram, mortes súbitas. Eu já vi muitas mortes", diz Shindo. "Eu vi meus capangas serem esfaqueados até a morte".

O corpo que Shindo carrega, as cicatrizes de sua antiga vida. O peito e os braços estão cobertos de tatuagens intrincadas - o símbolo que indica de adesão à mafia no Japão. Em um esforço para excluir os membros da yakuza da sociedade, tatuagens visíveis são proibidas na maioria dos locais públicos. Muitas vezes, o pastor tira a camisa, atualmente, quando batiza outros ex-gangsters tatuados.

Durante sua vida no crime, Shindo tornou-se viciado em metanfetamina. Ele dirigia sob a influência de drogas e bateu o carro de seu chefe. Ele mostra seu dedo mindinho em decepado, que foi cortado com um cinzel em um ritual da yakuza, para que ele pagasse por sua 'transgressão'.

Shindo foi preso sete vezes. Quando ele estava com 32 anos, ele havia sido excomungado da yakuza, depois de passar cerca de 8 a 10 anos na prisão. Ele diz que teve um encontro com Deus, enquanto lia a Bíblia em um confinamento solitário. Ele estudou e tornou-se um pastor, após sua libertação da cadeia, há mais de uma década.

Vida nova

Hoje, Shindo lidera uma congregação crescente em sua cidade.

"Um monte de pessoas com diferentes origens chegam aqui. Os que são divorciados, falidos e desprezados. Há também os pais que têm crianças desaparecidas, aqueles cujos filhos estão presos, ou aqueles que foram abandonados depois de passarem um tempo na prisão. Esta é um lugar para reiniciar a sua vida", diz ele. "Ex-membros da yakuza retornando para a sociedade é algo realmente extraordinário".

Um dos mais recentes membros da congregação é o ex-membro da yakuza, chamado Hiro, que fugiu do maior sindicato do crime do Japão, o Yamaguchi Gumi, após passar cinco anos na gangue.

"É muito difícil voltar para a sociedade normal", diz ele.

O homem de 37 anos tem sido evitado por sua família e estende uma esteira fina a cada noite para dormir no chão da igreja. Um outro membro da congregação contratou Hiro como pintor.

"Na vida que eu tive no passado, eu nunca acordei de manhã tão cedo quanto agora. Eu vivia apenas para ganhar dinheiro. Para conseguir dinheiro, eu fiz coisas ruins, vendi drogas. Mas a minha nova vida é a fase mais importante para eu me tornar uma pessoa melhor. Eu mudei muito depois de chegar a esta igreja", diz ele.

Hiro acredita que se ele não tivesse encontrado a igreja, ele já estaria de volta à cadeia. Ele diz que esta é uma rara oportunidade de transformar a sua vida, em uma sociedade na qual não é fácil dar uma segunda chance a pessoas como ele.

Encolhimento da Yakuza
Ex-mafiosos não têm muitas opções no Japão. Seu submundo secreto está diminuindo e os lucros estão secando com um novo tempo de repressão do governo. Hoje, a polícia estima que haja cerca de 50.000 filiados à yakuza - com uma queda drástica, se comparada a alguns anos atrás.

Jake Adelstein, um autor e jornalista, em Tóquio, que tem escrito extensivamente sobre a yakuza, diz que a máfia japonesa mantém bandidos (ladrões / assaltantes) em cheque. Ele diz que se a yakuza perder influência, os crimes rua poderiam surgir em Tóquio - considerada a cidade mais segura do mundo.

"Eles vão ter que encontrar uma maneira de usar essas pessoas. E eles vão ter que encontrar uma maneira de remover esse estigma de ser um ex-yakuza", diz Adelstein. "Esses caras, quando eles saem da máfia, estão recorrendo à pequena criminalidade, vão para a cadeia ou cometem suicídio. Muitos deles cometem suicídios. Porque, o Japão não é um lugar muito amigável para as pessoas que têm dedos decepados, que são cobertos com tatuagens e que nunca trabalharam de maneira honesta por tantos anos de suas vidas".

Em seu novo papel como sensei, Shindo batizou cerca de 100 pessoas, incluindo sua mãe, Yoshimi Shindo, que orgulhosamente observa seu filho pregar todos os domingos.

"Quando ele voltou [da prisão], ele pediu desculpas e disse, 'eu sobrevivi por você, mãe". Quando ouvi essas palavras, eu decidi esquecer tudo o que aconteceu no passado. E agora, estou muito feliz", diz ela.

Quando seu filho precisava de um espaço para o culto de domingo, ela prontamente ofereceu o 'Noiva de Junho' - o bar que possuía na época. Nos primeiros anos, menos de 10 pessoas participaram dos cultos dominicais. Agora, estabelecimento é rotineiramente preenchido com dezenas de pessoas a cada fim de semana.

"Penso que este lugar tem um significado que Deus forneceu aqui para nós. Creio que esta foi a intenção de Deus", diz ela.

Ela ri quando vê seu filho sendo chamado de sensei, considerando o caminho tumultuado que o trouxe até os dias atuais. O 'Noiva de Junho' não é mais um lugar para coquetéis e karaokê, mas sim um local cheio de música a cada fim de semana, com dezenas de vozes cantando músicas cristãs com uma mensagem de esperança.

"Eu acredito que a vida do meu filho retrata a surpresa final de Deus", acrescenta ela.


Testemunhos
Recentemente, nos Estados Unidos, um pastor também decidiu usar o seu passado negro e a transformação que Jesus operou em sua vida para evangelizar.

Autor do livro "Faça Uma Pausa para Ele", o pastor norte-americano Bill Purvis traz um testemunho de sua juventude rebelde e como Deus o salvou da morte, após ele ter levado golpes de facão no peito, na garganta e no estômago.


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Guiame

CRISTÃOS ENVIAM BÍBLIAS E FOLHETOS À COREIA DO NORTE ATRAVÉS DE BALÕES


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Na Coreia do Sul, existem cerca de 50 “guerreiros baloeiros”, pessoas que enviam todo tipo de informação por sobre a fronteira para que os cidadãos da Coreia do Norte possam saber que existe outro tipo de vida. No país mais isolado do mundo não há internet livre e a mídia é totalmente controlada pelo governo.

A maioria desses baloeiros são desertores da Coreia do Norte, que sonham em ver a liberdade de volta ao país onde nasceram. O mais antigo deles é Lee Min-Bok, 59 anos, que começou a soltar grandes balões em 2005. Embora não tenha inventado o método, sua dedicação acabou gerando uma “onda”, sendo seguido por muitos outros. Ele hoje lança entre 700 e 1.500 balões por ano, sendo que cada um transporta de 30 a 60 mil folhetos.

Lee é evangélico e foi destaque de uma matéria no New York Times. Além de panfletos com mensagens evangelísticas e Bíblias ele envia aparelhos de rádio, notas de US$ 1, pendrives e comida. 
Seu objetivo é desacreditar o culto à personalidade que cerca Kim Jong-un, o jovem ditador da Coreia do Norte, que herdou o posto de seu pai.


Os balões de Lee voam entre 3.000 e 5.000 metros acima do nível do mar, passando pela fronteira mais fortemente guardada do mundo, sem dar chance para que os soldados norte-coreanos consigam abatê-los. Aciona então os “timers”, que soltam os fardos. Os folhetos se espalham pelos céus da Coreia do Norte, onde a população sabe muito pouco do que se passa no mundo.

Uma vez que eles só conhecem a versão do governo norte-coreano sobre os fatos, são proibidos de praticar livremente qualquer religião. O regime comunista impõe que todos sejam ateus. Há diversos registros de cristãos sendo colocados à força em campos de trabalho forçado por causa de sua fé.

O baloeiro acredita na eficácia do seu trabalho pois sua própria vida foi mudada por um folheto. Ele trabalhava como biólogo de um instituto de pesquisa agrícola estatal em 1990 quando achou o material deixado por um balão vindo da Coreia do Sul. Curioso para saber se as informações estavam corretas, começou a fazer perguntas sobre o regime comunista.

Isso irritou as autoridades, ele foi preso e torturado. Conseguiu escapar da cadeia em 1991 e fugiu para China. Tempos depois foi para a Rússia, onde ouviu o evangelho e se converteu.
Chegou à Coreia do Sul em 1995. Lá foi para o seminário e se tornou missionário em tempo integral. 

Hoje lidera a Aliança de Cristãos Norte Coreanos, que se dedica a denunciar ao mundo a perseguição aos cristãos no país e a usar balões para divulgar o Evangelho.

Evangelização já foi chamada de “ato de guerra”

Lee Min-Bok mantém seu ministério com ofertas vindas de igreja de vários países. Questionado sobre a eficácia, ele disse que “folhetos são mais baratos e mais seguros. Não há guardas de fronteira, radar ou interferência no sinal de rádio que possa detê-los.”

Realizar essa atividade não é tarefa simples. Sua casa é feita com dois contêineres de carga, e monitorada por 12 câmeras de vigilância da polícia. Cães latem para qualquer estranho que se aproxime sem avisar. Detetives à paisana o acompanham para onde quer que ele vá, visando protegê-lo de possíveis assassinos enviados pela Coreia do Norte.

Ele já foi ameaçado abertamente pelo governo comunista. Pyongyang já classificou a atividade dos baloeiros de “ato de guerra”. Isso não amedronta o evangelista. Sempre que o vento é favorável, soprando para o norte, Lee sai com seu caminhão de 5 toneladas, transportando um enorme tanque de hidrogênio até a fronteira, a uma hora de distância. Chegando lá, ele e os eventuais voluntários enchem com gás dezenas de balões de 7 e 12 metros em forma de barril e os soltam no ar.

Não existe um estudo confiável sobre quantos norte-coreanos leram os folhetos ou como reagem. Contudo, há testemunhos de desertores que fugiram do país após lerem os folhetos ou ouvirem às transmissões externas nos rádios que caíram junto.


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Gospel Prime

Amados falsos mestres!

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Falsos mestres com uma língua comum – com heresias óbvias, não são os mais perigosos. O problema está no falso mestre que tem uma língua bifurcada. Ela é capaz de discursos díspares, já que mistura coisas que mostram “amor”, “interesse ao próximo”, “o social”... com os mais sutis e devastadores desvios. Em toda a história da igreja homens que propagaram heresias destruidoras eram amáveis... Os teólogos liberais sempre foram diligentes estudantes do espírito da época.

Um século atrás eles eram conhecidos como “modernistas” porque os valores pós-iluministas foram o PRETEXTO que eles usaram para fazer avançar a agenda liberal. Eles, como agora, insistiam que, se a igreja se recusasse a mudar com o tempo, o próprio cristianismo se tornaria irrelevante. Exatamente o argumento atual.

Naturalmente, “mudar com os tempos”, se tornar “relevante” significava cercear o evangelho de seus objetivos centrais e essenciais, para moldá-lo a uma agenda palatável ao homem natural e daquilo que a cultura acha relevante.

Isso me lembra um personagem de O Senhor dos Anéis de J R. R. Tolkien – As Duas Torres – chamado Grimma Língua de Cobra. É óbvio, que mesmo sendo um agente do Sauron, senhor do escuro... Grimma sob o pretexto de cuidar de Théoden – Rei de Rohan, terra dos cavaleiros – usurpa a autoridade moral de Théoden, dissipando o poder moral do rei com uma língua bifurcada que pode misturar “bons conselhos” com veneno mortal. A história da igreja está cheia de Grimmas língua de Cobra deste o início.

No fim da vida do grande apóstolo da circuncisão ele teve que dizer aos cristãos daqueles dias: “...como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” - 2 Pedro 2:1

O mesmo aviso flui dos lábios do apóstolo dos gentios: “Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós.” - Atos 20:29-31 – O apóstolo da circuncisão e o apóstolo dos gentios falam a mesma coisa – ou seja, não devemos de forma alguma ficar surpresos ao descobrir que, em todos os tempos, a igreja de Deus foi tentada pelos enganos e erros de homens com línguas bifurcadas (juntando amor e heresias, cuidado com o próximo e liberalismo).

Isso deixa sem discurso também todos esses que dizem que como há enganos e falsos líderes (exatamente o que Deus sempre avisou que haveria) se tornam anti-igreja – (foi avisado que sempre seria assim). Devemos esperar essas coisas e ainda assim nos manter firmes e inabaláveis. Há e sempre haverá “falsos irmãos” e “falsos mestres”, como anteriormente houve “falsos apóstolos”, “falsos profetas”, e até mesmo “falsos cristos”.

O drama é que o erro mais sutil e destruidor sempre flui de línguas bifurcadas que dizem que o evangelho para atingir a geração atual precisa de mudanças e adaptações. O perigo maior está não em quem tem uma língua só, voltada para heresias óbvias, mas sim os Grimmas língua de cobra – pois sua língua bifurcada pode misturar discursos, escondendo seus desvios heréticos. Tão modernos, tão prontos a denunciar as heresias óbvias, tão contemporâneos, tão “relevantes”... tão Grimmas!

No filme de Peter Jackson, As Duas Torres – podemos ver nitidamente como Théoden vai se tornando, sob a influência de Grimma língua de cobra, numa mera casca de um homem, sem brilho, olhos vidrados... pois seu conselheiro com seu discurso “bifurcado” age sobre ele como um parasita que aos poucos o deixa vazio de tudo o que construiu a integridade do Rohan.

O discurso sempre parece “relevante” pois propõe, como Grimma língua de cobra, a salvação do cristianismo – o brado é igual o dos liberais tantos anos atrás – “O Cristianismo deve mudar ou morrer” – Quando mais ouvimos mestres assim, mais óbvias ficam suas línguas bifurcadas que misturam sutilmente o abandono da verdade com a relevância e salvação do Cristianismo”

Falsos mestres são mais perigosos ao manifestar grande devoção e manter boa moral... A respeito de Pelágio, Agostinho testifica que ele “sempre manteve uma vida de moral justa e decente” – e que mesmo no tempo em que começou a ensinar seus erros fatais, “sua reputação de piedade séria era grande em toda a igreja”. A quantidade de zelo exibida por falsos mestres às vezes é prodigiosa. Sua devoção muitas vezes parece surpreendente.

A palavra mais comum na boca de Grimma língua de Cobra é: “Será que realmente Deus quis dizer?” – Em seguida a resposta virá: “Não!” – Então começam a mostrar um evangelho que pode ser aceito pelo mundo de um modo muito mais admirável e relevante. Releitura relativista da Bíblia começa sutilmente a substituir o que logo será chamado de dogmatismo. A proposta sempre é a de “salvar o cristianismo” – torná-lo “relevante” para a mente atual... a necessidade de que agora temos que respeitar valores diferentes... tudo tão moderno... tudo tão mais palatável para esta geração... línguas bifurcadas.

01) Falsos mestres exercem astúcia e engano ao difundir falsas doutrinas. Pedro claramente diz que ele “disfarçadamente introduziam heresias destruidoras”. E Paulo adverte aos Efésios que eles, “não deviam ser crianças, levadas pelas ondas do mar e soprados por todo vento de doutrina, pela astúcia humana que usa sempre de inteligentes técnicas de engano” – Efésios 4.14. Normalmente falsos mestres seguram ao máximo seus sentimentos ofensivos, ensinando-os aos iniciados, até chegar o momento de despejá-los ao ouvido de todos.

02) Falsos mestres prometem sempre muito mais do que realizam. Assim a pena de Pedro descreve o veneno das línguas bifurcadas: “Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.” - 2 Pedro 2:18-19. A liberdade prometida logo se tornou libertinagem. O “esclarecimento” das dificuldades consistia em deixar de lado doutrinas do Evangelho que ofende o homem natural, e logo uma multidão se  simpatiza com o novo e mais “livre” modo de pensar.

03) Falsos mestres acabam por ser sempre prepotentes. Eles podem tanto se gloriar em sua riqueza como podem fazer o oposto, e se gloriar em sua humildade, vida dedicada aos pobres... Eles se orgulham do número e do sucesso, ou então se orgulham de sua pobreza e generosidade. Língua bifurcada é assim. Só não se gloriam em toda a Verdade bíblica.

04) Falsos mestres sempre focam em agradar o ouvido humano. “Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.” - Gálatas 1:10 – “Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações.” - 1 Tessalonicenses 2:4 – Pregam não para o lucro do coração humano, mas para o deleito do ouvido – “Que dizem aos videntes: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e vede para nós enganos.” -  Isaías 30:10 – Falsos mestres não tem como relevância a santidade de Deus, mas sim a inteligência insignificante do homem – o foco de sua “relevância” nunca está no temor e reverência pela glória de Deus, mas é focada no homem, seu mundo, sua sociedade... “Dizem continuamente aos que me desprezam: O SENHOR disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós.” - Jeremias 23:17 – Grimmas línguas de cobra são muito mais devastadores que hereges óbvios. Eles são sutis em passar esperanças fúteis.

Eles consideraram pura loucura os pregadores ressaltarem características difíceis que soam primitivas e ofensivas aos ouvidos modernos como a ira de Deus, a expiação pelo derramamento do seu sangue e especialmente, a punição eterna. Uma agenda comum com o mundo e a mente natural sempre será mais relevante para eles.

Eles dizem que as igrejas que insistirem nessas verdades perderão as gerações futuras, então, devem se acomodar ao pensamento moderno. O mundo, em constante mutação, mudou perifericamente algumas coisas (essencialmente é o mesmo mundo alienado de Deus) mas mais uma vez, não usando o nome, os liberais ainda estão reclamando que a igreja está ficando para trás, fora do passo do mundo e cada vez mais irrelevante. Agora, mesmo não se auto-denominando liberais (seria uma boa estratégia – uma língua bifurcada nunca faz isso), a linha de argumentação que eles usam e sua agenda é a mesma.

Não podem suportar como antes, nem acham relevante... especialmente o ódio de Deus ao pecado, a razão pela qual Cristo de fato veio ao mundo, esvaziando o significado profundo da cruz e substituindo por um que o mundo ache “sensível” – o exemplo de amor para construir um mundo melhor...

Não é nenhum segredo que o mundo sempre desprezou os aspectos essenciais da verdade bíblica. De fato, se você desejar manter o igreja em sintonia com o mundo, terá que sempre reavaliar e reajustar sua mensagem de vez em quando. Mas a igreja está proibida de cortejar o espírito da época, e uma das principais razões porque o evangelho é uma pedra de tropeço é que ele não pode ser adaptado para atender as preferências culturais ou cosmovisões alternativas. Em vez disso, ele as confronta.

A língua bifurcada de Grimma sempre está mais preocupada em ser contemporânea do que ser doutrinariamente ortodoxa, mais preocupada com a “relevância” e metodologia do que com a mensagem ofensiva da cruz, mas cativada com o que é politicamente correto para a cultura do que pela Verdade.

"Será que Deus realmente quis dizer?" – Sempre é o início do discurso de Grimma língua de cobra – foi assim com Eva no Paraíso e não é diferente hoje. A atitude de Gandalf ( No livro As Duas Torres ) com Grimma língua de cobra é a única que podemos tomar ainda hoje:

“Cale-se cobra” – Disse Gandalf de repente com uma voz terrível. “Quanto tempo faz que Saruman o comprou? Qual foi o preço prometido?” – “Cale-se, mantenha a sua língua bifurcada entre os dentes!” – O não precisa ser “salvo” pela “relevância”, precisa ser proclamado com fidelidade!

Não há outra maneira de manter-se fiel.

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Autor: Josemar Bessa
Fonte: Site do autor

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