quinta-feira, 31 de março de 2016

JOVEM CRISTÃ TENTA REFAZER SUA VIDA APÓS CATIVEIRO



Embora a República do Congo não esteja entre os 50 países da Classificação da Perseguição Religiosa de 2016, ela está bem próxima, posicionada em 52ª. De acordo com as últimas notícias, a militância do Estado Islâmico tem cometido atrocidades por lá, mas infelizmente o mundo ainda não despertou para tudo o que tem acontecido com esta nação. Longe das manchetes dos jornais, no extremo da República do Congo, um grupo muito violento conhecido como Aliança das Forças Democráticas (ADF, sigla em inglês) incorporou-se na região e está fazendo uma verdadeira limpeza étnica, matando os cristãos, a fim de instalar um ponto de apoio ao islã.

Mado é uma jovem cristã de 20 anos, que vive por lá, e tem muitas histórias para contar. Ela diz que seus sonhos foram transformados em pesadelos. "Tudo começou num domingo de fevereiro, em 2013. Eu estava grávida, e esperava pelo meu marido, meu filho mais velho e meu cunhado, que tinham ido a uma fazenda próxima, buscar alguns produtos. O meu filho mais novo estava na casa de familiares. Quando eles estavam chegando, alguns homens ofereceram ajuda para carregar as sacolas e como estavam desarmados eles não desconfiaram de nada. Mas havia outros escondidos no mato e eles pertenciam à militância islâmica da ADF. Eles levaram todos nós por um caminho na selva. Mataram meu cunhado na nossa frente, eu chorei muito naquela hora, e eles ficaram com raiva e me bateram no rosto com um facão e vendaram meus olhos", lembra a cristã.

"Eles machucaram todos nós e fizeram muitas ameaças. Meu marido foi o segundo a morrer. Quando chegamos ao esconderijo, que ficava numa aldeia, havia muitos cristãos, homens, mulheres e crianças. Muitas pessoas estavam amarradas em árvores. Eu fui colocada com outras 11 pessoas num buraco com cerca de 4 metros de profundidade, foi horrível. Não havia como fugir. Ficamos nesse poço durante 4 meses. Quando fomos tirados, nos levaram como escravos, construímos casas e trabalhávamos numa plantação de arroz. Dois meses depois meu bebê nasceu, mas viveu por apenas alguns meses devido as péssimas condições. Por medo, fazíamos tudo o que eles mandavam e fomos orientamos a seguir o islã, caso contrário morreríamos. Fui dada como esposa a um muçulmano idoso", diz Mado que teme falar sobre essas amargas experiências, mas que reconheceu a mão de Deus a protegendo. "Apesar de tudo, eu não engravidei e não dei filhos a estes homens".

"Havia uma senhora cristã no acampamento que sempre encorajava a todos a manter a fé em Cristo. E suportamos essa vida que durou 1 ano e meio até irmos para Medina, onde tive a chance de escapar. Passei oito dias sem comer e os militantes nos autorizaram a ir para a floresta procurar cogumelos. Quando ouvimos os tiros das tropas do governo, aproveitamos a oportunidade e corremos. Meu filho e eu fomos para a direção de um rio e alguns soldados nos ajudaram. Eles nos levaram para Beni e então reencontrei minha família. Luto muito para me livrar dos traumas, sinto falta do meu marido e do meu cunhado. As pessoas daqui não ajudam em nada, elas questionam por que não salvamos os outros, outros dizem que nos deixaram escapar porque temos ligação com a ADF. Não é fácil conviver com essas falsas acusações, mas eu oro por essas pessoas e faço o meu melhor para seguir em frente com meus filhos. Tenho esperança de um futuro melhor", conclui Mado.

*Nome alterado por motivos de segurança.

Pedidos de oração

Mesmo que a igreja da República do Congo seja descrita como forte espiritualmente, ela tem enfrentado enormes desafios com a violência dos grupos extremistas islâmicos. Ore por esses cristãos, para que tenham coragem de seguir em frente com sua fé.
Muitas mulheres, como Mado, lutam para lidar com o preconceito e os traumas causados durante o tempo em que estiveram em cativeiro. Muitas coisas terríveis aconteceram com elas. Ore para que o Senhor as restaure por completo.
Em 2016, a Portas Abertas preparou cursos de preparação para líderes dessa região, para que vivam sob a perspectiva bíblica da perseguição, além de outros tipos de auxílio. Ore para que nossas equipes sejam capazes de equipar as igrejas do país nesse momento complicado que vivem.

***

Tempo perdido: Cuidado para não estragar sua vida


Imagine um banco que credita na sua conta R$86.400 à meia-noite, logo na virada de um dia para outro. Você tem todo esse dinheiro para gastar, mas no fim do dia a conta é zerada. O saldo não passa para o dia seguinte. O que você faria? Deixaria o dinheiro no banco, ou iria à boca do caixa e retiraria até o último centavo assim que o banco abrisse? Acontece que esse banco existe, todos os habitantes do planeta têm essa conta, mas o crédito é feito a cada dia em segundos. Você tem diariamente exatamente 86.400 segundos para usar a cada 24 horas e o saldo não é transferido para o dia seguinte. Ricos, pobres, americanos, brasileiros, europeus, árabes, eslavos, asiáticos – todas as pessoas de todas as nacionalidades e de todas as classes sociais têm exatamente a mesma quantidade de tempo, dia após dia para as atividades da vida. E não é uma conta especial – a conta não admite ir além do saldo. O único investimento válido é aquele que é produtivo para a sua vida, de alguma forma. Você tem que aplicar esses segundos em algo que valha alguma coisa, que faça diferença em sua vida. E você também, nessa conta, não pode tomar emprestado de outra pessoa.

Tempo, o grande equalizador. Assim é o tempo: o único ativo que é igual para todos na face da terra. Algumas pessoas têm mais beleza do que outras; outros têm talento acima da média; alguns têm mais oportunidade ou condição social melhor do que outros – mas o tempo nos nivela a todos. Ninguém tem mais tempo por dia do que a pessoa ao seu lado. Por isso ele deve ser utilizado com sabedoria e é exatamente ele que pode significar a nossa ascensão, ou o nosso declínio nas nossas jornadas, quer seja na vida estudantil, quer seja em nossas carreiras, ou até em nossos relacionamentos. É dentro do tempo que recebemos que definimos também os nossos destinos últimos, na vida – a nossa eternidade. Uma das expressões mais comuns é: “não tenho tempo”, mas a realidade é que todos nós temos tempo, o mesmo tempo. Por que uns conseguem utilizá-lo adequadamente e outros não?

O tempo não pode ser desperdiçado, não deve ser perdido. E isso é uma realidade na vida de todos. Você mesmo, com certeza, já utilizou outra expressão: “Perdi o meu tempo” – quando avaliou alguma experiência na qual julgou que o investimento do seu tempo, de sua vida, não contribuiu em nada, não valeu a pena. Percebe como essa situação revela uma equação incontestável? Tempo = Vida. 

Benjamin Franklin escreveu: “Tempo perdido, nunca é achado”. Ou seja, o sentimento é sempre de frustração, de nostalgia, de perda, mesmo. Por mais que você se esforce para recuperar “horas perdidas”, não conseguirá, pois terá de aplicar mais horas para realizar o que deixou de fazer, enquanto “perdia o seu tempo” com algo que “não valeu a pena”. Perda, nessa questão do tempo, é perda irreparável, para a vida toda, o  tempo não é reciclável e simplesmente some de sua vida.

Normalmente não damos muito valor ao tempo, ou aos seus marcadores: segundos, minutos, horas, dias, meses, anos. Vamos levando a vida sem pensar nessa questão, até como se fôssemos viver para sempre. Mas cada intervalo de tempo tem um valor inestimável. Reflita:
·        Para aferir o valor de um ano – pergunte a um colega seu que foi reprovado – ou pode ser até que essa sensação faça parte de sua vida. Tudo que aconteceu durante todo um ano que passou, terá que ser repetido, para que a vida estudantil continue, mas o tempo aplicado não será recuperado.
·        Para aferir o valor de um mês – pergunte a uma mãe de um bebê que nasceu prematuramente. Quanta diferença nos cuidados e apreensões faria mais um mês de gestação, tanto para a mãe como para a criança.
·        Para aferir o valor de uma semana – fale com o editor de uma revista semanal. Note como ele valoriza cada fração de tempo daquela semana, pois o ciclo se fecha e se repete com uma enormidade de trabalho a ser realizado dentro de tão pouco tempo.
·        Para aferir o valor de um dia – fale com uma diarista que depende do salário daquele dia para colocar comida na boca dos filhos. Se ela perde aquele dia, não recebe o seu pagamento.
·        Para aferir o valor de uma hora – pense como ela passa rápido quando você está com a sua namorada, ou como ela demora a chegar, quando você a está esperando em um encontro marcado.
·        Para aferir o valor de um minuto – pergunte a alguém que perdeu um voo porque chegou “apenas” um minuto após a porta de embarque ter fechado.
·        Para aferir o valor de um segundo – pergunte a algum atleta que deixou de ganhar o primeiro lugar por que o oponente chegou “apenas” um segundo na frente dele, ou até com uma fração decimal, centesimal, ou milésima de um segundo. 

A preciosidade do tempo. A realidade é que o tempo é tão precioso que uma vida que dura quatro minutos pode ter um impacto fenomenal em inúmeras pessoas. Isso aconteceu com o bebê Isaac Joseph Schmall, que nasceu em 10 de novembro de 2008. Seus pais sabiam que a gravidez era problemática. O bebê Isaac tinha uma doença rara chamadaTrissomia 18, ou Síndrome de Edwards. Isso quer dizer que em cada célula do seu corpo ele tinha uma cópia extra do 18º cromossomo. Três cromossomos, em vez dos dois existentes em uma concepção e desenvolvimento normal. Bebês com essa deficiência geralmente não sobrevivem o período de gestação, alguns falecem após o parto.

Isaac morreu 4 minutos após o nascimento. Seus pais o tiveram em seus braços nesse curto período de tempo. John Schmall, o pai, descreveu o impacto da notícia, as agruras do acompanhamento da gravidez, e, principalmente, a emoção de tê-lo nos braços por aquele pequeno espaço de tempo em um texto que tem rodado a Internet: “Quatro minutos que mudaram a minha vida para sempre”! John descreveu como esses quatro minutos mudaram a sua perspectiva de vida dali em diante. Mais recentemente, em 2013, sua esposa indicou o efeito causado nela por aqueles minutos e por aquela pequena vida, com um longo texto, publicado no blog do esposo. Nele ela escreveu:
Isaac viveu por quatro minutos, mas o impacto que ele causou nesse espaço de tempo é palpável.  Deus me deu 35 anos de vida. Isso faz com que eu queira extrair o máximo desses anos. Desperto todos os dias agora e agradeço a Deus por me dar mais um dia de vida, no qual posso desfrutar de minha família, do meu trabalho, da minha igreja, de minha cidade e, principalmente, do meu relacionamento com Ele.

O relato dos pais de Isaac tem tocado vidas ao longo dos anos e canalizado recursos e esforços para a Fundação Trissomia 18, que estuda a enfermidade. O valor que eles conseguiram enxergar nesses 4 minutos de vida é um testemunho à preciosidade do tempo.

Tempo perdido, oportunidades perdidas. Ao longo da vida encontramos muitas oportunidades e portas que se abrem. Elas podem ser ganhas com tempo aplicado adequadamente, ou perdidas, com tempo desperdiçado em coisas inúteis. Essa é uma realidade especialmente na vida de estudantes universitários. Quantas oportunidades existem! Muito a aprender nos cursos da carreira escolhida; amigos novos, vários com interesses comuns aos seus; eventos culturais; feiras e eventos, de recrutamento, estágios; “empresas júnior” e incubadoras, nas quais eles já podem começar os primeiros passos na profissão; locais de descanso e de estudo, alguns bem aprazíveis, no meio da metrópole de concreto. Mas na realidade, as oportunidades existem também para desperdiçarmos tempo, e elas parecem brotar do solo a todo instante.

Se tivéssemos sempre os pés bem firmados em princípios e valores eternos e conseguíssemos compreender bem que o que fazemos no presente afeta o nosso futuro, saberíamos que podemos também criar oportunidades, com nossa atitude (não é só esperar que elas surjam à nossa frente). Mas, especialmente, que nunca deveríamos perder tempo. Cada minuto conta, cada hora é valiosa, mas parece que somos especialistas em desperdiçá-las. E nesse processo podemos ser tão intensos que corremos o risco de estragar a vida inteira. Veja a seguir algumas situações em forma de depoimentos que refletem situações nas quais perdemos tempo – Você se vê em alguma dessas situações?

·        Vivo conectado o tempo todo, surfando na Internet, em mídias sociais. Na realidade, não consigo parar dois minutos sem pegar meu smartphone, e quando percebo, já passei 20 minutos trocando mensagens bobas.
·        Tenho umas amizades que não são lá muito boas e como elas sugam meu tempo! Não consigo dizer não e indicar que tenho coisas realmente importantes para fazer, e passo horas só batendo papo, que não tem nada a ver com o que eu deveria estar envolvido.
·        Não consigo dormir cedo. Acho que estou até “ganhando tempo”, não dormindo, mas na realidade fico inventando coisas para ver ou fazer e estou mesmo é roubando tempo do descanso. No dia seguinte, perco tempo com a sonolência constante e fico meio “desligado” por um bom tempo, quando deveria estar com o corpo descansado e a mente aguçada, para absorver conhecimento – afinal, estou na escola!
·        Sei que tenho deveres, tarefas, trabalhos de escola, mas fico empurrando tudo para frente (adiando), achando que “vou conseguir dar um jeito” e terminar tudo a tempo. Perco tempo com coisas sem foco nos meus trabalhos e fico agoniado, pois sei que o professor não vai adiar o prazo.
·        Não consigo me organizar ou sistematizar minha rotina e dar prioridade às coisas que tenho de fazer. Porque sou desorganizado, levo mais tempo achando as coisas, os lugares, as pessoas, perco compromissos. No fim do dia acho que não fiz nada de útil. Vivo fazendo só o que é urgente, mas no final,  tudo vira urgente!
·        Adoro festas, companhia barulhenta, os barzinhos da redondeza. Às vezes mato a primeira aula – afinal todos chegam atrasados, não é? Ou saio antes do final, mas vou, junto com a “turma” para o bar. Bebo demais. Lá em casa nem sabem que estou usando algumas drogas. No dia seguinte estou um lixo – nem consegui dormir, “vidrado”. Nem sei o que fiz, ou que deixei que fizessem comigo enquanto eu estava chapado. Estou moído e nem sei quem me bateu. Não consigo me concentrar em nada. Até quando estou na classe estou perdendo o que está sendo dito. O que vou fazer na prova final?
·        Sou vidrado em videogames. Só penso nisso; todo o meu tempo livre, acho uma maneira de jogar. Não vou bem na classe, não encontro tempo para estudar.

Cada uma dessas situações significa perda de tempo, e assim você vai desperdiçando a vida, mesmo se se enquadra minimamente em alguma delas. Você pode ir até se enganando, achando que está aproveitando o tempo, aproveitando a vida, em coisas que não constroem, mas antes que você se aperceba, pode esbarrar na expressão inevitável e imutável: “Game Over”! A brincadeira um dia termina e a conta do pedágio pode ser alta demais e impagável.

Algumas filosofias, como o existencialismo, ensinam que o que importa é o aqui e o agora. Mas será? Esse pensamento sempre esteve presente na história da humanidade, e muitos, realmente, acham que a postura de vida deve ser: “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!”. Quem pensa assim realmente compreende que a vida é curta. No entanto, acha que “aproveitar a vida” não é sorvê-la cuidadosamente, com as prioridades bem aguçadas, prosseguindo avante com um propósito bem definido, mas é exatamente o contrário. “Viver intensamente” para algumas pessoas significa desperdiçar a vida com as coisas que, aparentemente, satisfazem as sensações e trazem prazer – sem quaisquer referências éticas, mas que nos levam a gastá-la com o aqui e agora. É a atitude que nos levará, no futuro, a lamentar o “tempo perdido”, as oportunidades jogadas fora, o desperdício da própria vida.

Quando falamos de “não perder tempo”, não queremos dizer que todo lazer é perda de tempo. Deus nos fez criaturas que precisam do descanso e do lazer. Não devemos ser escravos do relógio, mas ele é o grande aliado para que tracemos a proporção correta entre os diversos aspectos de nossa vida. Precisamos de tempo para o cuidado pessoal, para a família, para os relacionamentos, para os estudos, para adoração; enfim, tudo na proporção e prioridade corretas. Devemos, também, ter a consciência de que, nas diferentes fases da vida, alguns aspectos devem receber a prioridade. Por exemplo, estudantes têm que priorizar os estudos, pois ele é fundamental para as fases seguintes da vida. A questão é que não podemos transformar a diversão na prioridade de nossas vidas e muito menos nos deixarmos levar pela dissolução social e moral.

O conselho de um grande acadêmico, sobre o tempo. O grande filósofo, erudito e pregador Jonathan Edwards – fundador da Universidade de Yale –, escreveu sobre o tempo,[1] em dezembro de 1734. Seus pensamentos seguem, a seguir, resumidos. Ele coloca quatro razões por que o tempo é precioso:
1.     Porque é neste tempo que ajustamos nossa vida para a eternidade, com o Criador.
2.     Porque ele é curto. É uma comodidade escassa. Quando comparado não somente à eternidade, mas à própria história da humanidade, nossa vida é apenas uma pequena marca nela. (o que é a vossa vida?)
3.     Porque é impossível termos certeza de sua continuidade. Podemos perder a nossa vida repentinamente, por mais jovens que sejamos.
4.     Porque depois que ele passa não pode ser recuperado. Muitas coisas que temos, se perdidas, podem ser recuperadas, mas não o tempo perdido.

Por isso ele conclama aos seus leitores que reflitam sobre tempo que passou. Em como ele foi desperdiçado e que coisas poderiam ter sido realizadas. O que você fez com todos os anos e dias que você recebeu de Deus? Ele termina indicando que, em geral, não prestamos muita atenção à preciosidade do tempo. Não damos muito valor a isso. Edwards continua dizendo que essa valorização só vem tardiamente e pergunta: quanto poderíamos aproveitar se tivéssemos essa percepção aguçada o tempo todo? Ele indica várias formas de como perdemos tempo e desperdiçamos a vida:
1.     Muitos desperdiçam o tempo fazendo nada, acometidos de uma preguiça renitente.
2.     Outros desperdiçam o seu tempo em bebedeiras, em bares, abusando de seus corpos em atividades que lamentarão consideravelmente anos após, se sobreviverem aos próprios desmandos a que se submetem, angariando para si pobreza, em todos os sentidos...
3.     Alguns desperdiçam o tempo fazendo o que é mau, o que é reprovável, o que prejudica o próximo. Passam o tempo sugados pela dissolução moral, maquinando corrução, fraude; afundando-se na ilusão de que poderão levar vantagem em tudo.
4.     Por último, um grande número desperdiça o tempo e a vida tentando “ganhar o mundo”, progredir na carreira, avançar na vida, angariar mais e mais bens e coisas materiais, mas esquecidos das questões eternas e da nossa própria eternidade. Negligenciando as coisas de Deus, a nossa vida espiritual, a nossa necessidade de Salvação do pecado que nos rodeia e que está em nós, e que só é encontrada em Cristo Jesus.

Finalmente, Edwards nos relembra que todos nós teremos de prestar contas a Deus pelo tempo que recebemos dele. O que fizemos com ele? E, assim, conclama a que nos esforcemos para fazer cada segundo, minuto ou hora de nossas vidas, contar positivamente. Em vez de nos desencorajarmos pelo tempo perdido, ou ficarmos deprimidos por nossos desperdícios, aprendamos com os erros do passado, para darmos o rumo certo aos nossos passos futuros.

As palavras de Edwards não parecem ter sido escritas há 280 anos, não é mesmo? Na época dele não havia computador, nem baladas, nem raves, nem mídia social. O álcool já fazia os seus estragos, mas era a maior droga disponível (hoje temos drogas muito mais destrutivas do cérebro e da saúde em geral). No entanto, ele sabia bem o que era “perder tempo” e desperdiçar a vida. A natureza humana continua a mesma. Os alertas continuam válidos. Vamos parar de perder tempo e vamos cuidar bem da nossa vida, conscientes de nossos deveres para com Deus e para com os nossos semelhantes?

Resgatando o tempo. As pessoas falam muito sobre “falta de tempo”, “perder tempo”, “gastar tempo”, “passar o tempo”; mas você já ouviu falar de se resgatar o tempo? A primeira coisa a fazer é identificar quem ou o que está sequestrando o seu tempo e já colocamos uma boa relação de possibilidades. Você pode começar fazendo a sua própria relação – aquelas coisas que estão roubando o tempo de sua vida.

A expressão resgatar o tempo foi utilizada por uma pessoa que estava inocentemente presa, apenas pelas coisas que proclamava, e que sabia muito bem o valor do tempo e o quanto custava perdê-lo. Refiro-me ao apóstolo Paulo. Em uma das cartas que escreveu enquanto estava na prisão, ele disse: “[...] vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus”. (Efésios 5.15-16).

A palavra “remir” significa exatamente “resgatar”; o sentido é o de “comprar de volta o que antes nos pertencia”. É a mesma ideia de alguém, uma pessoa, que é sequestrada: a família fica desesperada. A pessoa preciosa e querida foi roubada e agora estão pedindo dinheiro por ela! Assim é com o tempo! Ele é nosso, mas estamos rodeados de salteadores que o roubam de nós. Sequestro implica em refém. Vimos que tempo é vida. Se alguém ou algo sequestra o seu tempo, tem você como refém. Preste atenção à sua vida. Veja quais são os “ladrões” do seu tempo; o preço do resgate é a sua conscientização da importância do tempo, a coragem para tomar decisões importantes, a adoção de uma perspectiva de vida fundamentada na verdade, a percepção de que a vida não pode ser desperdiçada. Paulo considerava essa questão de entesourarmos o nosso tempo algo tão importante, que repetiu a mesma expressão em outra carta que escreveu da prisão aos Colossenses.

Veja que o texto de Paulo começa com um apelo a andar prudentemente. Prudência é uma condição fundamental para não desperdiçarmos a nossa vida. Perder tempo é, portanto, uma grande imprudência. A palavra também pode ser traduzida como diligentemente ouprecisamente. Essas duas últimas palavras têm tudo a ver com tempo, não é mesmo?Diligentemente = fazer as coisas com concentração e de forma rápida; precisamente = fazer com precisão cronométrica, ou na medida certa. O apelo é para andarmos comosábios e não como tolos (“néscios”). Quantas pessoas não estão nesse momento perdendo tempo, desperdiçando a vida, achando que estão “abafando”, que estão aproveitando a juventude? Mas estão apenas demonstrando irresponsabilidade, falta de inteligência e que são, na realidade, bobos.

A ideia é a de que o tempo naturalmente vai se esvaindo. Você tem que tomar as rédeas de sua vida; se a ela for vivida ao sabor das circunstâncias, o desperdício será o curso natural. O texto termina expressando uma realidade: “os dias são maus”. A maldade, a violência; a fragmentação dos costumes, da ordem, da responsabilidade para com o nosso próprio corpo e para com a vida dos outros estão em toda parte.

Você tem consciência disso? Cuidado para não estragar sua vida! Os dias são realmente maus! O sábio Salomão já alertava 1000 anos antes de Cristo, para que nos lembrássemos do nosso Criador nos dias da nossa mocidade (Eclesiastes 12.1). O alerta continua válido. Jesus Cristo é aquele que traz a mensagem do Criador. Por intermédio dele é que nos achegamos a Deus. Alicerçado nele, utilize bem o seu tempo, caminhe com segurança e com a certeza de que ele pode abençoar os seus passos e orientá-lo a uma vida proveitosa e plena, para você e para aqueles com quem você conviver.

F. Solano Portela Neto é autor de diversos livros, educador, tradutor e conferencista, já ocupou a Diretoria de Planejamento e Finanças do Mackenzie (IPM) e atualmente é o Diretor Educacional da Instituição.

(Texto completo do livreto lançado em 01.02.2016, pela Chancelaria do Mackenzie, como parte de uma série, de vários autores, para jovens universitários, como parte do cerimonial para recepção de novos alunos) 






quarta-feira, 30 de março de 2016

CULTUANDO A HOMENS





Por John Stott



“...pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” - Romanos 1.25


De muitas maneiras a igreja de Corinto dava evidência da graça atuante de Deus. Alguns de seus membros, “lavados”, “santificados, “justificados”, haviam sido libertos das profundezas do pecado (1Co 6.11), e outros foram maravilhosamente “enriquecidos” por Cristo “em toda palavra e em todo conhecimento”, de modo que não lhes faltava nenhum dom (1Co 1.5-7). No entanto, a vida interior da igreja parecia estar tristemente contaminada pelo pecado, levando-a a se dividir em muitas facções. “Há contendas entre vós” – Paulo foi obrigado a escrever. “Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo” (1Co 1.11-12). Não há evidência na epístola de que essas divisões fossem de caráter doutrinário, fundadas em posições teológicas divergentes.


Em vez disso, o apóstolo liga as rixas na igreja de Corinto ao que chamaríamos de “culto da personalidade”. Os crentes estavam demonstrando predileção exagerada por um ou outro líder eclesiástico famoso e fazendo comparações ultrajantes entre eles. Paulo ficou horrorizado com a história que ouviu. Aqueles coríntios estavam dando a homens uma lealdade devida somente a Cristo. “Foi Paulo crucificado em favor de vós?” – ele pergunta, atônito, querendo dizer: “Vocês estão pondo a confiança em mim, como se eu tivesse morrido para salvá-los?” “Fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” (1Co 1.13). Ou seja: “Será que o batismo de vocês colocou-os em união comigo?” Tanto a conversão quanto o batismo cristão tem como foco o próprio Cristo.

Como ousam aqueles coríntios falar e agir como se homens mortais, pecadores, fossem o objeto de sua fé e batismo? E como podiam usar esses slogans que implicavam “pertencerem” a líderes humanos como Paulo, Pedro e Apolo? (...) O vergonhoso culto às personalidades humanas que manchou a vida da igreja de Corínto no primeiro século ainda persiste entre os cristãos, e alguns líderes da igreja ainda recebem dos crentes uma atenção exagerada e inadequada. (STOTT, John. O perfil do Pregador. Ed. Vida Nova. 2005, p. 95,6)

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John Stott foi pastor emérito da Igreja All Souls Langham Place, em Londres, é mundialmente conhecido como teólogo, pastor e evangelista. Desde 1970 viajou pelo mundo inteiro, em especial pelos países do Terceiro Mundo, participando de conferências e palestras para pastores, líderes e estudantes de teologia.
Divulgação: Púlpito Cristão

AS HERESIAS FAVORITAS DOS EVANGÉLICOS



Por Marcelo Berti
Não é novidade que a liderança da igreja evangélica contemporânea tem falhado no ensino e instrução de suas igrejas. Enquanto o apelo pelo funcional e prático transformou os cultos um modo de moeda de troca pelo benefício da popularidade, o moralismo e o legalismo se tornaram a referência da espiritualidade da igreja. Pouco tempo se investe em questões de natureza ontológica, e muito tempo em questões práticas. Não é à toa que tal inversão de valores [em comparação com a igreja dos primeiros séculos] tem criado um rebanho imaturo e despreparado para defender sua própria fé.


Isso fica evidente na pesquisa publicada hoje (28/Out/14) pelo LifeWay Researchintitulada “Americans believe in heaven, hell and a lit bit of heresy” (Americanos acreditam no céu, inferno e em algumas heresias). De acordo com Stephen Nichols, o diretor acadêmico do Ligonier Ministries, a pesquisa “revela um significante nível de confusão teológica“. Ed Stetzer afirma que o cristão norte-americano “gosta de acreditar em um tipo de Deus quasi-cristão com doutrinas de padaria. No entanto, quando perguntado sobre doutrinas mais complexas, coisas que a igreja considerou e continua a considerar como ortodoxia, os números mudam.
SOBRE A TRINDADE



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É assustador como o conceito da Trindade não é compreendido pelos cristãos de modo geral. Aquela doutrina considerada parte integral das mais importantes doutrinas do cristianismo parece não ter clara definição no credo do cristão comum norte-americano. De acordo com a pesquisa cerca de 70% dos americanos acreditam que existe apenas um Deus que subsiste em três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo. Ao mesmo tempo, 58% dos evangélicos entendem o Espírito Santo como uma força e não como uma pessoa, enquanto 17% acreditam que Jesus Cristo é primeira criatura. Entre os Católicos o número é ainda mais assustador: 75% acreditam que o ES é uma força, não uma pessoa e 28% entendem a Cristo como a primeira criatura criada por Deus. Para piorar, 15% dos cristãos acredita o ES é menos divino que o Pai, enquanto 33% acreditam que o Pai e mais divino que o Filho. A confusão teológica aqui é clara, pois é evidente que a definição adotada é negada pelas definições que assumem. Ao que parece, boa parte dos cristãos tem dificuldade para entender o conceito.
SOBRE A BÍBLIA



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De acordo com a mesma pesquisa, apenas 48% dos americanos acreditam que a Bíblia é de fato a Palavra de Deus. Entre os evangélicos, enquanto 18% entendem que a Bíblia tem sua utilidade, mas que ela não é literalmente verdadeira, apenas 76% afirmam que a Bíblia é 100% verdadeira em tudo o que ensina. Entre os protestantes não evangélicos, 50% deles afirmam que a Bíblia, apesar de sua utilidade, não é literalmente verdadeira e apenas 36% acreditam que a Bíblia é de fato verdadeira. Mas, a pior parte não é a latente confusão teológica em relação a Bíblia, mas a visão que os americanos tem em relação a outros livros religiosos. Por exemplo, 10% dos americanos afirmam que o Livro de Mórmon é inspirado por Deus enquanto 36% não tem certeza do mesmo.
SOBRE A SALVAÇÃO



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No que se refere à salvação, 68% dos evangélicos afirmam que a humanidade primeiro busca a Deus, que então responde com Sua graça; 56% dos evangélicos afirmam que a salvação é realizada em cooperação com Deus; 67% consideram que a humanidade está habilitada a voltar-se a Deus por iniciativa própria. Por outro lado, apenas 18% acreditam que a salvação é meritória, baseado em atos de bondade realizados no passado ou presente. Um dado interessante é que a visão da auto-suficiência para salvação também afeta a visão que o cristão tem da igreja e da necessidade de outras pessoas para a saúde de sua vida espiritual. Cerca de 52% afirmam que a adoração solitária tem o mesmo papel que a adoração comunitária, e por isso não veem necessidade estarem conectados a uma igreja. 56% acreditam que o sermão pastoral não tem qualquer autoridade sobre suas vidas e 45% acreditam que a Bíblia foi escrita para eles como indivíduos e que como tal, eles tem o direito de interpretar as escrituras como quiserem.
RESUMO DA ÓPERA
Caso ainda não tenha ficado evidente, no evangelicalismo norte-americano sobrevivem três diferentes heresias históricas:
  1. Arianismo: A visão trinitaria apresentada pelos evangélicos americanos em muito se assemelha com a doutrina heterodoxa de Ário, o presbítero do quarto século que ganhou notoriedade ao ensinar que Cristo era a primeira criatura criada por Deus. Dificilmente os cristãos dos nossos dias conhecem esse homem com detalhes suficientes para defender suas idéias baseadas no seu ensino. Talvez parte da confusão tenha sido semeada pelo investimento ‘missionário’ das igrejas unitaristas e movimentos neo-arianos dos nossos dias. Entretanto, o que é evidente é que a cultura de consumismo religioso tem extirpado da igreja a necessidade do ensino aprofundado das escrituras e criado um cristianismo aquém das Escrituras.
  2. Humanismo: A visão elevado do homem e de sua auto-suficiencia tem influenciado o pensamento cristão de tal modo que a salvação tem sido vista como meritória. Em uma cultura na qual o indivíduo é senhor do seu destino (acadêmico, profissional), o cristão assume que seu relacionamento com Deus é realizado do mesmo modo. Entre os americanos a idéia de ‘eu faço’ ou ‘eu posso’ faz parte de sua cultura, e infelizmente tal ideologia parece ter também invadido a mentalidade dos cristãos. R.C. Sproul afirma que essa pesquisa aponta “o que fica claro nessa pesquisa é a penetrante influência do humanismo.” Tal humanismo não afeta apenas a percepção da salvação do indivíduo, mas também da necessidade da comunidade para uma vida cristã saudável. O humanismo tem gerado nas igrejas homens solitários que pensam viver o evangelho isolados do corpo de Cristo.
  3. Pelagianismo: A visão da auto-suficiência humana tem levado cristãos a afirmarem que a humanidade é habilitada para voltar-se a Deus sem que qualquer agência divina seja necessária. Aos poucos, o evangelicalismo norte-americano volta-se para a doutrina de Pelágio, o monge Britânico que defendeu que o pecado de Adão afetou apenas a Adão e não sua posteridade, e que, portanto, a humanidade não é inábil para adquirir sua própria salvação. Essa mesma heresia que foi tão combatida por Agostinho, encontrou nos ensinos de Pedro Abelardo e Pedro Lombardo seu caminho de volta para a igreja Católica Romana. Hoje tal doutrina volta a ameaçar a sã doutrina através dos pregadores da prosperidade e pelo humanismo latente da cultura norte-americana.
UM APELO AOS PASTORES
Ninguém pode garantir que os números da igreja norte-americana representam a realidade da igreja brasileira, mas meu palpite é que os números não serão muito diferentes dos que vimos acima. Apesar do humanismo impactar a igreja brasileira de outros modos, as mesmas três doutrinas estão vivas e muito bem na igreja brasileira.
Por isso, gostaria de conclamar nossos pastores para que observem a realidade da igreja dos nossos dias e ouçam o conselho de Paulo para cuidar da doutrina que lhes foi confiada. Não acreditem em fórmulas de sucesso manufaturadas pelo humanismo, nem se rendam a popularidade. Evitem tanto quanto puderem a superficialidade bíblica e teológica. Não acreditem na mentira do pragmatismo de que as escrituras não funcionam. Não abandonem o ensino das escrituras, o discipulado dos cristãos e a mentoria dos líderes da igreja, custe o que custar.
Afinal, nós precisamos voltar ao evangelho. Nós precisamos ensinar em nossas igrejas a mensagem dos apóstolos, aquela mensagem que levou os à morte e não ao ‘sucesso’. Aquela mensagem que era considerada loucura tanto por gregos como pelos judeus, mas que ainda assim os apóstolos deram suas vidas para levar às igrejas. Nós precisamos aprender a perseverar na doutrina dos apóstolos, como a comunidade primitiva fazia.
Enquanto o show for mais importante que a adoração, a individualidade mais importante que a comunidade, a superficialidade mais importante que o ensino das escrituras, a multiplicação de participantes mais importante que o discipulado de cristãos, a heresia será apenas mais uma convidada no show de horrores do cristianismo contemporâneo
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NAPEC

CRENTE NÃO FICA DOENTE?






Por Augustus Nicodemus Lopes
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Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer.
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Apesar do ensino popular de que a fé nos cura de todas as enfermidades, uma breve consulta feita à capelania hospitalar de grandes hospitais do nosso país revela que há um número elevado de evangélicos hospitalizados — tradicionais, pentecostais e neopentecostais — sofrendo dos mais diversos tipos de males. A proporção de evangélicos nos hospitais acompanha a proporção de evangélicos no país. As doenças não fazem distinção religiosa.
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Para muitos evangélicos, no entanto, os crentes adoecem e não são curados porque lhes falta fé em Deus.
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Será que poderemos dizer que todos eles — sem exceção — estão ali porque pecaram contra Deus, ficaram vulneráveis aos demônios e não têm fé suficiente para conseguir a cura?
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É nesse ponto que muitos evangélicos que adoeceram, ou que têm parentes e amigos evangélicos que adoeceram, entram numa crise de fé. Muitos, decepcionados com a sua falta de melhora, ou com a morte de outros crentes fiéis, passam a não crer mais em nada e abandonam suas igrejas e o próprio Evangelho. Outros permanecem, mas marcados pela dúvida e incerteza. Todavia, conforme a Bíblia e a história nos ensinam, mesmo homens de fé podem ficar doentes.
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Há diversos exemplos na Bíblia de homens de fé que ficaram doentes e até morreram dessas enfermidades. Um deles foi o profeta Eliseu, que padeceu de uma enfermidade que o levou a morte: “Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer” (2Re 13.14). Outro, foi Timóteo. Paulo recomendou-lhe um remédio caseiro por causa de problemas estomacais e enfermidades freqüentes: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1Tm 5.23).
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Ao final do seu ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele mesmo não conseguiu curar: “Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto” (2Tm 4.20).
.O próprio Paulo padecia do que chamou de “espinho na carne”. Apesar de suas orações e súplicas, Deus não o atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal (2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os Gálatas: “a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto” (Gl 4.14). Outros acham que era uma doença nos olhos, pois logo em seguida Paulo diz: “dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4.15). Também podemos mencionar Epafrodito, que ficou gravemente doente quando visitou o apóstolo Paulo: “[Epafrodito] estava angustiado porque ouvistes que adoeceu. Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Fp 2.26-27).

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Fonte: Ultimato [Via Laion Monteiro]

segunda-feira, 28 de março de 2016

TALIBÃ MATA CRISTÃOS ENQUANTO CELEBRAVAM A PÁSCOA




Neste domingo de Páscoa, membros da pequena comunidade cristã do Paquistão celebravam em família a ressurreição de Jesus na capital Lahore no início da noite.

Um atentado terrorista islâmico, contudo, ocorreu perto do carrossel infantil no parque Gulshan-e-Iqbal. Segundo o chefe de polícia Haider Ashraf, um homem-bomba se explodiu, deixando cerca de 60 mortos e mais de 300 feridos. A maior parte das vítimas são mulheres e crianças.

Segundo as autoridades, a Jamaat-ul-Ahrar, dissidente do grupo radical islâmico Talibã, assumiu a responsabilidade pelo ataque. A Associated Press divulgou um comunicado de Ahsanullah Ahsan, porta-voz dos terroristas. “Reivindicamos a responsabilidade do ataque contra os cristãos que estavam no local celebrando a Páscoa… Nossos homens-bomba continuarão esses ataques!”.

Nasreen Bibi, mãe de uma criança de dois anos ferida na explosão, estava desesperada: “Estávamos aqui apenas tentando ter uma noite agradável e desfrutar do clima. Que tipo de pessoas têm como alvo crianças pequenas brincado em um parque?”, desabafou.

“Quando aconteceu a explosão, as chamas eram tão altas que chegavam ao topo das árvores. Vi corpos voando no ar”, afirmou Hasan Imran, 30, que caminhava no parque na hora do atentado.
Assim que foi noticiado o ataque, as principais áreas comerciais e os parques da cidade foram fechadas. O domingo é um dia normal na vida da população do país onde mais de 90% da população é de muçulmanos. Seu dia santo é a sexta-feira.

“Muitos dos que foram feridos estão em estado grave. Tememos que o número de mortes aumente de forma considerável”, lamentou Salman Rafique, conselheiro de saúde do governo local.
O ministro-chefe da província, Shahbaz Sharif, anunciou que será observado três dias de luto. 
Também prometeu que os responsáveis serão levados à Justiça.

Com uma população de 190 milhões de habitantes, o Paquistão tem visto um aumento da intolerância religiosa, principalmente por cauda do grupo radical islâmico Talibã. A maioria dos seus soldados se espalharam pelo país nos últimos anos, fugindo das tropas americanas que invadiram o vizinho Afeganistão, onde eles dominavam. 

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Com informações de Daily Mail, via Gospel Prime

A importância da Educação Cristã Escolar


Por Rev. Mauro Meister

Educar pra quê?

Podemos pensar em diversas razões. Algumas delas são:

  • Capacitação financeira (o bem estar financeiro do aluno),
  • Capacitação cultural
  • Qualidade de vida
  • Futuro das gerações
  • Futuro do próprio planeta

Mas, por que uma educação “religiosa”?

O cristianismo sempre teve a grande preocupação de educar e ensinar. A motivação era descobrir a verdade de Deus para a glória de Deus, tanto a verdade de Deus nas Escrituras, como na Natureza.

Harvard, considerada a melhor universidade pela Times Higher Education (THE), foi fundada pelo pastor John Harvard. A faculdade Mackenzie foi fundada há 142 anos por protestantes. Contudo, com o tempo perdemos a noção da importância da educação e deixamos a educação nas mãos dos incrédulos. Deixamos de ser cristãos que pensam e refletem sobre todos os aspectos da vida para viver um cristianismo sentimental e enclausurado.

Não existe educação “neutra”.

Algumas escolas tem a noção de que existem dois tipos de educação: educação secular + educação cristã. Contudo, não existe educação neutra. Sempre existirá uma ideologia por trás da educação. Não necessariamente uma ideologia política, mas sempre existirá uma “religião” por trás da educação, um pressuposto, uma cosmovisão que influenciará naquilo que o educador ensina.

Cosmovisão são como lentes sobrepostas (pressuposições) pelas quais vemos o mundo e há várias camadas de interpretação que formam a nossa cosmovisão pessoal, conforme mostra a imagem abaixo.


A educação cristã… consiste em ensinar tudo, de ciências e matemática a literatura e artes, dentro da estrutura de uma visão de mundo bíblica e integrada. Significa ensinar os estudantes a relacionarem todas as disciplinas à verdade de Deus e sua auto-revelação nas Escrituras, enquanto detectam e criticam as afirmativas da visão de mundo não-bíblica. (Colson & Piercey, E Agora Como Viveremos?)

Em uma escola cristã não existe educação secular, pois toda educação cristã procede da cosmovisão das Escrituras, quer ciência, quer teologia. Sendo assim, uma escola cristã não é aquela que faz somente um culto durante a semana, ou uma oração antes da aula, mas aquela que ensina seu conteúdo sob a perspectiva cristã.

O que nos leva a educar?

Nós temos uma visão reducionista, achando que a Bíblia só é aplicável dentro das paredes da igreja, achando que quando a bíblica fala de educação, ela está falando somente de EBD (Ensino Bíblico Dominical).

Estes, pois [repetição dos dez mandamentos], são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra a que passas para a possuir; para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados. Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os cumprires, para que bem te suceda, e muito te multipliques na terra que mana leite e mel, como te disse o SENHOR, Deus de teus pais. [...] Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. (Dt 6:1-3, 6-7)

Neste texto vemos que a ordem do ensino vem de Deus e que o ensino tem um propósito dado por Deus; e o próprio Deus concede a autoridade do ensino aos pais. Deus também concede dons de ensino e equipa pessoas específicas para ensinarem o corpo de Cristo. Sendo assim, a escola cristã é um auxílio aos pais que delegam sua autoridade a escola para ensinar seus filhos. Contudo, a escola jamais pode substituir e jamais conseguirá substituir os pais.


Conheça a ACSI

A Associação Internacional de Escolas Cristãs-ACSI é uma organização internacional de escolas cristãs sem fins lucrativos, com seu escritório central em Colorado Springs, EUA.

Foi formada em 1978 como resultado da união de várias associações de escolas cristãs nos Estados Unidos e Canadá. Conta com mais de 25 mil escolas associadas, em mais de 115 países, tendo mais de um 5.5 milhões de alunos. Existem 16 escritórios regionais ao redor do mundo, sempre respeitando a identidade cultural de cada nação.

A filosofia educacional da ACSI, fundamentada na Palavra de Deus, promove uma educação cristocêntrica, orientada para desenvolver uma cosmovisão bíblica por meio de cada educador, cada matéria acadêmica e cada parte do programa escolar.

Conheça mais sobre a ACSI, clicando aqui!

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Palestra dada no 1º Encontro Nacional de Escolas Cristãs (ENAEC) realizado pela ASCI, com apoio da VINACC e da 15ª Consciência Cristã.

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