quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Justiça condena ex-missionário por tirar fotos pornográficas de crianças na Amazônia


Ele confessou o crime e ficará 58 anos preso nos Estados Unidos
por Leiliane Roberta Lopes

Justiça condena ex-missionário por tirar fotos pornográficas de crianças na AmazôniaJustiça condena ex-missionário por tirar fotos pornográficas de crianças
A Justiça americana condenou nesta terça-feira (28) o ex-missionário Warren Scott Kennell, 45 anos, a 58 anos de prisão.
Kennell confessou ter tirado fotos pornográficas de crianças enquanto trabalhava como missionário em uma tribo indígena da Amazônia.
O crime foi cometido entre 2008 e 2011 e o ex-missionário confessou que além de produzir o material ele chegou a abusar sexualmente das crianças.
O ex-missionário estava no Brasil atuando pela Missão Novas Tribos de Sanford, na Flórida, em maio passado, ao ser parado e revistado no Aeroporto Internacional de Orlando, ele foi pego com 940 imagens pornográficas em um disco rígido externo.
O caso deixou a organização evangélica em choque. “Estamos deprimidos”, disse Pam McCurdy, da Missão Novas Tribos. O grupo firmou um compromisso para investigar e impedir que novos casos aconteçam e agradeceu as autoridades por ter descoberto o ex-missionário.
Na sentença a juíza-chefe distrital de Tampa, Anne Conway, destacou que Kennell abusou da confiança que tinha da população para cometer os crimes. Com informações UOL.
Fonte:gospelprime

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Um pastor e outros 19 cristãos são presos na China

Em 15 de janeiro, o advogado do pastor Zhang Shaojie obteve permissão para visitá-lo, dois meses após sua primeira detenção em 16 de novembro de 2013. De acordo com a Asia News, o pastor foi acusado de "fraude" e "perturbação da ordem pública"
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O Pr. Zhang foi detido pela polícia, sem qualquer documentação formal. Através de uma postagem na mídia social, o advogado Liu Weiguo disse que tinha se encontrado com o Pr. Zhang no dia 15 de janeiro, e descreveu alguns dos obstáculos que ele e outros advogados encontraram em tentar contatá-lo desde sua prisão.
O pastor, de 48 anos, pertence à Igreja Cristã de Nanle County, ligada ao Movimento Patriótico Three-Self, sancionado pelo Estado. Em 15 de novembro, vários membros da igreja foram detidos após argumentarem com uma autoridade superior acerca da disputa pela posse de uma terra envolvendo a igreja. Um dia depois, o Pr. Zhang foi detido. As irmãs de Zhang e outros membros da igreja também foram presos, e vários outros foram convocados aos escritórios do governo. A polícia prendeu 20 membros da igreja no total.
De acordo com relatos do China Aid, nove membros da igreja continuam detidos e mais três estão desaparecidos após terem sido levados pela polícia. Uma das cristãs, Yang Miling, foi notoriamente espancada enquanto presa. Seu filho de 17 anos foi interceptado a caminho do hospital, quando tentava visitar a mãe, e também foi gravemente agredido.
Há relatos não confirmados de que seis dentre os detidos receberão sentença antes do Ano Novo Chinês. Os advogados Liu Weiguo e Xia Jun contaram à Asia News que o julgamento do Pr. Zhang também acontecerá logo.
FonteCSW
TraduçãoJorge Alberto - ANAJURE

Ordenação feminina: Afinal mulheres podem ser pastoras?

AsMulheresPodemSerPastoras

Uma questão que permanece forte nos dias de hoje é a questão da ordenação feminina. Afinal, mulheres podem ser pastoras? Nós do VE acreditamos que tanto os homens quanto as mulheres foram criado à imagem de Deus, porém Deus deu funções distintas a cada um. Em Efésios 5 vemos que o homem é o cabeça da esposa, como Cristo é o cabeça da igreja. Da mesma forma, na igreja, Deus deu a função de liderança pastoral aos homens.
Já abordamos este assunto no VE, mas se torna necessário novamente enfatizá-lo:
Neste video, Augustus Nicodemus resume o assunto:
Por Augustus Nicodemus. Original: Pastorado Feminino (Augustus Nicodemus)
Por fim, no texto abaixo, Nicodemus fornece 19 respostas a argumentos usados em favor da ordenação de mulheres (clique para expandir).

Respostas a Argumentos Usados em Favor da Ordenação de Mulheres

19 Respostas a Argumentos Usados em Favor da Ordenação de Mulheres

Oferecemos aqui respostas aos argumentos geralmente empregados em favor da ordenação de mulheres para o ministério pastoral.

1. Deus não criou originalmente o homem e a mulher iguais? Qual a base, pois, para impedir que a mulher seja ordenada? 

Resposta: De fato, lemos em Gênesis 1 que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Entretanto, lemos no relato mais detalhado de Gênesis 2 que Deus lhes atribuiu papéis diferentes, dando ao homem o papel de liderar e cuidar da mulher e à mulher o papel de ser sua ajudadora, em submissão. Esta diferenciação é percebida por Paulo na ordem em que foram criados (primeiro o homem e depois a mulher, 1Tm 2.13), na forma como foram criados (a mulher foi criada do homem, 1Co 11.8) e no propósito para o que foram criados (a mulher foi criada por causa do homem, 1Co 11.9). A igualdade da criação, portanto, não anula a diferenciação de funções estabelecida na própria criação.

2. A subordinação feminina não é parte da maldição por causa da queda? E Cristo não aboliu a maldição do pecado? Por que, então, as mulheres cristãs não podem exercer o ministério em igualdade com os homens?

Resposta: Sem dúvida um dos castigos impostos por Deus à mulher foi o agravamento da sua condição de submissão. Entretanto, a subordinação feminina tem origem antes da queda, ainda na própria criação. O homem não foi feito da mulher, mas a mulher foi feita do homem. O homem não foi criado por causa da mulher, mas sim a mulher por causa do homem (1Co 11.8-9). Quanto à obra de Cristo, lembremos que seus efeitos não são total e exaustivamente aplicados por Deus aqui e agora. Por exemplo, mesmo que Cristo já tenha vencido o pecado e a morte, ainda pecamos e morremos. Outros efeitos da maldição impostos por Deus após a queda ainda continuam, como a morte, o sofrimento no trabalho e o parto penoso das mulheres. Além do mais, desde que os diferentes papéis do homem e da mulher já haviam sido determinados na criação, antes da queda, segue-se que continuam válidos. O que o Cristianismo faz é reformar esta relação de submissão para que a mesma seja exercida em amor mútuo e reflita assim mais exatamente a relação entre Cristo e a Igreja.

3. Há abundantes provas na Bíblia de que as mulheres desempenharam papéis cruciais, ocupando funções de destaque e sendo instrumento de bênção para o povo de Deus. Isto não prova que elas, hoje, podem ser ordenadas e exercer liderança?

Resposta: Estas provas demonstram apenas a tremenda importância do ministério feminino, mas não a existência do ministério feminino ordenado. Nenhuma destas mulheres era apóstola, pastora, presbítera ou diaconisa. Jesus não chamou nenhuma mulher para ser apóstola. As qualificações dos pastores em 1Timóteo 3 e Tito 1 deixam claro que era função a ser exercida por homens cristãos. O fato de que as mulheres sempre foram extremamente ativas e exerceram muitas e diferentes atividades e serviços na Igreja Cristã não traz como corolário que elas tenham sido, ou tenham que ser, ordenadas para tal.

4. Há evidência na Bíblia de que Hulda, Débora, Priscila e Febe eram líderes e exerciam autoridade. Isto não é prova bíblica suficiente para ordenação de mulheres?

Resposta: Há dois pontos a se ter em mente quanto ao ministério destas mulheres: (1) O fato de que a Bíblia descreve como Deus usou determinadas pessoas em épocas específicas para propósitos especiais não faz disto uma norma. Lembremos da utilíssima distinção entre o descritivo e o normativo na Bíblia. Deus usou o falso profeta Balaão (Nm 22.35). O desobediente rei Saul também profetizou em várias ocasiões (1Sm 10.10; 19.23), bem como os mensageiros que enviou a Samuel (1Sm 19.20,21). A descrição destes casos não estabelece uma norma a ser seguida pelas igrejas na ordenação de oficiais. O fato de que Deus transmitiu sua mensagem através de uma mulher não faz dela um oficial da Igreja. Há outros requisitos no Novo Testamento para o oficialato conforme lemos nas especificações explícitas que temos em 1Timóteo 3 e Tito 1.
 (2) Os profetas de Israel não recebiam um ofício mediante imposição de mãos para exercer uma autoridade eclesiástica oficial. Os reis e sacerdotes, ao contrário, eram “ordenados” para aquelas funções e as exerciam com autoridade. Não há sacerdotisas “ordenadas” em Israel, pelo menos nas épocas onde prevalecia o culto verdadeiro. Hulda foi uma profetiza em Israel, recebendo consultas em sua casa (2Re 22.13-15). A mesma coisa pode ser dita de Débora, que foi juíza em Israel numa época em que não havia reis e nem o sacerdócio funcionava, quando todos faziam o que parecia bem aos seus olhos. Seu ministério foi uma denúncia da fraqueza e falta de coragem dos homens daquela época (Jz 4.4-9; compare com Is 3.12). Sobre Priscila, sua liderança parece evidente, porém menos evidente é se ela era pastora ou presbítera. Quanto à Febe, ver a pergunta sobre ela mais adiante.

5. Podemos afirmar que o patriarcado, conforme o encontramos na Bíblia, especialmente no Antigo Testamento, é uma instituição nociva e perversa que denigre, inferioriza e humilha a mulher?

Resposta: O patriarcado, como o encontramos na Bíblia, especialmente no Antigo Testamento, não é simplesmente uma afirmação da masculinidade, não é jamais sinônimo de domínio macho ou um sistema de valores no qual o homem trata a mulher com descaso, desvalorizando-a e super valorizando-se. Muito menos sinônimo de exploração e domínio, como afirma o feminismo. Patriarcado é o sistema no qual os pais cuidam de suas famílias. A imagem do pai no Velho Testamento não é primariamente daquele que exerce autoridade e poder, mas do amor adotivo, dos laços pactuais de bondade e compaixão. Somente nas Escrituras hebraicas podemos encontrar um Deus Pai Todo-Poderoso e Todo-Bondoso. Os patriarcas refletem a paternidade de Deus, ainda que muito pobremente. O Deus dos Hebreus não é como os deuses masculinos irresponsáveis das culturas pagãs das cercanias de Israel, porque ele jamais abandona os filhos que gera, antes, deles cuida. Os patriarcas seguem o exemplo de Deus. Naquela cultura ensinava-se ao homem judeu que ele não era simplesmente um animal, agressivo, assertivo e violento, mas pai, cuja agressividade deveria ser transformada pela responsabilidade, que haveria de manifestar a gentileza e o cuidado pelos filhos e a expressão da completa masculinidade, que haveria de se unir com o ser feminino e o mundo feminino da família, ainda que mantivesse a separação necessária para o exercício da autoridade. O machismo é uma versão deturpada de alguns aspectos do patriarcado, e oprime as mulheres. Devemos lutar contra o machismo, e não deixar de reconhecer a verdade sobre o patriarcado.

6. Febe não era uma diaconisa, conforme Romanos 16.1-2? Isto não prova que as mulheres podem exercer autoridade eclesiástica na Igreja?

Resposta: Temos de considerar os seguintes aspectos.
(1) Não é claro se Febe era realmente uma diaconisa. Muito embora no original grego Paulo empregue o termo “diácono” para se referir a ela, lembremos que este termo no Novo Testamento nem sempre significa o ofício de diácono. Pode ser traduzido como servo, ministro, etc. Portanto, nossa tradução “Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia” é perfeitamente possível e não é uma tradução preconceituosa.
(2) Mesmo que houvesse diaconisas na Igreja apostólica, é certo que elas não exerceriam qualquer autoridade sobre as igrejas e sobre os homens – a presidência era dos presbíteros, cf. 1Tm 5.17; o trabalho delas seria provavelmente com outras mulheres (Tt 2.3-4) e relacionado com assistência aos pobres. É interessante que a primeira referência que existe na história da Igreja sobre o trabalho de mulheres, diz assim: “A mulher deve servir às mulheres” (Didascalia Apostolorum). Isto queria dizer que elas instruíam as outras que iam se batizar, ajudavam no enterro de mulheres, cuidavam das pobres e doentes. Não há qualquer indício de que tais mulheres eram ordenadas para o exercício da autoridade eclesiástica.

7. O que fazer quando mulheres possuem visão pastoral, liderança, habilidades para o ensino ou capacidade administrativa, dons de evangelismo ou profecia?

Resposta: Que exerçam estas habilidades e dons dentro das possibilidades existentes nas Igrejas. Elas não precisam ser ordenadas para desenvolver seus ministérios e manifestar seus dons.

8. A resistência em ordenar mulheres hoje não decorre da reafirmação através dos séculos da inferioridade da mulher, feita por importantes teólogos e líderes da Igreja?

Resposta: A Igreja deve andar pelo ensino das Escrituras Sagradas. Se teólogos e líderes antigos defenderam idéias erradas sobre a inferioridade da mulher, cabe à Igreja corrigi-las à luz das Escrituras, que mostram que Deus criou o homem e a mulher iguais. Porém, corrigir os erros dos antigos neste ponto não significa ordenar mulheres, pois aí estaríamos cometendo um outro erro. Certamente as mulheres não são e nunca foram inferiores aos homens, mas daí a abolirmos os papéis distintos que lhes foram determinados por Deus na criação vai uma grande distância.

9. Existe algum texto na Bíblia que diga claramente “é proibido que as mulheres sejam ordenadas ao ministério”?

Resposta: Nenhuma das passagens usadas contra a ordenação feminina diz explicitamente que mulheres não podem ser ordenadas ao ministério. Entretanto, todas elas impõem restrições ao ministério feminino, e exigem que as mulheres cristãs estejam submissas à liderança cristã masculina. Essas restrições têm a ver primariamente com o ensino por parte de mulheres nas igrejas. Já que o governo das igrejas e o ensino público oficial nas mesmas são funções de presbíteros e pastores (cf. 1Tm 3.2,4-5; 5.17; Tt 1.9), infere-se que tais funções não fazem parte do chamado cristão das mulheres. Ainda, se o argumento do silêncio for usado, ele se vira contra a ordenação feminina, pois não há texto algum que diga que as mulheres devem ser ordenadas ao ministério da Palavra e ao governo eclesiástico, enquanto que as Escrituras atribuem ao homem cristão o exercício da autoridade eclesiástica e na família.

10. Se as mulheres recebem os mesmos dons espirituais que os homens, não é uma prova de que Deus deseja que elas sejam ordenadas ao ministério?

Resposta: Não. As condições para o oficialato na Igreja apostólica estão prescritas em 1Timóteo e Tito 1. Percebe-se que o dom do ensino é apenas um dos requisitos. Há outros, como por exemplo, governar a própria casa e ser marido de uma só mulher, que não podem ser preenchidos por mulheres cristãs, por mais dons que tenham.

11. O ensino de Paulo sobre as mulheres na Igreja se aplica hoje? Não estava ele influenciado pela cultura daquela época, que era muito diferente da nossa?

Resposta: É necessário fazer a distinção entre o princípio teológico supra cultural e aexpressão cultural deste princípio. Há coisas no ensino de Paulo que são claramente culturais, como a determinação para o uso do véu em 1Coríntios 11. Porém, enquanto que o uso do véu é claramente um costume cultural, ao mesmo tempo expressa um princípio que não está condicionado a nenhuma cultura em particular, que é o da diferença funcional entre o homem e a mulher. O que Paulo está defendendo naquela passagem é a vigência desta diferença no culto público — o véu é apenas a forma pela qual isto ocorreria normalmente em cidades gregas do século I. Notemos ainda que Paulo defende a participação diferenciada da mulher no culto usando argumentos permanentes, que transcendem cultura, tempo e sociedade, como a distribuição ou economia da Trindade (1Co 11.3) e o modo pelo qual Deus criou o homem (1Co 11.8-9).

12. Paulo escreveu suas cartas para atender a problemas locais e específicos. Como podemos aplicar hoje o que Paulo escreveu, se a situação e o contexto são diferentes?

Resposta: Quase todos os livros do Novo Testamento foram escritos em resposta a uma situação específica de uma ou mais comunidades cristãs do século I, e nem por isto os que querem a ordenação feminina defendem que nada do Novo Testamento se aplica às igrejas cristãs de hoje. A carta aos Gálatas, por exemplo, onde Paulo expõe a doutrina da justificação pela fé somente, foi escrita para combater o legalismo dos judaizantes que procuravam minar as igrejas gentílicas da Galácia, em meados do século I. Ousaríamos dizer que o ensino de Paulo sobre a justificação pela fé não tem mais relevância para as igrejas do final do século XX, por ter sido exposto em reação a uma heresia que afligia igrejas locais no século I? O ponto é que existem princípios e verdades permanentes que foram expressos para atender a questões locais, culturais e passageiras. Passam as circunstâncias históricas, mas o princípio teológico permanece. Assim, o comportamento inadequado das mulheres das igrejas de Corinto e de Éfeso, às quais Paulo escreveu determinando que ficassem caladas na Igreja, foi um momento histórico definido, mas osprincípios aplicados por Paulo para resolver os problemas causados por estas atitudes permanecem válidos. Ou seja, o ensino de que as mulheres devem estar submissas à liderança masculina nas igrejas e na família, sem ocupar posições de liderança e governo, é o princípio permanente e válido para todas as épocas e culturas.

13. Onde está na Bíblia que somente homens podem ser pastores, presbíteros e diáconos?

Resposta: Os textos mais explícitos da Bíblia são Atos 6.1-7; 1Timóteo 2.11-15; 1Coríntios 14.34-36 e 1Coríntios 11. 2-16. Algumas destas passagens foram analisadas com mais profundidade em outra parte deste caderno. Além disto, a relação intrínseca entre a família e a Igreja mostra que aquele que é cabeça na família (Efésios 5.21-33) também deve exercer a liderança na Igreja.

14. Onde está na Bíblia que os homens devem ser o cabeça da família?

Resposta: Há diversas passagens no Novo Testamento onde se trata dos papéis do homem e da mulher na família: Efésios 5.21-33; Colossenses 3.18-19; 1 Pedro 3.1-7; Tito 2.5. Em todos eles, a liderança da família é atribuída ao homem.

15. Os argumentos usados hoje para defender a submissão da mulher não são os mesmos usados no século passado por muitos cristãos para defender a escravidão?

Resposta: O fato de que no passado a Bíblia foi usada de forma errada para defender a escravidão não significa que a defesa da subordinação feminina seja igualmente feita de forma errada. Não devemos pensar que a relação entre o homem e a mulher na família e na igreja está no mesmo pé de igualdade que a escravidão. Primeiro, os papéis distintos do homem e da mulher estão enraizados na própria criação, enquanto que a escravidão não está. Segundo, o fato de que Paulo faz recomendações aos escravos cristãos para que sejam bons escravos não significa que ele aprovava a escravidão. Na verdade, as recomendações que ele dá aos cristãos que eram donos de escravos já traziam embutidas a idéia da dissolução do sistema de escravidão (Fm 16; Ef 6.9; Cl 4.1; 1Tm 6.1-2).

16. Havia uma mulher chamada Júnias que Paulo considera como apóstola, em Romanos 16.7. Se havia apóstolas, por que não pastoras, presbíteras e diaconisas? 

Resposta: A passagem diz o seguinte: Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis entre os apóstolos, e estavam em Cristo antes de mim” (Rm 16.7). Não é tão simples assim deduzir que Júnias era uma apóstola. Há várias questões relacionadas com a interpretação deste texto. Júnias é um nome masculino ou feminino? Existe muita disputa sobre isto, embora a evidência aponte para um nome masculino. Outra coisa, a expressão “notável entre os apóstolos” significa que Júniasera um dos apóstolos, já antes de Paulo, e um apóstolo notável, ou apenas que os apóstolos, antes de Paulo, tinham Júnias em alta conta? A última possibilidade é a mais provável. Em última análise, só podemos afirmar com certeza, a partir de Romanos 16.7, que, quem quer que tenha sido, Júnias era uma pessoa tida em alta conta por Paulo, e que ajudou o apóstolo em seu ministério. Não se pode afirmar com segurança que era uma mulher, nem que era uma “apóstola”, e muito menos uma como os Doze ou Paulo. A passagem não serve como evidência bíblica para a ordenação feminina no período apostólico. E essa conclusão está em harmonia com o fato de que Jesus não escolheu mulheres para serem apóstolos. Não há nenhuma referência indisputável a uma “apóstola” no Novo Testamento.

17. O Novo Testamento diz que, em Cristo, não há homem nem mulher, todos são iguais diante de Deus (Gl 3.28). Proibir as mulheres de serem oficiais da Igreja não é fazer uma distinção baseada em sexo?

Resposta: Não se pode discordar de que o Evangelho é o poder de Deus para abolir as injustiças, o preconceito, a opressão, o racismo, a discriminação social, bem como a exploração machista. E nem se pode discordar de que Cristo veio nos resgatar da maldição imposta pela queda. A pergunta é se Paulo está falando da abolição da subordinação feminina e de igualdade de funções nesta passagem. Está o apóstolo dizendo que as mulheres podem exercer os mesmos cargos e funções que os homens na Igreja, já que são todos aceitos sem distinção por Deus através de Cristo, pela fé? Entendemos que a resposta é não. Gálatas 3.28 não está ensinando a igualdade para o exercício de funções, mas a unidade de todos os cristãos em Cristo. Veja a análise desta passagem acima.

18. O conceito da submissão feminina ensinado na Bíblia não acarreta inevitavelmente o conceito de que o homem é melhor e superior à mulher?

Resposta: Infelizmente muitos têm chegado a esta conclusão, mas ela certamente é equivocada. O ensino bíblico é que Deus criou homem e mulher iguais porém com diferentes atribuições e funções. A Bíblia ensina que Deus tem autoridade sobre Cristo, Cristo tem autoridade sobre o homem, e o homem tem autoridade sobre a mulher. É uma cadeia hierárquica que começa na Trindade e continua na igreja e na família. Podemos inferir (guardadas as devidas proporções) que, da mesma forma como a subordinação de Cristo ao Pai não o torna inferior — como afirma a fé reformada em sua doutrina da Trindade — a subordinação da mulher ao homem não a torna inferior. Assim como Pai e Filho, que são iguais em poder, honra e glória, desempenham papéis diferentes na economia da salvação (o Filho submete-se ao Pai), homem e mulher se complementam no exercício de diferentes funções, sem que nisto haja qualquer desvalorização ou inferiorização da mulher. Em várias ocasiões o Novo Testamento determina que os crentes se sujeitem às autoridades civis (Rm 13.1-5; 1 Pe 2.13-17). Em nenhum momento, entretanto, este mandamento implica que os crentes são inferiores ou têm menos valor que os governantes. Igualmente, os filhos não são inferiores aos seus pais, simplesmente porque devem submeter-se à liderança deles (Ef 6.1). O conceito de subordinação de uns a outros tem a ver apenas com a maneira pela qual Deus estruturou e ordenou a sociedade, a família e a igreja.

19. Em 1Timóteo 3.11, ao descrever as qualificações do diácono, Paulo se refere às mulheres: “Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo”. Este versículo não prova que havia diaconisas nas igrejas apostólicas?

Resposta: Não necessariamente. Esta passagem tem sido entendida de diferentes modos: (1) Paulo pode estar se referindo às mulheres dos diáconos (Calvino). Porém, ele emprega para elas a expressão “é necessário” (1Tm 3.11), que foi a mesma que empregou para os presbíteros (3.2) e os diáconos (3.8), ao descrever suas qualificações. Logo, não nos parece que o apóstolo se refira às mulheres dos diáconos. (2) Paulo pode estar se referindo à todas as mulheres da igreja; entretanto, é bastante estranho que ele tenha colocado instruções para todas as mulheres bem no meio das instruções aos diáconos! (3) Paulo pode estar se referindo às assistentes dos diáconos, mulheres piedosas, que prestavam assistência em obras de misericórdia aos necessitados das igrejas (Hendriksen). (4) Paulo se referia à diaconisas. Porém, é no mínimo estranho que Paulo não empregou o termo apropriado para descrever a função delas (diaconisas), já que ele vinha falando de presbíteros e diáconos. A opção 3 nos parece a melhor e mais provável: havia mulheres piedosas nas igrejas apostólicas, não ordenadas como “diaconisas”, que ajudavam os diáconos nas obras de misericórdia, trabalhando diretamente com as mulheres carentes e necessitadas. É a estas que Paulo aqui se refere.

Evangélicos nas novelas da Rede Globo

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Por Thomas Magnum


Acho muito interessante do ponto de vista sociológico o interesse da Globo em posicionar a religião Evangélica em suas novelas. Visto também seu interesse pelos artistas do meio gospel, e até produzindo um selo fonográfico que atenda essa fatia do mercado brasileiro. O segmento "Evangélico" brasileiro causa um interesse mercadológico considerável, visto que o explosivo crescimento de igrejas no Brasil, desde o surgimento da segunda e terceira ondas evangélicas no país. Com o avanço do neopentecostalismo e de movimentos cristãos protestantes no país realmente se tem despertado crescente interesse da mídia pelos evangélicos. 

Por esse tema, temos ouvido muitos comentários sobre o aparecimento de artistas evangélicos na novela "Amor a Vida", para muitos, isso seria um ponto positivo pois a emissora estaria dando espaço a esse fragmento da população brasileira, e observando a fragmentação do mercado que esboça demanda de "produto evangélico". Mas, é interessante notarmos também como os noveleiros posicionam os evangélicos em suas novelas, quem já viu um kardecista pobre numa novela da Globo? Quem já viu um evangélico rico numa novela da globo? Em que novela se tinha um personagem evangélico financeiramente bem sucedido? Ou um pastor com passado obscuro ou um patife? Em que novela ouve algum personagem evangélico com uma vasta formação acadêmica? 

Bom, a Globo retrata indiscutivelmente e laboratorialmente um retrato de igrejas suburbanas e de cunho pentecostal ou neopentecostal, algumas vezes "respeitosamente" outras não. Pintando um quadro geral que os evangélicos em sua maioria são pessoas pobres e incultas que buscam na religião um escape para os sofrimentos da vida e retratam a velha fala marxista de que a religião é o ópio do povo, as igrejas sempre são em bairros pobres ou favelas. É claro que sociologicamente a pequisa global é consideravelmente verdadeira, mas, acaba-se retratando com vertigens erradas o protestantismo e a ideologia social, politica e educacional que ele tem desde a reforma protestante. 

Ao retratarmos a história das igrejas brasileiras com Robert e Sara Kalley fundadores do congregacionalismo no Brasil e Ashbel Green Simonton fundador do presbiterianismo vemos a enorme contribuição socioeducativa que esses personagens da história da igreja brasileira deram a nação. A ignorância histórica a respeito da importância dos protestantes no Brasil é enorme, visto a grande contribuição holandesa calvinista em nossa terra, estreitamente em Pernambuco, e a grande contribuição das igrejas pentecostais principalmente da Assembléia de Deus no sertão brasileiro, de fato não são consideradas pelo interesse midiático. Portanto devemos ser críticos e demasiadamente críticos, não simplesmente com os meios de comunicação, mais o que está por trás disso.

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Sobre o autor: Thomas Magnum é formado em teologia e graduando em jornalismo, pesquisador na área de religiosidade brasileira, é casado a oito anos com Kelly Gleyssy e mora em Recife.

Divulgação: Bereianos

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Um Calvinista e um Fundamentalista entram em um bar…

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Por Tim Challies


Isso não é uma piada, você sabe. Ao fazermos o nosso caminho por essa vida, encaramos alguns inimigos poderosos. No segundo capítulo de Efésios, Paulo descreve o passado pré-cristão das pessoas daquela igreja. Ao fazer isso, ele lhes conta que três forças poderosas estavam posicionadas contra eles: o mundo, a carne e o diabo.

Essas pessoas tinham uma grande inclinação para o mal que vinha do seu mais profundo interior (“a paixão da nossa carne”), enfrentavam um poderoso oponente do lado de fora deles (“o príncipe das potestades do ar”), e, ao mesmo tempo, todo o ambiente era contrário a eles (“este mundo”). Eles estavam fora da comunhão de Deus e, por isso, eram “filhos da ira”.

"Estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais." [Efésios 2.1-3]

Já há algum tempo, e especialmente desde que li o livro Precious Remedies Against Satan’s Devices [Remédios Preciosos Contra as Artimanhas de Satanás] de Thomas Brooks, tenho refletido como seriam essas forças – e que de algum modo ainda estão – contra mim. Ainda que por meio da fé em Jesus Cristo eu esteja livre do domínio dessas forças, não fui ainda completa e finalmente liberto da influência delas. Cada uma continua contra mim, e às vezes – muitas vezes – sou vencido, escolhendo o pecado em lugar da santidade. Logo, não é de se admirar, que o Livro Comum de Oração anglicano conduz os cristãos nessa oração: “De todos os enganos do mundo, da carne, e do demônio, livra-nos, bom Senhor”.

Tenho uma teoria sobre essas três influências e a maneira como diferentes cristãos as compreendem. Há muitas tribos teológicas dentro do cristianismo e creio que cada uma delas tem um equilíbrio imperfeito da sua compreensão de como essas forças operam contra nós. Deixem-me dar apenas três exemplos. Cada exemplo é imperfeito, claro, mas creio que haja um traço de verdade em cada caso.

Fundamentalistas tendem possuir uma grande suspeita do mundo – um mundo que está cheio de pecado e oposição inflexível contra Deus e os Seus propósitos. Na minha experiência, os fundamentalistas são rápidos em ver o mundo e considerá-lo responsável pelo pecado e pela tentação do pecado; a partir daí eles lutam duramente contra o mundanismo e veem os prazeres desse mundo e entretenimentos com grande e permanente suspeita. Se os fundamentalistas estão fora do equilíbrio, é pela ênfase da influência do mundo em detrimento a influência da carne e do diabo.

Pentecostais tendem lançar a culpa do pecado e da tentação na cara do diabo e nas forças demoníacas. Eles frequentemente levam em alta conta as ações e influências demoníacas. Quando enfrentam a tentação do pecado, ou quando sentem ou encontram oposição, eles são rápidos em ver a influência de Satanás e encontrar meios de permanecer firmes diante desse tipo de poder. Se eles estão fora de equilíbrio, isso está no destaque que se dá à influência maligna do diabo e de suas forças e em reduzir as influências do mundo e da carne.

Calvinistas têm uma profunda consciência da sua própria depravação. Afinal, o calvinismo começa com o T do TULIP – Total Depravação. Cremos que a humanidade está completamente corrompida, de forma que o pecado abrange cada parte nossa. Na Sua graça, Deus nos impede de nos tornarmos tão pecaminosos quanto poderíamos ser, mas todos continuamos pecadores no maior grau possível; o coração, a mente, a vontade, o desejo, a disposição – tudo isso – está marcado pela Queda. Ao considerarmos os inimigos de nossas almas, somos propensos a nos focar na carne, supondo que a tentação surge de dentro muito mais do que vindo de fora. Se estivermos fora de equilíbrio, isso se dá pela ênfase da influência da carne e na redução das influências do mundo e do diabo.

Todos nós, estou convencido, precisamos compreender que o mal toma várias formas, que ele surge de dentro e surge de fora, que enfrentamos inimigos físicos e espirituais. Enfatizar um em detrimento dos outros é baixar a nossa guarda. Talvez, a melhor resposta não seja reduzir as nossas próprias ênfases, mas elevar as outras. Quando compreendermos a vasta gama de forças contra nós, vamos compreender melhor o poder de Cristo em vencê-las, nos armaremos melhor para resistir e vamos aguardar melhor o dia da volta do Senhor quando essas influências serão final e completamente destruídas.

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Traduzido e gentilmente cedido por Charles Grimm (Cricket Translations) | Reforma21.org| Original aqui
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Lúcio diz que existe preconceito religioso no futebol


O atleta é evangélico e não deixa de falar de sua fé
por Leiliane Roberta Lopes

Lúcio diz que existe preconceito religioso no futebolLúcio diz que existe preconceito religioso no futebol
Em entrevista ao LANCE!Net, o jogador Lúcio, que hoje veste a camisa do Palmeiras, falou sobre o preconceito religioso que enfrenta no futebol.
Evangélico, o zagueiro costuma mostrar sua fé sempre que fala com jornalistas e quando acaba a partida e ele exibe uma camiseta com dizeres religiosos.
“Preconceito existe. Tanto para quem é ou como para quem não é, mas para mim não mudou muita coisa. É uma oportunidade excelente quando se joga, usar uma camisa para proclamar sua fé”, disse ele.
Tirar a camisa do clube, durante o jogo, e mostrar mensagens religiosas chegou a ser proibido pela FIFA. A decisão não atrapalhou Lúcio, que espera acabar os jogos para poder então tirar o uniforme e divulgar sua crença.
“Se é regra, que seja cumprida. Somos profissionais. Isso nunca me atrapalhou. É claro que se ouve piadas e comentários que não são agradáveis, mas faz parte da caminhada”, revelou.
Fonte:gospelprime

sábado, 25 de janeiro de 2014

Avó e neto são atropelados e sobrevivem sem ferimentos graves: “A mão de Deus nos salvou”; Assista

Avó e neto são atropelados e sobrevivem sem ferimentos graves: “A mão de Deus nos salvou”; Assista

Um acidente de trânsito em Anápolis (GO) que poderia ter resultado numa tragédia terminou como um testemunho de livramento. “A mão de Deus nos pegou e salvou”, afirmou a vítima. Tudo foi filmado pelas câmeras de segurança de um estabelecimento próximo.
Vilma Theodoro do Nascimento, 56 anos, andava com o neto João Pedro Nascimento, 5 anos, quando um veículo desgovernado entrou na rua onde estavam e colidiu com um segundo veículo, que estava estacionado. A força do impacto foi tão grande que empurrou o carro que estava parado na direção dos dois.
Sem tempo de reação, Vilma e o neto foram atingidos pelo carro, que passou por cima de ambos. Como não estava tracionando, o atropelamento não teve grandes consequências.
“Vi que o carro passou por cima dele, que levantou e veio na minha direção. Mas quando percebi que saía sangue pela boca, orelha e nariz, achei que o crânio dele tinha sido esmagado. Só fiquei tranquila depois que os exames disseram que foi tudo superficial”, disse Vilma, em entrevista à TV Anhanguera.
Para a avó, o fato de ela e o neto estarem vivos se deve à intervenção divina: “Foi um milagre. Tenho certeza que a mão de Deus nos pegou e salvou”.
Os familiares, ao saberem do livramento, se reuniram para celebrar: “Está uma festa por aqui. Muita gente veio nos visitar e comemorar a nossa volta. Meu netinho está todo feliz com os paparicos que está recebendo. Nem parece que ele foi atropelado”, comentou Vilma.
Assista às cenas do acidente:
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

A Regeneração Precede a Fé

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por R.C. Sproul


Um dos momentos mais dramáticos em minha vida, na formação de minha teologia, ocorreu em uma sala de aula de um seminário. Um de meus professores foi ao quadro negro e escreveu estas palavras em letras garrafais:

A regeneração precede a fé

Aquelas palavras foram um choque para o meu sistema. Eu tinha entrado no seminário crendo que a obra principal do homem para efetivar o novo nascimento era a fé. Eu pensava que nós tínhamos que primeiro crer em Cristo, para então nascermos de novo. Eu uso as palavras "para então" aqui por uma razão. Eu estava pensando em termos de passos que deviam ocorrer em uma certa seqüência. Eu colocava a fé no princípio. A ordem parecia algo mais ou menos assim:

"Fé - novo nascimento - justificação."

Eu não tinha pensado sobre esse assunto com muito cuidado. Nem tinha atentado cuidadosamente às palavras de Jesus a Nicodemus. Eu presumia que mesmo sendo um pecador, uma pessoa nascida da carne e vivendo na carne, eu ainda tinha uma pequena ilha de justiça, um pequeno depósito de poder espiritual remanescente em minha alma para me capacitar a responder ao Evangelho sozinho. Possivelmente eu tinha sido confundido pelo ensino da Igreja Católica Romana. Roma, e muitos outros ramos do Cristianismo, tem ensinado que a regeneração é graciosa; ela não pode acontecer aparte da ajuda de Deus.

Nenhum homem tem o poder para ressuscitar a si mesmo da morte espiritual. A divina assistência é necessária. Esta graça, de acordo com Roma, vem na forma do que é chamado graça preveniente. "Preveniente" significa que ela vem antes de outra coisa. Roma adiciona a esta graça preveniente o requerimento de que devemos "cooperar com ela e assentir diante dela", antes que ela possa atuar em nossos corações.

Esta concepção de cooperação é na melhor das hipóteses uma meia verdade. Sim, a fé que exercemos é nossa fé. Deus não crê por nós. Quando eu respondo a Cristo, é a minha resposta, minha fé, minha confiança que está sendo exercida. O assunto, contudo, se aprofunda. A questão ainda permanece: "Eu coopero com a graça de Deus antes de eu nascer de novo, ou a cooperação ocorre depois?" Outro modo de fazer esta pergunta é questionar se a regeneração é monergista ou sinergista. Ela é operativa ou cooperativa? É eficaz ou dependente? Algumas destas palavras são termos teológicos que requerer maior explanação.

Monergismo e Sinergismo

Uma obra monergística é uma obra produzida por uma única pessoa. O prefixomono significa um. A palavra erg refere-se a uma unidade de trabalho. Palavras como energia são construídas com base nessa raiz. Uma obra sinergística é uma que envolve cooperação entre duas ou mais pessoas ou coisas. O prefixo sunsignifica "juntamente com".

Eu faço esta distinção por uma razão. O debate entre Roma e Lutero foi travado sobre este simples ponto. A questão era esta: A regeneração é uma obra monergística de Deus ou uma obra sinergística que requer cooperação entre homem e Deus? Quando meu professor escreveu "A regeneração precede a fé" no quadro negro, ele estava claramente tomando o lado da resposta monergística. Depois de uma pessoa ser regenerada, esta pessoa coopera pelo exercício de sua fé e confiança. Mas o primeiro passo é a obra de Deus e de Deus tão-somente.

A razão pela qual não cooperamos com a graça regeneradora antes dela agir sobre nós e em nós é que nós não podemos. Não podemos porque estamos mortos espiritualmente. Não podemos assistir o Espírito Santo na vivificação de nossas almas para a vida espiritual, da mesma forma que Lázaro não podia ajudar Jesus a ressuscitá-lo dos mortos.

Quando comecei a lutar com o argumento do Professor, fiquei surpreso ao descobrir que o estranho som de seu ensino não era novidade. Agostinho, Martinho Lutero, João Calvino, Jonathan Edwards, George Whitefield - até o grande teólogo medieval Tomás de Aquino ensinaram esta doutrina. Tomás de Aquino é o Doctor Angelicus da Igreja Católica Romana. Por séculos seu ensino teológico era aceito como dogma oficial pela maioria dos Católicos. Então, ele era a última pessoa que eu esperava sustentar tal visão da regeneração. Todavia Aquino insistiu que a graça regeneradora é uma graça operante, e não uma graça cooperativa. Aquino falou da graça preveniente, mas ele falou de uma graça que vem antes da fé, que é a regeneração.

Estes gigantes da história Cristã derivaram a visão deles das Sagradas Escrituras. A frase chave na Carta de Paulo aos Efésios é esta: "estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)" (Efésios 2:5). Aqui Paulo localiza o tempo em que a regeneração ocorre. Ela ocorreu "quando estávamos ainda mortos". Com um único raio de revelação apostólica foram esmagadas, total e completamente, todas as tentativas e entregar a iniciativa na regeneração aos homens. Novamente, homens mortos não cooperam com a graça. A menos que a regeneração ocorra primeiro, não há possibilidade de fé.

Isso não diz nada de diferente do que Jesus disse a Nicodemus. A menos que um homem nasça de novo primeiro, ele não pode ver ou entrar no reino de Deus. Se nós cremos que a fé precede a regeneração, então nós colocamos nossos pensamentos, e, portanto, nós mesmos, em direta oposição não só aos gigantes da história Cristã, mas também ao ensino de Paulo e do nosso próprio Senhor Jesus Cristo.

(do livro, O Mistério do Espírito Santo, Tyndale House, 1990)

Meu Comentário:

Outras passagens na Bíblia que claramente ensinam que a regeneração precede a fé:

1 João 5:1 - "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é o nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou, ama também ao que dele é nascido.", João 1:13, Rom 9:16

João 6:63,65 "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. E continuou: Por isso vos disse que ninguém pode vir a mim, se pelo Pai lhe não for concedido".

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Fonte: Monergism
Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 18 de Março de 2003.
Via: Monergismo
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