quinta-feira, 31 de maio de 2012

ENTREGA



 
Deixe pra lá! Releve! Perdoe! 
Tenho percebido que essas são palavras difíceis para algumas pessoas, e fáceis para outras. E o que está por trás dessas atitudes me intriga. 
Parece que algumas pessoas têm uma grande capacidade de “deixar pra lá”, de relevar uma ofensa, de esquecer um agravo. É como se não se apegassem às coisas. Na hora da perda, não sofrem muito. Porém, não lutam tanto pelo que acham importante. Sem luta, não há vitória. 
Outras parecem incapazes de abrir mão. Então, tudo o que a vida lhes tira, produz a dor de um assalto, de uma violência.
Entre estas últimas, as que mais me chamam atenção são aquelas que não “abrem mão” de suas razões. Seja em uma simples conversa, que acaba em discussão, seja em uma questão de direito, apegam-se às suas razões até às lágrimas. E se, após muitas lutas, essas coisas lhes são “tomadas”, entram em desespero de morte. 
As pessoas do primeiro grupo sofrem menos, por não se apegarem demasiadamente. Não lutam tanto, não retêm tanto. Não perdem muito, mesmo quando são abusadas.
Entretanto, conheço gente que é capaz de se lembrar de todas as violências sofridas ao longo da vida. Coisas que lhes foram tiradas, batalhas perdidas, conversas encerradas, desconsiderações, injustiças, votos vencidos, estão todos lá, no depósito de passivos, de haveres, aguardando ressarcimento.
Sim, a vida (que acaba assumindo nomes de pessoas) lhes deve. Se algo nunca foi entregue, então lhes foi tomado. Se nunca foi perdoado, ainda é “dívida ativa”. Se nunca foi esquecido, está registrado para oportuna cobrança.
Talvez uma pessoa assim considere aquele que “deixa pra lá” um leviano. E talvez o que releva e esquece considere aquele que não “abre mão” um infeliz briguento. 
Lembro-me de ter “deixado pra lá” direitos de consumidor, só para não arranjar briga. Porém, lembro-me de ter “pendurado” ofensas, aguardando o pedido de desculpas. Recordo-me de ter dado razão a quem não a tinha, para preservar a amizade, e de ter “aberto mão” da amizade por não achar justo “deixar barato”.
Certa vez, deparei-me com uma frase usada em um curso para noivos: “O que você prefere: ter razão ou ser feliz?” -- como que a dizer que, se eu quisesse ter sempre razão, seria infeliz! Será que essa pergunta não nos ajudaria a definir melhor a qual grupo pertencemos?
Eu confesso: naquele exato momento me descobri preferindo ter razão. E argumentei para mim mesmo que a felicidade, à custa do que é certo, não vale a pena. Senti-me como a formiga invejosa, criticando a alegria “irresponsável” da cigarra.
Nesse momento, ouvi a palavra de Paulo aos coríntios conflagrados: “[...] por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?” (1Co 6.7).
Ocorre-me então que talvez a atitude correta não seja o “deixar pra lá”, mas a entrega. Em vez de esquecer, entrego meus direitos, bens e razões ao reto Juiz. Assim, as coisas não ficarão sem consequência, sem julgamento, sem resposta. Contudo, estarei “deixando pra lá”, em um ato de fé, para ser feliz.
Imagino que, por esse caminho, Deus me acrescentará o orar pelos meus inimigos e me alegrará ao vê-los abençoados.

Autor de Fábrica de MissionáriosLouvor, Adoração e LiturgiaMeta-HistóriaIcabode,Excelentíssimos Senhores Igreja & Sociedade, Rubem Martins Amorese é consultor legislativo no Senado Federal e presbítero na Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília. Foi professor na Faculdade Teológica Batista de Brasília (FTBB) por vinte anos e presidente do Diretório Regional – DF da Sociedade Bíblica do Brasil. Foi diretor de informática no Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal (PRODASEN) e integrou a Comissão de Inquérito que desvendou a violação do painel eletrônico do Senado Federal

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Repercute em Garanhuns morte do Pr. Ezequiel Santos



Pr. Ezequiel Santos - 1961 + 2012

Faleceu hoje pela manhã, por volta das 7h, o pastor Ezequiel Santos, da 4ª Igreja Presbiteriana. Muito querido, seu facebook está repleto de mensagens de seus amigos e fiéis.

Casado com Marli Dantas e pai de duas filhas, Ezequiel já se encontrava doente, e sua morte causa comoção entre as pessoas pelas quais sempre tratava com muito carinho.

LUTO! O Pastor Ezequiel é uma dessas pessoas que aparecem a cada mil anos para deixar um legado de ensinamentos e exemplo de ser humano e cristão.
Deus o recebe em sua Glória. Ele para mim foi um Pastor, pai especial, educador, dedicado a todos do seu rebanho, está com nosso Deus e Pai, e certamente jamais será esquecido.
QUANTAS SAUDADES!
Que Deus conforte e console sua família.
Nós nos encontraremos um dia Pastor Querido!
Sidcley Moretson
Fonte:blogdoronaldocesar

OS MODELOS DE GOVERNO ECLESIÁSTICO, SUAS VANTAGENS E DIFICULDADES PRÁTICAS


Sinteticamente podemos dizer que existem três formas de Governo Eclesiástico. Provavelmente sua igreja é governada por uma delas. São elas:


a) a) Episcopal: Essa forma de governo é caracterizada por ter um "Líder Maior", geralmente chamado de Epíscopo, Papa, Bispo, Pastor Presidente e até Apóstolo, que governa todos os outros líderes e demais membros da igreja. É ele quem toma todas as decisões. Ou seja, “Um” governa a “Todos” (Igreja Episcopal, Universal, Católica, Assembléia de Deus e a maioria das igreja neopentecostais);


b) b) Congregacional – A principal característica dessa forma de governo eclesiástico é a participação de toda a congregação na tomada de decisões. Nada é decidido sem que antes tenha a aprovação da Assembléia de membros da igreja. Ou seja, "Todos" governam (Igreja Batista, Congregacional etc.);


c) Presbiterial ou representativo – Nesse Regime de governo"Alguns" são eleitos para governar a "Todos" (Igreja Presbiteriana).

Cremos ser a última forma de governo eclesiástico (letra c) a que mais se aproxima do modelo bíblico. É o governo do povo por meio de representantes por ele escolhido; um governo republicano. Calvino, em sua interpretação das Escrituras sobre esse assunto, considera também ser o governo representativo aquele que foi ensinado pelos apóstolos para a organização da Igreja de Cristo. Na Bíblia, podemos encontrar facilmente os princípios norteadores e constituintes dessa forma de governo eclesiástico: 1. O presbiterato bíblico e reformado

Os primórdios do presbiterato são muito antigos na tradição judaico-cristã. Os primeiros presbíteros foram os anciãos, mencionados muitas vezes no Antigo Testamento a começar da época do Êxodo. Eram os representantes do povo, sendo por isso mesmo denominados “anciãos de Israel” (Êx 3.16), “anciãos do povo” (Êx 19.7) e “anciãos da congregação” (Lv 4.15). Eles exerciam importantes funções de liderança e participaram dos eventos mais significativos da história de Israel, sendo escolhidos por sua sabedoria, maturidade e discernimento. Deviam proteger o povo, exercer disciplina, fazer cumprir a lei de Deus e administrar a justiça. Esses anciãos judeus serviram de modelo para os presbíteros cristãos.

As primeiras igrejas do Novo Testamento logo começaram a ser governadas por presbíteros eleitos pelas comunidades. No livro de Atos dos Apóstolos, nós os vemos administrando recursos materiais, julgando questões doutrinárias e resolvendo conflitos. Atos 14.23 é a primeira passagem que fala sobre a instituição do presbiterato em igrejas locais. Fica claro que o apóstolo Paulo seguia essa prática nas igrejas que estavam sob sua responsabilidade (Tt 1.5). Na valiosa passagem de Atos 20.17-35, os presbíteros são instruídos acerca do significado e das atribuições do seu nobre ofício. A grande relevância do presbiterato cristão também é ressaltada em textos como 1 Timóteo 3.1-7 e 1 Pedro 5.1-4.

A Reforma Protestante restaurou o presbiterato cristão ao seu modelo bíblico original. Isso aconteceu de modo especial na Reforma Suíça ou Movimento Reformado, cujos líderes iniciais foram Ulrico Zuínglio e João Calvino. No princípio, os presbíteros tinham funções quase que exclusivamente disciplinares, mas aos poucos surgiu um entendimento mais abrangente do seu ofício, para incluir responsabilidades administrativas e pastorais. Influenciado pelo colega mais velho Martin Bucer, Calvino propôs quatro tipos de oficiais para as igrejas reformadas: pastores, mestres, presbíteros e diáconos. Com pequenas diferenças, esse modelo (com os pastores concentrando também a função de mestres) foi adotado por todas as igrejas reformadas através da Europa, principalmente na França, Holanda e Escócia.

Forma de Governo Eclesiástico Presbiterial (1645), um dos documentos aprovados pela Assembléia de Westminster, declarou o seguinte: “Como havia na igreja judaica anciãos do povo unidos aos sacerdotes e aos levitas no governo da igreja, assim Cristo, que instituiu o governo e líderes na igreja, supriu alguns em sua igreja, além dos ministros da Palavra, com dons de governo e com o encargo de exercê-los quando para isso chamados, os quais devem associar-se ao ministro no governo da igreja, oficiais esses que as igrejas reformadas geralmente denominam presbíteros”. Ver também a Confissão de Fé de Westminster, 31.1. As igrejas presbiterianas norte-americanas adotaram desde o início o presbiterato, levando-o para os países onde realizaram trabalho missionário, como o Brasil. Ao criar-se o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil (1888), foi adotado o Livro de Ordem da Igreja do Sul dosEstados Unidos (PCUS), com sua forte ênfase no ofício presbiterial.Atos. 11: 30; 14: 23; 15: 2, 4, 6, 22; Tito 1: 5.

Apesar do exposto acima, nossa intenção é demonstrar, de forma prática, despretensiosa e sem a (talvez) necessária preocupação hermenêutica, os pontos positivos e negativos de cada forma de governo eclesiástico. Contudo, principalmente em relação à forma de governo que entendemos ser a mais aproximada do modelo bíblico, os pontos negativos, não estão, necessariamente, relacionados à falhas do próprio sistema de governo e sim daqueles que o adotam. Mas que elas existem, existem. Comecemos na mesma ordem:

Governo Episcopal:

Pontos positivos: Esse talvez seja o modelo de governo que dê mais agilidade à igreja. Tudo só depende da aprovação de uma pessoa. Por exemplo: a reforma do prédio do departamento infantil da igreja. O Epíscopo decide fazer, quem vai fazer e o que vai ser feito. Tudo é resolvido de forma rápida e ágil. A igreja é muito beneficiada neste sentido. Os casos de disciplina eclesiástica também são rapidamente resolvidos trazendo a devida ordem à comunidade.

Pontos negativos: É desnecessário dizer que a concentração de poder na mão de uma única pessoa é algo muito perigoso. Os erros desse Epíscopo podem desviar para sempre sua igreja e como não há uma autoridade superior ninguém pode impedir essa derrocada. As escolhas das prioridades, dos materiais e das pessoas a serem contratadas podem ter critérios não muito corretos, em caso de desvio de conduta pessoal do Epíscopo e não haverá ninguém para lhe dizer um basta. Nos casos de injustiças na aplicação da disciplina eclesiástica o membro da igreja ficará sempre prejudicado, não tendo a quem recorrer. Esse modelo também dá margem a perseguições de possíveis oponentes, ainda que esses estejam com a razão, bem como a beneficiamento e falta de disciplina para aliados. Todos esses problemas são decorrentes do poder absoluto que o Epíscopo ou líder tem.

Governo Congregacional:
Pontos positivos: Uma das principais vantagens dessa forma de governo eclesiástico é que ninguém pode reclamar por não ter sido consultado ou ainda ouvido. Todos os membros têm direito a voto e a opinar sobre os mais diversos da igreja. Usando o mesmo exemplo da a reforma do prédio do departamento infantil da igreja, todos podem opinar sobre a necessidade dessa reforma, sobre as pessoas a serem contratadas e até sobre o material a ser utilizado. Ninguém pode dizer depois que não sabia ou que não foi ouvido. Isso acaba diminuindo bastante o grau de insatisfação da cumunidade.

Pontos negativos: Em qualquer igreja há pessoas maduras e pessoas imaturas. Essa é uma das maiores dificuldades desse regime de governo eclesiástico. Num caso de disciplina eclesiástica, por exemplo, além do constrangimento do membro faltoso ser apresentado diante de toda a congregação, ainda corre gravíssimo risco de ter sua situação emocional e espiritual agravada por conta das perguntas e das abordagens dos possíveis desafetos e dos membros que ainda não sabem lhe dar com esse tipo de situação. É algo realmente extremamente constrangedor. A morosidade na tomada de decisão também é um fator complicador, tendo em vista que depende da quantidade de membros presentes e da votação da maioria para aprovar um projeto. Diante disso, muitas igrejas Batistas, por exemplo, estão assumindo uma prática que descaracteriza por completo o regime congregacional: estão criando uma espécie de conselho para tratar de alguns assuntos antes mesmo de ser levado à assembléia dos membros, não sendo raras as vezes quando chegam com a decisão tomada esperando apenas a aprovação de todos.

Governo Presbiterial ou Representativo:
Pontos positivos: Esse regime de governo eclesiástico está tanto livre dos perigos que se apresentam quando o poder está concentrado nas mãos apenas de uma pessoa quanto da participação e decisão de pessoas imaturas que ainda não estão em condições de traças os rumos da igreja. Ele pressupõe que os homens mais preparados da igreja são eleitos por todos os membros, em assembléia extraordinária, para governá-la. A igreja é autônoma e livre para escolher seus representantes, baseada nas condições pré-estabelecidas na bíblia para a ordenação de um presbítero. O conselho da igreja, em casos de disciplina eclesiástica, via de regras, tem condições de tratar o faltoso e aplicar-lhe a pena necessária para trazê-lo de volta aos caminhos da palavra de Deus. Em caso de disciplina aplicada fora dos preceitos bíblicos ou ainda por alguma espécie de perseguição, o membro que se sentir prejudicado poderá apelar para o "tribunal eclesiástico" imediatamente superior (geralmente são três instâncias superiores de apelação). Isso diminui bastante a possibilidade das injustiças e erros.


Pontos negativos: Como a congregação não participa das decisões de forma ativa, isso acaba dando margem para críticas às decisões do conselho.Outro ponto negativo é a morosidade com que os processos se desenrolam. Utilizando o mesmo exemplo da reforma do prédio do departamento infantil da igreja, uma obra que poderia ser relativamente rápida pode durar duas ou três vezes mais tempo para ser concluída. Começando pela discussão de como será feita a obra, os materiais utilizados e quem vai executá-la até a disposição da verba para a realização dos projetos. Em muitas vezes decisões como essas não saem antes de duas ou três reuniões do conselho. A própria dificuldade de reunião dos presbíteros atrasa muitos processos necessários ao bom andamento da igreja. Os presbíteros não são obreiros exclusivos da igreja, todos têm seus trabalhos seculares, famílias e dificuldades particulares. Além disso, o pastor, que é também é um presbítero (docente) e que, geralmente, se dedica em tempo integral à igreja (pelo menos deveria), não pode tomar decisões sozinho. Basta faltar um número considerável de presbíteros (geralmente cada igreja possui de 02 a 10 presbíteros) para a reunião não acontecer. Isso gera muito atraso nos projetos da igreja, dando, muitas vezes, uma impressão de desgoverno e abandono da igreja, uma vez que somente esses presbíteros podem decidir os rumos a serem tomados e não o fazem, muitas vezes, com a agilidade necessária.

Outra dificuldade prática desse sistema de governo é que nem sempre são eleitos presbíteros homens conhecedores da palavra e das doutrinas basilares ensinadas pela Igreja Presbiteriana. Geralmente são oficiais leigos, isto é, sem formação teológica alguma. Mas esse não é o maior problema. Isso não impediria desse oficial estudar e conhecer a bíblia e as principais sistematizações doutrinárias de sua igreja, como, aliás, muitos fazem. Outros tantos, porém, não se interessam pelo estudo doutrinário, assumindo a postura do senso comem que afirma ser "importante a bíblia e não teologia", esquecendo que qualquer afirmação acerca da bíblia é, necessariamente, uma interpretação teológica. Por conta disso, muitas igrejas Presbiterianas locais acabam se descaracterizando, e, com isso, tornando-se mais parecidas com muitas igrejas neorenovadas e neopentecostais que com uma genuína igreja Presbiteriana, propriamente dita. Além disso, essa falta de conhecimento dos presbíteros torna esses oficiais presas fáceis para pastores que parecem ter vocação para o governo episcopal e simpatia por práticas neopentecostais. Muitas desses pastores acabam manipulando os presbíteros, não raras as vezes, em benefício próprio. Não é interessante, para muitos pastores, a presença no conselho de presbíteros conhecedores da bíblia, dos símbolos de fé e da constituição da igreja. Por conta disso, o governo presbiteriano, de algumas igrejas locais, fica extremamente prejudicado, estando mais próximo a um governo episcopal, onde tudo é decidido pelo pastor, que presbiterial. Outras vezes, para fugir das possíveis críticas, alguns conselhos, por pura falta de conhecimento, acabam levando assuntos que seriam de sua exclusiva competência, para a igreja, em assembléia, se pronunciar e até votar decidindo sobre o fato, igualmente descaracterizando o sistema de governo representativo.

Postado por Filósofo Calvinista

terça-feira, 29 de maio de 2012

Evangélicos que querem tchú, que querem tchá


Por Renato Vargens


As redes sociais quando utilizadas da forma certa são bênçãos de Deus. Através delas conhecemos pessoas, fazemos amigos, e interagimos uns com os ostros. No entanto, as redes sociais quando utilizadas de forma errada contribuem para o enburrecimento do individuo. Além disso as redes sociais nos fazem sair de guetos levando-nos a um mundo bem absolutamente diferente do nosso. Nessa perspectiva, jovens e adolecentes tem se deixado influenciar por conceitos extremamente antibíblicos onde o que importa não é a glória de Deus, mas sim a satisfação pessoal.

Há pouco testemunhei tanto no twitter como no Facebook, jovens cristãos afirmando: "Eu quero tchu 

Veja abaixo por favor a letra dessa famigerada canção:

"Eu quero tchu, eu quero tcha
Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha
Tchu tcha tcha tchu tchu tcha (2x)

Cheguei na balada, doidinho pra biritar,
A galera tá no clima, todo mundo quer dançar,
O Neymar me chamou, e disse "faz um tchu tcha tcha",
Perguntei o que é isso, ele disse " vou te ensinar".
É uma dança sensual, em goiânia já pegou,
Em minas explodiu, em Santos já bombou,
No nordeste as mina faz, no verão vai pegar,
Então faz o tchu tcha tcha, o Brasil inteiro vai cantar.

Com João Lucas e Marcelo,

Eu quero tchu, eu quero tcha
Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha
Tchu tcha tcha tchu tchu tcha (2x)

Cheguei na balada, doidinho pra biritar,
A galera tá no clima, todo mundo quer dançar,
Uma mina me chamou, e disse "faz um tchu tcha tcha",
Perguntei o que é isso, ela disse " eu vou te ensinar".
É uma dança sensual, em Goiânia já pegou,
Em Minas explodiu, em Tocantins já bombou,
No nordeste as mina faz, no verão vai pegar,
Então faz o tchu tcha tcha, o Brasil inteiro vai cantar.

Com João Lucas e Marcelo,

Eu quero tchu, eu quero tcha
Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha
Tchu tcha tcha tchu tchu tcha (2x)

Eu quero tchu, eu quero tcha
Eu quero tchu tcha tcha tchu tchu tcha
Tchu tcha tcha tchu tchu tcha (2x)"

Caro leitor, será que foi isso mesmo que li?  Cheguei na balada doidinho para biritar? É uma dança sensual? Eu quero tchu eu quero tchá?

Quando ouvi a canção acima fique profundamente preocupado com os rumos desta geração. Sou obrigado a confessar que tenho andado assustado com o incentivo à promiscuidade e sensualidade em nosso país. Compartilho também a minha aflição com o nível de devocionalidade e compromisso cristão de nossos jovens. Infelizmente, essa geração em nome de uma pseudoliberdade vem ao longo dos anos procurando compor no mesmo projeto de vida, Deus e imoralidade. E para piorar, em nome de uma espiritualidade barata, a graça de Deus tem sido relativizada em detrimento de uma vida promiscua e irresponsável.

Do jeito que a coisa anda daqui a pouco ouviremos a versão gospel do Quero tchu eu quero tchá!

Pois é, nossos jovens precisam URGENTEMENTE abrir os olhos. Isto porque, da mesma forma que não dá para misturar óleo e água no mesmo recipiente, não nos é possível, fazer parte da geração tchu, tchu, tchá tchá ou da geração dos comprometidos com Deus. Ou somos de Deus, e vivemos uma vida santa e separada por ele, ou não somos dele. Vale a pena dizer que na perspectiva do reino não existe possibilidade do meio termo.

Amados, seguir a Jesus é o melhor e mais fascinante projeto de vida. Fazer parte da Santa geração é tudo de bom. Deixe pra lá os valores da geração adoecida espiritualmente e desfrute de momentos harmônicos, plenos e saudáveis na presença do Senhor.

Soli Deo Gloria!

Pr. Renato Vargens

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Três lições para o caminho de discipulado



“Use sua imaginação”, nos disse o guia, ao passar pela “porta sem volta” (“door of no return”) no Castelo da Costa do Cabo (“Cape Coast Castle”) em Gana, na África Ocidental. “Busque pensar no que passava pela cabeça daqueles que saíam daqui para nunca mais regressar à sua terra e família”. 
 
Por ali passaram inúmeros dos milhões de africanos capturados para o trabalho escravo nas Américas. Antes haviam sido armazenados em condições desumanas nos escuros porões de pedra desse castelo mantido ativo pelos britânicos de 1665 a 1807, o principal centro “exportador” que alimentava o tráfico escravo transatlântico.
 
A voz do guia quase sumia quando meu pensamento voava pelas datas indo até os cristãos britânicos daquela época.  Era difícil me concentrar, me mareava sem saber o que pensar caminhando por pequenos e sombrios calabouços onde metiam 200 a 300 pessoas. Amontoados e rebaixados à degradação, seres humanos feitos à imagem de Deus, o mesmo Criador em quem professava sua fé a maioria dos habitantes da nação responsável por administrar esse centro de horrores.
 
Esse havia sido meu dia “livre”, de “passeio”. Mais tarde, regressei à consulta em que participava com muitas perguntas, um tanto quanto incomodado e perturbado. O encontro com trinta representantes de todas as regiões do mundo era para discutir como deve se dar a formação de estudantes e profissionais para que sejam fiéis ao Senhor e relevantes em sua geração. Voltei então às minhas notas e separei três frases que escutei durante a consulta e que me ajudaram a delinear agendas para o caminho adiante.
 
1. “Nosso principal objetivo é investir em pessoas”. Foi a frase que recordo ter escutado bem ao início do encontro, a primeira que escrevi em meu caderno. Daniel Bourdanné, o atual líder da equipe internacional da comunidade (IFES, International Fellowship of Evangelical Students) que congrega mais de 150 movimentos estudantis cristãos em todo o mundo, como a ABU (Aliança Bíblica Universitária) no Brasil.
 
Prédios, livros, currículos, programas, somente possuem sentido se houver um foco na transformação integral da pessoa. Não basta só enfocar o desenvolvimento de sua capacidade intelectual ou a quantidade de conteúdo que dominará. Ou ajudamos a formar discípulos que são integralmente transformados e agentes de mudança ou então de nada serve o esforço. Cada processo de formação tem que ser pessoal, preocupado com o caráter, com as relações e com a conexão do indivíduo e sua comunidade com o seu mundo.
 
2. “Recuso que a vilania seja necessária”. Foi um privilégio ter o missiólogo Andrew Walls, do alto de 80 anos de vida e experiência, contando em prosa fácil as lições da história da igreja, na África, na China e também de sua terra natal, o Reino Unido. Daí essa sua frase acima, uma citação de John Wesley (“Pensamentos sobre a escravidão”, de 1774).
 
O tráfico de seres humanos era altamente rentável no século 18.  Assim como os motores da economia que hoje produzem o aquecimento global (para o caso de ser um dos céticos no tema, pense pelo menos na exploração indevida e na destruição dos recursos naturais do mundo que deixam como legado um mundo bem pior para as futuras gerações). Ou ainda como a lucrativa exploração sexual de mulheres, de imigrantes não documentados e de crianças. Rentável como os negócios dos senhores das drogas ou dos mestres das especulações financeiras que na atualidade desempregam a milhões e deixam a outros bilhões excluídos do sistema.
 
Que fazemos com a vilania? Consultas, como a que eu estive, para “discutir” o assunto? Claro que nada de errado há com as reuniões, mas algo está muito mal quando gente morre nos porões dos castelos contemporâneos de escravidão, passando por portas muitas vezes sem volta, sem que nos preocupemos, oremos e nos mobilizemos em obediência missionária transformadora.
 
3. “Alimentamos-nos da história ao caminhar para o futuro”. Quando ouvi Pete Lowman (esse estimado irmão que já escreveu um livro sobre a história do movimento estudantil cristão no mundo) dizer essa frase, tomei a resolução de buscar aprender mais com os erros e os acertos do passado. Não para grudar, nostálgico, no retrovisor, nem para ler acriticamente ou ingenuamente a história. Mas para reconhecer que cada geração tem os seus problemas e precisamos aprender em comunidade a responder aos desafios dessa que nos cabe viver. Carecemos do trabalho precioso dos historiadores ao examinar o passado! Necessitamos da sensibilidade e coragem dos profetas para os passos que damos no presente, aqueles que seguramente determinarão o nosso futuro.
 
Sem aprender do passado me torno arrogante, sem obediência no presente me torno negligente e sem enfrentar o futuro me torno irrelevante. Essas são portas perigosas, a arrogância, a negligência, a irrelevância, quase sem retorno. Outra vez ouço o convite daquele guia: “use sua imaginação”. Uso-a agora para sonhar que voltamos à Palavra de Deus com humildade, diligência e antenados com o nosso tempo. Para que em comunidade saibamos formar os discípulos e discípulas de Jesus que no mundo de hoje serão relevantes em missão.


É casado com Ruth e pai de Ana Júlia e Carolina. Eles são missionários brasileiros entre estudantes universitários no Uruguai.
Fonte:ultimatoonline

sábado, 26 de maio de 2012

Cristãos indígenas lutam por seus direitos na Colômbia


Um total de 37 famílias indígenas cristãs, incluindo cerca de 90 crianças, foram expulsas da reserva indígena Montecruz, no município de Paez, em 6 de abril. Dois dias depois, foi dado o prazo de 48 horas para mais 42 famílias cristãs evacuarem suas casas localizadas em Paez, Iza, Corinto, Toribio e nas reservas Tacueyo.
De acordo com o pastor Rogelio Yonda, representante legal da Associação Cristã de Autoridades Tradicionais Indígenas (OPIC), os ataques recentes contra as comunidades cristãs indígenas estão ligadas aos esforços de lideranças indígenas de conseguir recursos financeiros e desenvolvimento na saúde, educação e outros projetos para suas comunidades.
Por mais de uma década, os conselhos municipais indígenas perseguiram sistemáticamente seus membros tribais que abandonaram as crenças tradicionais e escolheram seguir a Cristo. Em muitos casos, esses líderes têm agido em parceria as FARC que operam em toda a região de Cauca.
Quatro grupos indígenas foram identificados participando de uma "Marcha Patriótica" em Bogotá em 23 de abril para cobrar do governo a entrega das receitas locais de sua região ao controle indígena.
O surto desses novos deslocamentos em Cauca refletiu em frequentes conflitos entre os inúmeros povos indígenas da Colômbia, muitos localizados em regiões remotas sob controle virtual da guerrilha.
Ao longo das últimas duas décadas, pelo menos, cinco cristãos indígenas foram mortos, dois injustamente condenados a 20 anos de prisão, mais de 50 presos temporariamente, 80 famílias ficaram sem condições mínimas arcar com suas despesas, 73 professores foram demitidos sem pagamento e 16 escolas ficaram sem aulas . Além de ameaças, abuso físico e verbal constante, os cristãos indígenas foram excluídos de seus direitos constitucionais à educação e saúde.
Em janeiro de 2000, 15 famílias cristãs na comunidade Arhuacos de Palestina, no norte da Colômbia, foram  forçadas a deixar todos os seus pertences para trás quando os líderes religiosos e civis concordaram com os guerrilheiros locais para expulsar todos os cristãos que viviam ali.
Uma vez desabrigados, os cristãos indígenas têm visto as suas necessidades básicas seriamente afetadas. Várias das 46 famílias Arhuaco que foram expulsas da cidade de Valledupar,tiveram os seus serviços básicos negados, tais como saúde e educação.
Quando questionadas, as autoridades civis disseram que eles não preservaram os elementos representativos de suas antigas tradições indígenas, logo, que não podiam mais serem reconhecidos como parte dos povos indígenas.
Mas a aliança entre os guerrilheiros eo movimento indígena da região Cauca é supostamente ainda mais forte. De acordo com Ana Silvia Secue, uma educadora cristã indígena, as FARC estão envolvidas com o Conselho Indígena de Cauca (CRIC) desde a sua criação.
Em 30 de abril, o Pastor Yonda e Ana Silvia Secue assumiram a liderança da OPIC e abriram uma queixa perante o Tribunal Constitucional Nacional, reivindicando a defesa e proteção dos direitos dos cristãos indígenas do Cauca. A ação judicial é movida contra Jesus Javier Chavez, presidente do Conselho Regional Indígena de Cauca (CRIC), e protesta contra os constantes ataques do conselho municipal indígena que expulsou 79 famílias cristãs de suas casas e as excluiu de seus direitos cívis básicos.
Pedidos de oração
• Por favor, orem pela proteção espiritual, emocional e física dos cristãos indígenas da Colômbia que passam por essa dificil situação. Ore para que eles continuem a compartilhar o Evangelho em suas comunidades.
• Por favor, orem por sabedoria e a coragem para Rogelio Yonda, Silvia Ana Secue e outros membros da OPIC sobre como prosseguir com este processo legal.
• Peça a Deus que mesmo em meio à perseguição, os cristãos indígenas possam testemunhar do amor e perdão de Deus a seus agressores.
FontePortas Abertas
TraduçãoMarcelo Peixoto

A BELEZA DOS JOELHOS DOBRADOS


Deus criou o ser humano ereto, mas ele precisa aprender a se curvar, sobretudo, diante do Criador e diante de seu semelhante. Ele não tem facilidade para fazer isso. Em vez disso, ele é naturalmente resistente a qualquer curvatura. Uma das acusações feitas por Deus a Israel era a de que “os tendões de seu pescoço eram de ferro, a sua testa era de bronze” (Is 48.4; Êx 32.9). Essa criatura incurvável não se dobra, não se ajoelha, não coloca o rosto no mesmo lugar onde estão os seus pés. Ela é dura, teimosa, orgulhosa e obstinada.

O ser humano precisa descobrir a beleza dos joelhos. Eles substituem os pés na prática da oração. Quando dobrados, os joelhos diminuem a altura do que ora e aumenta a altura daquele a quem se ora. É uma reverência aceita por Deus que pode facilitar a oração e a comunhão com ele, desde que o espírito também esteja dobrado.

Pessoas extremamente necessitadas aproximavam-se de Jesus e punham-se de joelhos diante dele para suplicar a graça desejada. É o caso do leproso que pediu ao Senhor: “Se quiseres, podes purificar-me” (Mc 1.40); do pai do garoto epilético que suplicou: “Senhor, tem misericórdia do meu filho [pois] ele tem ataques e está sofrendo muito” (Mt 17.14-15); e também do jovem rico que se ajoelhou em plena rua e perguntou: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (Mc 10.17).

Precisamos voltar aos joelhos. Para orar, vários personagens da Bíblia punham-se de joelhos. Na dedicação do templo de Jerusalém, “Salomão ficou em pé na plataforma e depois ajoelhou-se diante de toda a assembleia de Israel, levantou as mãos para o céu e orou” (2Cr 6.13). O escriba Esdras nos conta que “na hora do sacrifício da tarde, eu saí do meu abatimento, com a túnica e o manto rasgados, e caí de joelhos com as mãos estendidas para o Senhor, o meu Deus, e orei” (Ed 9.5). No caso do profeta Daniel, lê-se que a mão de alguém o colocou sobre as suas próprias mãos e joelhos, indicando uma curvatura maior (Dn 10.10). Pouco antes de morrer apedrejado, Estêvão caiu de joelhos e bradou: “Senhor não os considere culpados deste pecado” (At 7.60).

Em Mileto, Paulo mandou chamar os presbíteros da igreja de Éfeso e, depois de os entregar a Deus, “ajoelhou-se com todos eles e orou” (At 20.36). Cena ainda mais bela aconteceu pouco depois, na cidade de Tiro, a caminho de Jerusalém. Os cristãos da cidade, suas esposas e seus filhos acompanharam Paulo até a praia e todos se ajoelharam para orar, antes de o apóstolo embarcar no navio (At 21.5). Na Epístola escrita aos efésios, o mesmo Paulo revela: “Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai” e oro para que “ele os fortaleça com poder, por meio do seu Espírito” (Ef 3.14-16).

Passagem curiosa é quando Elias “subiu o alto do Carmelo, dobrou-se até o chão e pôs o rosto entre os joelhos”. Com a cabeça, o peito e o ventre totalmente dobrados em cima dos joelhos, o profeta pediu chuva e ela veio (1Rs 18.42; Tg 5.18).

Na agonia do Getsêmani, Jesus “se afastou [dos discípulos] a uma pequena distância [de mais ou menos trinta metros], ajoelhou-se e começou a orar” (Lc 22.41). Na versão de Mateus, o Senhor “prostrou-se com o rosto em terra e orou” (Mt 26.39).

No que diz respeito à arte da oração e da adoração, os joelhos estão ociosos. Eles foram feitos também para se dobrarem diante do Todo-poderoso. Daí o convite: “Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador” (Sl 95.6). Precisamos aprender a fazer isso para que, na plenitude da salvação, “ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fp 2.10-11).
Fonte:Revista Ultimato

sexta-feira, 25 de maio de 2012

UNIÃO GAY É APROVADA NO SENADO DEBAIXO DO NARIZ DA BANCADA EVANGÉLICA


Julio Severo

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado aprovou nesta quinta-feira (24) um projeto de lei que modifica o Código Civil para mudar a entidade familiar para união de “duas pessoas”, desfazendo a união entre “homem e mulher”.
No ano passado, o Supremo Tribunal Federal, numa atitude ousada, violou a Constituição ao igualmente desfazer o conceito consagrado de união entre “homem e mulher” e ao estabelecer, em nome de distorcidos direitos humanos e uma distorcida dignidade humana, a união entre indivíduos de mesmo sexo.
A Constituição teve de se prostrar à vontade ideológica dos ministros do STF em prol de supremacistas gays.
O projeto de Marta Suplicy veio como um reforço para garantir a vitória dos supremacistas gays no STF.  “Além de trazer segurança jurídica à decisão do STF, o projeto dá um passo adiante permitindo a conversão da união homoafetiva em casamento”, comemorou a senadora do PT. “Muito me emociona ver o Senado, pela primeira vez em 186 anos de história, aprovar um projeto dessa natureza. Sem dúvida é um dia histórico para a luta pelos direitos de LGBTs”, afirmou.
Marta Suplicy: mais um golpe contra a família natural
O maior estímulo para Suplicy foi a declaração recente do presidente americano Barack Obama apoiando o “casamento” gay. Não é a primeira vez que ela recebe estímulo da nação americana. Seu treinamento em universidades americanas, nas décadas de 1960 e 1970, foi um importante alicerce para seu radical ativismo sexual nas décadas seguintes. Portanto, sua conduta de incansável promotora de anormalidades sexuais não é surpresa.
O que é surpresa é que dois membros evangélicos da Comissão do Senado que aprovou a mutilação do Código Civil em favor da ideologia gay não estavam presentes nem para votar nem para fazer frente à mutilação.
Os senadores Magno Malta e Eduardo Lopes, que fazem parte da chamada Bancada da Família no Congresso Nacional, estavam ausentes da votação.
O Partido Social Cristão, que usa os horários eleitorais para defender os valores cristãos, tem um membro na Comissão, o senador Eduardo Amorim. Mas o senador social cristão votou a favor do projeto de Suplicy.
Magno Malta tem anos de experiência com o PLC 122 e as jogadas do PT para puxar o tapete da oposição. Do PT ele sabe que só pode esperar golpes baixos e enganações. Portanto, onde estava a assessoria dele para lhe avisar do que Suplicy faria na quinta-feira?
Se a desculpa de Malta é que sua assessoria é incompetente, então demita-a, e contrate outra com melhor qualificação.
E as desculpas dos outros senadores?
Suplicy está comemorando sua vitória e animadíssima em sua causa homossexualista, graças ao mau exemplo de Obama.
Contudo, onde está o ânimo dos parlamentares cristãos? Onde estão eles enquanto Suplicy está comemorando?
Resta saber o que o que está acontecendo com os senadores cristãos que passam suas campanhas eleitorais apregoando defesa à família e se ausentam de uma votação importante onde a rainha dos supremacistas gays desfere mais um golpe mortal na sagrada instituição do casamento.
Com informações do Holofote.

PROGRESSISTAS, REACIONÁRIOS, HISTERIA E A LONGA MARCHA GRAMSCIANAA




Por que a esquerda sempre faz uma oposição histérica a toda e qualquer ínfima medida ou iniciativa que seja por ela tida como "antiprogressista" ou, pior ainda, "reacionária"? Seja no quesito aborto, no quesito dos "direitos" dos homossexuais ("direitos", no linguajar esquerdista, nada mais são do que deveres impingidos aos pagadores de impostos), nos privilégios raciais e sindicais, no feminismo, no desarmamento e até mesmo em tímidas propostas de reformas assistencialistas, a esquerda progressista sempre reage com um furor frenético contra qualquer pessoa — seja político, comentarista político ou apenas alguém da mídia alternativa — que se atreva a fazer algo que leve a um pequeno recuo destes sagrados esquemas socialistas.

O frenesi progressista que vem varrendo o mundo começou realmente no final dos anos 1930. Naquela época, vivendo em Nova York, minha família, meus amigos e meus vizinhos, todos esquerdistas, haviam chegado ao paroxismo do medo e da raiva por causa da contrarrevolução de Franco e da iminente derrocada do governo espanhol esquerdista durante a Guerra Civil Espanhola. Superabundavam denúncias e vituperações lacrimosas contra Franco, além de contínuas exortações para que "alguma coisa fosse feita". Houve a criação de organizações especializadas em enviar de tudo para a Espanha, desde leite até armas e soldados. Era a "Brigada Internacional", criada para defender a esquerda espanhola (alcunhada de "Legalistas" pelo sempre simpatizante The New York Times e por outros veículos da mídia "respeitável").

Vale enfatizar que estas pessoas jamais — nem antes e nem durante — haviam demonstrado qualquer tipo de interesse pela história, cultura ou política espanhola. Logo, por que repentinamente passaram a se preocupar com o país? O historiador esquerdista Allen Guttman chegou até a documentar e celebrar esta histeria em relação à Espanha em seu livro A Ferida no Coração (o título já diz tudo). Certa vez perguntei ao meu amigo Frank S. Meyer, que havia sido um proeminente comunista americano, a respeito deste enigma. Ele deu de ombros: "Nós [os comunistas] nunca conseguimos entender o porquê. Mas tiramos proveito do sentimentalismo progressista da questão".

A explicação ortodoxa dos historiadores é que os esquerdistas da época — cujo quartel-general, a fonte de financiamento, estava nos EUA — estavam especialmente temerosos quanto à "ameaça do fascismo", e defendiam freneticamente a esquerda espanhola porque viam a Guerra Civil daquele país como um prenúncio de uma inevitável Segunda Guerra Mundial. Mas o problema com esta explicação é que, embora a esquerda progressista houvesse defendido entusiasmadamente a "boa" Guerra contra o Eixo, ela nunca realmente arregimentou a mesma emotividade, a mesma exaltação, o mesmo furor que demonstrava em relação a Franco contra Hitler, por exemplo.

Então, qual a verdadeira explicação para a atual postura da esquerda em relação a temas cultural e economicamente progressistas?

Creio que uma pista pode ser encontrada na mini-histeria que a esquerda demonstrou a respeito da contrarrevolução ocorrida contra o regime esquerdista da Salvador Allende no Chile, uma contrarrevolução que colocou o General Augusto Pinochet no poder. A esquerda, até hoje, ainda não perdoou a direita chilena e a CIA por este golpe. Allende ainda é considerado um mártir querido pela esquerda, e sua filha Isabel, um ícone (embora ainda percam para Che Guevara). Seria esta raiva tão duradoura só porque um regime comunista foi derrubado? Quase, mas ainda longe. Afinal, a esquerda não demonstrougrandes emoções, não demonstrou nenhum desespero, quando os regimes comunistas entraram em colapso na União Soviética e no Leste Europeu.

Logo, sugiro que 'A Resposta' para este mistério é a seguinte: a esquerda é, em sua essência, "progressista", o que significa que ela acredita, à moda marxista ou Whig, que a história consiste em uma 'inevitável marcha ascendente' rumo à luz, rumo à utopia socialista. A esquerda progressista acredita no mito do progresso inevitável; ela acredita que a história está ao seu lado, sempre conspirando a seu favor. Sendo ela formada por social-democratas (mencheviques), primos dos comunistas (bolcheviques) — com quem vivem entre tapas e beijos —, a esquerda progressista possui um objetivo similar ao dos comunistas, mas não idêntico: um estado socialista igualitário, gerido totalmente por burocratas, intelectuais, tecnocratas, "terapeutas" e pela Nova Classe iluminada, geralmente em colaboração com — e sempre sendo apoiada por — credenciados membros de todos os tipos de grupos vitimológicos, aquela gente que se diz perseguida e que vive lutando por "direitos iguais" — sendo que o 'iguais' significa na verdade 'superiores'. Estes grupos são formados por negros, mulheres, gays, deficientes, índios, cegos, surdos, mudos etc.

A esquerda progressista acredita que a história está marchando inexoravelmente rumo a este objetivo. Uma parte vital deste objetivo é a destruição da família tradicional, "burguesa" e composta de pai e mãe, que deve ser substituída por um sistema em que as crianças são criadas e educadas pelo estado e por sua Nova Classe de orientadores, tutores, terapeutas e demais "cuidadores" infantis.

A utópica marcha da história, objetivo dos social-democratas, também é similar à dos comunistas, mas não exatamente a mesma. Para os comunistas, o objetivo era a estatização dos meios de produção, a erradicação da classe capitalista, e a tomada de poder pelo proletariado. Já os social-democratas entenderam ser muito melhor um arranjo em que o estado socialista mantém os capitalistas e uma truncada economia de mercado sob total controle, regulando, restringindo, controlando e submetendo todos os empreendedores às ordens do estado. O objetivo social-democrata não é necessariamente a "guerra de classes", mas sim um tipo de "harmonia de classes", na qual os capitalistas e o mercado são forçados a trabalhar arduamente para o bem da "sociedade" e do parasítico aparato estatal. Os comunistas queriam uma ditadura do partido único, com todos os dissidentes sendo enviados para os gulags. Os social-democratas preferem uma ditadura "branda" — aquilo que Herbert Marcuse, em outro contexto, rotulou de "tolerância repressiva" —, com um sistema bipartidário em que ambos os partidos concordam em relação a todas as questões fundamentais, discordando apenas polidamente acerca de detalhes triviais — "a carga tributária deve ser de 37% ou de 36,2%?".

Liberdade de expressão, de imprensa e de ideias é tolerada pelos social-democratas, mas desde que ela se mantenha dentro de um espectro de opiniões pré-aprovadas. Os social-democratas repelem a brutalidade dos gulags; eles preferem fazer com que os dissidentes padeçam da "suave" e "terapêutica" ditadura do politicamente correto, na qual eles forçosamente têm de aprender as maravilhosas virtudes de ser educado na "dignidade de estilos de vida alternativos", sempre submetidos a um intenso "treinamento de sensibilidade". Em outras palavras, Admirável Mundo Novo em vez de 1984. A "marcha ascendente da democracia" em vez da "ditadura do proletariado".

Também típica é a distinção, nas duas utopias, acerca de como lidar com a religião. Os comunistas, como fanáticos ateístas, tinham o objetivo de abolir por completo a religião. Já os social-democratas preferem uma abordagem mais suave: subverter o cristianismo de modo a fazer com que a religião se torne aliada da social-democracia. Daí a sagaz cooptação da esquerda cristã pelos social-democratas: enfatizando o modernismo entre os católicos e o evangelicalismo esquerdo-pietista entre os protestantes — este último objetivando criar um Reino de Deus na Terra na forma de uma coerciva e igualitária "comunidade de amor".

Trata-se de uma estratégia muito mais astuta: cooptar religiosos em vez de assassinar padres e freiras e confiscar igrejas — esta última feita pelo regime republicano espanhol e por seus partidários trotskistas e anarquistas de esquerda, algo que não gerou absolutamente nenhum grito de protesto por parte de seus devotos defensores progressistas e social-democratas ao redor do mundo.

Esta distinção nos objetivos — totalitarismo brando vs. radical — também é refletida na acentuada diferença entre as estratégias e dos meios utilizados. Os comunistas, ao menos em sua clássica fase leninista, ansiavam por uma revolução violenta e apocalíptica que destruiria o estado capitalista e levaria à ditadura do proletariado. Já os mencheviques — social-democratas ou neoconservadores —, fieis ao seu ideal "democrático", sempre se sentiram um tanto desconfortáveis com a ideia de revolução, preferindo muito mais a "evolução" gradual produzida pelas eleições democráticas. O estado deve ser totalmente aparelhado por intelectuais partidários e simpatizantes, de modo a garantir a continuidade da longa marcha gramsciana da conquista das instituições culturais e sociais do país. Daí a desconsideração pelos gulags e pela revolução armada. Por isso o desaparecimento de seus primos (e concorrentes) bolcheviques não ter sido lamentado pelos social-democratas. Muito pelo contrário: os social-democratas agora detêm o monopólio da marcha "progressista" da história rumo à Utopia.

O que me traz de volta à minha 'Resposta' sobre o porquê da histeria da esquerda progressista: ela se torna histérica sempre que percebe a ameaça de uma pequena reversão na Inevitável Marcha da História. Ela se torna histérica quando visualiza alguns empecilhos e, principalmente, retrocessos nesta sua inexorável marcha, retrocessos estes que sempre são rotulados, obviamente, de "reações". Na visão de mundo tanto de comunistas quanto de social-democratas, a mais alta — desde que "progressista" — moralidade é se mostrar não apenas um defensor, mas também, e principalmente, um entusiasmado fomentador da 'inevitável próxima fase da história'. É ser a "parteira" (na famosa expressão de Marx) desta fase. Da mesma forma, a mais profunda, se não a única, imoralidade é ser "reacionário", ser alguém dedicado a se opor a este inevitável progresso — ou, pior ainda, alguém dedicado a fazer retroceder a maré, a restaurar costumes enraizados, a "atrasar o relógio".

Este é o pior pecado de todos, e ele gera todo este frenesi justamente porque qualquer retrocesso bem-sucedido colocaria em dúvida aquele que é o mais profundo e o mais inquestionavelmente aceito mito "religioso" da esquerda progressista: a ideia de que o progresso histórico rumo à sua Utopia é inevitável.

Trata-se, no mais profundo sentido, de uma guerra não apenas cultural e econômica, mas religiosa. "Religiosa" porque social-democracia/progressismo de esquerda é uma visão de mundo passional, uma "religião" no mais profundo sentido, pois guiada unicamente pela fé: trata-se da ideia de que o inevitável objetivo da história é um mundo perfeito, um mundo socialista igualitário, um Reino de Deus na Terra, seja este deus "panteizado" (sob Hegel e os adeptos do Romantismo) ou ateizado (sob Marx).

Esta é uma visão de mundo em relação à qual não deve haver concessões ou clemência. Ela deve ser contrariada e combatida veementemente, com cada fibra de nosso ser.

Quem vai vencer essa guerra? Não se sabe. De que lado está a maioria da população? Certamente perdida, disponível para quem chegar primeiro. A maioria está confusa, vagando de um lado para o outro, dividida entre visões de mundo conflitantes. Ela pode pender para qualquer lado. Durante suas inúmeras batalhas faccionárias dentro do movimento marxista, Lênin certa vez escreveu que há dois grupos batalhando, cada um formado pela minoria da população, sendo que a maioria está no centro, e é formada justamente pelas pessoas confusas, às quais ele se referiu como O Brejo. A maioria da população hoje está confusa e constitui O Brejo; estas pessoas estão no terreno no qual a maioria das batalhas será disputada. E a metáfora é corretamente militar. A batalha iminente é muito mais ampla e profunda do que apenas discutir alíquotas de impostos. Trata-se de uma batalha de vida e morte pelo formato do nosso futuro. Daí se compreende o frenesi que acomete a esquerda sempre que uma medida "reacionária" parece ser favorecida pela sociedade.

A esquerda progressista não se importa muito com — na verdade, ela até gosta de — pequenos revezamentos de poder: uma década de governos abertamente progressistas, nos quais a agenda esquerdista é avançada, seguida de alguns anos de governo "oposicionista" ou "conservador", no qual há apenas uma consolidação ou simplesmente uma redução na velocidade do avanço. O que ela realmente teme é a perspectiva do conservadorismo se tornar reacionário, no sentido de realmente fazer retroceder alguns ganhos "progressistas". É isso que a apavora. Daí a histeria em relação a Franco e a Pinochet; daí o linchamento de Joe McCarthy, que realmente ameaçou ser bem-sucedido em fazer recuar não apenas os comunistas, mas até mesmo os progressistas e social-democratas. Ameace retroceder "direitos" obtidos por grupos de feministas, de gays, de negros, de desarmamentistas, de funcionários públicos, de sindicalistas ou de qualquer outro do ramo vitimológico, e você verá o que é uma fúria progressista.

Portanto, o combate requer, principalmente, coragem e nervos para não ceder e não se dobrar perante as totalmente previsíveis reações caluniosas e difamantes dos oponentes. Acima de tudo, o objetivo não deve ser o de se tornar querido e bem aceito por progressistas ou pela Mídia Respeitável. Tal postura irá gerar apenas mais rendição, mais derrotas. Igualmente, o objetivo não é apenas o de fazer retroceder o estado leviatã, sua cultura niilista e estas pessoas que querem se apossar do estado e impor sua agenda sobre nós. O objetivo tem de ser a eliminação completa e irreversível deste monstruoso sonho de um Perfeito Mundo Socializado gerido por "pessoas de bem".

Que a reação ocorra, que os "direitos" sejam retrocedidos, que esta gente recue, entre em órbita e finalmente perceba que, na realidade, sua religião é maléfica.


Murray N. Rothbard (1926-1995) foi um decano da Escola Austríaca e o fundador do moderno libertarianismo. Também foi o vice-presidente acadêmico do Ludwig von Mises Institute e do Center for Libertarian Studies.

Postado por Anderson Queiroz A Pena AFiada

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