sábado, 31 de dezembro de 2016

SEIS MANEIRAS DE PARECER PIEDOSO EM 2017


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Por Carl Laferton

Eu sei que estas formas são eficazes porque eu caí, e ainda caio, em todas elas, e preciso orar pois vou lutar contra elas todos os dias de 2017.


1. Regularmente passe o fim de semana fora e vá a uma igreja diferente

Você ainda está indo à igreja todos os domingos. Acontece que nenhuma família da igreja te conhecerá bem o suficiente para ser capaz de desafiá-lo onde e quando for necessário. Estar longe uma vez por mês deve ser o truque, duas vezes irá assegurar isso.

2. Esteja muito ocupado trabalhando no seu ministério para orar ou ler a Bíblia diariamente


Dessa forma, você pode parecer ocupado e piedoso para todos ao seu redor, enquanto cresce cada vez mais em autossuficiência e autocongratulação, e nunca haverá necessidade de ser disciplinado por trabalhar em seu relacionamento com o Senhor.
3. Pense bem sobre como os sermões se aplicam a outras pessoas

É apenas muito mais fácil (e mais agradável) trabalhar em como outras pessoas devem mudar do que alterar os nossos próprios corações e vida. Se você realmente quer ouvir sermões de uma forma aparentemente piedosa, escolha um incentivo do sermão que não fará diferença para a sua vida e compartilhe-o com o pregador na saída.

4. Converse com colegas de trabalho e amigos sobre igreja, mas nunca sobre Cristo

Ninguém fica ofendido pela igreja, desde que ela soe como um clube social e eles nunca sejam convidados. As reivindicações de Cristo, por outro lado…

5. Utilize sua família como uma desculpa para não se comprometer com o ministério, e use o ministério como uma desculpa para não servir a sua família

Você pode escapar de comprometer-se em ministérios se você prefere evitar justificando que você precisa se dedicar a sua família nesta fase particular da vida (noivos / recém-casados / novo netinho / família jovem / mudança de casa / outros, inserir conforme o caso); e você pode escapar das horas difíceis com sua família por “necessitar” estar fora de casa em um evento da igreja ou preparar um estudo bíblico, e assim por diante.

6. Compre livros cristãos e coloque-os diretamente em sua estante

Isso vai fazer você parecer que leva a sua fé a sério e é sábio e experiente, com o custo de nenhum tempo, nenhum esforço, e apenas um pouco de dinheiro. Os melhores livros para comprar são aqueles com nomes de pastores famosos na capa lateral ou aqueles longos. Livros de segunda mão são bons, porque eles parecem bastante usados. Funciona melhor se você encontrar tempo para ler algumas páginas de cada livro, o que lhe permite dizer que você o leu sem estar mentindo.


***
Traduzido por Annelise Schulz
obs: Título original "Seis maneiras de parecer piedoso em 2013".

O ano novo e os evangélicos supersticiosos

A virada do ano está se aproximando e com ela um monte de descabidas superstições.
Pois é, lamentavelmente os evangélicos são tão supersticiosos quanto aos não cristãos, isto porque, influenciados por uma fé mística e sincrética, tem sido tomados pelas mais variadas crendices populares. Há pouco soube de um evangélico que não admite entrar no ano novo sem que esteja vestido de branco, afinal de contas, branco é a cor da paz, isso sem falar naqueles vestem vermelho para encontra um amor e os que comem lentilhas para prosperar.
Ora, o comportamento de alguns dos denominados evangélicos, cada vez mais se aproxima do comportamento daqueles que não confessam a Cristo como Senhor e Salvador.
Prezado amigo, vamos combinar uma coisa? Isso não é cristianismo nem aqui nem na China. Ao ouvir as aberrações proferidas por esse povo chego a conclusão que suas mentes é de uma fertilidade fora do comum. Por favor alguém me diga de onde que esse pessoal tira tanta bobagem? Das Escrituras é que não são.
Veja bem, nós não somos regidos por superstições, não temos medo de gato preto, nem tampouco de passar embaixo da escada; nós não acreditamos em mal olhado; olho gordo ou inveja santa. Nossa fé está em Cristo e é nele que confiamos e em virtude disso não necessitamos comer lentilhas, vestir branco, ou fazer promessas, até porque, absolutamente nada pode acontecer de mal na vida daquele que serve ao Senhor sem que este permita
Isto posto, deixe a superstição, celebre a vida e um abençoado 2017.
Por Renato Vargens
Consciência Cristã News
Imagem: Reprodução Web

A PROMESSA DE AMANHÃ, A INDULGÊNCIA DE HOJE


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Por Jeremy Walker

O ano novo chegou. É a hora de começar o novo regime de dieta e exercício, de levar a saúde mais a sério, botar as coisas no lugar e entrar em forma. Amanhã será um novo dia, o começo de algo novo e bom.


E hoje? Bom, comamos, bebamos e nos alegremos, pois amanhã tentaremos. Talvez uma das razões pela qual a época das festividades é marcada por tantos excessos seja porque nos gratificamos com a certeza satisfatória de que iremos resolver tudo amanhã. Assim, seja comida, bebida ou gasto de dinheiro, preguiça ou ansiedade, nós deixamos tudo rolar porque amanhã será diferente.

Fazemos a mesma coisa espiritualmente. Prometemos a nós mesmos que amanhã é o grande dia, o dia em que realmente começaremos a orar contra um pecado em particular, lugar contra certa tentação, lidar com determinado hábito. E o que acontece? Em primeiro lugar, nossos corações pecaminosos se inclinarão para um último relaxo, uma última dose – afinal de contas, nós cuidaremos de tudo amanhã. Mas, mais que isso, satanás começa a sussurrar. Ele nos garantirá que devemos mesmo ceder à tentação – afinal de contas, podemos nos arrepender mais tarde e começar de novo no dia seguinte. E com que frequência isso acontece?

Além do mais, essa tentação de ter um último dia esbanjando enfraquece nossa resolução. Desistência gera desistência, em todas as áreas da vida. Uma pequena indulgência aqui enfraquece nossa determinação ali; satisfazer esse apetite nos leva a gratificar aquele outro. Pode parecer estranho, mas o muro da alma precisa ser mantido em toda a volta, o ano inteiro. Se convença de que você pode comer aquela comida, e será mais fácil assistir aquele filme. Deixe a raiva tomar o controle, e será mais fácil se submeter ao desejo sexual. Um hábito de vigiar todos os lados é o único caminho.

E então, é claro, uma vez que tenhamos afrouxado, o adversário irá retornar. Tendo nos assegurado de antemão que o Senhor irá nos perdoar, então não há porque não pecar, ele irá insistir agora que, uma vez que tenhamos pecado, não há perdão. O desespero surge. E o resultado? Bom, talvez seja melhor desistir de novo e mergulhar no poço da indulgência por completo – afinal de contas, a coisa toda já explodiu e fugiu do controle.

Assim, em qualquer esfera que seja, não caiamos na armadilha de fazer das promessas de amanhã uma desculpa para a indulgência de hoje. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31). Especialmente em uma época onde a indulgência e até os excessos desenfreados são os nomes do jogo, mantenhamos a guarda levantada.

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Traduzido por Filipe Schultz
Fonte: Púlpito Cristão

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Marxismo Cultural: O Corrompimento da América

Imagem: Antônio Gramsci | Fonte: esquerda.org
Os Estados Unidos passaram por uma revolução cultural, moral e religiosa. Um secularismo militante levantou-se neste país. Este sempre teve influência sobre as elites intelectuais e acadêmicas, mas nos anos 1960 capturou os jovens nas universidades e colégios.
“Essa é a base da grande guerra cultural ora em curso… Somos agora dois países. Moralmente, culturalmente, socialmente e teologicamente, somos dois países. Guerras culturais não são algo que leve à coexistência pacífica. Um lado prevalece, ou o outro.
“A verdade é que se os conservadores venceram a Guerra Fria contra o comunismo político e econômico, acabamos por perder a guerra cultural contra o marxismo cultural, que penso ser bem predominante nos Estados Unidos. Ele é agora a cultura dominante. Enquanto isso, aqueles de nós que são tradicionalistas, somos, se podemos falar assim, a contracultura.”
Assim exprime-se Patrick J. Buchanam nas cenas iniciais do novo filme de James Jaeger, Marxismo Cultural: A Corrupção da América. Buchanam é, como sempre, eloquente e esplendidamente patriótico no seu testemunho da atual degenerescência de nosso país. Muitos de nós nascemos antes dos anos 60 e o niilismo chocante daqueles anos corresponde fortemente ao que ele diz. Fomos criados numa terra filosoficamente muito distante da América que nos aflige hoje, e esse fato perturbador é como um peso sobre nossos corações e mentes.
O Colapso Social da América
Nós que fomos criados na América pré-niilista achamos medonhos e deprimentes a maioria dos filmes, obras literárias e programas de TV de hoje em dia. Ficamos horrorizados diante da sexualidade obsessiva das pretensões cinematográficas de Hollywood, de seus casos de amor com anti-heróis e da maneira com que, sem quê nem porquê, satura suas histórias com violência excessiva. Ficamos estarrecidos pelo tanto de mediocridade grosseira e de fealdade surreal que pulsa pelos atalhos comerciais na América moderna sob o rótulo de “a mais inovadora arte de vanguarda”. E ficamos a nos perguntar – o que forjou tamanha decadência, onde antes prevaleciam ideais justos e um sentido heróico da vida?
Há alguma razão por que devamos suportar filmes sobre Ratso Rizzos[1] choraminguentos em vez de impetuosos Rhett Butlers[2] ou valentes Gunga Dins[3]? Por que a corrente social é hoje dominada por miasmas deprimentes em vez do espírito de magnanimidade e de otimismo sem peias dos nossos antepassados? Por que doces venenos como o “crack” e as metanfetaminas invadiram a vida de nossos jovens desavisados, tanto nos guetos quanto nos country clubs? Por que a classe média americana (que antes venerava a própria independência) agora exigem desavergonhadamente mais e mais benesses do governo? Por que em Washington os representantes que elegemos tornaram-se traidores desprezíveis a rastejar pelo lodo de Maquiavel? Por que a vida e o matrimônio, as primeiras fontes da civilização, são tratados de forma tão abjeta por especialistas pseudocientíficos? Por que a esquerda promove tão enfaticamente a androginia em cada programa de TV e a homossexualidade vendida como o “estilo de vida do caubói da Marlboro”? Por que a tradição e a honra são desprezadas pelas elites acadêmicas, que pontificam incessantemente sobre como os princípios morais originais da América eram repressivos?
Há de fato uma razão pela qual esta trágica desintegração do valor da vida americana veio varrer o país no século passado. É chamada “Marxismo Cultural”. Não é a única razão por que nossa cultura esteja ruindo em decadência, mas é talvez a mais importante.
Culturas são vastos mosaicos das aspirações, amores, necessidades e medos humanos tais como foram lidados no contexto de suas épocas, de suas geografias, de suas riquezas naturais e da visão dos seus mais brilhantes pensadores. São muitos os fatores que levam uma cultura tanto em direção à verdade e à liberdade elevada quanto em direção a falácias e à lata de lixo da História. Mas geralmente há um ou dois fatores que se destacam enquanto os demais são secundários. Nesto caso, a razão maior é a deliberada ideologia do “marxismo cultural” que invadiu nossa nação já nos anos 1930.
O que é exatamente essa horrível ideologia que levou nosso modo de vida a tão lamentável resultado, e como ela se originou? É sobre isso que versa o filme de Jaeger, que pinta um fascinante retrato de um grande país que em 80 anos foi levado às ruínas por mentes sinistras e pacientes, tomadas por uma visão de realidade digna do Chapeleiro Louco.
Em 2007, William S. Lind, um brilhante pensador conservador filiado a Free Congress Foundation em Washington, escreveu um artigo intitulado “Quem Roubou Nossa Cultura?”. Ali ele traça o retrato do marxismo cultural, expondo enfaticamente pela primeira vez para os americanos em geral o que o marxismo cultural fez com a América. O artigo foi uma tour de force política e sociológica em razão da excepcional clareza com que Lind explicou os terríveis objetivos dos teóricos do marxismo cultural a partir do fim da Primeira Guerra Mundial na Europa, seguido pela exportação de sua agenda para a América nos anos 1930.
O filme de James Jaeger replica a lucidez e o brilhantismo de Lind, acrescentando-lhes a imagem cinematográfica. Ele oferece aos americanos uma explicação perspicaz sobre por que nossa nação vem cometendo suicídio sob o disfarce da promoção do falso ideal do igualitarismo social.
Os americanos estão sendo idiotizados e reduzidos a uma existência vulgar, com a famosa reversão orwelliana de definições (“Ignorância é Força, Escravidão é Liberdade”) infectando tudo o que fazemos. O filme de Jaeger expõe de forma incontestável essa lamentável destruição da República. A força do filme reside em suas imagens assombrosas e na sua ressonância conceitual. É assim uma ótima ferramenta educativa para informar à população sobre como e por que nós enquanto povo cedemos tão apaticamente à escravidão e decadência. Nossos mais preciosos valores foram virados de ponta-cabeça em razão de uma diabólica orquestração marxista que tomou de assalto nossas escolas, igrejas, filmes, editoras e meios de comunicação, da mesma forma que uma gangrena espalha suas pústulas por toda a perna até alcançar o restante do corpo, onde residem os pulmões e o coração.
O Início do Marxismo Cultural
Tudo começou ao final da Primeira Guerra Mundial. A tese original de Marx, em fins do século XIX, era a de que o capitalismo deveria ser destruído. Ele era tirânico e explorador por natureza. Orientados pelos revolucionários marxistas, os trabalhadores do mundo acabariam por perceber isso e se levantariam em revolta. Surgiria então uma sociedade “coletivista” e “sem classes” em que homens e mulheres não mais trabalhariam para seu lucro pessoal, mas para contribuir com a comunidade, da qual receberiam compensação igual. “De cada um segundo suas habilidades, para cada um segundo suas necessidades” foi o mantra que prometia o início de uma utopia para a Humanidade. Naturalmente, “as necessidades de cada um” era algo a ser decidido pelos organizadores e pensadores superiores da sociedade. Mas os objetivos mais importantes eram o igualitarismo pervasivo exigido pela teoria marxista e a sublevação dos trabalhadores do mundo inteiro a confiscar os fatores de produção, ou seja, toda a propriedade criada pelos capitalistas.
Infelizmente o único país em que esta nova ideologia se tornou dominante foi a Rússia, e somente pelos mais brutais métodos ditatoriais. O marxismo falhou em se espalhar pelo restante da Europa e do mundo. Os esperados apoiadores da revolução, os assim chamados “trabalhadores explorados” dos países capitalistas, permaneceram em sua maior parte indiferentes e recusaram-se a apoiar os revolucionários marxistas.
Foi nessa época, em torno de 1920, que, na Europa, vários intelectuais socialistas passaram a retrabalhar as bases teóricas do marxismo. Naturalmente, eles não poderiam aceitar o fato de que Marx estivesse redondamente enganado na sua visão de mundo. Deveria haver algum outro motivo pelo qual a revolução não tenha ocorrido. Esse motivo foi supostamente descoberto por dois brilhantes teóricos marxistas, Antonio Gramsci na Itália e Georg Lukács na Hungria. A tese era a de que a civilização ocidental, construída a partir da religião judaico-cristã, instilou valores malévolos no Homem – valores como o individualismo, industriosidade pessoal, solidariedade familiar, monogamia, propriedade privada, patriotismo, crença num Deus Criador, etc. Tais valores estão introjetados nos trabalhadores do mundo inteiro, o que os impede de realizar seu verdadeiro destino que é o de se revoltarem e estabelecerem uma sociedade sem classes. Gramsci e Lukács frisaram que a gloriosa revolução socialista seria impossível até que esses valores judaico-cristãos fossem destruídos. Os trabalhadores então se sublevariam e completariam a visão de Marx.
A Escola de Frankfurt
Começou assim o que Gramsci e Lukács denominaram a “grande marcha pelas instituições”. Com essa expressão eles queriam se referir às instituições culturais (escolas, igrejas, filmes, meios de comunicação) e sua ocupação por pensadores e simpatizantes do socialismo. Uma vez tomadas, elas poderiam então disseminar entre o povo os “verdadeiros valores socialistas” e ensinar às novas gerações a empenhar lealdade não a Deus, ao país ou ao individualismo, mas ao Estado e ao coletivismo. A fim de implementar esta nova direção no Marxismo, estabeleceram a Escola de Frankfurt na cidade de Frankfurt, Alemanha, e deram-lhe o inocente nome de Instituto de Pesquisas Sociais.
Esta escola de pensamento cresceu rapidamente entre a esquerda intelectual, atraindo pensadores como Max Horkeimer, Theodor Adorno, Eric Fromm, Wilhelm Reich e Herbert Marcuse, que passaram a advogar sua visão. Todos eles ofereciam diferentes caminhos para promover a meta de Gramsci e Lukács: um novo “marxismo cultural” que substituísse o antigo “marxismo econômico”. Mas todos concordavam basicamente que a ênfase não deveria ser na galvanização dos trabalhadores para a revolta, tal como os revolucionários leninistas haviam se empenhado. A ênfase deveria ser em libertar todos os homens e mulheres da ‘repressão cruel” e dos “valores tirânicos” da civilização judaico-cristã. Para concretizar isso, eles criaram numerosas estratégias para desacreditar e manchar os valores que forjaram e sustentaram o Ocidente por 2.000 anos.
A “Teoria Crítica”, obra de Max Horkeimer, foi a primeira e mais importante dessas estratégias. Sob seus auspícios, toda tradição da vida ocidental deveria ser redefinida como “preconceito” e “perversão”. E essas redefinições deveriam ser instiladas no tecido social através de devastadoras críticas acadêmicas a todos os valores, como a família, o casamento, a propriedade, o individualismo, a fé em Deus, etc. Essas críticas tiveram muito sucesso no período de colapso mundial que se seguiu à Grande Depressão, que trouxe uma imensa desilusão para com a sociedade capitalista tradicional que vinha evoluindo no Ocidente desde a Renascença e a descoberta do Novo Mundo.
As críticas estratégicas logo se expandiram na demarcação dos membros da sociedade em “vítimas” ou em “opressores”. Todos os bem-sucedidos economicamente eram definidos como opressores, e todos os que não tiveram sucesso eram chamados de vítimas. Autoridades religiosas se tornaram “feiticeiros”. Defensores de papéis sociais diferentes para homens e mulheres se tornaram “fascistas”. Chefes de corporações se tornaram “exploradores”. Pais se tornaram “tiranos patriarcais”. Famílias se tornaram “clãs primitivos”. O jorro de críticas era implacável e, de um ponto de vista intelectual, extremamente sofisticado. Acabou assim por hipnotizar as elites eruditas que por sua vez disseminaram o conteúdo fundamental dessas críticas entre a população como um todo.
O Novo Marxismo Chega à América
A ascensão de Hitler nos anos 1930 fez a Escola de Frankfurt mudar temporariamente sua base da Alemanha para os Estados Unidos, estabelecendo-se na Universidade de Colúmbia em Nova Iorque. Ali reuniram uma caterva de coletivistas que em certa altura acabaria por espalhar seus tentáculos por todo o território americano. Após a II Guerra Mundial e a derrota de Hitler a maior parte dos intelectuais da Escola de Frankfurt retornou à Alemanha, mas deixando aqui uma grande facção de simpatizantes que promoveriam suas estratégias nos EUA pelos anos 50 e 60 até os 70. Um dos mais importantes desses simpatizantes era o filósofo Herbert Marcuse, cujo livro Eros e Civilização de 1955 prometia para o homem um novo paraíso na Terra quanto todas as armadilhas do capitalismo e do tradicionalismo tivessem sido extirpadas da sociedade.
O grande trabalho seguinte de Marcuse, A Ideologia da Sociedade Industrial[4], de 1964, levou à revolução hippie da Nova Esquerda dos anos 1960. Os famosos manifestantes do Chicago Seven de 1968 (Tom Hayden, Abbie Hoffman, Jerry Rubin, entre outros), assim como a feminista radical Angela Davis, foram muito influenciados pelos ataques violentos contra o capitalismo americano contidos em A Ideologia da Sociedade Industrial. The Greening of America, do professor de Yale Charles Reich, publicado em 1970, ampliou a revolta da Nova Esquerda. E contribuições letais anteriores como A Personalidade Autoritária (1950) de Theodor Adorno e O Medo à Liberdade (1941) de Eric Fromm continuavam a seduzir os americanos para a crença de que tudo que eles antes tinham como verdade sobre a vida, a moralidade e a justiça estava terrivelmente errado.
Assim, dos acólitos da Escola de Frankfurt proveio uma vasta inundação de trabalhos intelectuais viciosos e destrutivos, que acabariam por permear cada aspecto de nossa cultura e afetar todos os americanos. Bandos de artigos em revistas populares atacaram as tradições da sociedade americana ano após ano de 1935 a 1975. Filmes sutilmente degenerados tais como O Selvagem, Bob & Carol e Ted & Alice, Perdidos na Noite, Easy Rider, etc, invadiram o mundo tradicional dos “certinhos americanos” e apresentou a eles as delícias sedutoras da violência, das drogas psicotrópicas, da troca de casais, do secularismo, materialismo, relativismo e outras novas “libertadoras escolhas de vida”. Proliferaram cursos universitários acerca das “vastas injustiças” do capitalismo e a “desumanidade aristocrática” dos Founding Fathers.
Marcuse alimentou incessantemente a juventude dos anos 60 com diatribes maliciosas: “O Ocidente”, martelava ele, “é culpado de crimes de genocídio contra cada civilização e cultura com a qual se encontrou. A civilização ocidental e americana são os maiores reservatórios do mundo de racismo, sexismo, nativismo, xenofobia, antissemitismo, fascismo e narcisismo. A sociedade americana é opressiva, má, e não merece lealdade”.
George Lukács anunciava para todas as mentes crédulas: “Vejo a revolução e a destruição da sociedade como a única solução. Uma transformação de valores em escala mundial não pode acontecer sem a aniquilação dos velhos valores e a criação de novos”.
Será toda essa “devastação crítica” fruto de uma conspiração? Em certo sentido sim, já que foi tramada nos bastidores, por assim dizer. Foi orquestrada por um grupo pequeno mas ardoroso de revolucionários que viviam no mundo dos pensadores e escritores, o mundo da Torre de Marfim. Mas não foi precisamente (ou realmente) uma “conspiração” porque o termo designa algo secreto e ilegal; e os objetivos revolucionários dos marxistas culturais não eram exatamente secretos. Eles publicavam livros que promoviam abertamente esses objetivos. Ainda assim essas metas destrutivas eram secretas no sentido de que não eram inteiramente divulgadas ao público leitor. Eram essas metas ilegais? Não no sentido legal dos tribunais, mas tais metas eram, sem dúvida, ilícitas no sentido da lei natural criada por Deus e decifrável pela razão. Penso então ser justo afirmar que os advogados do marxismo cultural estivessem engajados uma atividade conspiratória, mas não numa conspiração que pudesse ser levada aos tribunais.
Marxismo Amigável
O resultado de tudo isso é que, dos anos 1920 aos anos 1960, a revolução de Karl Marx foi redesenhada por inteiro e relançada. Como ressalta o filme de Jaeger, os revolucionários da Escola de Frankfurt nos deram um “marxismo amigável” ao invés da versão draconiana do Gulag soviético. Essa nova versão amigável conquistou a juventude intelectual dos anos 60 e virou-lhe os valores de cabeça pra baixo. Tais intelectuais agora controlam e administram nossas escolas, meios de comunicação, cortes de justiça e legislaturas. Os marxistas culturais adotaram a “transvalorização de todos os valores” de Nietzsche, sobre a qual o mundo do Chapeleiro Maluco é instituído. Tudo o que antes era mal é agora uma virtude, enquanto todas as antigas virtudes se tornaram males. Individualismo, autoconfiança, propriedade, lucro, família, casamento tradicional, fidelidade ao cônjuge, força de vontade, honra pessoal, crescer pelo mérito – todos esses pilares integrais da civilização se tornaram males distintivos que nos oprimem enquanto seres humanos. Eles devem ser arrancados de nossa sociedade.
Este era o objetivo da ideologia do marxismo cultural – erradicar os fundamentos da civilização judaico-cristã e a esplêndida Camelot da Liberdade criada na América de 1776 a 1913. O mais terrível é que ela tenha triunfado. Marx não nos enterrou num sentido econômico, como Khrouchtchev se vangloriava de que o faria; mas Marx nos sepultou no sentido cultural como Antonio Gramsci e Georg Lukacs planejaram há mais de 80 anos. O filme de James Jaeger demonstra isso de forma lúcida, ao mesmo tempo fascinante e repugnante.
Poderá ser salva a visão tradicional, americanista, que os Founding Fathers forjaram a partir das obras de Aristóteles, Aquino, Locke e Jefferson? Se isso for possível, uma ferramenta muito valiosa para essa salvação será este filme esclarecedor. É um maravilhoso instrumento a se colocar nas mãos de um adolescente recém ingressado na faculdade, ou para mostrar aos vizinhos apáticos que parecem não entender por que os tempos modernos são tão caóticos. É o tipo de filme que faz mudar pontos de vista. Ele descarrega relâmpagos de discernimento na mente do espectador.
Além de Patrick Buchanan, também marcam presença no filme outros luminares conservadores / libertários da cena sociopolítica americana, como o congressista Ron Paul, G. Edward Griffin, Edwin Vieira e Ted Baehr. Você pode comprar o vídeo em: http://www.CulturalMarxism.org. A Matrixx Entertainment Corp. de James Jaeger, produtora do filme, está há muitos anos empenhada em combater o coletivismo nos Estados Unidos, desafiando os liberais de Hollywood, Washington e Wall Street.
A luta que os patriotas enfrentam agora é imensa. Vencê-la exigirá um esforço hercúleo, e a luta não cabe apenas aos americanos. Todos aqueles, em todo o Ocidente, que amam a liberdade e os valores resplandecentes sobre os quais ela se apóia são inevitavelmente arrastados para este conflito, quer percebam isso ou não. Todos nós estamos diante de um futuro terrível por causa do imenso mal e da falsidade de pensadores passados, como Marx, Lenin, Gramsci e Lukács. A única alternativa à luta contra seus herdeiros é deixar esses destruidores de nossa cultura ganhar por desistência – o que é absolutamente inaceitável.
Marxismo Cultural: O Corrompimento da América é uma flecha poderosa na aljava da liberdade. Ele precisa ser assistido por patriotas em toda parte e depois compartilhado com amigos e vizinhos em todo o nosso círculo de influência.
Notas
[*] Nelson Hultberg. “Cultural Marxism: The Corruption of America”. The Daily Bell, 27 de Julho de 2010.
[1] Protagonista do filme “Perdidos na Noite” interpretado por Dustin Hoffmann.
[2] Protagonista de “E O Vento Levou” interpretado por Clark Gable.
[3] Personagem do filme homônimo de George Stevens, interpretado por Sam Jaffe.
[4] Em inglês, One-Dimensional Man: Studies in the Ideology of Advanced Industrial Society.
Por Por Nelson Hultberg
Tradução: Felipe Alves | Revisão: Rodrigo Carmo
Tradutores de Direita
Via CCNews

Trump escolhe militante conservador Ben Carson como ministro do seu governo


O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu o neurocirurgião e ex-candidato à presidência pelo partido republicano Ben Carson para a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano.
“Ben Carson tem uma mente brilhante e é um apaixonado pelo fortalecimento das comunidades e das famílias dentro dessas comunidades”, afirmou o presidente.

“Conversamos sobre a minha agenda para a renovação urbana e a nossa mensagem de revitalização econômica, que inclui grande parte das nossas cidades”, acrescentou.
O neurocirurgião aposentado já tinha insinuado recentemente que poderia assumir este cargo, ao ter aformado que ajudaria a entrentar os problemas que afetam as cidades americanas.
Ben Carson, antigo chefe do serviço de neurocirurgia pediátrina do hospital Johns Hopkins de Baltimore, anunciou sua candidatura às primárias presidenciais do Partido Republicano em maio de 2015, mas deixou a corrida em março de 2016, ocasião em que anunciou seu apoio à Donald Trump.
Uma história de cinema
O neurocirurgião fala abertamente sobre Deus e sua fé, que o teria ajudado a superar várias fases ruins em sua vida. Em seu livro“Gifted Hands”, ele aconselha: “Nunca se torne demasiado grande para Deus. Nunca exclua Deus da sua vida.”
Carson é um homem admirado pela comunidade médica em todo o mundo. Ele ficou conhecido mundialmente por ter sido o primeiro a conseguir separar dois gêmeos siameses que nasceram unidos pela cabeça, teve sua história contada no filme Gifted Hands: The Ben Carson Story (“Mãos Talentosas: A História de Ben Carson”), sendo interpretado por Cuba Gooding Jr. em 2009.

Ben Carson foi interpretado por Cuba Gooding Jr no filme Mãos Talentosas

Discurso contra políticas de Obama

Em 2013, o neurocirurgião chamou a atenção dos conservadores durante o Almoço Nacional de Oração, iniciativa anual do Congresso organizada por um grupo cristão conservador, atacou aquilo que reconheceu ser a degradação dos valores morais dos Estados Unidos e discursou contra o programa de saúde de Barack Obama (conhecido como Obamacare).

Redação Consciência Cristã News

Com informações do Portal Conservador
Imagem: Portal Conservador e Youtube


O socialismo latino-americano: um grande negócio para os ricos e um pesadelo para os mais pobres

Uma característica típica do socialismo, em todas as formas, épocas e locais em que foi implantado, é a existência de uma elite política relativamente pequena (em conjunto com seus comparsas no “setor privado”) que vive nababescamente, cercada de luxos e regalias.
Essa elite política adquire seu luxo e regalias por meio da pilhagem da população, da destruição da economia, e da imposição de um regime que gera igualdade de pobreza e miséria para todos, transformando os cidadãos em dependentes do estado para sua sobrevivência. Aquele que tem o poder de confiscar toda a riqueza da população de um país será inevitavelmente um magnata.
Joseph Stalin foi o homem mais rico do mundo durante sua época. Os Rockefellers, os Morgans ou qualquer outro não eram páreo para o verdadeiro “dono” de toda a União Soviética. Os trogloditas socialistas que dominaram a África e alguns países da América Latina durante o período “pós-colonial” são famosos por terem se tornado milionários ou bilionários, com fartas contas bancárias na Suíça, ao mesmo tempo em que a população de seus países passava fome e mendigava ao governo algumas migalhas para sua subsistência.
A elite que forma o 1% da população em um regime socialista faz os plutocratas de Wall Street parecerem indigentes em comparação.
O exemplo mais recente, e reluzente, desta imoral e repugnante elite socialista vem da Venezuela, cujo regime era, até ontem, o mais querido da esquerda.
Um recente artigo publicado no jornal britânico The Daily Mail traz a seguinte manchete: “Socialistas super-ricos saboreiam champanhe nos clubes de elite da Venezuela enquanto mães de classe média reviram as sarjetas em busca de comida […] até os cachorros estão famintos”.
O socialismo venezuelano, conhecido como bolivarianismo ou chavismo (o próprio Hugo Chávez, como não poderia deixar de ser, era um multimilionário; sua filha possui 4,2 bilhões de dólares), conseguiu destruir inteiramente uma economia outrora relativamente rica. Graças às políticas de controle de preços, de impressão desmedida de dinheiro, de estatização de fábricas e de lojas, absolutamente tudo está em falta no país. O desabastecimento é geral, de papel higiênico a remédios, de energia elétrica a arroz. Segundo a reportagem, cidadãos de classe média estão literalmente “revirando montantes fétidos de lixo à procura de algumas folhas de alface e de postas de carne apodrecidas.”
A reportagem é ilustrada com dezenas de fotos dessas cenas patéticas. Dentre as mais perturbadoras estão aquelas de cachorros e outros animais famintos nesse paraíso socialista.
A reportagem é ilustrada com dezenas de fotos dessas cenas patéticas.  Dentre as mais perturbadoras estão aquelas de cachorros e outros animais famintos nesse paraíso socialista.
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Estatizações, controles de preços e asfixiantes regulamentações estatais destruíram de maneira tão completa o pouco que restava de capitalismo, que até mesmo os hospitais ficaram sem papel higiênico. Remédios, então, viraram artigos de luxo.
As pessoas, diariamente, se alinham em filas literalmente quilométricas, que chegam a durar de 10 a 12 horas por dia — exatamente como na época da União Soviética —, na esperança de conseguirem comprar alguma coisa, qualquer coisa, que ainda haja nas prateleiras dos supermercados e das poucas lojas que ainda existem. E, caso consigam algo, este algo será posteriormente utilizado em algum escambo. No paraíso socialista, você não compra aquilo que quer; você compra aquilo que está disponível e então posteriormente utiliza esse bem em outra troca, a qual, com alguma sorte, propiciará a você um item de que você realmente necessite.
Como há uma hiperinflação avassaladora e a moeda perdeu todo o seu poder de compra, não servindo mais nem mesmo como meio de troca, os cidadãos foram rebaixados a essa prática do escambo. A hiperinflação foi gerada pelo fato de o governo venezuelano imprimir dinheiro sem parcimônia com o intuito de financiar suas fantasias socialistas. Para aumentar o pastelão, recentemente foi noticiado que o governo venezuelano ficou sem dinheiro para fabricar mais dinheiro.
A criminalidade explodiu e hoje é a pior do mundo. (Chegou-se a uma situação em que as pessoas são queimadas vivas nas ruas).
Uma mulher de classe média disse à reportagem que “o legado de Chávez é o de pessoas como eu tendo de revirar o lixo à procura de comida”.
Os mercados negros — assim como ocorreu na União Soviética — estão por todos os cantos. Mas são os ricos que conseguem se dar bem com esta situação, pois somente eles conseguem pagar os preços astronômicos praticados neste mercado; e somente eles podem pagar as propinas exigidas pelos mercadores negros. (Como mostra esta reportagem, a situação ficou tão escabrosa que os traficantes de drogas abriram mão de seu ofício em tempo integral e passaram a se especializar no mercado paralelo de alimentos).
Mas quem realmente está vivendo muito bem é a elite socialista que possui boas ligações políticas. Estes fazem festas extravagantes no Country Club de Caracas, cuja mensalidade é quase 500 vezes o salário médio anual de um trabalhador venezuelano de classe média. O artigo do The Daily Mail é adornado por fotos de “festas exuberantes, regadas a muito champanhe, vinho e mesas fartas, onde só é servida comida gourmet”. Um magnata que enriqueceu por meio de suas conexões com o governo é citado dizendo “Por que deveríamos parar de nos divertir só porque o país está derretendo?”
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“Esses ricos são ladrões”, diz a mulher citada no artigo do The Daily Mail.  “Eles são comparsas do governo e roubaram o dinheiro do país. […] Tivemos uma revolução socialista e estes foram os resultados. “Eu me sinto traído.  Nosso sonho socialista está se esfacelando”, disse outra vítima pateticamente enganada pelo socialismo do século XXI.
Enquanto isso, jovens ao redor do mundo seguem sendo seduzidos pela ideia do socialismo, genuinamente acreditando que, sob este sistema, não apenas acabaria o compadrio entre governo e grandes empresários, como ainda os ricos politicamente influentes teriam sua riqueza confiscada pelo governo (seu aliado) e redistribuída para os mais pobres.
Difícil imaginar uma manifestação mais explícita de ignorância. Como explicou Hayek em seu clássico O Caminho da Servidão, a realidade é que, sob o socialismo, “o único poder que vale a pena ter é o poder político”. Por outro lado, é o capitalismo, a propriedade privada e o livre mercado o arranjo que permite o máximo potencial para o crescimento econômico, o progresso e o enriquecimento por meio do empreendedorismo, do trabalho e da iniciativa individual.
A história dá razão ao segundo arranjo. Já os jovens acreditam mais no primeiro. E você ainda acredita que as escolas, os professores sindicalizados, e os currículos controlados pelo governo não estão ensinando direitinho às crianças?
Por Thomas DiLorenzo, no Mises Brasil
Imagens: Reprodução

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

2 de cada 10 ateus atribuem sucesso financeiro a Deus, diz pesquisa

“Ateus, graças a Deus!”: Parece piada, mas o título da notícia está baseado na pesquisa do Instituto Datafolha, em que ateus atribuem origem das riquezas a Deus
O instituto Datafolha ouviu 2.828 brasileiros, maiores de 16 anos, escolhidos aleatoriamente, como amostragem de toda a população. Diante da afirmação “Todo sucesso financeiro da minha vida eu devo, em primeiro lugar, a Deus”, os entrevistados tinham que responder se concordavam ou não com a afirmação.
Os índices foram altos em vários grupos. Entre os religiosos, a concordância com a afirmação superou mais de 90% das respostas. 70% dos que se declararam sem-religião, por sua vez, também concordam de que a questão econômica tem relação direta com a fé.
Um dado curioso, no entanto, é que 23% daqueles que se declararam ateus responderam afirmativavente a esta pergunta, causando perplexidade nos entrevistadores.
O resultado parece enigmático e pode nos levar a algumas direções:
(1) É possível que estes “ateus” não tenham entendido as implicações da sua “fé no ateísmo”;
(2) Pode ser o caso de que eles sejam ateus “volitivos” e não ateus intelectuais, isto é, não são o tipo de pessoa que não creem na existencia de uma divindade, mas que apenas a negam por razões emocionais, como decepção, morte, problemas de saúde, etc;
(3) Ou pode ser também que 2 de cada 10 ateus entrevistados padeçam de bipolaridade.
Realizada em 174 municípios, o nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Veja o gráfico:
De fato, a bíblia afirma que “toda boa dádiva” vem de Deus, e o cristão genuíno sempre reconhecerá a Deus como Senhor de suas finanças. Isso não significa necessariamente com a famigerada teologia da prosperidade, na qual o fiel barganha com Deus para obter lucro financeiro, e sim o reconhecimento de que a força para o trabalho, a saúde, a inteligencia para empreender, tudo isso vem de Deus e devemos ser-lhe gratos.
Redação Consciência Cristã News
Com informações do Instituto Datafolha
Imagem: Fatos desconhecidos  | Grafico: Datafolha

Europa cada vez mais se rende a islamização

Um tribunal alemão decidiu nesta segunda-feira que um grupo de islamitas não quebraram a lei quando formaram a “polícia da Sharia”, patrulhando as ruas e dizendo às pessoas para parar de beber, jogar ou ouvir música. O grupo muçulmano ultraconservador baseado em torno do salafista alemão convertido Sven Lau provocou indignação pública com as suas patrulhas de vigilantes na cidade ocidental de Wuppertal em 2014, mas os promotores têm se esforçado para abrir um caso contra eles.
O tribunal distrital da cidade decidiu que os sete membros acusados do grupo não violaram a proibição de uniformes políticos quando se aproximavam das pessoas vestidos com coletes laranja com a menção “Polícia da Sharia”. Juízes disseram que só poderia haver uma violação da lei originalmente dirigida contra os movimentos, como o partido nazista – se os uniformes fossem “sugestivamente militantes ou intimidantes”, disse um porta-voz do tribunal.
Neste caso, eles descobriram que os coletes não estavam ameaçando e notaram que uma testemunha disse que pensou que os homens faziam parte de uma “despedida de solteiro”. O mesmo tribunal já havia aberto mão de um caso no ano passado, mas foi anulado em um recurso por um tribunal superior, que concordou com os promotores de que a proibição de uniformes poderia ser aplicada neste caso. O veredito da segunda-feira ainda não é definitivo e pode ainda ser objeto de recurso.
Os membros da “Polícia da Sharia” andavam pelas ruas de Wuppertal, em setembro de 2014, dizendo aos frequentadores de discotecas para abster-se de beber álcool e ouvir música, e aos clientes dos árcades para não jogar jogos por dinheiro. Lau, o organizador, é um dos pregadores islâmicos mais controversos e mais conhecidos da Alemanha. Ele está sendo julgado em um caso separado sob a acusação de apoio a “um grupo terrorista” lutando na Síria.
As chamadas “patrulhas da Sharia” são formadas por jovens radicais islâmicos, por vezes violentos, também foram vistas em outras cidades europeias, como Londres, Copenhague e Hamburgo.
Redação Consciência Cristã News
Com informações do Portal Conservador

Uma criança morre a cada 10 minutos no Iêmen por desnutrição, diz Unicef

Saida Ahmad Baghili, de 18 anos, sofre de desnutrição severa. A foto foi tirada no hospital da cidade de Hodeidah, no Iêmen, em 24 de outubro. Foto: Abduljabbar Zeyad | Reuters
Desnutrição no país alcançou um nível recorde e continua aumentando. Representante da entidade diz que estado de saúde das crianças nunca foi tão catastrófico.
Uma criança morre a cada 10 minutos no Iêmen em consequência de diarreias, desnutrição e infecção das vias respiratórias, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A entidade estima que quase 2,2 milhões de menores de idade sofrem de desnutrição aguda e precisam de tratamento médico urgente.
“A desnutrição no Iêmen alcançou um nível recorde, que continua aumentando. O estado de saúde das crianças nunca foi tão catastrófico como agora”, afirmou Meritxell Relano, representante do Unicef no país, o mais pobre da península arábica, com 26 milhões de habitantes.
Ao menos 462 mil crianças sofrem de “desnutrição aguda severa”, o que representa um aumento de 200% na comparação com 2014, informa um comunicado do Unicef.
A guerra civil entre rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, e as forças governamentais, respaldadas pela Arábia Saudita, agravou a situação humanitária no Iêmen em 2015. Os grandes prejudicados são os menores de idade.
A província de Saada, reduto huthi na região norte do Iêmen, tem o índice de atraso de crescimento na infância mais elevado do mundo.
Oito em cada 10 crianças sofrem desnutrição crônica nesta região do Iêmen, afirma o Unicef.
Consciência Cristã News
Com informações do G1
Foto: Abduljabbar Zeyad/ Reuters

Cosmovisão Cristã

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Como você se posiciona frente aos vários acontecimentos do mundo? Qual a sua opinião a respeito do aborto e da sexualidade? Como você vê o casamento? Qual deve ser o destino da educação e da política? Homossexualismo? Sobre o trabalho? Educação infantil?

A resposta para todas estas perguntas dependerá em qual cosmovisão você crê. E para todas estas perguntas o cristianismo oferece respostas adequadas. Esta é a Cosmovisão Cristã! O Cristianismo aborda vários temas sobre a vida, trabalho, sexualidade, educação, política, ética, família e sobre muitas outras coisas presentes na sociedade. Tudo isso faz parte de uma Cosmovisão Cristã.

Mas, o que é “cosmovisão”?

Cosmovisão é um conjunto de suposições e crenças que alguém usa para interpretar e formar opiniões acerca da sua humanidade, propósito de vida, deveres no mundo, responsabilidades para com a família, interpretação da verdade, questões sociais, etc. Todo ser humano possui uma cosmovisão, mesmo que ele não saiba.

Uma cosmovisão define o que a pessoa é, o que ela irá defender e até como irá viver. É a maneira pela qual a pessoa vê ou interpreta a realidade. É uma visão que direcionará a maneira como você verá e interpretará o mundo. Ela é como um óculos, para que a realidade faça sentido é preciso visualizá-la de acordo com uma cosmovisão coerente e verdadeira, ou seja, com as “lentes corretas”.

A cosmovisão é como um mapa mental que nos diz como navegar de modo eficaz no mundo.

Porém, hoje, vamos focar em uma Cosmovisão Cristã. Para o cristão, ela vai colocar o entendimento do universo como criação de Deus, e em todas as esferas de conhecimento, possíveis de estarem presentes na humanidade, como procedentes do Deus único e verdadeiro, Senhor do universo, comunicadas a nós por Cristo “… no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” (Cl 2.3).

Uma Cosmovisão Cristã é fundamental para ser um contraponto aos sistemas ideológicos vigentes na atualidade. O mundo diz que a moral é relativa, a Bíblia diz que ela é absoluta. O mundo secular exalta o homem, exalta governos, exaltam intelectos e pensamentos, a Bíblia exalta a Deus e sua Soberania.

Implantar uma cosmovisão cristã é uma necessidade, vide o fracasso das cosmovisões seculares. Ao observarmos a sociedade, fica evidente que ela vai muito mal. O relativismo e o politicamente correto têm tomado conta da televisão, das notícias, das pessoas. A sociedade se tornou um antro de pornografia, violência, de gratificação imediata dos prazeres. O culto ao homem tomou lugar do culto a Deus. Os preceitos morais estão a cada dia sendo “desconstruídos” e erradicados. A família se tornou descartável, perdeu sua importância, tornou-se apenas um mero arranjo entre pessoas.

Por tudo isso, há uma necessidade urgente de estabelecer uma Cosmovisão Cristã, há a necessidade de que ela seja ensinada aos cristãos e à sociedade. Por isso, a importância de escolas cristãs, de faculdades e centros acadêmicos que tenham a palavra como balizador de seus ensinos. A fé cristã deixa de ser uma “questão religiosa” para o domingo, apenas para dentro das igrejas, e volta a assumir o seu posto original de guia moral e cultural para o mundo.

O Cristianismo vai além da fé que temos ou do culto que prestamos na igreja. Ele é uma estrutura para compreender e modificar a sociedade, a realidade. Vai muito além das questões religiosas, ele define a moral de um povo, de uma sociedade. Através dele podemos moldar a cultura de uma nação, podemos mudar o rumo de uma sociedade. 

Não nos deixemos moldar pelas visões vigentes neste mundo, não andemos de braços dados com ideologias pagãs e satânicas, olhemos para a Palavra, e dela devemos extrair uma cosmovisão para nossas vidas e para toda uma sociedade.

Soli Deo Glória!
***
Autor: Hugo Coutinho
Fonte: Reformai

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Nove de cada dez brasileiros atribuem seu êxito financeiro a Deus

Segundo o Datafolha, inclusive ateus dão créditos ao Criador pelo sucesso financeiro.
O instituto de investigação Datafolha, realizou um estudo em mais de 2.828 pessoas com mais de 16 anos, em 174 cidades do Brasil, sobre a relação entre a fé e o êxito financeiro, (a margem de erro está fixada nos dois pontos).
Os resultados, publicados pelo diário Folha de S. Paulo, mostram que 9 de cada 10 brasileiros estão de acordo com a frase:  “Todo o sucesso financeiro da minha vida devo-o, em primeiro lugar, a Deus”, afirmação usada na pesquisa.
Os índices foram altos em vários grupos. Entre os religiosos que estão de acordo com a afirmação, superou mais de 90%. 70% dos que se declararam sem religião, também estão de acordo que o sucesso das finanças familiar estão ligadas diretamente à fé.
No entanto, o mais curioso da pesquisa, foi que 23% dos ateus que participaram da pesquisa, que não creem em Deus e sem religião, também atribuíram que devem o êxito financeiro à Deus.
Sobre a base dos resultados do estudo, considerou-se que quem tem menor salário e baixa escolaridade, são os indivíduo mais propensos a atribuir o sucesso financeiro à Deus, mas 77% dos licenciados também atribuem uma responsabilidade divina para o estado das suas finanças.
Segundo a pesquisa, 97% dos evangélicos (que no Brasil incluem os protestantes históricos e os neo-pentecostais) dizem haver uma influência divina nas suas finanças, tal como 91% dos católicos, 70% dos que não seguem nenhuma religião, 66% dos seguidores do espiritismo e 63% seguidores do culto afro-brasileiro Umbanda.
Datafolha constou também que, católicos creem que a origem da pobreza está ligada a diversos motivos e razões. Porém, os evangélicos tendem a crer que a pobreza está ligada a falta de fé.
Outro dos resultados desta sondagem mostra que o Brasil é cada vez menos católico. Desde 2014, esta religião perdeu 9 milhões de seguidores e, hoje, apenas 50% dos brasileiros dizem ser católicos, enquanto 22% são evangélicos.
Há dois anos, 60% dos brasileiros declararam-se católicos (praticantes ou não praticantes), contra 74% há 25 anos. E, desde então, o número de brasileiros “sem religião” mais do que duplicou de 6% para 14%.
Redação Consciência Cristã News
Imagem: Reprodução web

“Sobrevivemos a Faraó, sobreviveremos também a esta resolução”, diz ministra da Justiça israelense

“Meio milhão de homens, mulheres e crianças estão sendo assassinados na Síria, e a ONU não se levanta para ajudar”, diz Shaked
 
ISRAEL – A ministra da justiça israelense, Ayelet Shaked, indignou-se com a resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, que ordenou que Israel detenha toda e qualquer construção nos “territórios palestinos” de Judeia a Samaria.
 
“Feliz Hanuká a toda nação judaica”, disse Shaked. “A decisão do Conselho de Segurança da ONU, aprovada justamente antes do Hanuká, nos faz lembrar algo de nossa história. Mas desta vez, somos suficientemente fortes e esta decisão não afetará nossa energia.
É triste e lamentável escutar ‘aplausos do mundo’ diante da votação do Conselho de Segurança em uma decisão como esta, contra Israel. Neste momento podemos ver a podridão na ONU. Meio milhão de homens, mulheres e crianças estão sendo assassinados na Síria, e esta organização não se levanta para ajudar”.
Shaked acrescentou: “Quando se trata de prejudicar os judeus, porque não? Não há resolução contra a Síria, mas contra o único país democrático no Oriente Médio há dezenas de resoluções. É como disse David Ben Gurion: ‘Um shmum. Sobrevivemos a Faraó, sobreviveremos a isso também’”.

Com informações BTN
Tradução: Jonara Gonçalves
Imagem: Reprodução web
Via CCNews

Número de evangélicos continua crescendo, segundo Datafolha


Católicismo decresce 10% em 2 anos, segundo pesquisa.
O número de evangélicos no Brasil não para de crescer, é o que indica a pesquisa realizada em todo o país.
Segundo o Instituto Datafolha, o número de evangélicos chegou a 29%, sete pontos percentuais a mais do que o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou.
A pesquisa foi revelada no último final de semana, e mostra que entre outubro de 2014 e dezembro deste ano, o número de católicos foi reduzido em pelo menos 9 milhões de fiéis, ou 6% dos brasileiros com idade maior que 16 anos.
O levantamento do instituto realizado há dois anos mostrava que 60% da população brasileira era católica – 5% a menos que o registrado pelo IBGE em 2010 -, hoje, porém, os seguidores da igreja romana somam 50% do total.
A matéria repercutiu nos dados do Centro Global de Estudos da Cristandade, que mostram que ao redor do mundo, os católicos crescem a taxas maiores que a população mundial, mas em quantidades menores que os evangélicos, num movimento oposto aos dos não-religiosos, que crescem a taxas menores do que o número de pessoas que nascem a cada ano.
“O ritmo de crescimento da população total é 1,21% ao ano, o de católicos, 1,28%, o de evangélicos, 2,12% e o de pentecostais, 2,20%. As religiões independentes se expandem a taxas de 2,21% (chegando a 2,94% na Ásia). Já os sem-religião crescem 0,31% por ano, os agnósticos, 0,36%, e os ateus, 0,05%”, informou a Folha.
Realizada em 174 municípios, a pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
Veja o gráfico:

Redação Consciência Cristã News

Com informações do Datafolha
Imagem: Reprodução Web | Infográfico: Datafolha

9 milhões de brasileiros abandonam a igreja católica, segundo o Datafolha



Foto: Basílica de Nossa Senhora Aparecida, principal templo católico do país | Wikipédia
Pesquisa mostra desgaste da fé católica e abandono de suas fileiras em todo o país
O Brasil ficou ainda menos católico. De outubro de 2014 a dezembro deste ano, o catolicismo romano perdeu ao menos 9 milhões de fiéis, ou 6% dos brasileiros maiores de 16 anos, segundo pesquisa Datafolha.
Há dois anos, eram 60% os que se declaravam católicos; neste ano, são 50%. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, a queda foi de no mínimo 6 e no máximo 14 pontos percentuais – nesse cenário, seriam mais de 20 milhões de fiéis (algo como a população da Grande São Paulo).
No Brasil, metade dos protestantes saíram da Igreja Católica, onde foram criados, segundo pesquisa do Instituto Pew.
A mudança de religião se dá antes dos 25 anos, e os convertidos citam como principais motivos para a mudança a maior conexão com Deus (77%) e o estilo de culto da nova igreja (68%).
O Datafolha ouviu 2.828 brasileiros maiores de 16 anos selecionados por sorteio aleatório, em amostragem representativa da população.
Feita em 174 municípios, a pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos (nível de confiança de 95%).




Redação Consciência Cristã News

Com informações do Datafolha
Foto: Wikipédia | Grafico: Datafolha

Mulher saudita é condenada a 200 chibatadas por ter sido estuprada

ARÁBIA SAUDITA – Uma mulher que foi violentamente estuprada na Arábia Saudita, foi condenado a 200 chicotadas e seis meses de prisão após ser considerada culpada de indecência, e de falar com a imprensa.
A mulher, de 19 anos, estava em um carro com uma amiga estudante quando dois homens entraram no veículo e as levaram para uma área isolada. Ela diz que foi estuprada por sete homens, três dos quais também atacaram sua amiga.
Ela foi inicialmente sentenciada a 90 chibatadas após ser condenada por violar as normas religiosas sobre a separação entre os sexos.
Abdul Rahman Al-Lahem, que defendeu a mulher, procurou a mídia após as sentenças terem sido estabelecidas. O tribunal desde então o proibiu de continuar a defender a mulher, confiscando sua licença e convocando-o para uma audiência disciplinar.
A Arábia Saudita defendeu a decisão controversa de punir a vítima, dizendo que ela errou ao estar fora de casa sem um membro da família homem, o que foi recebido com um clamor internacional.
‘O Ministério da Justiça aceita críticas construtivas, longe de emoções’, disse em uma declaração.
Por favor note: a vítima de estupro e seu companheiro homem haviam sido perdoados pelo falecido rei Abdullah em dezembro de 2007.
Com informações Middle East Monitor
Imagem: AP

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

QUAL A DIFERENÇA ENTRE HEBREU, ISRAELITA E JUDEU?


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Muitas pessoas, principalmente do ocidente, ainda se confundem sobre a diferença entre os termos: hebreu, israelita e judeu. Vamos entender de forma resumida a origem e significado dos nomes e também um pouco da história por trás desse povo ao qual estes três nomes se referem.



Hebreu  (עברי, em hebraico)

A primeira vez nos livros de Moisés (Torá, para os judeus; Pentateuco, para os cristãos) em que o termo “hebreu” aparece é no livro de Gênesis 14:13, referindo-se, exatamente, ao pai deste povo, Abraão:

Então veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu; ele habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol, e irmão de Aner; eles eram confederados de Abrão.
Embora a tradição judaica ofereça pelo menos duas correntes para explicar o nome, vamos considerar aquela que é mais aceita pela maioria dos teólogos. Ela se refere aos descendentes de Héber (עֵבֶר em hebraico). O capítulo 10 de Gênesis fala dos descendentes de Noé e das nações que se formaram a partir deles. Noé teve três filhos: Sem, Cam e Jafé, além de outros mais que nasceram depois do dilúvio. Héber foi um dos trisnetos de Sem, filho de Noé.

O nome de Héber é importante porque, segundo a tradição judaica, foi graças a ele que a língua que eles falam foi preservada por Deus. Segundo a tradição judaica, Héber teria se recusado a participar da construção da Torre de Babel e, portanto, o idioma hebraico foi preservado e recebeu este nome em homenagem a Héber, e desta forma, deu também nome ao povo que falava Hebraico, o povo Hebreu.

Algumas pessoas tem dificuldade em entender Gênesis 10:5, 10:20 e 10:31, pois estes versículos parecem trazer uma contradição ao citarem povos com suas próprias línguas antes do capítulo 11, que é capítulo que informa que só havia uma língua na Terra, sendo que é neste mesmo capítulo que é descrito como e porque houve a divisão das línguas. A resposta é que a narração não é cronológica, mas sim tópica, como se fosse um adendo, ou uma observação do autor. Para sustentar isso, podemos ler Gênesis 10:25, que apresenta um dos filhos de Héber: Pelegue. Héber teve dois filhos: um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra; e o outro foi Joctã. (Gênesis 10:25)

Existe um motivo para Pelegue ter este nome. Pelegue (פלג, em hebraico) significa separar, dividir. Assim, é muito provável que ele tenha recebido este nome em relação ao ato da criação das várias línguas no evento da Torre de Babel, que dividiu completamente o mundo em grupos linguísticos específicos.

Vale salientar ainda que existem indícios extra-bíblicos, como por exemplo – as tábuas sumérias – que relatam a existência de apenas uma língua universal no mundo antigo.

– Assim, podemos dizer que “hebreu”, da perspectiva etimológica, provem de Héber. No que diz respeito ao grupo de pessoas, podemos dizer que “hebreu” é o povo que descende de Sem, filho de Noé. Ou seja, é o povo semita. Por isso, que atualmente vemos o uso de antissemitismo como uma postura contrária ao povo judeu.

Israelita (ישׁראל, em hebraico)

O termo “israelita” é a versão em português do termo “filhos de Israel” (Bnei Yisrael), que aparece várias vezes na Bíblia (são 608 vezes em traduções como a Almeida). Assim, a melhor maneira de entender o significado de israelita é procurar o significado de Israel.

O nome “Israel”, que no hebraico significa “lutar com Deus”, foi atribuído a Jacó:

E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel. (Gênesis 35:10)

Quem foi Jacó?

De acordo com a Tanakh (escrituras judaicas) e o Corão (escrituras islâmicas), Isaac foi o único filho de Abraão com Sara. Isaac, por sua vez, teve dois filhos com Rebeca, sendo Jacó e Esau. Enquanto a descendência de Esau formou os Edomitas, a descendência de Jacó gerou os israelitas (Lembrando que Jacó teve o nome mudado para Israel).

– Assim, Israelita é o povo descendente de Jacó. Jacó, juntamente com seu pai (Isaac) e avô (Abraão), são considerados os patriarcas dos filhos de Israel, os israelitas. O próprio Deus confirma isso, anos depois, a Moisés:

Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. (Êxodo 3:6a)
Jacó teve 12 filhos com 4 mulheres diferentes (Gênesis 49), além de uma filha (Gênesis 30:21), e teve 70 descendentes diretos (Êxodo 1:5).

Judeu (יְהוּדִי em hebraico)

Para entender o significado do termo “judeu“, temos que primeiro entender que dos 12 filhos de Jacó surgiram as 12 tribos de Israel. Abaixo está um mapa com as doze tribos de Israel por volta do ano 1.100 a.C, conforme nos informa o livro de Josué:



Pode-se notar que uma dessas tribos é a de Judá. O termo “judeu” está ligado ao nome Judá, mas não quer dizer que ele se refira apenas ao povo desta tribo. O termo “judeu” se refere ao povo de todas as 12 tribos. Vamos ver o porquê disso.

Conforme vemos no livro de Ester, esta tribo foi predominante durante o período que antecedeu o retorno daquele povo à terra prometida, assim como durante os primeiros anos deste retorno, conforme os livros de Esdras e Neemias.

– O fato que justifica o uso generalizado do termo judeu é que havia a predominância da tribo de Judá neste período, assim todo o povo das doze tribos passou a ser chamado de judeu.

Embora as primeiras aparições no nome “judeu” em muitas traduções das Escrituras só se deem no livro de 2ªReis 16:6 e 2ªReis 25:25, no hebraico a tradução mais adequada seria “homens de Judá”. Apenas nos livros de Esdras, Neemias e Ester é que podemos dizer que há efetivamente a utilização deste termo no sentido de povo das doze tribos.

Conclusão

Agora, fica entendido que Hebreu originou-se de Héber; que Israelita originou-se de Jacó; e que Judeu originou-se da tribo de Judá. Todos esses termos têm o mesmo objetivo: referir-se ao povo escolhido por Deus, embora em épocas diferentes.



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Raciocínio Cristão

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