terça-feira, 21 de junho de 2016

MAIS DE 70 LÍDERES CRISTÃOS CONTINUAM PRESOS NO IRÃ



O 9º país da atual Classificação da Perseguição Religiosa parece não ter retrocedido em sua política severa e antiocidental. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, quer manter um Parlamento sempre disposto a fazer frente aos Estados Unidos. Ele acredita que após o acordo nuclear, os EUA tramaram para se “infiltrar” no país persa, conforme suas últimas declarações à imprensa. Dezenas de artistas, jornalistas e empresários, incluindo iranianos com dupla cidadania norte-americana ou britânica, foram presos como parte da repressão à “infiltração ocidental”.


Relatórios da Portas Abertas já contabilizaram mais de 70 líderes cristãos que também estão presos no país. Não há expectativas de mudanças nas leis que impõem o islã e abafam a liberdade religiosa. Se Khamenei abandonar o cargo por conta de seus atuais problemas de saúde, o conselho pode decidir que Ahmad Jannati, de 90 anos, ocupe o seu lugar. A decisão contraria os políticos mais moderados da República Islâmica, já que Jannati é um líder ainda mais conservador e severo que o atual.

Para os cristãos iranianos, se houver alguma mudança, provavelmente será para restringir ainda mais as atividades da igreja. O simples fato de difundir o evangelho no país pode acabar em prisão ou morte. De acordo com a matéria Cristãos são condenados por divulgar o evangelho, quatro pessoas foram presas e condenadas por “agir contra a segurança nacional” enquanto participavam de um piquenique entre cristãos. Mas as orações da igreja e dos parceiros da Portas Abertas estão sendo respondidas. Só no mês de junho, cinco cristãos foram libertados e Maryan Zargaran conseguiu licença médica para ser tratada fora da prisão. Continue intercedendo por eles.

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A Coerência da Ordo Salutis Reformada

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Ordo salutis
 ("ordem de salvação") é o nome latino que se dá àquela organização lógica e mais ou menos cronológica das diversas ações divinas, agenciadas pela Terceira Pessoa, ligadas à economia da salvação para o indivíduo. E essa representação esquematizada posiciona-se como um ponto de cisão entre as diversas tradições legítimas do cristianismo [1]: católicos a concebem de uma maneira, luteranos de outra, arminianos de outra. A ordo salutis reformada, entretanto, apresenta-se como a que mais precisamente faz jus ao ensino bíblico acerca da salvação, considerando esta doutrina pelo prisma do tota scriptura, valendo-se de uma lógica pressuposicionalista e empregando de forma adequada os assentos da depravação total do ser humano e da perfeita liberdade e soberania de Deus. 


ordo salutis reformada

Em seu esqueleto mais conciso, a ordem de salvação dos reformados é organizada como se segue:

        (I) eleição;
        (II) regeneração;
        (III) chamado;
        (IV) conversão;
        (V) santificação;
        (VI) glorificação.
Portanto, a concatenação lógica destes mistérios do Espírito deve ser, para que se materialize segundo a Escritura, exatamente como foi expressa. Ela deve postular essas operações na ordem em que a Bíblia nô-las apresenta e a qual os reformados honram com sua teologia. 

Argumentação bíblica em favor da ordo reformada 

Embora a eleição não seja uma aplicação dos méritos de Cristo ao pecador individual - conforme normalmente propõe a definição de ordo salutis - , é prudente considerarmos esta doutrina no approach em questão pelo simples fato de que, em última instância, tudo o que ocorre com o pecador na ordem de redimí-lo é decorrência de uma vontade soberana de Deus. Assim, em primeiro lugar, a eleição é o ponto de partida para tudo pois ela é nada menos do que a dimensão soteriológica da doutrina dos decretos de Deus. 

A Escritura afirma:
"[...] anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; [...] O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade." (Isa 46:10)

Tudo o que acontece é resultado direto de um decreto eterno de Deus. Deus decretou todas as coisas (todas!), desde a eternidade. A salvação, desse modo, está incluída nos decretos de Deus. 


Em segundo lugar, Deus implanta nos seus escolhidos o princípio da nova vida, batizando-os no Santo Espírito. Desde que os outros "momentos" da salvação de um pecador pressupõem o seu estado de vida (uma pessoa não pode ter fé nem santificar-se se está morta em pecados - Ef 2.1,2), e desde que o homem morto em seus pecados não pode fazer absolutamente nada nem por si, nem por outros, é lógico que, antes sequer que ele possa dar-se conta de sua salvação, ele precisa estar "salvo", ele precisa estar REGENERADO. 

Diz o apóstolo João:
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (João 1:12-13)

Este verso, fazendo eco ao ensino geral das Escrituras, mostra que os filhos de Deus são os que crêem Nele, e diz que estes mesmos que crêem nasceram da vontade única de Deus! A lição é clara: se uma pessoa crê em Deus é porque ela já foi nascida de Deus, já foi regenerada. Do contrário, como diz Paulo, 
"a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser." (Rom 8:7)

Em terceiro, os que Deus regenerou são chamados para a vida com Deus e só podem obedecer ao chamado porque foram regenerados. E este chamado divino, que não pode ser resistido visto que parte de um decreto eterno (eis o motivo pelo qual a eleição deve ser lembrada na análise da ordo salutis), dá-se por instrumentalidade da palavra de Deus:
"Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. Porque Toda a carne é como a erva, E toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada." (1Pe 1:23-25)

A palavra de Deus, tornada eficaz pela poderosa ação do Espírito, opera como meio instrumental de conversão. E, novamente, há uma lógica aqui. Se a conversão pode ser resumida como arrependimento e fé, se arrependimento e fé só podem ser articulados em função de um conteúdo objetivo de informações, e se este conteúdo consta exclusivamente na palavra de Deus, então é evidente que apenas pela palavra de Deus uma pessoa regenerada pode ser chamada à conversão. 


Em quarto, portanto, o pecador que já recebeu a semente da vida incorruptível e que foi chamado pela "palavra que permanece para sempre", é convertido mediante ação do mesmo Espírito. Neste ponto, há uma observação a ser fixada: pode haver um hiato de tempo entre a regeneração e a conversão. Louis Berkhof acentua:
"[Regeneração] é uma mudança que ocorre na vida subconsciente. É uma secreta e inescrutável obra de Deus que o homem nunca percebe diretamente. A mudança pode ter lugar sem que o homem esteja cônscio dela momentaneamente, se bem que não é o que se dá quando a regeneração e a conversão coincidem". [2]

Dessa forma, a conversão caracteriza-se precisamente pela necessidade de consciência da parte do pecador. Ele precisa saber a quem está sendo convertido:

"E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." (João 17:3)

Em quinto lugar, os que foram convertidos são iniciados, agora, em sua santificação. Conquanto um não-regenerado não possa obedecer a Deus, o que qualifica um pecador convertido é precisamente aquela sua vontade de servir a Deus, amá-lo e obedecê-lo. 


Diz Paulo aos romanos:
"Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. … Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. … E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados." (Rom 8:5,14,17)

Outrossim, com o mesmo poder onipotente com que Deus constrange seus eleitos à conversão, eles são santificados de forma irresistível. Se Deus decretou a salvação dos que escolheu, e se a glorificação deles depende também de seu engajamento na santificação, é mister que Deus os garantirá nesta etapa da 
ordo. Os salvos, como atesta a Escritura, podem cair em graves pecados e por algum tempo continuar neles; incorrer assim no desagrado de Deus, entristecer o seu Santo Espírito e de algum modo vir a ser privados das suas graças e confortos; e ter os seus corações endurecidos e as suas consciências feridas; prejudicando e escandalizado os outros e atraindo sobre si juízos temporais [3]. Contudo, Deus os restaurará à obediência no caminho santo. 

Por fim, em sexto e último lugar, os mesmos que foram eleitos na eternidade serão glorificados no final. Não há opção quanto a isso e não há evento contingente que se interponha como barreira à ação e aos decretos de Deus. 

A Bíblia diz:
"Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. … Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou." (Rom 8:22-23,29-30)

A glorificação dos santos é certa primeiramente porque ela é um componente sine qua non do decreto salvífico de Deus: o Senhor não apenas predestinou "os que conheceu de antemão", mas os predestinou para serem conformes a imagem de Jesus Cristo. A existência de um final pressupõe o sucesso e a concreção dos meios. Ademais, aos que Deus predestinou, ele também chamou e, por fim, glorificou. Ou seja, os mesmos que foram chamados serão glorificados. Os mesmos! E, mais do que isso, sua glorificação é tão certa que a Escritura a posiciona como um evento passado, ao lado do chamado e da justificação. Para Deus, tudo está tão certo que essas obras são consideradas fatos consumados.  


Estes, concluindo, são os diversos elos da corrente de eventos soteriológicos. E a coerência na disposição dessas operações, tanto mais se aproxima da ordo salutisreformada mais reflete a lógica da Escritura. 


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Notas: 
[1] Esse ponto não fraciona a igreja universal de tal maneira que sua identidade cristã seja anulada ou que sua unidade seja perdida. A igreja, na ordem de manter-se como tal, deve concentrar seu senso de comunhão na doutrina mais central do cristianismo, resumida com perfeição no Credo Apostólico. 
[2] BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática: São Paulo: Cultura Cristã, 2007.
[3] CFW XVII.III.

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Autor: Paulo Ribeiro
Fonte: Teologia Expressa

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Sendo um jovem cristão em uma universidade anticristã

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Há alguns anos atrás assisti uma palestra do Rev. Augustus Nicodemus na qual ele citou um dado alarmante vindo de uma pesquisa feita nos EUA. Segundo ele, somente 3 de cada 10 jovens cristãos americanos continuavam firmes na fé após a sua saída da faculdade. Isso me chamou muita atenção e fiquei imaginando se no Brasil a situação não seria semelhante ou até mesmo pior.

Desconheço a existência de uma pesquisa como essa feita em solo brasileiro, mas, ainda assim, acredito que nossa situação não seja muito diferente. Baseando-me em minha própria vivência em uma universidade pública e observando relatos de amigos a respeito de suas experiências, percebi que nossos jovens, em sua maioria, não estão preparados para lidar com o ambiente acadêmico principalmente de universidades públicas, que é muito hostil ao jovem cristão.

Por conta disso, decidi escrever esse texto com algumas orientações pessoais aos jovens cristãos que irão ingressar ou já ingressaram em uma universidade. Meu propósito é tão somente ajuda-los a manterem sua fé durante o seu tempo de graduação.

1) Busque a Deus, pois é Ele quem te sustenta e guarda do mal.

Em primeiro lugar, gostaria de te lembrar que quem te protege do mal é o Espírito Santo de Deus. Na sua famosa oração sacerdotal, Cristo nos diz que enquanto esteve aqui Ele mesmo havia protegido seus discípulos do mal, mas agora Ele iria para junto do Pai e, por isso, clamava para que Deus continuasse a os guardar (Jo 17.12-15). Pelo sentido do texto fica bem claro que a preocupação de Cristo não é com o mal físico, como uma enfermidade, por exemplo. Cristo se preocupava com a corrupção moral, com o pecado:
Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição...” Jo 17.12

Um pouco antes, nos capítulos 14 e 16, Cristo havia prometido enviar outro “consolador” (parakletos) aos seus discípulos. Nas palavras de Cristo, “...o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (Jo 14.26). Assim, “a obra do Espírito Santo é glorificar a Jesus Cristo, mostrando aos seus discípulos quem é Jesus e o que Jesus significa para eles. O Espírito ilumina, regenera, santifica e transforma. Ele dá ao povo de Deus aquilo de que o povo precisa para servir ao Senhor”.[1]

Entendemos que quando Cristo incluiu todos os “que vierem a crer” Nele por meio do ministério dos discípulos (Jo 17.20), nós também fomos alcançados por essa oração maravilhosa de nosso Senhor e, portanto, somos também protegidos do mal pelo Santo Espírito de Deus. 

Tudo isso significa, jovem, que por mais que eu vá apresentar aqui uma lista de coisas a serem feitas, somente o Espírito de Deus pode te guardar do mal e te manter firme na fé. Você, por si só, não tem condições de fazer isso. Portanto, é fundamental que você mantenha uma vida sincera de oração e leitura bíblica regulares, reconhecendo que não há força em você para se manter no estreito caminho e que você precisa diariamente da ajuda do Espírito. Ter uma vida devocional assim é uma evidência de que você reconhece sua fraqueza e incapacidade e se submete inteiramente a Deus. 

2) Busque um grupo cristão em sua universidade, pois você poderá partilhar suas dificuldades e desafios com outros cristãos que vivem situações semelhantes.

Tem se tornado comum a presença de grupos cristãos interdenominacionais nas universidades brasileiras. Em geral, o propósito do grupo é tão somente se reunir para orar, ler a Bíblia, louvar a Deus e conversar sobre a vida acadêmica. Essa é, em minha opinião, uma alternativa excelente para ajuda-lo na caminhada cristã dentro da faculdade, pois você terá a oportunidade de compartilhar suas experiências e desafios com quem enfrenta algo semelhante.

Todavia, tome cuidado com as ideologias por trás do grupo e procure se informar a respeito disso antes de ingressar. Convivemos diariamente com “coisas estranhas” no meio cristão tais como feminismo evangélico e crentes socialistas e, por isso, é importante observar e analisar bem o grupo antes de se envolver.

Portanto, seja cauteloso, mas busque um grupo cristão em sua universidade e procure fazer boas amizades nele. 

3) Converse com cristãos mais velhos, que sejam referências na sua vida, sobre os problemas que você tem enfrentado.

Talvez um dos grandes problemas da igreja hoje seja a excessiva divisão por meio de faixas etárias. Jovens só interagem com jovens. Senhoras só interagem no grupo de senhoras. E assim sucessivamente.

Esse tipo de divisão, se feita em demasia, pode evitar uma importante troca de experiências, que deveria ocorrer na igreja. É fundamental que você, jovem cristão, tenha algumas amizades verdadeiras com pessoas mais velhas. Meninas cristãs busquem as senhoras da igreja que sejam modelos de mulher cristã e aprendam com elas. Da mesma forma, meninos busquem verdadeiros homens de Deus e aprendam com eles.

John Crotts, em seu livro “Homens sábios”, o qual eu recomendo fortemente a todo jovem cristão, diz que “não apenas você deve evitar as más companhias como se fossem uma doença, mas a fim de tornar-se sábio, você também deve gastar tempo com aqueles mais sábios que você” [2].  E como Salomão nos lembra:
Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau”. Pv 13.20

É bem verdade que idade nem sempre significa sabedoria e, por isso, eu friso que você deve procurar homens e mulheres que sejam boas referências na igreja e cristãos sinceros para serem seus conselheiros.

4) Não se isole, mas não se misture demais.

Seguindo ainda o conselho de Crotts e o versículo citado acima, é preciso dizer que você deve evitar as más companhias na faculdade, e elas são abundantes ali, porque podem ter uma influência negativa na sua vida. Me permita ser mais claro: fuja de quem é dado aos vícios (bebida, drogas, lascívia), de quem é imoral, de quem é abertamente um odioso de Deus e de quem não respeita a sua fé. 

Posso, ainda, ampliar esse princípio sugerindo que você evite também ambientes corruptíveis, i.e., lugares como chopadas que foram feitos para satisfazer os prazeres carnais.  E não me venha com essa história de que você vai “ser luz ali, pois a luz só faz diferença no meio das trevas”. Nós dois sabemos que você pode ser “luz” em várias outras situações muito mais propícias ao testemunho e pregação do evangelho. 

Por outro lado, não seja o estranho isolado que não interage com ninguém. Você pode e deve interagir na faculdade. Você pode e deve conversar com seus colegas de classe, fazer parte da equipe de determinado esporte, da equipe de pesquisa, do diretório acadêmico e etc. Eu, por exemplo, fiz grandes amigos na faculdade. Oro sempre por eles e mantemos contato frequente.

Permita-me lembrar que o cristão tem um mandato cultural por entendemos que em todas as esferas da sociedade, Cristo é soberano. Portanto, você deve buscar glorificar a Deus em todas as suas atividades acadêmicas. Lembre-se do que disse Abraham Kuyper:

“Na extensão total da vida humana não há nenhum centímetro quadrado acerca do qual Cristo, que é o único soberano, não declare: Isto é meu!”. [3]

Eu sei que essa missão pode ser um pouco difícil. Mas com a ajuda do Espírito, ela é possível. Portanto, não se isole, mas não se misture demais.


5) Dê o seu melhor na faculdade e, assim, glorifique a Deus.

Seguindo ainda essa linha de raciocínio, gostaria de te aconselhar a ser o melhor universitário que você puder ser. Se empenhe em tirar boas notas e mantenha atividades extracurriculares que seja de seu interesse. Faz parte da cosmovisão cristã se empenhar ao máximo para fazer tudo a que nos propomos, fazer tudo, de fato, para a glória de Deus.

Leland Ryken, em outro livro que recomendo fortemente aos jovens cristãos, “Santos no mundo”, se propõe a explicar como agiam e pensavam os puritanos. Antes de falarmos especificamente sobre educação, leia o resumo que Ryken faz dos puritanos e veja como eles encaravam a vida com seriedade:
“No todo, o puritano típico nos teria impressionado por trabalhar arduamente, ser econômico, sério, moderado, prático em sua perspectiva, doutrinário em assuntos religiosos e políticos, bem informado a respeito dos últimos acontecimentos políticos e eclesiásticos, argumentativo, bem-educado, e inteiramente familiarizado com o conteúdo da Bíblia. Para alcançar isto, os puritanos tinham de ser autodisciplinados. Para qualquer um propenso à negligência nestes assuntos, estar perto de um puritano decerto o faria sentir-se desconfortável...”. [4]

Se quisermos nos aprofundar um pouco mais, podemos observar uma famosa resolução de Jonathan Edwards, que nos ajuda a perceber como esses homens de Deus viviam a vida ao máximo e com grande seriedade:


“Resolvi viver de tal forma como se estivesse sempre vivendo o meu último suspiro.” [5]

No capítulo sobre educação, Leland traz algumas citações interessantes como esta do reformador Martinho Lutero:

“Se tivesse filhos e pudesse dar conta disso, eu os poria a estudar não apenas línguas e História, mas também canto e música, juntos à matemática... Os gregos antigos treinaram seus filhos nestas disciplinas; eles cresciam para serem pessoas de habilidades extraordinárias, subsequentemente aptas para tudo”. [6]

Podemos ver, portanto, que o cristão deve encarar a vida com seriedade e isso inclui, o dedicar-se aos estudos para ser um bom profissional no futuro e ao trabalho para servir bem a sociedade. E, assim, em ambos os casos, glorificar a Deus.


Há, contudo, algo mais para ser dito aqui. Esse tipo de pensamento tem por base o pressuposto de que toda verdade é verdade de Deus. Isso significa que as ciências estão sujeitas a Deus e devemos nos empenhar nelas a fim de glorificar nosso Senhor e conhecer mais a respeito dele. É consenso na tradição reformada admitir que há um conhecimento natural de Deus, percebido na criação, e um conhecimento sobrenatural de Deus, que é o mais importante, uma vez que é o único que conduz à salvação, conhecido através da Bíblia. Apesar de o conhecimento sobrenatural ser o mais importante, o conhecimento natural não deve ser desprezado.

Ryken nos lembra que “o objetivo dos puritanos na sala de aula era medir todo o conhecimento humano pelo padrão da verdade bíblica” [4] e cita Thomas Hall: “devemos... trazer o conhecimento humano para casa para ser podado e aparado com sabedoria espiritual”.[7] A verdade é que os ateus dominaram o terreno no campo das ciências e eles a separaram radicalmente da religião. É como se a ela fosse impossível dialogar com a fé cristã; é como se fosse a não existência de Deus fosse tão óbvia para a ciência que o assunto nem precisasse ser discutido. Embora não tenha espaço para tratar desse assunto com maior profundidade, sabemos que esse pressuposto não é verdadeiro e me impressiona a inércia de boa parte dos cristãos em tal discussão.

Talvez nossa demora combater essa filosofia seja pela ausência de uma “teologia mais relevante para o nosso contexto”, como destacam Ferreira e Myatt em sua obra.[8] Porém, independente da razão, os cristãos precisam voltar a atuar com coragem e sabedoria nessas áreas para que tragam novamente a luz de Deus para as ciências.

6) Defenda a sua fé, mas seja sábio. Esteja sempre aprofundando seu conhecimento sobre a fé cristã.

Jovem, como já disse, a universidade é um ambiente claramente anti-cristão. Alguns de seus professores provavelmente farão ataques diretos à fé cristã. Outros serão um pouco mais sutis. Porém, você vai precisar aprender a se portar com sabedoria nesse ambiente hostil. 

Não ache, por favor, que você é o protagonista de um filme, no qual, com todo o seu conhecimento adquirido após a leitura de um punhado de livros, irá confrontar e derrotar facilmente um professor em debate aberto. Veja bem, não estou dizendo que você deva negar direta ou indiretamente a fé. Nunca faça isso! Estou apenas te exortando a agir com sabedoria e a não ser prepotente ao ponto de achar que você irá vencer um debate como esse com facilidade. Na verdade, se você for humilde e reconhecer que sabe muito pouco para um debate de tal nível, pode ser que você consiga fazer um bom papel caso haja necessidade.

O caminho que considero natural e bom é esse: o ambiente hostil presente na universidade deve te levar a procurar aprofundar o seu conhecimento acerca da doutrina cristã. Leia filosofia cristã, teologia sistemática, doutrina e apologética e, principalmente, como também já disse, leia a Palavra de Deus. Mas não leia como alguém que está ávido para falar e confrontar, ávido para chamar atenção para si, ávido para vencer um debate e ficar famoso. Leia para sua instrução e para poder auxiliar outros que eventualmente necessitem de ajuda nessas áreas. Leia para a glória de Deus! E, se você for levado a uma situação como um debate com um professor ou até mesmo um colega de classe, seja firme, humilde, respeitoso e confie em Deus.

7) Gaste seu tempo com sabedoria. Não fique demais na internet.

Isso tudo nos leva ao próximo ponto. Administre melhor o seu tempo, o utilizando, o máximo possível, para a glória de Deus. Há diversas coisas que podem nos fazer perder tempo na vida e, levando em consideração o público que me lê, devo salientar que a internet é, sim, uma delas. O problema não é a internet em si, mas o uso que fazemos dela.

A internet pode ser uma ótima ferramenta para o aprendizado secular e cristão, uma ótima ferramenta para fazer e manter amizades cristãs, uma ótima ferramenta para se manter bem informado. Porém, ela também tem o potencial de te ajudar exponencialmente em sua procrastinação. 

Portanto, eu diria para você se preocupar mais em estudar/aprender, trabalhar, ajudar nos afazeres domésticos e ajudar a sua igreja local do que com posts e debates no Facebook, por exemplo. Se preocupe mais em orar e estudar a Bíblia do que em postar que ora e lê a Bíblia. Se preocupe mais em estudar os grandes debates da história da fé cristã com as “tretas” de Facebook que diariamente pululam à sua frente.

Acredito que esse ponto seja, na verdade, derivado do primeiro. Em resumo, quanto mais tempo você se dedicar a conhecer a Deus, mais preparado você estará para enfrentar as dificuldades da universidade e as que surgirão durante toda a sua vida.

Conclusão

Eu espero sinceramente que esse texto possa te auxiliar a encarar o desafio que você tem pela frente. Lembre-se, porém, que, dentre tudo o que foi escrito, o primeiro ponto é o mais importante. Submeta inteiramente a sua vida a Deus e peça que Ele te auxilie a enfrentar o desafio de ser um jovem cristão na universidade. 

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Referências:
[1] Bíblia de Estudo de Genebra, editora Cultura Cristã.
[2] Homens sábios, John Crotts, editora Fiel.
[3] Abraham Kuyper, apud Ferreira, Contra a idolatria do Estado, editora Vida Nova.
[4] Santos no Mundo, Leland Ryken, editora Fiel.
[5] Jonathan Edwards, apud Nichols, Conheça Jonathan Edwards, disponível em:
http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/05/conheca-jonathan-edwards/.

[6] Martinho Lutero, apud Ryken, Santos no mundo, editora Fiel.
[7] Thomas Hall, apud Ryken, Santos no mundo, editora Fiel.
[8] Teologia sistemática, Ferreira & Myatt, editora Vida Nova.

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Autor: Pedro Franco
Divulgação: Bereianos

Campanha para reconstrução do novo templo da IP de Jordão Alto - Recife - PE

O Conselho de Ação Social esteve visitando no dia 02 deste mês a Igreja Presbiteriana de Jordão Alto em Recife - PE, que devido a forte chuva teve seu templo condenado pela Defesa Civil e o mesmo terá que ser demolido. Abaixo palavra do Rev. Eraldo Gueiros - Pastor da Igreja. O CAS conta com o apoio de todos os presbiteriano do Brasil nesta campanha de reconstrução
"Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança." Tiago 1:2,3"
Confesso aos irmãos que é fácil prestar solidariedade, difícil é vivenciar a aflição. Contudo, temos aprendido, do outro lado, a ver a importância da solidariedade quando se recebe!
Tem sido as orações dos irmãos, juntamente com as palavras de incentivo que tem transformado a nossa tristeza em esperança!
Somos gratos a Deus por inúmeros fatores da sua benevolência. Não houve vitimas da igreja nem prejudicamos ninguém da comunidade. Louvado seja Deus!
Prejuízos sim, muitos.... mas tudo dentro do controle soberano de Deus. E Ele nos dará a capacidade de recomeçarmos de novo!
Louvo a Deus por essa comunidade maravilhosa (IPJA), minhas ovelhas, meu povo, meus irmãos e amigos, que tem demonstrado um sentimento de unidade e comunhão que nos surpreende. Nossa liderança não se sente sozinha!
Não olhamos para os nossos recursos como suficientes para fazermos nada. Mas a nossa suficiência virá do nosso Deus!
Comecei esse dia louvando ao Senhor por ter contrariado as estimativas de mais chuvas... Hoje Deus nos deu o sol mais lindo que eu já vi!
Esse Sol que nos trouxe as condições de retomarmos as atividades de contenção e demolição. Hoje as 13h, estaremos destelhando e demolindo todas as paredes que estão na eminência de caírem e provocarem um dano duplamente pior do que aconteceu ontem. Toda ajuda será muito bem vinda!!!
Nossas programações e ministérios não vão parar. Elas sofrerão ajustes e serão transferidas para outro local provisório.
Mas em tudo isso vemos a provisão de Deus!
Mais uma vez, eu só tenho a agradecer em nome de todos que fazem a Igreja Presbiteriana do Jordão Alto em Recife, pelas orações, palavras de apoio e ajuda financeira.
Apesar das atividades serem intensas, em breve compartilharemos mais informações!
Rev. Eraldo Gueiros

Congresso Nacional da APECOM em Águas de Lindóia-SP.











Fotos Pr. Mariano



Nos dias 17 a 19 de junho de 2016 aconteceu no Hotel Monte real Águas de Lindóia -SP o Congresso Nacional da APECOM. O tema do Congresso foi







Congresso Nacional da APECOM em Águas de Lindóia-SP.

O que é a APECOM?

A APECOM, Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação, é o órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil que une dois ministérios, por definição, inseparáveis. A evangelização e a comunicação. Evangelho significa “boa notícia”, uma notícia especial que precisa ser divulgada a todos e em todos os lugares.

Deus, em Sua graça, tem providenciado os meios pelos quais a igreja pode cumprir sua missão de proclamação. Esta é uma forma de entendermos o avanço tecnológico na área da comunicação. Como se não bastasse o rádio, meio de comunicação que alcança milhões de pessoas nos mais remotos lugares da terra, a TV tem sido um eficaz meio de comunicação, aliando o som à imagem cada vez mais definida.

Todavia, o crescimento da comunicação não pára. A comunicação aliou-se à velocidade. Para atender esta exigência da pós-modernidade, a tecnologia viabiliza a cada dia mais ferramentas. O conteúdo que veicula na TV e no Rádio domina o espaço nos computadores e telefones celulares. A pergunta é: que conteúdo está sendo veiculado?

APECOM: anunciando e comunicando


A APECOM tem como vocação usar os meios de comunicação para anunciar o melhor conteúdo que possa existir, o evangelho. É o melhor conteúdo porque nunca fica ultrapassado, embora, paradoxalmente, nunca mude. É o melhor conteúdo porque pode transformar a vida das pessoas. É o melhor conteúdo porque tem resultados para além desta vida. Sendo assim tão valiosa, esta notícia precisa ser entregue a todos e em todos os lugares.

Como fazer?

A APECOM realiza cruzadas e simpósios conscientizando os crentes da missão de proclamarem com a vida e a palavra, a Boa Notícia de que Jesus é o Senhor e o Salvador. Mas, também, a APECOM proclama esta mesma mensagem por todos os meios disponíveis inclusive as chamadas mídias sociais como Twitter, Facebook, Youtube, Orkut, Digg e, certamente, outros que serão conhecidos nos próximos dias.

Desafios: contextualizar a comunicação

Os seminários presbiterianos continuam fornecendo líderes para as igrejas com excelente conteúdo teológico mas, evidentemente, o perfil destes líderes não é o mesmo que tínhamos na década passada. São pastores que já possuem seus equipamentos tecnológicos com suas múltiplas ferramentas.

É uma nova geração de pastores. Preparam seus sermões antenados na internet, ouvindo o som de uma rádio web, colhendo imagens e montando os textos e as apresentações que deverão ser exibidas no datashow, à medida em que ministra a mensagem aos crentes, reunidos para o culto público. A mensagem ministrada estará disponível depois no site do próprio pastor ou de sua igreja.

Um novo perfil de pastor tem se percebido, um “pastor virtual”. Vantagens e desvantagens das mudanças que vão ocorrendo podem ser discutidas, mas, não podem ser ignoradas. É um mundo que não pára.

O desafio da igreja é contextualizar sem empobrecer a mensagem. O velho e surrado evangelho nunca poderá ser mudado, sob pena de deixar de ser evangelho; mas, esta boa notícia sem sofrer danos, pode e deve ser anunciado por todo tipo de instrumento de comunicação. Afinal, não existe notícia, nem mesmo a “boa notícia,” que perdure se não for comunicada. Como as pessoas crerão em Cristo se alguém não O comunicar?


Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação
Titulares do Conselho de Administração
Rev. Hernandes Dias Lopes – ES
Rev. George Alberto Canelhas – SP
Rev. Ricardo Agreste da Silva – SP
Rev. Alexandre Antunes Pereira Santos – GO
Rev. Alcyon Vicente Pinto da Costa Junior – RJ
Rev. Rosther Guimarães Lopes – DF
Presb. Alberto José Bellan – SP
Presb. Ciro Aimbiré de Moraes Santos – SC
Presb. Delcimar Carvalho Santos – RJ
Presb. Daniel Sacramento – BA
Presb. Luis Augusto Maia Vinagre – MT
Presb. Gunnar Bedicks Junior – SP
Presb. Euclides de Oliveira – PR

Suplentes do Conselho de Administração
Rev. Sergio Lima – SP
Rev. Itamar Santana Bezerra – BA
Rev. João Batista de Moura – RN
Presb. Edilson do Nascimento Silva – RJ
Presb. Aguinaldo Rodrigues de Oliveira – MG
Presb. Presb. Wilson Jose de Freitas – ES

Conselho Fiscal
Presb. Robério Freitas – BA
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ENCONTRO FIEL NO INSTITUTO BÍBLICO DO NORTE GARANHUNS PE





Nos dias 17 e 18 de junho de 2016 aconteceu o Encontro Fiel no IBN -Santos no Mundo foi o tema. com 6 palestras sobre a visão dos puritanos sobre sexo, casamento, família, a Palavra, a pregação e a ação social. O preletores do evento foram os pastores: Wilson Porte e Paulo Brasil.Vários irmãos da nossa região Nordeste participaram.Foi uma benção.

PROJETO RUMO AO SERTÃO



Um projeto que tem o objetivo de plantar igrejas no nordeste e em especial no Rio Grande do Norte e Ceará. Pela graça de Deus temos procurado de forma simples alcançar os objetivos e Deus nos facilitado a realizar o seu trabalho. Somos gratos aos parceiros e apoiadores atuais, que tem nos apoiado nesta jornada de Deus. O objetivo do Projeto Rumo ao Sertão é plantar igrejas em locais aonde a nossa igreja não chegou; realizar avanços missionários, para o inicio dos trabalhos; aplicar o curso de evangelismo pessoal, para treinar e formar evangelistas. 

Desejamos contar com as suas orações e apoios, pois temos muitos desafios para ser enfrentados e a graça de Deus nos conforta nas horas mais difíceis. Seja um apoiador do nosso projete em especial em oração. 

PROJETO NOVOS CAMPOS






O Projeto Novos teve Início em 2015 com o propósito de Plantar Igrejas na Região do Agreste Meridional em parceria com o IBN aliando a preparação dos alunos com a prática na implantação de novas igrejas.
O IBN e a JMN iniciaram no ano de 2005 uma abençoadora e próspera parceria visando a expansão do evangelho e consequentemente um crescimento da presença presbiteriana em uma das regiões de maior população no Estado de Pernambuco o Agreste Meridional. Nasceu assim o projeto Novos Campos- PNC que aliando a preparação acadêmica dos alunos do IBN com a prática da implantação de novas igrejas. Com equipes de alunos distribuídas e orientadas foram abertos os campos missionários de Caetés-PE, Capoeiras-PE e Venturosa-PE tendo inicialmente a JMN como parceira e logo em seguida outras igrejas como a IP Vila Mariana-SP, 1ª Igreja do Recife, IP da Madalena-Recife, IP Central de Bonsucesso e Copacabana do Rio de Janeiro, 1ª IP de Vitória-ES, 1ª IP de Taguatinga-DF, Presbitérios de Garanhuns e de Pernambuco se juntaram nesta empreitada. Já concluídos a construção dos templos de Capoeiras-PE ,Venturosa-PE, Caeté-PE. Em construção o templo-casa do campo de Correntes-PE. Vários alunos ao longo deste período serviram nos campos do Projeto e muitos após a conclusão do curso foram para campos avançados da JMN, presbitérios e igrejas.
Rev. Mariano Alves

sexta-feira, 17 de junho de 2016

07 maneiras de você ajudar sua igreja a ser uma igreja saudável

Por Renato Vargens

Vivemos dias complicados, e disso sabemos bem, não é verdade? Eu particularmente tenho visto muito gente nas Redes Sociais falando mal de suas igrejas, de seus pastores, do ensino de sua comunidade, do momento de louvor com música e muito mais. 

Diante disto pergunto: O que você você tem feito para ajudar seu pastor na árdua missão de conduzir o rebanho de Cristo nos caminhos do Senhor, ? Qual tem sido a sua contribuição a fim de que a igreja que frequenta seja uma comunidade cristã saudável?

Pensando nisso resolvi elencar sete dicas que se observadas poderão contribuir para a saúde da sua igreja local, senão vejamos:

1-) Seja um membro ativo de sua comunidade. Isto é, seja mais do que um assistente de cultos, participe, esmere-se em servir, trabalhe em alguma área da igreja, fazendo tudo para a glória de Deus.

2-) Seja um crente de oração. Ore por sua igreja individualmente e participe das reuniões de oração de sua comunidade local.

3-) Critique menos e ore mais. Critique menos e trabalhe mais.

4-) Incentive seu pastor a pregar as Escrituras, somente as Escrituras, nada além das Escrituras.

5-) Incentive os membros de sua igreja a estudarem as Escrituras tanto individualmente como coletivamente.

6-) Seja parceiro e amigo do seu pastor, faça-o saber que pode contar com você nos momentos de lutas e dificuldades da igreja.

7-) Seja uma nítida manifestação do amor de Deus em sua igreja, isto é, viva e encarne a benignidade e a misericórdia de Cristo  nos relacionamentos interpessoais. 

Pense nisso!

Renato Vargens

quinta-feira, 16 de junho de 2016

AVIVAMENTO: PODER DO CÉU



Por Pr. Silas Figueira

INTRODUÇÃO

Texto Base Atos 2.1-41 

Um dos grandes questionamentos hoje é se o que ocorreu no dia de Pentecostes poderá ocorrer hoje. Para muitos teólogos tal ocorrido não acontecerá mais. Aliás, para alguns o termo avivamento é coisa do passado. No entanto, lemos outros teólogos de renome que pensam de forma bem diferente. Por exemplo, D. Martyn Lloyd-Jones diz que “realmente temos que parar de dizer que o que aconteceu no dia de Pentecostes aconteceu uma vez para sempre. Não foi assim; foi apenas o primeiro”. Com isso ele não está dizendo que haverá outro Pentecostes como ocorreu no início da Igreja, mas que o derramar do Espírito continua até hoje. Ele nos diz: “Pois bem, isso é o que ocorre em um avivamento. É Deus derramando do Seu Espírito, enchendo o Seu povo novamente. Não é o que lemos em Efésios 5.18, que é o mandamento para que “continuemos sendo cheios do Espírito” [...] Na verdade, como lhes mostrei, as Escrituras demonstram claramente o oposto: “Caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós no princípio”. Precisamos nos acautelar para que não apaguemos o Espírito em favor de teorias ou temores de certos grupos religiosos excêntricos”.


O teólogo Franklin Ferreira definiu avivamento assim: “Em uma definição simples, podemos afirmar que avivamento é Deus reanimando seu povo, renovando a aliança que estabeleceu com ele, tratando-o de forma familiar. Avivamento é a percepção e experiência – mais do que crença – de que Deus está presente em nosso meio e, por isso, algo diferente acontece entre nós”. 

Avivamento é algo sério, pois procede de Deus para Sua Igreja. Não devemos negligenciar esse mover dos céus sobre o Seu povo como se isso fosse algo de pouca monta.

O texto de Atos 2 é o cumprimento da promessa de Deus de que derramaria do Seu Espírito sobre toda carne. Não foi um acontecimento isolado que ocorreu no início da Igreja, mas esse mesmo poder do Espírito Santo encontra-se a nossa disposição hoje para nos tornar testemunhas mais eficazes de Cristo.

Se nós obsevarmos a história da Igreja veremos que os grandes avivamentos ocorreram em épocas de maiores crises na sociedade e em consequência da frieza espiritual da Igreja. Nos dias atuais, creio que necessitamos com urgência de um novo avivamento, pois a sociedade está perdida e a igreja sem rumo certo. Na igreja de hoje vemos de um lado uma quantidade enorme de líderes, em nome do Espírito Santo, pregando as maiores e absurdas heresias e, de outro lado, vários pastores tentando engessar e encaixotar o Espírito Santo em seus dogmas teológicos. Poucas são as igrejas que estão pregando um Evangelho equilibrado onde há teologia séria com o mover do Espírito Santo.
Concordo com Franklin Ferreira quando diz que “Deus manda pessoas e situações como instrumentos de juízo sobre nós, para que clamemos por avivamento”. Então esta é uma boa hora para começarmos a clamar, pois a coisa está indo de mal a pior em nosso país.

Entendendo o Pentecostes:

Pentecostes significa “quinquagésimo”, pois se refere a uma festa realizada cinquenta dias depois da Festa das Primícias (Lv 23.15-22). O calendário das celebrações de Israel em Levítico 23 é um esboço do ministério de Jesus Cristo. A Páscoa retrata sua morte como Cordeiro de Deus (Jo 1.29; 1C0 5.7), e a Festa das Primícias representa sua ressurreição dentre os mortos (1Co 15.20-23). Cinquenta dias depois da Festa das Primícias, observava-se a Festa de Pentecostes, que retrata a formação da Igreja. Em Pentecostes, os judeus comemoravam a entrega da Lei, mas os cristãos comemoram a dádiva do Espírito Santo à Igreja.

Mas dentro desse tema Avivamento o que podemos aprender com esse texto.

A PRIMEIRA LIÇÃO QUE EU APRENDO É QUE O AVIVAMENTO NÃO É PRODUZIDO PELO HOMEM.

O que muitos líderes chamam de avivamento o Senhor chama de heresia e histeria. Muitos pensam que estão avivados, mas estão longe do que o Senhor planejou para o Seu povo. Há nessas igrejas dois tipos de “avivamento”, o “avivamento falsificado” e o “avivamento fabricado ou produzido”, menos o verdadeiro avivamento. Vejamos:

1º - Há muitos líderes falsificando o avivamento. John MacArthur diz que “A partir da invenção das moedas gregas, por volta de 600 a.C., até a introdução do papel-moeda no século XIII na China, a falsificação sempre foi considerada um crime grave. Historicamente, era punível com a morte na maioria das vezes. Na América colonial, por exemplo, Benjamin Franklin imprimiu papel-moeda, que incluía o aviso ameaçador: “A falsificação é a morte”. Os anais da história inglesa relacionam as execuções de numerosos falsificadores, a maioria dos quais foram enforcados, e alguns queimados na estaca. Esse nível de punição pode soar cruel aos nossos ouvidos modernos, mas o crime de falsificação foi severamente punido por duas razões principais.

Primeiro, a lei a considerava como uma ameaça à estabilidade econômica do Estado e o bem-estar geral de todos os cidadãos. E em segundo lugar, em países como a Inglaterra, a emissão de moeda era considerada prerrogativa que pertencia apenas ao rei. Assim, a falsificação não era apenas um pequeno furto contra a pessoa enganada que recebeu a moeda falsa, era considerada como algo muito mais sério – um perigo para a sociedade em geral e uma traição subversiva contra a autoridade real.

Mas e quanto àqueles que falsificam a obra de Deus? O crime de falsificação de dinheiro torna-se insignificante em comparação com o ato traiçoeiro de falsificação do ministério do Espírito Santo. Se a impressão de moeda falsa é uma ameaça à sociedade, a promoção de experiências religiosas fraudulentas representa um perigo muito maior. E se a produção de moedas falsas constitui um ato de traição contra um governo humano, a pregação de um evangelho falso é uma ofensa infinitamente pior contra o Rei dos reis”.

A falsificação da obra de Deus é um crime contra o próprio Deus e no caso em questão será indesculpável quem tal coisa praticar. Mas a falta de temor e o desejo de encher as igrejas, muitos líderes tem feito tal coisa. Eles se esquecem de que as pessoas são muito mais do que números. Esses líderes se esquecem de que terão de prestar contas a Deus pelos seus atos (Mt 7.15, 21-23).

2º - Há muitos líderes “produzindo o avivamento”. Para Charles Finney, evangelista congregacional americano, nascido no século 19, o avivamento é algo que a comunidade pode produzir, desde que siga determinados passos.

Veja o que ele disse: “Na vida espiritual nada existe além das capacidades naturais; ela consiste totalmente no correto exercício dessas capacidades. É apenas isto e nada mais. Quando a humanidade se torna verdadeiramente religiosa, as pessoas são capacitadas a demonstrar esforços que eram incapazes de manifestar antes. Exercem apenas capacidades que tinham antes, e utilizavam de maneira errônea, e agora as empregam para a glória de Deus”. Deste modo, visto que o novo nascimento é um fenômeno natural, o mesmo ocorre ao avivamento: “Um avivamento não é um milagre, tampouco depende deste, em qualquer sentido; é simplesmente um resultado do filosófico da correta utilização dos meios estabelecidos, assim como qualquer outro resultado produzido pelo emprego destes meios”. A crença de que o novo nascimento e um avivamento dependem necessariamente da atividade divina era perniciosa para Finney. Ele disse:“Nenhuma doutrina é mais perigosa do que esta para o progresso da igreja, e nada pode ser mais absurdo”.

Isso nós temos visto hoje em muitos seguimentos da igreja. Todas estas igrejas que adotam métodos humanos para atrair e fazer a igreja crescer, dizendo que isso é um avivamento, são na verdade herdeiros de Charles Finney e de sua teologia sem Deus.

Nesses lugares há muito choro, mas não há arrependimento. Há muito pula pula, mas nenhum joelho no chão buscando a face do Senhor. Há muita gritaria, mas não vemos lamento pelo pecado. Há muita palha sendo pregada nos púlpitos e nenhum alimento sólido que alimenta as ovelhas. Há muita autoridade humana, mas nenhum temor a Deus.

SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE O AVIVAMENTO SE DÁ EM RESPOSTA AS ORAÇÕES DA IGREJA (At 2.1).

Citando mais uma vez Franklin Ferreira ele diz que “Avivamento é um poderoso derramamento do Espírito Santo sobre a igreja local, em resposta às orações dos cristãos...”. Os 120 discípulos estavam congregados no cenáculo em unânime e perseverante oração, quando de repente, o Espírito Santo foi derramado sobre eles.

1º - Com isso entendemos que a busca pelo avivamento se dá em unidade e oração perseverante (Até que do alto...). Durante dez dias aqueles discípulos estavam em perseverante oração esperando a promessa do Senhor de que derramaria sobre eles do Seu Espírito (Lc 24.49). Não queremos dizer com isso que o Espírito Santo não seria derramado no dia de Pentecostes se a igreja não estivesse orando, eu quero afirmar que o Senhor move a Sua Igreja para buscá-Lo em perseverante oração, pois há um fervor dado pelo próprio Espírito nos movendo para isso (Fl 2.13).

2º - A Bíblia nos ensina sobre a necessidade de orar por Avivamento. Há vários relatos bíblicos que nos impulsionam nessa direção. É o próprio Senhor que nos move a buscar de Sua face. Como disse Davi no Salmo 42.1,2: “Como suspira a corça pelas corentes das águas, assim por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...”

Sede de Deus é a verdadeira busca por um avivamento para que a nossa alma sedenta seja saciada e os corações frios sejam aquecidos pelo fogo do Espírito.

Em 1891, aos treze anos de idade, Evan Roberts começou a ter fome e sede, e orar por duas coisas importantes: (1) para que Deus o enchesse com o Seu Espírito, e (2) para que Deus enviasse o reavivamento ao País de Gales. Roberts fez talvez o maior investimento no banco de oração de Deus a favor do reavivamento que o Senhor desejava enviar. E talvez fosse essa a razão de Deus ter começado a onda internacional de reavivamentos no País de Gales – através de Evan Roberts.

A oração é a chave que abre as portas e janelas do Céu sobre a igreja.

TERCEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE NO AVIVAMENTO COISAS EXTRAORDINÁRIAS ACONTECEM (At 2.2-4).

Falar de avivamento é falar de coisas que fogem a normalidade da vida da igreja. É impossível ler nos relatos bíblicos e da história da Igreja onde houve avivamento não encontrar coisas extraordinárias acontecendo.

O teólogo Franklin Ferreira conta que “ninguém menos que Martyn Lloyd-Jones, talvez o maior pregador do século 20, conta que, em uma das vezes em que Jonathan Edwards regressava à casa, ao dirigir-se ao quarto de oração para deixar o casaco, ele encontrou a mulher como que flutuando acima da cama, em decorrência da ação do amor de Cristo sobre ela”.

Hernandes Dias Lopes diz que “O derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo produzido, ensaiado, fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. Foi incontestável e irresistível. Foi soberano, ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz, ninguém pôde desfazer os resultados. Foi definitivo, ele veio para ficar para sempre com a igreja”.

Observe que no dia de Pentecostes três fatos ocorreram.

1º - O Espírito Santo veio com um som como de um vento impetuoso (At 2.2). O vento foi uma forma de Deus se manifestar no Antigo Testamento. Deus falou com Jó num redemoinho (Jó 38.1; 40.6); um forte vento oriental abriu o caminho através do Mar Vermelho (Êx 14.21). Jesus também usou o vento para falar do Espírito Santo (Jo 3.8) e Ele soprou sobre os discípulos e lhes disse: “Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.21,22).

Quando o vento do Espírito sopra ninguém pode detê-lo. Como diz Hernandes Dias Lopes: “Os homens podem até medir a velocidade do vento, mas não podem mudar o seu curso. Como o vento, o Espírito também é misterioso; ninguém sabe donde vem nem para onde vai. Seu curso é livre e soberano. Deus não se submete à agenda dos homens nem se deixa domesticar”.

2º - O Espírito Santo veio em línguas como de fogo (At 2.3). Ao olharmos para o Antigo Testamento nós também veremos o Espírito Santo se manifestando através do fogo. Deus se manifestou na sarça em que o fogo não a consumia (Êx 3.2). Quando Salomão consagrou o templo ao Senhor, desceu fogo do céu (2Cr 7.1). No Carmelo, Elias orou, e fogo desceu (1Rs 18.38,39). A aparição do Senhor no Monte Sinai depois que o povo de Israel aceitou o Antigo Pacto (Êx 19.18).

Aqui no Pentecostes não foi diferente, o Senhor se manifestou através do fogo.
3º - O Espírito Santo os levou a falar em outras línguas - idiomas (At 2.4). Duas coisas são necessárias destacar: 1º - aqui não está se falando em dom de línguas como alguns pentecostais dizem; e 2º - também não é nem um dom especial para falar línguas estrangeiras como alguns tradicionais também costumam dizer.

Esse falar em línguas inteligíveis foi algo sobrenatural, mostrando o oposto do que houve em Babel. Em Babel as línguas eram ininteligíveis e houve dispersão; já no Pentecostes não foi necessário interpretação e houve ajuntamento. Observe o versículo 11b, eles falavam em idiomas das pessoas de várias nacionalidades que se encontravam ali. Eles falavam das grandezas de Deus, não das grandezas dos homens.

Hernandes Dias Lopes diz que “A glossolalia de Atos 2 foi um fenômeno tanto de fala como de audição. Não foram sons incoerentes, mas uma habilidade sobrenatural para falar em línguas reconhecíveis. Assim, a expressão outras línguas poderia ser traduzida por “línguas diferentes da língua materna”. Os discípulos falaram línguas que não haviam aprendido. O termo grego traduzido por língua em Atos 2.6 e 8 é dialektos e refere-se à linguagem ou dialeto de um país ou região. 
        
Com a vinda do Espírito Santo duas coisas não seriam mais as mesmas: 1 – o Espírito passaria a habitar nas pessoas, não apenas vir sobre elas; e 2 – sua presença seria permanente, não apenas temporária (Jo 14.16,17).

EM QUARTO LUGAR O AVIVAMENTO GERA INTREPIDEZ NA PREGAÇÃO (At 2.14-41).

Avivamento que gera euforia somente não é avivamento. Avivamento gera intrepidez na mensagem pregada. O milagre das línguas atraíram as multidões, mas o que gera vida é a pregação da Palavra. A fé gera o milagre, mas o milagre não gera fé.

Pedro se levanta com intrepidez e inicia o seu sermão mostrando que o que estava acontecendo não era embriaguez, mas um cumprimento profético.

 A pregação deve ser com entendimento (Lc 24.45). O texto de Lucas nos diz que o Senhor lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. É o inverso do diabo que cega o entendimento (2Co 4.4). É o Espírito Santo que nos dá esse entendimento, pois a Palavra é inspirada por Ele. Sem o Espírito Santo as pessoas podem conhecer a Bíblia, mas não podem compreendê-la. Como nos diz o apóstolo Paulo em 1Co 2.12-16:

“Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo”.

Por isso Pedro começa o seu sermão citando o profeta Joel com conhecimento revelado pelo Espírito Santo. Este profeta havia profetizado que o Espírito Santo seria derramado sobre toda a carne, e isso em termos qualitativos, e não em termos quantitativos.

Pedro mostra que esta profecia estava se cumprindo naquela manhã.

2º - A pregação de Pedro foi uma pregação cristocêntrica na sua essência. A mensagem de Pedro mostrou a verdade a cerca de Jesus e Seu ministério. Uma das coisas que mais temos visto hoje em dia em muitos púlpitos é que o Senhor Jesus tem sito negligenciado em Sua obra. Fala-se em prosperidade (usando textos do VT), cura, libertação, vitória; mas não se fala de cruz, renúncia, arrependimento. Pecado então passa longe desses púlpitos, pois falar de pecado ofende os ouvintes.

Hernandes Dias Lopes nos diz que Pedro abordou cinco pontos em seu sermão:

1 – A vida de Cristo (2.22); 2 – A morte de Cristo (2.23); 3 – A ressurreição de Cristo (2.24-32); 4 – A exaltação de Cristo (2.33-35) e por fim, 5 – O senhorio de Cristo (2.36).

Quanta diferença para os dias de hoje!

3º - A pregação tem que ser eficaz em seu propósito (At 2.37-41). O Espírito Santo usou a mensagem de Pedro para tocar o coração dos ouvintes. Isso é avivamento. Avivamento é a Palavra sendo pregada com intrepidez e tendo uma resposta positiva a esta mensagem. São vidas sendo salvas por compreenderem que estão perdidas.

A mensagem de Pedro foi dura aos ouvidos da multidão, mas eles estenderam que precisavam tomar uma decisão com urgência. Hoje, há pouca convicção de pecado na igreja. Há pessoas insensíveis demais, com os olhos enxutos demais e o coração duro demais.

Em um avivamento as pessoas reconhecem que são pecadoras e buscam o perdão do Senhor. Isso ocorreu no país de Gales em 1904. O avivamento de Gales foi um dos mais impressionantes mover de Deus de todos os tempos. Em poucos meses de avivamento, um país inteiro foi transformado, mais de cem mil pessoas aceitaram o Senhor Jesus como seu Senhor e Salvador, e a notícia foi espalhada ao redor do mundo.

O avivamento começou em outubro de 1904 na pequena cidade de Loughor, com Evan Roberts, um jovem de 26 anos. Evan Roberts tinha acabado de começar a cursar o seminário quando teve uma visão na qual Deus o chamava para voltar à sua pequena cidade e pregar para os jovens da sua igreja. Roberts já tivera outras experiências com Deus e estava convencido que Ele estava prestes a derramar um poderoso avivamento sobre o país de Gales. Mesmo assim, podemos imaginar que não foi fácil para ele voltar para casa depois de apenas quinze dias no seminário. Mas, na noite de domingo, 30 de outubro de 1904, durante o culto, Roberts teve uma visão dos seus amigos de infância e entendia que Deus estava falando para ele voltar para casa e evangeliza-los.

No dia seguinte Evan Roberts reuniu os jovens da igreja e começou a passar a sua visão para o avivamento. Ele ensinou que o povo orasse uma oração simples: "Envia o Espírito Santo agora, em nome de Jesus Cristo". Roberts também enfatizou quatro pontos fundamentais para o avivamento:

A confissão aberta de qualquer pecado não confessado.
O abandono de qualquer ato duvidoso.
A necessidade de obedecer prontamente tudo que o Espírito Santo ordenasse.
A confissão de Cristo abertamente.

O avivamento no país de Gales durou apenas nove meses, porém neste tempo marcou o mundo. Os frutos, os resultados do avivamento, foram bons: uma pesquisa feita seis anos depois do avivamento descobriu que 80% dos convertidos continuavam sendo membros das mesmas igrejas onde tiveram se convertido. Porém, isso não significa que os outros 20% tivessem se desviado, porque muitos se mudaram para missões independentes ou novas denominações.

CONCLUSÃO

Franklin Ferreira nos diz que “precisamos orar por avivamento. A situação do nosso país impõe-nos essa exigência. A Sagrada Escritura é categórica: precisamos clamar ao Senhor, precisamos ouvir Deus dirigir-nos a nós, como ele mesmo disse a Salomão: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e buscar a minha presença, e se desviar dos seus maus caminhos, então ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7.14).

A resposta para a solução no nosso país, e porque não dizer, de nós mesmos, está em Deus. Está em nós nos colocarmos diante dele com rogos, jejum e arrependimento dos nossos pecados aí então o Senhor virá e irar sarar a nossa terra.

A resposta está em Deus, mas será que a igreja quer a Sua resposta?

Pense nisso!

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