quinta-feira, 16 de junho de 2016

AVIVAMENTO: PODER DO CÉU



Por Pr. Silas Figueira

INTRODUÇÃO

Texto Base Atos 2.1-41 

Um dos grandes questionamentos hoje é se o que ocorreu no dia de Pentecostes poderá ocorrer hoje. Para muitos teólogos tal ocorrido não acontecerá mais. Aliás, para alguns o termo avivamento é coisa do passado. No entanto, lemos outros teólogos de renome que pensam de forma bem diferente. Por exemplo, D. Martyn Lloyd-Jones diz que “realmente temos que parar de dizer que o que aconteceu no dia de Pentecostes aconteceu uma vez para sempre. Não foi assim; foi apenas o primeiro”. Com isso ele não está dizendo que haverá outro Pentecostes como ocorreu no início da Igreja, mas que o derramar do Espírito continua até hoje. Ele nos diz: “Pois bem, isso é o que ocorre em um avivamento. É Deus derramando do Seu Espírito, enchendo o Seu povo novamente. Não é o que lemos em Efésios 5.18, que é o mandamento para que “continuemos sendo cheios do Espírito” [...] Na verdade, como lhes mostrei, as Escrituras demonstram claramente o oposto: “Caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós no princípio”. Precisamos nos acautelar para que não apaguemos o Espírito em favor de teorias ou temores de certos grupos religiosos excêntricos”.


O teólogo Franklin Ferreira definiu avivamento assim: “Em uma definição simples, podemos afirmar que avivamento é Deus reanimando seu povo, renovando a aliança que estabeleceu com ele, tratando-o de forma familiar. Avivamento é a percepção e experiência – mais do que crença – de que Deus está presente em nosso meio e, por isso, algo diferente acontece entre nós”. 

Avivamento é algo sério, pois procede de Deus para Sua Igreja. Não devemos negligenciar esse mover dos céus sobre o Seu povo como se isso fosse algo de pouca monta.

O texto de Atos 2 é o cumprimento da promessa de Deus de que derramaria do Seu Espírito sobre toda carne. Não foi um acontecimento isolado que ocorreu no início da Igreja, mas esse mesmo poder do Espírito Santo encontra-se a nossa disposição hoje para nos tornar testemunhas mais eficazes de Cristo.

Se nós obsevarmos a história da Igreja veremos que os grandes avivamentos ocorreram em épocas de maiores crises na sociedade e em consequência da frieza espiritual da Igreja. Nos dias atuais, creio que necessitamos com urgência de um novo avivamento, pois a sociedade está perdida e a igreja sem rumo certo. Na igreja de hoje vemos de um lado uma quantidade enorme de líderes, em nome do Espírito Santo, pregando as maiores e absurdas heresias e, de outro lado, vários pastores tentando engessar e encaixotar o Espírito Santo em seus dogmas teológicos. Poucas são as igrejas que estão pregando um Evangelho equilibrado onde há teologia séria com o mover do Espírito Santo.
Concordo com Franklin Ferreira quando diz que “Deus manda pessoas e situações como instrumentos de juízo sobre nós, para que clamemos por avivamento”. Então esta é uma boa hora para começarmos a clamar, pois a coisa está indo de mal a pior em nosso país.

Entendendo o Pentecostes:

Pentecostes significa “quinquagésimo”, pois se refere a uma festa realizada cinquenta dias depois da Festa das Primícias (Lv 23.15-22). O calendário das celebrações de Israel em Levítico 23 é um esboço do ministério de Jesus Cristo. A Páscoa retrata sua morte como Cordeiro de Deus (Jo 1.29; 1C0 5.7), e a Festa das Primícias representa sua ressurreição dentre os mortos (1Co 15.20-23). Cinquenta dias depois da Festa das Primícias, observava-se a Festa de Pentecostes, que retrata a formação da Igreja. Em Pentecostes, os judeus comemoravam a entrega da Lei, mas os cristãos comemoram a dádiva do Espírito Santo à Igreja.

Mas dentro desse tema Avivamento o que podemos aprender com esse texto.

A PRIMEIRA LIÇÃO QUE EU APRENDO É QUE O AVIVAMENTO NÃO É PRODUZIDO PELO HOMEM.

O que muitos líderes chamam de avivamento o Senhor chama de heresia e histeria. Muitos pensam que estão avivados, mas estão longe do que o Senhor planejou para o Seu povo. Há nessas igrejas dois tipos de “avivamento”, o “avivamento falsificado” e o “avivamento fabricado ou produzido”, menos o verdadeiro avivamento. Vejamos:

1º - Há muitos líderes falsificando o avivamento. John MacArthur diz que “A partir da invenção das moedas gregas, por volta de 600 a.C., até a introdução do papel-moeda no século XIII na China, a falsificação sempre foi considerada um crime grave. Historicamente, era punível com a morte na maioria das vezes. Na América colonial, por exemplo, Benjamin Franklin imprimiu papel-moeda, que incluía o aviso ameaçador: “A falsificação é a morte”. Os anais da história inglesa relacionam as execuções de numerosos falsificadores, a maioria dos quais foram enforcados, e alguns queimados na estaca. Esse nível de punição pode soar cruel aos nossos ouvidos modernos, mas o crime de falsificação foi severamente punido por duas razões principais.

Primeiro, a lei a considerava como uma ameaça à estabilidade econômica do Estado e o bem-estar geral de todos os cidadãos. E em segundo lugar, em países como a Inglaterra, a emissão de moeda era considerada prerrogativa que pertencia apenas ao rei. Assim, a falsificação não era apenas um pequeno furto contra a pessoa enganada que recebeu a moeda falsa, era considerada como algo muito mais sério – um perigo para a sociedade em geral e uma traição subversiva contra a autoridade real.

Mas e quanto àqueles que falsificam a obra de Deus? O crime de falsificação de dinheiro torna-se insignificante em comparação com o ato traiçoeiro de falsificação do ministério do Espírito Santo. Se a impressão de moeda falsa é uma ameaça à sociedade, a promoção de experiências religiosas fraudulentas representa um perigo muito maior. E se a produção de moedas falsas constitui um ato de traição contra um governo humano, a pregação de um evangelho falso é uma ofensa infinitamente pior contra o Rei dos reis”.

A falsificação da obra de Deus é um crime contra o próprio Deus e no caso em questão será indesculpável quem tal coisa praticar. Mas a falta de temor e o desejo de encher as igrejas, muitos líderes tem feito tal coisa. Eles se esquecem de que as pessoas são muito mais do que números. Esses líderes se esquecem de que terão de prestar contas a Deus pelos seus atos (Mt 7.15, 21-23).

2º - Há muitos líderes “produzindo o avivamento”. Para Charles Finney, evangelista congregacional americano, nascido no século 19, o avivamento é algo que a comunidade pode produzir, desde que siga determinados passos.

Veja o que ele disse: “Na vida espiritual nada existe além das capacidades naturais; ela consiste totalmente no correto exercício dessas capacidades. É apenas isto e nada mais. Quando a humanidade se torna verdadeiramente religiosa, as pessoas são capacitadas a demonstrar esforços que eram incapazes de manifestar antes. Exercem apenas capacidades que tinham antes, e utilizavam de maneira errônea, e agora as empregam para a glória de Deus”. Deste modo, visto que o novo nascimento é um fenômeno natural, o mesmo ocorre ao avivamento: “Um avivamento não é um milagre, tampouco depende deste, em qualquer sentido; é simplesmente um resultado do filosófico da correta utilização dos meios estabelecidos, assim como qualquer outro resultado produzido pelo emprego destes meios”. A crença de que o novo nascimento e um avivamento dependem necessariamente da atividade divina era perniciosa para Finney. Ele disse:“Nenhuma doutrina é mais perigosa do que esta para o progresso da igreja, e nada pode ser mais absurdo”.

Isso nós temos visto hoje em muitos seguimentos da igreja. Todas estas igrejas que adotam métodos humanos para atrair e fazer a igreja crescer, dizendo que isso é um avivamento, são na verdade herdeiros de Charles Finney e de sua teologia sem Deus.

Nesses lugares há muito choro, mas não há arrependimento. Há muito pula pula, mas nenhum joelho no chão buscando a face do Senhor. Há muita gritaria, mas não vemos lamento pelo pecado. Há muita palha sendo pregada nos púlpitos e nenhum alimento sólido que alimenta as ovelhas. Há muita autoridade humana, mas nenhum temor a Deus.

SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE O AVIVAMENTO SE DÁ EM RESPOSTA AS ORAÇÕES DA IGREJA (At 2.1).

Citando mais uma vez Franklin Ferreira ele diz que “Avivamento é um poderoso derramamento do Espírito Santo sobre a igreja local, em resposta às orações dos cristãos...”. Os 120 discípulos estavam congregados no cenáculo em unânime e perseverante oração, quando de repente, o Espírito Santo foi derramado sobre eles.

1º - Com isso entendemos que a busca pelo avivamento se dá em unidade e oração perseverante (Até que do alto...). Durante dez dias aqueles discípulos estavam em perseverante oração esperando a promessa do Senhor de que derramaria sobre eles do Seu Espírito (Lc 24.49). Não queremos dizer com isso que o Espírito Santo não seria derramado no dia de Pentecostes se a igreja não estivesse orando, eu quero afirmar que o Senhor move a Sua Igreja para buscá-Lo em perseverante oração, pois há um fervor dado pelo próprio Espírito nos movendo para isso (Fl 2.13).

2º - A Bíblia nos ensina sobre a necessidade de orar por Avivamento. Há vários relatos bíblicos que nos impulsionam nessa direção. É o próprio Senhor que nos move a buscar de Sua face. Como disse Davi no Salmo 42.1,2: “Como suspira a corça pelas corentes das águas, assim por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...”

Sede de Deus é a verdadeira busca por um avivamento para que a nossa alma sedenta seja saciada e os corações frios sejam aquecidos pelo fogo do Espírito.

Em 1891, aos treze anos de idade, Evan Roberts começou a ter fome e sede, e orar por duas coisas importantes: (1) para que Deus o enchesse com o Seu Espírito, e (2) para que Deus enviasse o reavivamento ao País de Gales. Roberts fez talvez o maior investimento no banco de oração de Deus a favor do reavivamento que o Senhor desejava enviar. E talvez fosse essa a razão de Deus ter começado a onda internacional de reavivamentos no País de Gales – através de Evan Roberts.

A oração é a chave que abre as portas e janelas do Céu sobre a igreja.

TERCEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE NO AVIVAMENTO COISAS EXTRAORDINÁRIAS ACONTECEM (At 2.2-4).

Falar de avivamento é falar de coisas que fogem a normalidade da vida da igreja. É impossível ler nos relatos bíblicos e da história da Igreja onde houve avivamento não encontrar coisas extraordinárias acontecendo.

O teólogo Franklin Ferreira conta que “ninguém menos que Martyn Lloyd-Jones, talvez o maior pregador do século 20, conta que, em uma das vezes em que Jonathan Edwards regressava à casa, ao dirigir-se ao quarto de oração para deixar o casaco, ele encontrou a mulher como que flutuando acima da cama, em decorrência da ação do amor de Cristo sobre ela”.

Hernandes Dias Lopes diz que “O derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo produzido, ensaiado, fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. Foi incontestável e irresistível. Foi soberano, ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz, ninguém pôde desfazer os resultados. Foi definitivo, ele veio para ficar para sempre com a igreja”.

Observe que no dia de Pentecostes três fatos ocorreram.

1º - O Espírito Santo veio com um som como de um vento impetuoso (At 2.2). O vento foi uma forma de Deus se manifestar no Antigo Testamento. Deus falou com Jó num redemoinho (Jó 38.1; 40.6); um forte vento oriental abriu o caminho através do Mar Vermelho (Êx 14.21). Jesus também usou o vento para falar do Espírito Santo (Jo 3.8) e Ele soprou sobre os discípulos e lhes disse: “Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.21,22).

Quando o vento do Espírito sopra ninguém pode detê-lo. Como diz Hernandes Dias Lopes: “Os homens podem até medir a velocidade do vento, mas não podem mudar o seu curso. Como o vento, o Espírito também é misterioso; ninguém sabe donde vem nem para onde vai. Seu curso é livre e soberano. Deus não se submete à agenda dos homens nem se deixa domesticar”.

2º - O Espírito Santo veio em línguas como de fogo (At 2.3). Ao olharmos para o Antigo Testamento nós também veremos o Espírito Santo se manifestando através do fogo. Deus se manifestou na sarça em que o fogo não a consumia (Êx 3.2). Quando Salomão consagrou o templo ao Senhor, desceu fogo do céu (2Cr 7.1). No Carmelo, Elias orou, e fogo desceu (1Rs 18.38,39). A aparição do Senhor no Monte Sinai depois que o povo de Israel aceitou o Antigo Pacto (Êx 19.18).

Aqui no Pentecostes não foi diferente, o Senhor se manifestou através do fogo.
3º - O Espírito Santo os levou a falar em outras línguas - idiomas (At 2.4). Duas coisas são necessárias destacar: 1º - aqui não está se falando em dom de línguas como alguns pentecostais dizem; e 2º - também não é nem um dom especial para falar línguas estrangeiras como alguns tradicionais também costumam dizer.

Esse falar em línguas inteligíveis foi algo sobrenatural, mostrando o oposto do que houve em Babel. Em Babel as línguas eram ininteligíveis e houve dispersão; já no Pentecostes não foi necessário interpretação e houve ajuntamento. Observe o versículo 11b, eles falavam em idiomas das pessoas de várias nacionalidades que se encontravam ali. Eles falavam das grandezas de Deus, não das grandezas dos homens.

Hernandes Dias Lopes diz que “A glossolalia de Atos 2 foi um fenômeno tanto de fala como de audição. Não foram sons incoerentes, mas uma habilidade sobrenatural para falar em línguas reconhecíveis. Assim, a expressão outras línguas poderia ser traduzida por “línguas diferentes da língua materna”. Os discípulos falaram línguas que não haviam aprendido. O termo grego traduzido por língua em Atos 2.6 e 8 é dialektos e refere-se à linguagem ou dialeto de um país ou região. 
        
Com a vinda do Espírito Santo duas coisas não seriam mais as mesmas: 1 – o Espírito passaria a habitar nas pessoas, não apenas vir sobre elas; e 2 – sua presença seria permanente, não apenas temporária (Jo 14.16,17).

EM QUARTO LUGAR O AVIVAMENTO GERA INTREPIDEZ NA PREGAÇÃO (At 2.14-41).

Avivamento que gera euforia somente não é avivamento. Avivamento gera intrepidez na mensagem pregada. O milagre das línguas atraíram as multidões, mas o que gera vida é a pregação da Palavra. A fé gera o milagre, mas o milagre não gera fé.

Pedro se levanta com intrepidez e inicia o seu sermão mostrando que o que estava acontecendo não era embriaguez, mas um cumprimento profético.

 A pregação deve ser com entendimento (Lc 24.45). O texto de Lucas nos diz que o Senhor lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. É o inverso do diabo que cega o entendimento (2Co 4.4). É o Espírito Santo que nos dá esse entendimento, pois a Palavra é inspirada por Ele. Sem o Espírito Santo as pessoas podem conhecer a Bíblia, mas não podem compreendê-la. Como nos diz o apóstolo Paulo em 1Co 2.12-16:

“Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo”.

Por isso Pedro começa o seu sermão citando o profeta Joel com conhecimento revelado pelo Espírito Santo. Este profeta havia profetizado que o Espírito Santo seria derramado sobre toda a carne, e isso em termos qualitativos, e não em termos quantitativos.

Pedro mostra que esta profecia estava se cumprindo naquela manhã.

2º - A pregação de Pedro foi uma pregação cristocêntrica na sua essência. A mensagem de Pedro mostrou a verdade a cerca de Jesus e Seu ministério. Uma das coisas que mais temos visto hoje em dia em muitos púlpitos é que o Senhor Jesus tem sito negligenciado em Sua obra. Fala-se em prosperidade (usando textos do VT), cura, libertação, vitória; mas não se fala de cruz, renúncia, arrependimento. Pecado então passa longe desses púlpitos, pois falar de pecado ofende os ouvintes.

Hernandes Dias Lopes nos diz que Pedro abordou cinco pontos em seu sermão:

1 – A vida de Cristo (2.22); 2 – A morte de Cristo (2.23); 3 – A ressurreição de Cristo (2.24-32); 4 – A exaltação de Cristo (2.33-35) e por fim, 5 – O senhorio de Cristo (2.36).

Quanta diferença para os dias de hoje!

3º - A pregação tem que ser eficaz em seu propósito (At 2.37-41). O Espírito Santo usou a mensagem de Pedro para tocar o coração dos ouvintes. Isso é avivamento. Avivamento é a Palavra sendo pregada com intrepidez e tendo uma resposta positiva a esta mensagem. São vidas sendo salvas por compreenderem que estão perdidas.

A mensagem de Pedro foi dura aos ouvidos da multidão, mas eles estenderam que precisavam tomar uma decisão com urgência. Hoje, há pouca convicção de pecado na igreja. Há pessoas insensíveis demais, com os olhos enxutos demais e o coração duro demais.

Em um avivamento as pessoas reconhecem que são pecadoras e buscam o perdão do Senhor. Isso ocorreu no país de Gales em 1904. O avivamento de Gales foi um dos mais impressionantes mover de Deus de todos os tempos. Em poucos meses de avivamento, um país inteiro foi transformado, mais de cem mil pessoas aceitaram o Senhor Jesus como seu Senhor e Salvador, e a notícia foi espalhada ao redor do mundo.

O avivamento começou em outubro de 1904 na pequena cidade de Loughor, com Evan Roberts, um jovem de 26 anos. Evan Roberts tinha acabado de começar a cursar o seminário quando teve uma visão na qual Deus o chamava para voltar à sua pequena cidade e pregar para os jovens da sua igreja. Roberts já tivera outras experiências com Deus e estava convencido que Ele estava prestes a derramar um poderoso avivamento sobre o país de Gales. Mesmo assim, podemos imaginar que não foi fácil para ele voltar para casa depois de apenas quinze dias no seminário. Mas, na noite de domingo, 30 de outubro de 1904, durante o culto, Roberts teve uma visão dos seus amigos de infância e entendia que Deus estava falando para ele voltar para casa e evangeliza-los.

No dia seguinte Evan Roberts reuniu os jovens da igreja e começou a passar a sua visão para o avivamento. Ele ensinou que o povo orasse uma oração simples: "Envia o Espírito Santo agora, em nome de Jesus Cristo". Roberts também enfatizou quatro pontos fundamentais para o avivamento:

A confissão aberta de qualquer pecado não confessado.
O abandono de qualquer ato duvidoso.
A necessidade de obedecer prontamente tudo que o Espírito Santo ordenasse.
A confissão de Cristo abertamente.

O avivamento no país de Gales durou apenas nove meses, porém neste tempo marcou o mundo. Os frutos, os resultados do avivamento, foram bons: uma pesquisa feita seis anos depois do avivamento descobriu que 80% dos convertidos continuavam sendo membros das mesmas igrejas onde tiveram se convertido. Porém, isso não significa que os outros 20% tivessem se desviado, porque muitos se mudaram para missões independentes ou novas denominações.

CONCLUSÃO

Franklin Ferreira nos diz que “precisamos orar por avivamento. A situação do nosso país impõe-nos essa exigência. A Sagrada Escritura é categórica: precisamos clamar ao Senhor, precisamos ouvir Deus dirigir-nos a nós, como ele mesmo disse a Salomão: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e buscar a minha presença, e se desviar dos seus maus caminhos, então ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7.14).

A resposta para a solução no nosso país, e porque não dizer, de nós mesmos, está em Deus. Está em nós nos colocarmos diante dele com rogos, jejum e arrependimento dos nossos pecados aí então o Senhor virá e irar sarar a nossa terra.

A resposta está em Deus, mas será que a igreja quer a Sua resposta?

Pense nisso!

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