quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A Igreja Adventista e os seus falsos ensinos

Por Renato Vargens


A igreja brasileira volta e meia se deixa levar por conceitos e ensinos espúrios. Nessa perspectiva eu tenho visto alguns considerando os Testemunhas de Jeová como cristãos, os Mórmons como evangélicos e  Adventistas como crentes em Jesus. 

Ora, eu bem sei que muitos  pensam assim por ignorância, até porque, se conhecessem os ensinamentos destas seitas, pensariam duas vezes em cantar suas canções, ou até mesmo de chamá-los de cristãos. Aliás, é impressionante como as igrejas evangélicas tem cantado em seus cultos e congressos, canções adventistas. Sinceramente fico a pensar na incoerência evangélica em pregar o Evangelho da graça desprovido de legalismo e ao mesmo tempo entoar canções adventistas cujas doutrinas ferem  as verdades fundamentais das Escrituras.

O apologista Joaquim de Andrade do CREIA, é um especialista em seitas e heresias. Com propriedade ele tem desconstruído os ensinos equivocados das mais variadas matizes religiosas. Veja por exemplo uma rápida explicação de Joaquim sobre as principais heresiasdo Adventismo. 

Doutrina da natureza de Cristo -  Os ASD ensinam que Cristo, ao vir à terra, tomou sobre si a natureza pecaminosa do homem: “Em sua humanidade, Cristo participou de nossa natureza pecaminosa, caída. Senão, não seria então ‘em tudo semelhante aos irmãos’ , não seria como nós em tudo.... De sua parte humana, Cristo herdou exatamente o que herda todo filho de Adão - uma natureza pecaminosa “ (Estudos Bíblicos, pp. 140-141). - Compare com Lucas 1:35; João 8:46; 14:30; 1ª Coríntios 15:45; Colossenses 2:9; Hebreus 4:15; 7:26.  

Juízo Investigativo -  Segundo a teologia de Ellen Gould White a expiação não foi concluída na cruz do calvário (O Conflito dos Séculos, pp. 420-421). Ao terminarem as 2300 tardes e manhãs, Jesus entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte da sua solene obra - Purificar o santuário (Compare com Hebreus 6:19-20; 8:1; 10:19, 20; Levítico 16:2; Números 7:89; 1º Samuel 4:4; 2º Reis 19:15 e Êxodo 26:33). Veja ainda Hebreu 1:3. 

O lugar de Satanás na Expiação -  A doutrina da expiação da Igreja Cristã tem defendido que Cristo é o único expiador, sendo que Satanás não tem nenhuma parte na expiação. Com base em Levítico 16:5-10, alegando que o bode emissário tipifica Satanás, os ASD defendem que Satanás não somente levará o peso e castigo de seus próprios pecados, mas também os pecados da hoste dos remidos, os quais foram colocados sobre ele. - Veja Isaías 53:4-6, 11, 12 e compare com Mateus 8:16-17; João 1:29; 1ª Pedro 2:24; 3:18. 

A mortalidade ou sono da alma -  O livro Subtilezas do Erro, p. 249, diz “O que o homem possui é o “fôlego da vida” ou “vida” (o que dá animação ao corpo), que lhe é retirado por Deus quando expira. E o fôlego é reintegrado no ar, por Deus. Mas não é entidade consciente ou o homem real como querem os imortalistas”. A Bíblia desmente tal doutrina - o dormir refere-se ao corpo - Mateus 27:52 e Deuteronômio 34:5-6, comparados com Mateus 17:1-3. 

Os adventistas do sétimo dia e os dois concertos  - Insistem os ASD em dizer que o decálogo é obrigatório, e assim, vivem no Antigo Concerto, afirmando que todos os não-sabatistas são transgressores da lei. O Antigo Concerto, porém, foi dado a Israel, que não o cumpriu. Veio Jesus, cumpriu a lei e realizou um Novo Concerto, sob o qual estamos. - Veja Hebreus 8:6, 7, 10, 11, 13; Colossenses 2:16, 17; Hebreus 12:18-24 e Gálatas 4:21-26. 

A divisão da Lei: Lei de Deus e Lei de Moisés -  O folheto Leis em Contraste, pp. 2-3, diz: “A Lei Moral, os Dez Mandamentos, chamados Lei de Deus” “O mesmo não se dá com a Lei Cerimonial, freqüentemente chamada de Lei de Moisés”. Entretanto “lei de Deus” e “lei de Moisés” são expressões sinônimas na Bíblia - Romanos 6:11-17; Gálatas 5:18-21; 2ª Coríntios 3:6-11.  

A Guarda do Sábado - Ellen White em O Conflito dos Séculos, p. 611, diz: “O sábado será a pedra de toque da lealdade... traçar-se-á a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não O servem”. Afirmam ainda que “o selo de Deus na vida do cristão é a guarda do sábado” Veja Oséias 2:11; Colossenses 2:16-17; Isaías 1:13-14; Gálatas 4:9-10.   

A Guarda do Domingo  - Dizem os adventistas que a guarda do domingo é de origem pagã. Citam, no folheto Por que se Guarda o Domingo?, O dicionário Webster’s, que reza: “chama-se assim [Sunday] (dia do sol), porque era antigamente dedicado ao Sol ou ao seu culto”. Por esta lógica, a guarda do sábado também é de origem pagã, pois Saturday (sábado, em inglês) era o dia do deus Saturno, celebrado com orgias.  

É a guarda do domingo o sinal da besta (666)? Para os ASD o selo de Deus na vida do cristão é a guarda do sábado; logo, afirmam que todos os que não guardarem o sábado receberão o sinal da besta - Veja Efésios 1:13; 2ª Timóteo 2:19; 2ª Coríntios 6:17; Romanos 4:25 e Apocalipse 1:10.  

Diante do exposto é fácil concluir que os ensinos adventistas não são ortodoxos e que em virtude disso devemos rejeitá-los, o que implica em até mesmo não entoarmos suas canções em nossos cultos, congressos, conferências e ajuntamentos.  

Pense nisso! 

Renato Vargens 

Obs: Os que desejarem conhecer mais sobre o tema sugiro que assistam um vídeo extremamente elucidativo do evangelista Luciano Sena  publicado pelo Voltemos ao Evangelho (aqui). Vejam também as considerações do Prof. Franklin Ferreira sobre a doutrina da expiação adventista (aqui

NÃO ABANDONE A FAMÍLIA PELA IGREJA


Por Ruy Cavalcante

Um problema que não é recente, mas que nos últimos anos, com o advento do neopentecostalismo, em especial a sua vertente Gdozista, tem se solidificado, é a confusão que fazem quanto as nossas prioridades enquanto cristãos, e infelizmente nessa questão a família está no centro da batalha, levando saraivadas por todos os lados. 

Apesar de o discurso ser sempre em favor da mesma, na prática esta quase sempre é renegada a um segundo plano. São casos e mais casos de famílias desestruturadas, divórcios e perturbações no lar, ocasionados por um descompasso entre o ensino bíblico e as regras eclesiásticas. 

Eu mesmo conheço de perto alguns casos alarmantes, como a de uma família inteira praticamente destruída após a conversão da esposa, e não foi em consequência do Evangelho não ter sido abraçado pelos outros integrantes, mas pela pressão que os então líderes exerceram sobra a mulher, fazendo-a dedicar todo seu tempo e esforço aos serviços eclesiásticos, ausentando-se completamente do lar. As consequências? Marido adulterando, filhos viciados, abandono escolar, dentre outros. Uma família que caminhava em relativa harmonia se desestruturando justamente quando, supostamente, Deus havia penetrado no lar. Isso é alarmante.
Outro grande amigo meu, durante uma viagem a trabalho, me relatou como seu casamento estava ruindo. Durante a conversa, ao aconselha-lo a que dedicasse mais tempo às necessidades de sua esposa, a ouvi-la, a dar-lhe carinho, ele me revelou que haviam se passado mais de 3 meses desde a ultima vez que saíram juntos, somente os dois. Na ocasião foram a uma lanchonete, comeram um sanduiche e meia hora depois retornaram, porque havia mais uma reunião para participarem na igreja. Ao questioná-lo quanto ao excesso de reuniões, ele afirmou que elas ocorriam todos os dias, por motivos diferentes, e que não poderia se ausentar, pois se não priorizasse Deus, como Ele lhe ajudaria?

Esse é um discurso comum em muitas igrejas, a de quê priorizando as atividades da congregação, você estaria priorizando Deus e, tendo Deus a primazia absoluta na vida do ser humano, a família poderia ficar para depois. Mas a congregação não é Deus!

Essa confusão precisa cessar, a igreja precisa ser agente de Deus para restaurar famílias, não para destruí-las! 

Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo”. (I Tm 5-8)

Eu acredito piamente que esta deturpação não seja fruto de má fé destas igrejas, mas independentemente da intenção, atente-se a isso: se tua igreja o exige de forma tão intensa que você não possui mais tempo sequer para sua família, e ainda te recriminam quando você tenta dedicar tempo a ela, cuidado, ela já não está mais agindo como igreja e você não está agindo como cristão.

Cuide de sua família, dedique tempo e amor a ela, não seja pior do que os incrédulos. A igreja é importante, a família é mais.

Quando damos preferência a família estamos, sem dúvida nenhuma, dando preferência a Deus, priorizando sua vontade e sua herança deixada para nós. Se tivéssemos de grafar nossas prioridades, com certeza a família viria antes da congregação. Até mesmo o presbítero deve primeiro cuidar de sua própria casa, só então se dedicar aos cuidados da congregação (I Tm 3:4-5).

Por favor, não entenda que eu tento com estas palavras desprestigiar a igreja local, longe de mim. Quem acompanha o Blog Intervalo Cristão, meu Twitter ou facebook, sabe que sou defensor da congregação, do congregar e servir a Deus em comunhão com outros irmãos, mas esta deve ser uma pratica de santidade e amor, que fortaleça a família no lugar de prejudica-la. 

Não podemos usar a desculpa de servir a Deus para negligenciar a família, isso não é serviço cristão, pois Deus com certeza se alegra com um lar unido e odeia quem o prejudica.

Se existisse maldição para a vida de um verdadeiro cristão, ela com certeza não seria para aquele que ao se dedicar às necessidades de sua família, se ausentou de algumas reuniões na igreja, mas para o que fez o caminho inverso, deixando seu lar entregue a própria sorte enquanto cuidava se afazeres menos importantes, como uma reunião de líderes ou um “encontro com Deus”. 

Você encontrará com Deus mais vezes quando estiver ao lado de sua família, dedicando a ela todo o amor que você seja capaz de doar.

Não dê ouvidos a quem te cobra o contrário, pois tal pessoa não está a serviço de Deus quando age desta maneira. E que o amor seja o combustível de nosso relacionamento primeiramente com Deus e, logo em seguida, bem coladinho mesmo, com a família. 

Paz a todos.

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Ruy Cavalcante, editor do Púlpito Cristão, via Intervalo Cristão. Título original: A igreja é importante, a família é mais.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

BISPO MACEDO DIZ QUE NÃO SE POSICIONARÁ CONTRA A HOMOSSEXUALIDADE: 'JESUS NÃO FALOU NADA' #VÍDEO


PARE, LEIA E PENSE!


O bispo Edir Macedo falou sobre a homossexualidade em seu programa de rádio e adotou uma postura que demonstra reconhecimento de que as escolhas são pessoais e não há nada a se fazer nesse sentido.

As palavras do líder da Igreja Universal do Reino de Deus sobre a homossexualidade mostraram uma flexibilidade inexistente quando o assunto foi o casamento entre pessoas de etnias diferentes.

Em julho de 2012, em um texto publicado em seu site, Macedo afirmou que não é recomendado que homens se casem com mulheres que não sejam de sua “raça”, por causa do preconceito que poderia despertar: “Não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco”, escreveu o bispo à época.

Já sobre a homossexualidade, Macedo destacou que sua postura é diferente das demais igrejas evangélicas, que enfatizam que a prática é pecaminosa e contrária aos princípios bíblicos.

“Deus não quer nada imposto. E nós na Igreja Universal não impomos nada a ninguém […] Há muitos crentes, pastores e igrejas levantando uma bandeira contra o movimento gay, contra o casamento de homossexuais. Eu pergunto: Jesus faria isso se estivesse vivendo no nosso tempo? Eu não creio que Ele faria. Porque no tempo d’Ele já havia homossexuais e Jesus não falou nada. Jesus não levantou uma bandeira, falando: ‘Olha, vocês têm que falar contra o homossexualismo, que é proibido, que não deve”, disse Macedo.

O pregador neopentecostal ainda disse que se manterá calado sobre essas questões, respeitando quem quiser viver na homossexualidade: “Eu não vou me envolver, que não vou falar, eu não vou levantar bandeira criticando a pessoa porque ela é homossexual, porque um homem vai casar com outro homem, uma mulher vai casar com outra mulher. Isso é problema deles. Deus nos deu o direito de escolher, de optar na nossa vida. Cada um segue a sua fé. Se a pessoa tem fé para ser homossexual é problema dela. É uma situação pessoal, não sou eu que vou impor a minha fé para ela, de forma nenhuma. Nem Deus faz isso”, concluiu.

Assista:


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sábado, 22 de agosto de 2015

Um Congresso que você não pode perder!

Amigos e irmãos, gostaria de sugerir um evento cristão completamente gratuito, com bons preletores, que acontecerá no período do Carnaval. Vale a pena participar! Clique no link abaixo e veja o vídeo institucional. 





Recomendo sem reservas! 






Por Renato Vargens


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

MEU MARIDO ME ESTUPROU O QUE DEVO FAZER?



Por Renato Vargens

Meu marido me estuprou, o que devo fazer? Infelizmente a pergunta feita por essa mulher não é uma pergunta isolada, mesmo porque, essa é uma prática comum no Brasil.

Pois é, nesse Brasil "de meu Deus", muitas mulheres tem sido violentadas sexualmente por seus próprios maridos, que em nome da liberdade arrebentam com suas esposas obrigando-as ao sexo forçado. O pior disso, é que muitos casos acontecem entre cristãos. Volta e meia a imprensa notícia casos de mulheres evangélicas que foram violentadas por seus cônjuges.

Diante tamanha barbaridade algumas perguntam:

Pastor:  O que devo fazer? Sou obrigada a ficar casada com um homem que não me respeita e que me violenta sexualmente? A Bíblia exige isso?

Outro dia soube do caso de um pastor que afirmou que em hipótese alguma a mulher deve se divorciar, mesmo que o marido faça sexo forçado com ela.

Caro leitor, ao contrário destes que afirmam que o casamento não pode ser desfeito em virtude do estupro, eu digo que em casos deste naipe, a mulher não somente deve separar, mas como denunciar o marido a policia.

O estupro é um crime hediondo, portanto um tipo de violência que deve ser punido nos rigores da lei.

Afirmo sem a menor sombra de dúvidas que em casos de violência sexual, a aliança entre o casal foi quebrada, legitimando assim o divórcio daquela que foi violentada.

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Do blog do autor Renato Vargens

PASTOR RESPONSÁVEL PELA RÁDIO CRISTÃ EM ISRAEL SAI ILESO DEPOIS DE EXPLOSÃO



Por Ana Louise

Um pastor líder da única estação de rádio cristã do Iraque, que alcança até 8 milhões de pessoas dentro e nos arredores de Bagdá com o Evangelho, escapou por pouco depois que uma bomba explodiu em uma oficina de garagem em que ele estava a fim de consertar o ônibus de sua igreja.

Um post entitulado “Deus responde a orações” no site da Igreja Batista do Novo Testamento de Bagdá afirma que o pastor Maher Fouad, e o diácono que o acompanhava, saíram do acidente ilesos, enquanto outros dois morreram na explosão.

“Nosso ônibus de Bagdá quebrou e precisava de uma parte extra. O pastor Maher e um diácono da igreja foram a uma oficina de garagem para consertá-lo. O mecânico de lá o direcionou para outra garagem, e assim que o pastor saiu com o ônibus, uma bomba explodiu na garagem, matando o mecânico”, afirma-se no post do site da igreja. “O carro que estava seguindo o ônibus foi destruído e o motorista morto. Todas as janelas do ônibus de nossa igreja foram totalmente estilhaçadas pela pressão da explosão. Poeira e destroços cobriram o pastor Maher e o diácono, mas eles foram poupados e não foram machucados”, o post continuou.
Na publicação, a igreja também agradece a Deus pela proteção do pastor Maher Fouad, assim como àqueles que continuamente oram por ele.

Em uma entrevista com a rede de notícias CBN, no sábado (15), Fouad explicou que enquanto dois terços da população cristã do Iraque tem fugido nos últimos 12 anos, a igreja dele existe em frente à ameaça de violência de grupos extremistas como o Estado Islâmico. O pastor não pretende ir a lugar nenhum e está usando sua estação de rádio para espalhar o evangelho para qualquer um que queira ouvir.

“Violência foi sempre um problema em Bagdá, com o som de explosões e bombas, e todas essas estações de rádio que transmitem violência e notícias negativas. Nossa estação apareceu para transmitir o Evangelho e as Boas Novas de Jesus Cristo”, declarou o pastor Maher.

Apesar de tudo, Maher está confiante na proteção de Deus e no conhecimento de que seus esforços estão levando à transmissão da mensagem de Dele. E mesmo agora, frente a ameaças de morte e problemas crescentes com o Estado Islâmico na região, o pastor não pretende desistir.


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Deus e Seus Atributos - Onipresença

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DEUS E SEUS ATRIBUTOS
I. A onipresença de Deus
[15 de Abril de 1855]

11) A natureza da onipotência. Com relação a Deus e a todos Seus atributos, existe uma forma de concepção popular, escriturística e simples que responde a todos as necessidades da piedade. Há, todavia, outra forma que não contradiz ou se configura como inconsistente com a primeira, e a qual nosso entendimento de certo modo exige, a fim de evitar qualquer confusão ou inconsistência. Portanto, no tocante à onipresença de Deus, a ideia simples e popular de que Deus se encontra igualmente presente por toda parte é suficiente. Contudo, ainda assim o entendimento requer uma afirmação mais particularizada para impedir que concebamos Deus como se Ele possuísse extensão. Ora, a natureza do tempo e espaço envolvida nessa concepção se encontra entre as mais difíceis questões filosóficas. Felizmente, algumas das mais simples verdades são também as mais misteriosas. Sabemos que nossas almas estão aqui e não acolá, e, todavia, a relação da alma com o espaço é algo inescrutável. De semelhante modo, sabemos que Deus se encontra por toda parte, mas Sua relação com o espaço é insondável. Ele Se encontra por toda parte quanto à Sua essência, visto que ela não admite divisão. Também Deus se encontra por toda parte quanto ao Seu conhecimento, já que nada escapa de Sua percepção. E, ainda, Ele está em todos os lugares relativamente ao Seu poder, pois Ele opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade. A onipresença, portanto, inclui as seguintes ideias:
a) Que o universo existe em Deus, pois é dito que todas as criaturas nEle vivem, nEle se movem e existem. 
b) Que toda a inteligência manifesta na natureza é a inteligência onipresente de Deus – criaturas racionais por Ele dotadas com uma inteligência própria. 
c) Que toda a eficiência manifesta na natureza é a potestas ordinata de Deus.

22) 
Portanto, o universo é uma manifestação de Deus. As estrelas, a terra, a vida vegetal e animal, nossos corpos, os mais diminutos insetos – tudo revela um Deus presente. Assim, percebemos Deus em cada ente vivo.

33) Destarte, todos os eventos, a queda de um pássaro, a ruína de impérios, o curso da história e as vicissitudes de nossa própria vida são manifestações de Sua presença.

44) Por conseguinte, nos encontramos, a cada momento, na presença de Deus. Todos os nossos pensamentos e sentimentos se dão perante Sua vista, todos nossos atos são realizados sob Seu olhar.

55) Desse modo um Auxiliador infinito e nossa porção estão constantemente ao nosso derredor; um Pai misericordioso, longânimo, onipotente está sempre conosco, a fim de nos sustentar, guiar, ajudar e confortar. A fonte infinita de toda bem-aventurança, da qual podemos sempre haurir fontes inesgotáveis de vida, está sempre à mão.

66) E assim, todo pecado e todos os pecadores estão envolvidos, por assim dizer, por um fogo consumidor do qual não podem fugir, assim como não nos é possível fugir da atmosfera ao nosso redor.

Consequentemente, a reflexão acerca dessa doutrina serve para:
aa) Exaltar nossas concepções de Deus ao tornar todas as coisas uma manifestação de Sua glória e poder. 
bb) Promover nossa paz e segurança, já que sabemos que Deus está em todo lugar e controla todos os eventos. 
cc) Aumentar nosso temor – visto que nossos pensamentos e atos estão expostos ao Seu olhar.
dd) Fazer-nos crescer em alegria e confiança, pois nosso Auxiliador todo-poderoso está sempre à mão, e porque Aquele cuja presença se constitui como a bem-aventurança celeste se encontra perto de nós. 
ee) Ensinar aos pecadores a certeza e assombro de sua condenação. Uma vez que toda religião consiste em comunhão com a Divindade, e visto que toda comunhão supõe Sua presença, a doutrina da onipresença se encontra na base de toda religião.

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Autor: Charles Hodge
Fonte: Princeton Sermons: Outlines of Discourses Doctrinal and Practical
Traduzido por: Fabrício Tavares
Divulgação: Bereianos
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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

#CHINA: TRANSFORMANDO O DESERTO NUM JARDIM FLORIDO



Enlai* e sua esposa Heidi* aceitaram o grande desafio de liderar um curso para casais, onde havia muitos líderes cristãos perseguidos, do sudoeste da China. Como eles já são experientes como professores nesse ministério, por mais de 10 anos, agora eles ensinam milhares de cristãos locais. Muitos cristãos de grupos étnicos minoritários também participaram.

"Treze anos atrás, participei de um treinamento para casais, que foi realizado por uma organização de fora", comenta Enlai. "Eu sei que este é o nosso chamado. Tomamos essa iniciativa com muita fé, porque não tivemos nenhum apoio financeiro e nem mesmo um treinamento recente e dirigido para o que estamos fazendo agora", conta ele. "Na nossa geração, a maioria das igrejas chinesas não ofereciam cursos para casais, porque não era uma prioridade para a liderança e nem mesmo uma necessidade dentro da igreja. Os líderes eram tão apaixonados por evangelizar que até deixavam as suas famílias para trás, porque achavam que isso era um tipo de sacrifício espiritual", revela Enlai.

Depois que o casal conheceu a equipe da Portas Abertas, assumiu o compromisso de levar o curso em frente, atingindo milhares de famílias cristãs. "Famílias que estavam sendo destruídas foram restauradas, maridos descrentes aceitaram o Senhor Jesus e muitos filhos tiveram a alegria de ver seus pais se reconciliando. O cenário anterior parecia um triste deserto, sem esperanças, mas agora é um lindo jardim, cheio de flores. Pudemos ouvir testemunhos lindos", conta Heidi.

"Famílias sem estrutura eram uma grande ameaça para o desenvolvimento de igrejas saudáveis, era realmente como um deserto na China. Como pastor, eu sentia que o coração do Senhor estava partido com essa situação. Estava difícil até de trabalhar na obra do jeito que estava. Nós éramos os únicos a preparar o solo e a semear as sementes. Mas como disse Heidi, agora já podemos colher as flores, o jardim está florindo a cada dia, e assim podemos testemunhar da grande obra do Senhor", finaliza Enlai.

*Os nomes foram alterados por razões de segurança.

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11 Coisas que os pastores precisam saber sobre o pensamento de sua esposa

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Uma das coisas mais agradáveis na era da Internet é a oportunidade de interagir com as esposas de pastores. Eu uso o termo "pastores" para  referir ao pastor sênior de uma igreja, mas meus comentários não estão limitados a essa posição única. Ele também pode se referir a outros cargos ministeriais em uma igreja.

Muitos dos comentários que eu recebi foram compartilhados em anônimo, e certamente entendem a necessidade de manter os nomes em sigilo. Mas os comentários são reais e literais. Muitas vezes eu posso sentir as esperanças e as feridas que vêm com esses comentários. Aqui estão os onze pensamentos mais frequentes de esposas de pastores:

1. "Eu estou sozinha". Esta declaração foi a mais frequente, uma estatística esmagadora. Ela está associada a alguns desses outros comentários, mas tem seu peso por si mesma.

2. "Ao criticarem você, também me machuco". Os pastores são regularmente criticados. Enquanto pastores estão sendo feridos, eles precisam entender que suas esposas estão sendo também.

3. "Eu gostaria de mais tempo com você". Muitas esposas de pastores sentem que seus casamentos não estão saudáveis, porque o pastor coloca os membros da igreja em primeiro lugar.

4. "Por favor não me use como um exemplo negativo no seu sermão". Mesmo quando é contado com humor, esposas de pastores podem ser prejudicadas por essas ilustrações.

5. "Deixe-me ser eu mesma". Muitas esposas não sentem que podem ser elas mesmas, pois o seu cônjuge espera que elas falem e ajam de maneira que não refletem seu verdadeiro eu.

6. "Eu amo quando você passa o tempo com nossos filhos". Muitas esposas estão feridas porque sentem que os filhos não são uma prioridade.

7. "Eu me preocupo com as nossas finanças". Essa frase foi uma das que ouvimos com mais frequência. Muitos pastores não são bem remunerados. Isso não só prejudica o pastor como pode ferir toda a família.

8. "Por favor me dê respaldo quando eu for criticada". Dói saber que esposas de pastores têm sido criticadas, especialmente quando o seu cônjuge não vai em sua defesa. Se em mim causa dor, eu posso imaginar o quanto dói em sua esposa.

9. "Eu gostaria que você se dedicasse à família quando estivesse em casa".Esposas geralmente entendem as emergências, no entanto, alguns pastores nunca se “desconectam” para se dedicar às suas famílias.

10. "Eu me preocupo com a nossa família quando nos mudamos muito". Mobilidade profissional é a norma para muitos pastores. Mas ela entende que essa mobilidade, muitas vezes inclui um preço para a família.

11. "É difícil fazer amigos de verdade na igreja". Esta declaração foi uma das razões pelas quais esposas de pastores sentem-se sozinhas.

Costumo destacar aos nossos leitores a orar por seus pastores. Peço-vos a orar pelas famílias de pastores também. A maioria destes membros da família são obedientes ao chamado de Deus em suas vidas; e fazem isso sem reclamar. Mas isso não significa que, às vezes, possa ser doloroso.

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Autor Thom S. Rainer com Alice Ferreira
Fonte: The Gospel Coalition
Tradução: Daniele Bosqueti

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Características de uma igreja que agrada a Deus

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Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: Conheço as tuas obras -- eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar -- que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei. Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse 3.7-13)

A cidade - Filadélfia foi fundada pelo rei de Pérgamo, Átalos, cerca de 140 a.C. Este foi conhecido por sua lealdade ao seu irmão, dando assim origem ao nome da cidade (Filadélfia significa “amor fraternal”). A região produzia uvas, e o povo especialmente honrava a Dionísio, o deus grego do vinho. Localizava-se num vale no caminho entre Pérgamo e Laodicéia. Filadélfia foi destruída por um terremoto em 17 d.C. e reconstruída pelo imperador Tibério. Entre outros nomes que recebeu, devido ao governo romano, Durante o reinado de Vespasiano, foi também chamada de Flávia (nome de sua mulher). Hoje, Filadélfia corresponde à cidade turca de Alasehir, situada a 130km ao leste de Esmirna.

A igreja - Somente em Apocalipse (1.11; 3.7) faz referência a Filadélfia. Das sete igrejas do Apocalipse, as quais Jesus diz a João para enviar cartas (cf Ap 2 -3), esta igreja e a igreja de Esmirna não receberam nenhuma crítica de Cristo. Em toda carta Jesus não expressa nenhuma palavra de reprovação, mas de encorajamento.

Jesus se apresenta a essa igreja como “Santo e verdadeiro” (v.7). Ele tem os mesmos atributos do Pai. Assim Cristo declara sua divindade como Deus. É aquele que tem a “chave de Davi” (v.7b) - Jesus não é só fiel a sua Palavra, ele também tem o poder de abrir e fechar a cidade de “Jerusalém”: “Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém fechará, fechará, e ninguém abrirá.” (Is 22.22). Qual Jerusalém? “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.” (Ap 21.2). Só Jesus abre as portas do Reino de Deus!

A igreja de Filadélfia se tornou um exemplo de igreja fiel e agradável a Deus. Vejamos algumas características que nos ensinam a agradar a Deus:

A IGREJA QUE AGRADA A DEUS É UMA IGREJA QUE OBEDECE AO SENHOR JESUS (V. 8)  

Por ser obediente, a igreja recebe bênçãos (v.8) -  “conheço as tuas obras” - Jesus está totalmente familiarizado com as obras dos crentes de Filadélfia e não precisa de uma lista delas (cf Ap 2.2; 19; 3.15) – Jesus sabe tudo o que acontece na Sua igreja. “Tenho posto diante de ti uma porta aberta” e ninguém poderia fechar essa porta (cf v.8) - Jesus tem a chave da cidade de Davi, assim aquele que é fiel ao Senhor tem uma porta aberta. Eles deveriam obedecer sem medo, pois Jesus mesmo é quem tinha plantado aquela igreja para levar a Sua salvação aos gentios (cf At 14.27). Aquele campo era uma porta aberta que ninguém poderia fechar! Deus é soberano na obra da salvação.

Essa igreja era obediente porque guardava a Palavra de Cristo (v.8b) – “guardaste a minha palavra” - Um reflexo do que disse o salmista: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.” (Sl 119.11). A Bíblia linguagem viva traduz: “tem procurado obedecer”. Mesmo sendo fraca numericamente (cf v.8c), ela era forte. A visão hoje de uma igreja forte é aquela que está abarrotada de gente. Aquela que você tem que chegar mais cedo para não ficar sem lugar de sentar-se. É aquela que tem o melhor cantor gospel. É aquela onde o pastor tira do espectador maior número de oferta. É aquela que destaca somente as bênçãos de Deus. Não quero dizer que uma igreja deva ser pequena e conformada. Não! Ela deve crescer, mas jamais sobre outro fundamento. Deve crescer obedecendo a Deus! Procurando andar nos caminhos do Senhor.

Em Filadélfia havia uma igreja pequena, mas fiel ao Senhor. Poderiam até pensar: “nós não somos nada”! Mas Jesus a conhecia e a amava muito. Quer ser uma igreja que agrada a Deus? Obedeça a Sua Palavra.

Outra característica :

A IGREJA QUE AGRADA A DEUS É UMA IGREJA QUE HONRA O NOME DE CRISTO (V.8B-9)
     
Não negaste o meu nome (v.8b) – A igreja estava em meio a falsos religiosos, que o Senhor chama de “sinagoga de satanás”. Estes eram judeus que haviam rejeitado a mensagem referente à vida do Messias (cf Ap 2.9). Eram mentirosos enganadores. Embora confessassem adorar a Deus, sua oposição aos cristãos mostrava que, na verdade, estavam servindo a satanás. Porém, em meio à perseguição, os crentes de Filadélfia não negaram a Jesus. Naquela cidade o nome de Cristo era glorificado.

A recompensa por honrarem a Cristo (v.9b) – Os falsos judeus reconheceriam que Jesus amava aqueles que eram desprezados: “eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei.” Em vez de os judeus serem honrados (cf Is 49.23), Jesus prediz que honrará os seus fiéis seguidores e comprovará que Ele realmente os ama. Isso significa que as promessas de Deus a Israel agora foram transferidas para os seguidores de Jesus. O Senhor Jesus demonstra Seu amor aos crentes de Filadélfia, dizendo que mesmo os judeus opositores confessarão que Ele os ama. Aquela igreja era a menina de Seus olhos (cf Sl 17.7cf Is 43.4). Assim era alvo do cuidado do Senhor.

O amor de Cristo por nós existe antes mesmo de nós nascemos. Esse amor é sem dúvida algo que não se pode expressar completamente com palavras.

A igreja não pode negar o Senhor Jesus com suas palavras ou atitudes. Deve engrandecer o Seu nome, e honrá-lO a cada instante. Com palavras e atitudes deve mostrar que Cristo é o Seu Senhor. 

Quero considerar uma última característica:

A IGREJA QUE AGRADA A DEUS É UMA IGREJA QUE PERSEVERA NA FÉ (V.10-11)

Guardaste a palavra da minha perseverança (v.10a) – Ou “Obedece com perseverança” (B. ling. Viva) – Eles perseveravam inabaláveis, seguiam o exemplo da igreja de Atos: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” (At. 2.42). Embora houvesse ali na cidade “os falsos judeus”, isso não abalava a fé que estava firme no Senhor Jesus. Estes irmãos receberiam de Deus a recompensa:

Eu te guardarei da hora da provação (v.10b) – São as tribulações que a humanidade sofreu, sofre e sofrerá por causa do pecado (cf Ap. 7.1-4). Na visão de João lemos: “Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus.” (Ap 7.2-3). Na oração de Jesus vemos essa verdade: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” (João 17.15). Jesus promete guardar o fiel nas tribulações e para sempre. Assim vemos o quanto vale ser fiel à Cristo e Sua Palavra.

O Senhor diz a igreja: “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (v.11) – Essa igreja deveria ficar fiel até o fim. Hoje nos encontramos em meio a tantas “teologias” que na verdade, afastam o homem de Deus. Ensinos equivocados sobre Deus e Sua salvação tem feito muitos não perseverarem na fé. A igreja em Filadélfia permanecia firme na sã doutrina (cf 2Tm 4.3; Tt 2.1). Essa doutrina é a fé que uma vez por todas foi entregue a nós (cf Jd 3). É todo o ensino de Cristo, sem maquiagem. 

Conclusão: A igreja que agrada a Deus obedece a Ele, honra o nome de Cristo, pois sabe que esse nome está acima de que qualquer outro nome (cf At.4.12), e persevera na fé cristã. Qual será a nossa recompensa se tivermos essas características:

No presente:

1 - Ver o inimigo ser derrotado e pessoas convertendo a Deus (v.9);

2 - Ser guardado da tribulação do mundo (v.10).

No futuro:

1 - Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus (v.12) – Filadélfia tinha sido atingida por terremotos. Essa expressão tornava a promessa de segurança e estabilidade mais apropriada. Mas a expressão “santuário” ou “templo” deve ser interpretada figurativamente. Deus tenciona honrar seu povo em sua presença secreta (cf Richard H. Wilkinson). Não haverá outro templo em Jerusalém como acredita alguns, esse verso nos mostra que haverá uma indivisível união entre nós e Deus. É a característica da Nova Jerusalém: “Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.” (Ap.21.22). Os santos serão honrados no templo celestial, que na verdade é a presença de Deus.

Daí jamais sairá (v.12) – Devido aos terremotos frequentes, os cidadãos de Filadélfia preferiam viver do lado de fora dos muros da cidade, em campo aberto. Tais pessoas viviam toda sua vida com medo de catástrofes naturais; em contraste, os filhos de Deus habitarão eternamente em segurança em Sua presença (cf Ap 21.3).

2- Gravarei também sobre ele o nome do meu Deus (v.12b) – Isso significa que a igreja com essas características pertence e pertencerá a Deus e Cristo para sempre. Esses nomes lhes servem de passaporte de ingresso à presença de Deus e como sinal da cidadania da Jerusalém que desce do céu (cf Ap. 21.1-2). O Senhor promete que habitaremos eternamente no seu santuário, se permanecermos fieis em seus caminhos.

Que sejamos a cada dia uma igreja fiel. Que possamos honrar o Senhor Jesus e agradá-lO para sempre! Lembre-se: você é a igreja de Cristo. Por isso: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (v.13)

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Autor: Rev. Ronaldo P. Mendes
Fonte: Solus Christus

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

SUBMISSÃO E LIDERANÇA NO LAR EM QUE EU CRESCI



Por John Piper

A Mensagem do último domingo foi sobre o significado da submissão no casamento. Eu não tive tempo para esta ilustração final. Portanto, considere isto como uma aplicação ao final daquela mensagem. O ponto é que o papel de submissão de minha mãe em relação ao meu pai não era devido a competências menores. Era devido à natureza da masculinidade e feminilidade dadas por Deus, e em como ela é planejada no casamento para demonstrar o relacionamento de aliança entre Cristo e a igreja.

Eu cresci em um lar onde meu pai ficava ausente por cerca de dois terços de cada ano. Ele era um evangelista. Ele coordenava cerca de vinte e cinco cruzadas por ano, variando de uma a três semanas de duração cada. Ele saía no sábado, ficando fora entre uma a três semanas, e voltava na segunda-feira à tarde. Fui centenas de vezes ao aeroporto de Greenville. E algumas das memórias mais ternas da minha infância são o sorriso no rosto de meu pai quando ele saía do avião, descia as escadas e quase corria pela pista para me abraçar e beijar (não havia corredores suspensos naquele tempo).

Isto significava que minha irmã e eu éramos criados e treinados principalmente pela minha mãe. Ela me ensinou quase tudo de prático que eu sei. Ela me ensinou a cortar a grama sem deixar montinhos, e a usar o talão de cheques, e a andar de bicicleta, e a dirigir, e fazer minhas notas para um discurso, e a arrumar a mesa com o garfo no lugar correto, e a fazer panquecas (era para notar quando as bolhas se formavam nas bordas). Ela pagava as contas, fazia consertos, limpava a casa, cozinhava, me ajudava com minha lição de casa, nos levava à igreja, nos guiava nas devocionais. Ela era superintendente do departamento juvenil da igreja, líder do clube comunitário, e uma incansável benfeitora para muitas pessoas.

Ela era incrivelmente forte em sua solidão. O começo dos anos sessenta eram os dias em que os diretos civis vieram à tona em Greenville, na Carolina do Sul. A igreja votou, numa quarta-feira à noite, não permitir que os negros prestassem culto na igreja. Quando os votos foram colhidos, ela permaneceu em oposição, como me recordo, completamente sozinha. E quando minha irmã se casou na igreja em 1963, e uma pessoa da recepção tentou acomodar alguns amigos negros de nossa família isolados na galeria, minha mãe, indignada, desceu do altar e ela mesma os trouxe para o salão principal juntamente com todos.

Eu nunca conheci alguém como Ruth Piper. Ela me parecia totalmente competente, e transbordante de amor e energia.

Mas eis o meu ponto. Quando meu pai vinha para casa, minha mãe tinha a extraordinária habilidade, sabedoria bíblica e humildade de honrá-lo como o cabeça do lar. Ela era, no melhor sentido da palavra, submissa a ele. Era algo maravilhoso de assistir semana após semana, conforme meu pai ia e vinha. Ele partia, e minha mãe comandava a casa com mão firme, competente e amorosa. Ele voltava, e minha mãe se submetia à sua liderança.

Quando ele estava em casa, era ele quem orava antes das refeições. Era ele quem dirigia as devocionais. Era ele quem nos levava à igreja, e nos vigiava nos bancos, e respondia às nossas perguntas. Meu medo pela desobediência mudava da ira da minha mãe para a do meu pai, pois nisso, também, ele tomava a frente.

Mas eu nunca vi meu pai atacar minha mãe ou humilhá-la de forma nenhuma. Eles cantavam juntos, riam juntos e se uniam para atualizarem-se mutuamente sobre o estado da família. Foi um presente de Deus que eu jamais poderia pagar ou merecer.

E eis o que eu aprendi — uma verdade bíblica antes mesmo que eu soubesse que estava na Bíblia. Não há relação entre submissão e incompetência. Existe esta liderança masculina que não rebaixa a esposa. Existe esta submissão que não é fraca, ou tola, ou manipuladora.

Isto nunca tinha passado pela minha cabeça até que comecei a ouvir a retórica feminista no final dos anos sessenta, de que este belo arranjo no meu lar era, de alguma forma, devido à inferioridade de alguém. Não era. Era devido a isto: meu pai e minha mãe colocavam sua esperança em Deus e criam que a obediência à sua palavra criaria a melhor família possível — como, de fato, criou. Portanto, eu vos exorto com todo o meu coração, considere estas coisas com grande seriedade, e não deixe o mundo conformá-lo em seu molde.


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Artigo de 2007 no DesiringGod

UMA FORMA SIMPLES DE ENCORAJAR SEU PASTOR



Por Kevin Deyoung

Eu decidi escrever esse post agora, enquanto ainda tenho quatro semanas de férias de verão, para deixar claro que estou fazendo comentários genéricos sobre o ministério pastoral, não tentando receber mais elogios do meu rebanho. Eu sirvo em uma igreja muito boa, e nada nesse curto texto deve ser lido como qualquer tipo de reclamação indireta.

Esclarecimentos feitos, aqui vai uma coisa simples e muito importante que você pode fazer para encorajar seu pastor: diga a ele que você é grato por sua pregação.

Não estou falando de massagear o ego do seu pastor apenas para fazer ele (ou você) se sentir bem. Não estou falando de reconhecimento rotineiro, nem de elogios vazios. Não diga ao seu pastor nada que você realmente não sinta.

Mas se o sermão do seu pastor te ajudou a ver mais de Jesus, te ajudou a se afastar do pecado, te ajudou a entender melhor a Bíblia, te ajudou a ser um cônjuge melhor, te ajudou a confiar em Deus em meio ao sofrimento ou direcionou seus afetos para as coisas da glória, diga isso a ele. Não precisa ser toda semana e nem mesmo todo mês. Mas, quando for apropriado, e legítimo, diga a ele. Pode ser algo curto como um e-mail de duas frases ou uma conversa de dez segundos na porta da igreja. Apenas diga algo como “eu tenho crescido como cristão por causa da sua pregação”. Ou “a mensagem da semana passada realmente falou comigo”. Ou “eu tenho aprendido muito sobre a Bíblia nessa última série de sermões.”. Um pouco de encorajamento vai mais fundo do que você imagina.

Eu não digo isso porque pastores tem o trabalho mais difícil do mundo. De muitas formas, é o trabalho mais privilegiado do planeta. Somos pagos (a maioria) para estudar a Bíblia, falar de Jesus para as pessoas, orar com as pessoas passando por dificuldades e, em geral, fazer o tipo de coisas que os outros cristãos tentam fazer quando não estão nos seus empregos normais. Mas ser um pastor é algo único quando, semanalmente, nosso trabalho – e, na verdade, nosso coração e nossa alma – é colocado à vista de todos pra ser visto, aproveitado ou dormido. É natural que um pastor se pergunte, de tempos em tempos (e cada vez mais, conforme o tempo passa), “como é que eu estou indo?”.

Na maioria das vezes eu não penso que essa pergunta apareça na cabeça do pastor por causa de narcisismo, baixa autoestima ou ambição egoísta. Creio que a maioria dos pastores genuinamente não tem ideia do quanto estão fazendo alguma diferença na vida de seu rebanho. Claro, há conversas dramáticas aqui e ali, e certos membros são persistentemente encorajadores e alegres. Mas, em geral, creio que muitos ministros do evangelho passam uma boa parte de seu tempo se perguntando se não estão falando para as paredes.

Talvez alguns deles (de nós) estejam. Sem dúvida há homens no ministério que poderiam estar servindo melhor o reino fazendo outra coisa. Mas, mesmo assim, eu imagino que a maioria dos pastores não deveria deixar o pastorado. Eles estão trabalhando duro. Estão usando quaisquer que sejam seus dois, cinco ou dez talentos que lhes foram dados. Eles amam a Deus, amam Seu povo e amam a Bíblia. Mas não tem a certeza de que estão realmente fazendo alguma diferença. É por isso que eu penso que tantos pastores olham para o orçamento, o tamanho do prédio e a ocupação dos bancos. É quantificável. É mensurável. É algo que pode incentivar o coração pastoral abatido: “veja, você não está perdendo o seu tempo (nem o deles!)”.

Então em algum momento desse mês – se há algo que valha a pena incentivar no sermão do seu pastor – vá e o incentive.

Fale para ele. Pessoalmente. Com alegria e gratidão. Com sinceridade.

Não se preocupe com ele se achar demais. O Senhor sabe como manter seus pastores humildes, para que você possa se preocupar em manter o seu pastor caminhando. Quem sabe o tipo de dúvida que seu pastor pode estar enfrentando? Quem sabe o tipo de desencorajamento constante que o aflige? Quem sabe o quanto talvez ele esteja perto de deixar o ministério (seja por desistência discreta ou por escândalo público)?

“Tudo o que é verdadeiro, tudo que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvo existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8). E se o sermão do seu pastor – mesmo que não seja muito frequente – cair nessas categoria, seja grato a Deus. E pense na possibilidade de deixar isso claro para o seu pastor.

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Traduzido por Filipe Schulz no Refroma 21

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

ESTUDANTES CRISTÃS SÃO PRESAS E AÇOITADAS NO SUDÃO




Segundo o jornal britânico The Guardian, 12 estudantes foram presas em frente a uma igreja, após participarem de um culto. Os policiais da moralidade islâmica prenderam as estudantes, que eram da região dos Montes Nuba, sob o pretexto de colocar em prática o código de vestuário, de acordo com a lei Sharia.

Com idade entre 17 e 23 anos, as estudantes usavam calças e saias. Segundo os relatórios, os oficiais zombaram delas. De acordo com ativistas do Sudão, cerca de 40 a 50 mil mulheres são presas e açoitadas, todos os anos. A Anistia Internacional vem ganhando apoio para salvar estas mulheres e para que não sofram as 40 chicotadas determinadas pela lei islâmica.

Ashagrie, analista da Portas Abertas, diz: "Primeiro de tudo, esta é apenas a ponta do iceberg. Os cristãos no Sudão, especialmente as mulheres, enfrentam a discriminação e o preconceito coletivo. Os cristãos são considerados cidadãos de segunda classe. O governo limita estritamente a sua liberdade de religião, de expressão e de reunião, por todos os meios e métodos. Em segundo lugar, isso mostra que o governo do Sudão está implementando uma política rígida. Em 2010, o presidente al Bashir disse que a sharia e o islão seriam suas principais fontes para a Constituição do país”.

O analista acredita que o governo do Sudão não vai mudar de comportamento, apesar da pressão internacional. “Sabemos disso porque vimos quando um oficial das Nações Unidas, um jornalista e 13 mulheres cristãs foram presos e ameaçados de serem amarrados, simplesmente por estarem vestidos ‘indecentemente em público’, conforme os padrões deles”, conclui.

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Portas Abertas

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cristianismo sem igreja existe?

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Um cristianismo sem igreja é a mesma coisa de um cristianismo sem Cristo? Um cristianismo sem Cristo é quando Deus e Jesus são importantes, porém como partes do elenco. Ou seja, Eles são apenas coadjuvantes e não os diretores de toda história. No entanto, um cristianismo sem igreja é parte resultante do cristianismo sem Cristo, pois se Cristo e Deus já não são mais Senhores de tudo e de todos, logo, a Sua Palavra já não vale de nada.

Diante disso, nós sabemos que todo tipo de confissão ou credo serve para definir aquilo que cremos ser verdadeiro, por isso que o Catecismo de Heidelberg têm 129 perguntas, e hoje nós veremos as perguntas e respostas 54 a 56.
54. O que você crê sobre "a santa igreja universal de Cristo"?
R. Creio que o Filho de Deus (1) reúne, protege e conserva (2), dentre todo o gênero humano (3), sua comunidade (4) eleita para a vida eterna (5). Isto Ele fez por seu Espírito e sua Palavra (6), na unidade da verdadeira fé (7), desde o princípio do mundo até o fim (8). Creio que sou membro vivo (9) dessa igreja, agora e para sempre (10). 
(1) Jo 10:11; Ef 4:11-13; Ef 5:25,26. (2) Sl 129:4,5; Mt 16:18; Jo 10:16,28. (3) Gn 26:4; Is 49:6; Rm 10:12,13; Ap 5:9. (4) Sl 111:1; At 20:28; Hb 12:22,23. (5) Rm 8:29,30; Ef 1:10-14; 1Pe 2:9. (6) Is 59:21; Rm 1:16; Rm 10:14-17; Ef 5:26. (7) Jo 17:21; At 2:42; Ef 4:3-6; 1Tm 3:15. (8) Is 59:21; 1Cor 11:26 (9) Rm 8:10; 1Jo 3:14,19-21. (10) Sl 23:6; Jo 10:28; Rm 8:35-39; 1Co 1:8,9; 1Pe 1:5; 1Jo 2:19. 
55, Como você entende as palavras: "a comunhão dos santos"?
R. Primeiro: entendo que todos os crentes, juntos e cada um por si, têm, como membros, comunhão com Cristo, o Senhor, e todos os seus ricos dons (1). Segundo: que todos devem sentir-se obrigados a usar seus dons com vontade e alegria para o bem dos outros membros (2). 
(1) Rm 8:32; 1Co 6:17; 1Co 12:12,13; 1Jo 1:3. (2) 1Co 12:21; 1Co 13:1-7; Fp 2:2-5. 
56. O que você crê sobre "a remissão dos pecados"?
R. Creio que Deus, por causa da satisfação em Cristo, jamais quer lembrar-se de meus pecados (1) e de minha natureza pecaminosa (2), que devo combater durante toda a minha vida. Mas Ele me dá a justiça de Cristo (3), pela graça, e assim nunca mais serei condenado por Deus (4). 
(1) Sl 103:3,10,12; Jr 31:34; Mq 7:19; 2Co 5:19. (2) Rm 7:23-25. (3) 2Co 5:21; 1Jo 1:7; 1Jo 2:1,2. (4) Jo 3:18; Jo 5:24. 

O Catecismo vai nos mostrar em rápidas palavras o que é uma igreja e qual a sua função:

A palavra “Igreja” significa “reunião” ou “assembleia”. A definição mais simples de igreja é uma comunidade de pessoas que foram chamadas pelo Espirito Santo, por intermédio da Palavra, para ser o povo de Deus. E é por intermédio da Palavra e do Espirito, como diz o Catecismo, que Cristo defende preserva a Igreja. Portanto, o culto é o meio ordenado por Deus para que haja preservação de Seu povo, pois é no culto que nós servimos a Deus por meio de orações, cânticos, confissões e ofertas. Se não temos prazer no culto, não temos prazer em Deus e rejeitamos o sacrifício de Cristo, porque foi por meio do sangue do Cordeiro que temos comunhão com Deus. 
Paulo nos diz em Efésios que Cristo, ao subir aos céus, concedeu dons aos homens (Ef 4.8). No entanto, como podemos mostrar esses dons? Por intermédio da “comunhão dos santos”. Paulo nos diz que o desenvolvimento de nossos dons devem ser para a edificação da Igreja (1Co 14.26) e não para o gozo próprio. 
Uma das formas que a Bíblia demonstra o senhorio de Cristo é por intermédio da remissão de nossos pecados. Porém, o sacrifício realizado por Cristo não foi somente para a remissão, mas também para a nossa compra (1Pe 1.18,19). Cristo é o Senhor de tudo, tanto por ser o nosso criador, quanto por nos redimir e comprar. A frase “remissão de pecados” faz parte do credo sobre a igreja comunhão dos santos, pois somente pelo sangue do Cordeiro temos comunhão com Deus e essa comunhão deve ser vista na igreja com os irmãos. 

Esses três tópicos levantados acima nos faz refletir sobre a necessidade da igreja em meio à um movimento crescente no Brasil, os desigrejados. Os adeptos deste movimento professam crer em Cristo, mas entendem que não há necessidade de reuniões em locais construídos por mãos humanas para adorarem a Deus. 


Uma coisa nós sabemos, Deus não habita em templos feitos por mãos humanas (At 7.48). No entanto, o testemunho bíblico nos diz claramente que todos os que se achegam a Cristo possuem o desejo de congregar, de participar do partir do pão e aprender mais da doutrina dos apóstolos.

Se eu não tenho prazer de estar com meus irmãos em culto, em estudos, em encontros, ou qualquer coisa que mostre a comunhão dos salvos, nós não poderemos ansiar ardentemente pela vinda de Cristo e a nossa reunião com Ele. Pois, disse Jesus, que haverá um só rebanho (Jo 10.16) e estaremos de pé diante do trono clamando a Deus com grande voz (Ap 7.9,10). 

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Autor: Denis Monteiro
Fonte: Bereianos
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