terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Cristãos norte-coreanos celebram o Natal escondidos


"Na Coreia do Norte, o culto é aos líderes políticos... Tudo está focado em Kim Il-sung, que tenta tomar o lugar de Deus na vida deles”
por Jarbas Aragão

Cristãos norte-coreanos celebram o Natal escondidosCristãos norte-coreanos celebram o Natal escondidos
Ser cristão na Coreia do Norte é arriscar a vida todos os dias. Mas isso não os impediu de comemorar o Natal como milhões de outras pessoas fizeram em todo o mundo. A diferença é que para isso precisaram se reunir em túneis subterrâneos, escondidos das autoridades.
Eles sabem que podem ser presos cada vez que fazem uma oração ou cantam um louvor em voz alta. “Os cristãos do resto do mundo não têm ideia de como são fervorosas as orações daqueles que vivem na Coreia do Norte”, disse Han Min, um norte-coreano que fugiu do regime ditatorial de Pyongyang.
Han hoje vive na Coreia do Sul e congrega na Igreja Durihana, em Seul, liderada pelo pastor Chun Ki-won. Desde 1999, esta comunidade tem o compromisso de ajudar aqueles que desejam sair da parte norte da península.
Segundo a igreja, eles já ajudaram cerca de 1.000 norte-coreanos a fugir. Geralmente pela fronteira com a China, menos protegida. Depois de atravessarem, iniciam sua viagem até a Coreia do Sul.
“Na Coreia do Norte, o culto é aos líderes políticos… Tudo está focado em Kim Il-sung, que tenta tomar o lugar de Deus na vida deles”, explica o pastor Chun. Ele lamenta ainda que o regime tem intensificado as restrições e matado muito mais cristãos do que fazia antes da troca de governo. Chun, que já foi preso e torturado em uma das viagens que fez para a Coreia do Norte para auxiliar a igreja perseguida, conta que antigamente eles atravessavam de 30 a 40 pessoas em um mês. Em dezembro, ele só consegui ajudar 3 a escaparem.
Em 3 de novembro, segundo o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo, foram executados publicamente 80 norte-coreanos. Cerca de 10.000 pessoas foram até um estádio esportivo na cidade de Wonsan para assistir os condenados enfrentarem um pelotão de fuzilamento. A prática é uma maneira de a liderança ditatorial do país disseminar sua mensagem à população. Segundo a imprensa, os mortos “foram amarrados a estacas com sacos cobrindo suas cabeças. Seus corpos foram crivados por tiros de metralhadora enquanto eram acusados” de práticas consideradas traição ao regime, como assistir TV sul-coreana ou terem Bíblias em casa.
O irmão Simon, pseudônimo de um refugiado norte-coreano que não quer se identificar, afirma: “É claro, os cristãos da Coreia do Norte refletem sobre o nascimento de Jesus Cristo… Só que eles não podem simplesmente ir juntos a uma igreja para cantar ou ouvir um sermão. Ser cristão na Coreia do Norte é algo muito solitário”. Segundo ele, a maioria das vezes as celebrações são em pequenos grupos. Normalmente encontros de cristãos reúnem apenas duas pessoas.
Simon explica: “Por exemplo, um cristão vai e se senta em um banco no parque. Um outro cristão vem e senta-se ao lado dele. Às vezes é perigoso até mesmo falar uns com os outros, mas eles sabem que ambos são cristãos, e isso já é o suficiente. Se não houver ninguém por perto, podem compartilhar um versículo da Bíblia que eles sabem de cor e brevemente comentar algo sobre isso. Também contam seus motivos de oração um ao outro. Então eles se levantam e saem”.
O nascimento de Jesus também é comemorado desta maneira. Não há decoração nas casas nem cultos natalinos. “O Natal é principalmente comemorado no coração do cristão. Por medo de represálias é necessário manter a sua fé escondida dos vizinhos. Às vezes, é possível realizar uma reunião em áreas remotas com um grupo de 10 a 20 pessoas. Muito raramente é possível que um grupo vá discretamente para as montanhas e faça um culto em um local secreto”, explica Simon. Com informações Christian News Wire e Asia News.
Fonte:gospelprime

O 'Mundo' de João 3:16 não significa todos os homens sem exceção



Por Rev. David J. Engelsma


Agora é comum entre pessoas reformadas que, quando se confessa a eleição de Deus de alguns para a salvação, o amor especial de Deus pelos eleitos e o desejo exclusivo de Deus de salvar os eleitos, a confissão é imediatamente contestada por um apelo a João 3:16:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."

Na verdade, essa é quase a regra. Aquele que assim apela a João 3:16 tem a intenção de afirmar que Deus ama todos os homens, sem exceção, e que Deus deseja salvar todos os homens, sem exceção. O pressuposto básico subjacente a este apelo a João 3:16, como um argumento contra a eleição, é que a palavra, mundo, em João 3:16 significa "todos os homens, sem exceção"

Nós anunciamos, declaramos e proclamamos aqui que essa suposição é falsa. É antibíblica. E ela leva a um ensino que fundamentalmente se desvia do Evangelho.

A palavra "mundo", em João 3:16 não significa "todos os homens, sem exceção".

Rogamos a nossos irmãos e irmãs reformados que insistem em conceber"mundo" em João 3:16 como "todos os homens, sem exceção", e utilizam este texto contra a confissão do amor particular de Deus pelo eleito, a enfrentarem a posição doutrinária que têm tomado. Esta é a posição deles:

Deus ama todos os homens, sem exceção, com um amor que dá o seu Filho unigênito para a salvação, isto é, com um amor (salvífico) que deseja que eles sejam salvos do pecado e tenham a vida eterna no céu.
Deus deu o seu Filho unigênito por todos os homens, sem exceção, ou seja, Jesus morreu por todos os homens, sem exceção. 
No entanto, muitas pessoas que Deus ama, que Deus deseja salvar, e por quem Jesus morreu, perecem no inferno, não salvas. 
Portanto:
1 - muitas pessoas estão separadas do amor de Deus; 2 - o desejo de Deus de salvar é frustrado no caso de muitas pessoas; 3 - a morte de Jesus não conseguiu salvar muitos por quem o Filho de Deus, de fato, morreu.
razão para este triste estado das coisas é que tais pessoas se recusaram a crer em Jesus, embora eles fossem capazes de fazêlo em virtude de seu livre arbítrio.
Por outro lado, a razão pela qual os outros são salvos não é porque Deus os amou, desejou a sua salvação, e deu Seu Filho para morrer por eles (pois Ele também amou os que perecem, desejou a salvação deles, e deu Seu Filho por eles), mas que, por meio de seu livre arbítrio, escolheram crer.
Concluindo, a condenação dos ímpios é a derrota e decepção de Deus, ao passo que a salvação dos crentes é a própria obra deles. 

Quando homens defensores de "todos os homens, sem exceção" citam João 3:16, esta é a forma como eles estão lendo:

"Porque Deus amou todos os homens, sem exceção, que deu o seu Filho unigênito para morrer por todos os homens, sem exceção, com o desejo de que todos os homens, sem exceção, sejam salvos, para que todo aquele que crê, por seu livre arbítrio, não pereça, mas tenha a vida eterna."

Sempre que alguém desafia a confissão do amor particular e exclusivo de Deus pelos Seus eleitos, citando João 3:16, devemos concluir com pesar que ele defende a posição doutrinária estabelecida acima e deseja confessá-la publicamente, a fim de, assim, derrubar a doutrina reformada da predestinação, expiação limitada, depravação total, graça eficaz e a preservação dos santos (o que é apenas uma forma elaborada de dizer, a salvação pela graça somente o Evangelho).

A palavra mundo no Evangelho de João não significa "todos os homens, sem exceção" . Comprove:

João 1:29: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!"Por acaso Cristo por meio de Sua morte tirou o pecado de todos os homens, sem exceção? Se ele tirou, todos os homens, sem exceção, serão salvos.
João 6:33. "Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo". Por acaso Jesus dá vida (não, inutilmente oferece vida, mas eficazmente dá vida) a todos os homens, sem exceção? Se ele dá, todos os homens, sem exceção, têm a vida eterna.
João 17:9: "Eu [Jesus] não estou rogando pelo mundo". Jesus se recusa a orar por todos os homens, sem exceção? 

Este último texto aponta que a palavra, mundo, no Evangelho de João, nem sempre têm o mesmo significado. Em João 3:16, o mundo é amado por Deus, com um amor que dá o Filho de Deus por sua causa; em João 17:9, o Filho de Deus se recusa a rogar pelo mundo. Os santos não devem chegar a um entendimento do mundo de João 3:16 por meio de uma suposição rápida, mas pela interpretação cuidadosa da passagem à luz do resto da Escritura.

Qual é então a verdade sobre o mundo de João 3:16?
Amado por Deus com um amor divino, todo poderoso, eficaz, fiel e eterno, mundo é salvo. Todo ele! Todos eles!
Redimidos pela preciosa, digna, poderosa e eficaz morte do Filho de Deus, o mundo é salvo. Todo ele! Todos eles!

A salvação de todas as pessoas incluídas no mundo de João 3:16 é devido unicamente ao amor eficaz de Deus e a morte redentora de Cristo por eles; enquanto que aqueles que perecem nunca foram amados por Deus, nem redimidos por Cristo, ou seja, eles não fazem parte do mundo de João 3:16.

mundo de João 3:16 [2] é a criação feita por Deus no princípio (agora desordenado por causa do pecado) juntamente com os eleitos de todas as nações (agora por natureza filhos da ira tanto quanto os outros) como sendo o cerne do mesmo. Com respeito às pessoas dele, o mundo de João 3:16 é a nova humanidade em Jesus Cristo, o último Adão (Cf. 1Co 15:45). João chama esta nova raça humana "o mundo", a fim de mostrar e enfatizar, não só o povo judeu, mas todas as nações e povos (Cf. Ap 7:9). As pessoas que compõem o mundo de João 3:16 são todos aqueles, e só aqueles, que se tornarão crentes aquele que crê; e é o eleito que crê (Cf. At 13:48).

Esta explicação de João 3:16 não é uma nova interpretação estranha sonhada por hipercalvinistas contemporâneos, mas a explicação que foi dada no passado pelos defensores da fé que chamamos reformada, ou seja, por aqueles que confessavam a graça soberana de Deus na salvação dos pecadores.

Esta foi a explicação dada por Francis Turretin[3]:

"O amor tratado em João 3:16 [...] não pode ser universal para todos e para qualquer um, mas especial para alguns [...] porque a finalidade do amor de Deus é a salvação daqueles a quem Ele busca com tal amor [...] Portanto, se Deus enviou Cristo para esse fim, que por meio d'Ele o mundo fosse salvo, Ele necessariamente ou falhou em Seu objetivo, ou o mundo precisa ser salvo, de fato. Mas é certo que não é o mundo inteiro, mas somente aqueles escolhidos do mundo que são salvos; logo, a menção deste amor é devidamente aos escolhidos [...] 
Por que então o mundo não deveria ser entendido aqui, não como universal para indivíduos, mas indefinidamente para qualquer um, tanto judeus quanto gentios, sem distinção de nação, língua ou posição social, para que se possa dizer que Ele amou a raça humana; enquanto que Ele não desejava destruí-la completamente, mas decretou salvar certas pessoas, não somente de um povo como anteriormente, mas de todos os povos indiscriminadamente, embora os efeitos desse amor não seja estendido a cada indivíduo, mas apenas para algumas, ou seja, os escolhidos do mundo?"[4]

Sobre a palavra, mundo, na Escritura, Abraham Kuyper escreveu: 
"Porque, se há alguma coisa que é certa a partir de uma leitura um pouco mais atenta da Sagrada Escritura, e que pode ser defendida como firmemente estabelecida, é, realmente, o fato irrefutável, que a palavra mundo na Sagrada Escritura apenas significa 'todos os homens' em raríssimas exceções, e quase sempre significa algo completamente diferente. 

Em uma explanação, mais específica, sobre o "mundo" de João 3:16, Kuyper chegou a dizer que a menção é ao "próprio cerne" da criação, o povo eleito de Deus, "o qual Jesus arrebata de Satanás".

"[...] a partir deste cerne, desta congregação, deste povo, um 'novo mundo', uma 'nova terra e novo céu', um dia surgirão, por uma obra maravilhosa de Deus. A terra não serve apenas para permitir com que os eleitos sejam salvos, para em seguida, desaparecer. Não, os eleitos são homens; esses homens formam um todo, um acervo, um organismo; esse organismo está fundamentado na criação; e porque esta criação é agora o reflexo da sabedoria de Deus e da obra de suas mãos, a administração dela por Deus não pode se tonar em nada, mas no Grande Dia a vontade de Deus para esta criação será perfeitamente realizada."[5]

Essencialmente, esta é a mesma interpretação de Arthur W. Pink[6]:
"Passando agora para João 3:16, deveria ser evidente, a partir das passagens que acabamos de citar, que este versículo não vai suportar a construção que é costumeiramente colocada sobre ele. 'Porque Deus amou o mundo de tal maneira'. Muitos supõem que isto significa, toda a raça humana. Mas 'toda a raça humana' inclui toda a humanidade, desde Adão até o fim da história da Terra: alcança o passado bem como o futuro! Considere, então, a história da humanidade antes de Cristo nascer. Incontáveis milhões de pessoas viveram e morreram antes do Salvador ter vindo à terra, viveram aqui 'não tendo esperança e sem Deus no mundo', e, portanto, foram para uma eternidade de aflição. Se Deus os 'amou', onde se encontra uma prova, a menor prova que seja, disso?"
"A Escritura declara: 'No passado [a partir da torre de Babel até depois do Pentecostes] Ele [Deus] permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios caminhos' At 14:16. A Escritura declara que 'Visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam'. Rm 1:28. Para Israel Deus disse: 'Escolhi apenas vocês de todas as famílias da terra' Am 3:2. Levando em conta estas claras passagens, quem será tão tolo a ponto de insistir que Deus no passado amou toda a humanidade?! O mesmo se aplica com igual força para o futuro [...] Mas o objetor volta para João 3:16 e diz: 'Mundo significa mundo'. É verdade, mas nós mostramos que 'o mundo' não significa toda a família humana. O fato é que 'o mundo' é usado de maneira geral [...]." 
"Agora, a primeira coisa a se observar em conexão com João 3:16 é que nosso Senhor estava falando ali com Nicodemos, um homem que acreditava que as misericórdias de Deus eram restritas à sua própria nação. Cristo ali anunciou que o amor de Deus em dar o Seu filho tinha um objeto maior em vista, que fluía além do limite da Palestina, chegando aos 'confins da terra'. Em outras palavras, este foi o anúncio de Cristo que Deus tinha um propósito de graça para com os gentios bem como para com os judeus. Portanto, 'Porque Deus amou o mundo de tal maneira', significa que o amor de Deus é internacional em seu escopo." 
"Mas isso significa que Deus ama cada indivíduo entre os gentios? Não necessariamente, pois, como vimos, o termo 'mundo' é geral e não específico, relativo e não absoluto [...] o 'mundo' em João 3:16, em última análise, refere-se necessariamente ao mundo do povo de Deus. Somos obrigados a dizê-lo, pois não há nenhuma outra solução alternativa. Não pode significar toda a raça humana, pois metade da raça já estava no inferno quando Cristo veio à Terra. É injusto insistir que significa cada ser humano que está vivendo agora, pois todas as outras passagens no Novo Testamento, onde o amor de Deus é mencionado, é limitado a Seu próprio povo pesquise e veja!" 
"Os objetos do amor de Deus em João 3:16 são, precisamente, os mesmos objetos do amor de Cristo em João 13:1: 'Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim'. Podemos admitir que a nossa interpretação de João 3:16 não é um romance inventado por nós, mas um que nos foi dado, quase uniformemente, pelos reformadores e puritanos, e muitos outros depois deles.[7]"

Nós apenas podemos estranhar que os reformados tenham tão rapidamente se afastado da verdade do soberano, particular e eletivo amor de Deus em Jesus Cristo; verdade a qual não foi só confessada "pelos reformadores e puritanos" antes deles, mas também tem sido confessada pela própria igreja reformada em seu credo, os Cânones de Dort.

Quem os enfeitiçou?

Quanto a nós, estamos determinados, por causa do amor à verdade, a se opor à mentira sobre o amor de Deus em Jesus Cristo por todos os homens, sem exceção; a tentar resgatar aqueles que tem sido levados cativos por esta doutrina; e a pregar e testemunhar, perto e longe, a tempo e fora de tempo, o amor de Deus pelo mundo que salva o mundo, a morte do Filho de Deus que redimiu o mundo, o propósito de Deus para a salvação de pecadores a qual está consumada, e a salvação dos pecadores escravizados por meio do soberano poder da graça de Deus somente, para o conforto de todo cristão e para a glória de Deus.

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Notas:
[2] Em grego: cosmos, de onde vem a nossa palavra no inglês, cosmos, refere-se ao nosso "ordenado, harmonioso e sistemático universo".
[3] Francois Turretin (1623-1687) um teólogo reformado de Genebra. 
[4] Theological Institutes.
[5] [Dat De Genade Particulier Is (That Grace is Particular). My translation of the Dutch.]
[6] Arthur W. Pink (1886-1952).
[7] A Soberania de Deus - A. W. Pink

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Fonte: "Deus Amou o Mundo de Tal Maneira Que Deu Seu Filho..." - Homer Hoeksema (Apêndice)
Via Bereianos
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domingo, 29 de dezembro de 2013

A Inconsistência dos Sinergistas sobre Eleição e Presciência

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Por John Hendryx


Os Sinergistas ensinam que a ELEIÇÃO é como se segue: Deus previu quem se renderia ao Espírito, e então elegeu para a salvação todos aqueles que Ele previu que assim o fariam. Neste esquema, o absoluto livre-arbítrio do homem natural é necessário para preservar a responsabilidade humana. Mas este conceito de presciência realmente reduz a mesmo à nada. Não há nenhum Sinergista vivo que possa consistentemente crer nesta teoria de presciência, e ainda continuar ensinando suas visões com respeito à salvação. Por que então? Considere o seguinte:

1. Nenhum Sinergista pode consistentemente dizer que Deus previu quem seria salvo e então pregar que Deus está tentando salvar todos os homens. Certamente se Deus sabe quem Ele pode salvar ou quem quer ser salvo, então, quem ousará dizer que Ele está tentando salvar alguém mais? Certamente é tolice dizer que Deus está tentando fazer algo que Ele sabe que nunca poderá ser realizado. Eu tenho ouvido alguns Sinergistas acusarem aqueles que crêem no monergismo de que o Evangelho pregado para os não-eleitos é zombaria, visto que Deus não lhes elegeu. Se há algo válido nesta objeção, então ela igualmente se aplica a eles também, que pregam para aqueles que Deus sabe que não serão salvos. Deus ordena que o Evangelho seja pregado a todos, se claramente entendemos ou aceitamos Seu motivo no assunto.

2. Nenhum Sinergista pode consistentemente dizer que Deus previu que pecadores se perderiam e então dizer que não está dentro da vontade de Deus permitir que aqueles pecadores se percam. Porque Ele os criou então? Que os Sinergistas considerem esta questão. Deus poderia ter da mesma forma facilmente Se privado de criar aqueles que Ele sabia que iriam para o Inferno. Ele sabia que eles iriam para o Inferno antes dEle os criar. Visto que Ele foi em frente e os criou com total conhecimento de que eles se perderiam, está evidentemente dentro da providência de Deus que alguns pecadores se percam, e Ele evidentemente tem algum propósito nisto, o qual nós seres humanos não podem discernir completamente. O Cristão humanista pode reclamar o quanto quiser da verdade que Deus escolheu permitir que alguns homens tivessem como destino final o Inferno, mas esta verdade continua sendo um problema tanto para eles como para qualquer outra pessoa. Na realidade, este é um problema que os Sinergistas devem encarar. Se eles encararem isto, terão que admitir ou o erro de sua teologia ou negar juntamente com isto a presciência de Deus. Mas eles poderão dizer que Deus criou aqueles para perecer, mesmo contra Sua vontade. Isto faria Deus sujeito ao Destino.

3. Nenhum Sinergista pode consistentemente dizer que Deus previu quem seria salvo e então ensinar que Deus puniu a Cristo com o propósito de redimir cada homem em particular que já viveu. Certamente deveríamos creditar a Deus como tendo tanto senso quanto um ser humano. Que ser humano faria um grande, porém inútil e imprestável sacrifício? Os Sinergistas dizem que Deus puniu a Cristo pelo pecados daqueles que Ele sabia que iriam para o Inferno. Esta teoria da expiação – embora os Sinergistas não mencionem isto – envolve o assunto do sofrimento de Cristo exclusivamente para o propósito da salvação do homem – o aspecto substitutivo. Eles falham em ter qualquer apreciação do aspecto da propiciação.

4. Nenhum Sinergista pode consistentemente dizer que Deus previu quem seria salvo e então pregar que Deus o Espírito Santo faz tudo o que Ele pode para salvar todos os homens no mundo. O Espírito Santo estaria desperdiçando tempo e esforço para tentar converter um homem que Ele sabe desde o principio que irá para o Inferno. Você ouve os Sinergistas dizerem sobre como o Espírito tenta alcançar os homens e, se eles não se entregarem a Ele, eles “cruzam a linha” e ofendem ao Espírito, de forma que Ele nunca tentará salvá-los novamente. No fundo, o Sinergista transforma a Deidade Divina numa criatura finita.

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Modificado a partir do Artigo Christian Humanism Cuts Its Own Throat 

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Fonte: WithChrist.org
Tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto
Via: Monergismo

Recalcado pela derrota do PLC 122, Jean Wyllys ataca igrejas

Imagem: Divulgação

Após a derrota política sofrida com o sepultamento do PLC 122, o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys atacou os cristãos e as igrejas.
No Twitter, citando publicações de outros usuários que divergem dos princípios que ele defende, Wyllys passou a ridicularizar as expressões de ideias que não o agradavam. 
Dizendo adorar “debochar dos imbecis”, ele disparou contra os cristãos como um todo, afirmando que as igrejas haviam se tornado mentoras de criminosos: “As escolas não podem virar ‘fábricas de homossexuais’, mas as igrejas podem ser fábricas de estelionatários e predadores sexuais, né?”, disse ele, rebatendo as críticas ao Plano Nacional de Educação (PNE), que contém artigos polêmicos no que se refere à implantação de políticas públicas que preguem maior tolerância à homossexualidade.
Imagem: Reprodução/TwitterComentando a publicação de um católico que afirmou que os ativistas gays iriam “implantar a cultura gay no inferno”, o deputado disparou: “O bom é que esses ‘cristãos’ nem conjugam burrice com má fé e ódio, né? Que bom que eles entendem a mensagem de Jesus, né? Nessas horas, só a ironia pode responder a essa estupidez e desamor!”, escreveu.
Na sequência, após responder vários internautas contrários a ele com o mesmo tom de sarcasmo e ironia, chamando-os de imbecis, o deputado confrontou os católicos contrários à prática homossexual com escândalos recorrentes entre clérigos da Igreja romana.
“Gritar e levantar o terço contra o abuso sexual praticado por padres contra meninas e meninos, esses ‘católicos’ não fazem, né? Será que os católicos homofóbicos não são capazes de respeitar a dignidade e os direitos dos gays, lésbicas e transexuais católicos?”, escreveu.
Não bastasse tamanha falta de respeito, Jean Wyllys ainda chamou a todos que não concordam com o PLC 122 de canalhas. “Assim talvez tenha sido melhor para o PLC 122 ter sido apensado ao código penal. O tiro terá saído pela culatra da arma dos canalhas!”, escreveu.
“Enquanto isso, esfreguemos na cara desses canalhas recalcados e frustrados nossa felicidade e alegria de ser! Eles têm inveja disso!”, disparou no twitter.
Imagem: Reprodução/TwitterAchincalhar os cristãos é fácil, mas é fato público e notório que a Igreja de Cristo tem, desde a sua fundação, estendido a mão em socorro as comunidades onde estão inseridas; gerando vida em abundância por meio de ações sociais como ajuda a dependentes químicos, crianças desemparadas, educação complementar, ensino variado para geração de renda e tantas outras ações. Então, fica a pergunta aos ativistas gays: onde estão suas obras de apoio a sociedade? Pois o que se tem visto é a quebra de princípios morais, familiares e de liberdade de expressão e religiosa.
Deixe o seu comentário.
Fonte: Gospel Mais
Via Verdade Gospel

Para aqueles que têm sede de sonhos e visões

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Por C.H. Spurgeon


Há alguns, e estes geralmente são os mais iletrados, que têm a expectativa de experimentar sonhos notáveis ou de ter visões singulares.

Eu às vezes fico surpreso de que ainda persista no meio do nosso povo uma noção de que certo tipo de sonho, especialmente se repetir-se várias vezes, e se for tão vívido que permaneça na imaginação por um longo período, é um sinal do favor divino. Nada poderia ser mais completamente falso, nada pode ser mais infundado e sem a menor sombra de evidência; e ainda assim muitos imaginam que se eles sofressem dolorosamente de indigestão de forma que seu sono fosse estragado por sonhos vívidos, então eles finalmente poderiam pôr sua confiança em Jesus Cristo.

A noção é tão absurda que se ela fosse tão somente mencionada a homens racionais, eles necessariamente teriam que ridiculariza-la. Ainda assim, conheço muitos que foram, e ainda são, escravos dessa ilusão.

Há pouco tempo, depois de pregar em uma distante vila do interior, fui procurado insistentemente como conselheiro espiritual por uma carta importuna de uma mulher que atribuiu a mim uma sabedoria que eu nunca reivindiquei possuir. Eu desejei saber qual era a dificuldade espiritual que ela tinha, e quando fui até a casa dela e a encontrei muito doente, fiquei entristecido ao ver que ela era vítima de uma superstição na qual temo que seu pastor a tinha confortado e, desta forma, confirmado. Ela me informou solenemente que ela tinha visto algo se levantando à noite do pé da sua cama. Ela estava esperançosa de que se tratasse do nosso abençoado Senhor, mas infelizmente ela não tinha conseguido ver a cabeça dele. Como eu conhecia tanto a respeito das coisas espirituais, será que eu poderia lhe dizer quem era?

Eu disse que eu achava que ela devia ter pendurado o vestido dela em um gancho na parede, ao pé da cama, e na escuridão tinha confundindo-o com uma aparição.

É claro que isso não a satisfez. Eu caí imediatamente a zero no conceito dela, ao nível de um homem de mente extremamente carnal, se não um escarnecedor, mas eu nada pude fazer a respeito. Eu não podia flertar com uma superstição tão ridícula. Fui obrigado a lhe dizer que era bobagem ela ter esperança de salvação porque ela era tola o bastante para imaginar que tinha visto Jesus com seus olhos carnais, enquanto a visão salvífica sempre é espiritual.

Sobre a pergunta quanto ao fato da suposta aparição ter uma cabeça ou não, eu lhe disse que se ela usasse mais a sua própria cabeça e o seu coração, meditando na Palavra de Deus, ela estaria em uma condição bem mais esperançosa.

Podem ter havido, eu não negarei – porque coisas estranhas ás vezes acontecem - podem ter havido sonhos, e até mesmo aparições, que despertaram a consciência e assim conduziram ao princípio da vida espiritual em alguns raros casos em que Deus escolheu interferir de maneira especial. Mas que estes venham a ser procurados, e até aguardados, é uma coisa tão distante da verdade quanto o oriente do ocidente. E se você visse qualquer coisa, ou sonhasse qualquer coisa, o que isso prova? Ora, não prova absolutamente nada a não ser que você estava mal de saúde, e que sua imaginação encontrava-se morbidamente ativa.

Lance fora essas coisas, elas são superstições adequadas a povos não-civilizados, mas não são aceitáveis para cristãos do século dezenove. Eu apenas estou mencionando-as, não porque penso que qualquer de vocês tenha caído nelas, mas para que vocês sempre lidem com elas de forma extremamente rígida onde quer que se deparem com elas. Elas são superstições que não podem ser toleradas por homens cristãos. Entretanto há alguns que, de fato, não acreditarão no simples evangelho de Cristo a menos que algum absurdo desse tipo possa ser juntado a Ele.

Que Deus os livre de tal incredulidade.

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Trecho extraído do sermão Uma palavra com aqueles que esperam por sinais e maravilhaspregado em 31 de outubro de 1869.
Publicado por Phil Johnson no site Pyromaniacs.
Tradução: centurio
Fonte: Bom Caminho
Via: Teologia & Apologética
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sábado, 28 de dezembro de 2013

O calvinismo faz de Deus um “monstro moral”?

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Por Michael Horton


Dentre as caricaturas do calvinismo há uma afirmação muito difundida de que ele torna Deus o autor do mal, do sofrimento, do pecado e até mesmo da queda da humanidade. Em seu recente livro, contra o calvinismo, Roger Olson cautelosamente distingue o ensino oficial do calvinismo de onde ele acha que este logicamente conduz. Porém, há mais de três dezenas de frases em seu livro sobre calvinismo conduzindo pela boa e necessária lógica a uma divindade que é um “monstro moral,” indistinguível do diabo.

Eu respondo a esta acusação diretamente em meu volume, pelo calvinismo. Umaprofunda revisão do meu livro de uma perspectiva arminiana veio a minha atenção hoje e esta questão novamente me veio. (A propósito os calvinistas falam tanto sobre predestinação mais por causa das acusações niveladas repetidamente contra ele do que por conta de sua alegada centralidade).

Se Deus sabia que Adão e Eva iam transgredir sua lei, por que ele não mudou as circunstâncias de modo que eles tivessem feito uma escolha diferente?

Por que Deus criaria pessoas que ele sabia que seriam condenadas pelo seu pecado original e real?

As questões multiplicam.

Assumir essa questão em um blog spot é um pouco perigoso. Para uma afirmação da posição reformada e sua base bíblica, eu encaminharia os leitores ao pelo calvinismo.

Porém, há um ponto que é digno de ponderar brevemente: teologias não-calvinistas são muito vulneráveis sobre essa questão. A teologia arminiana clássica partilha com o calvinismo - na verdade com todos os ramos da cristandade - que o pré-conhecimento de Deus compreende todos os eventos futuros. Não há nada que aconteça, nada que você e eu faça, foge do pre-conhecimento eterno de Deus.

Agora volte e leia aquelas questões acima. Observe que elas não se referem àpredestinação, mas à mera presciência. Elas fazem um desafio vexatório não apenas aos calvinistas, mas a qualquer um que acredita que Deus sabe exaustivamente e eternamente tudo que acontecerá. Em outras palavras, todos aqueles que afirmam o pré-conhecimento exaustivo de Deus tem exatamente o mesmo problema como qualquer calvinista. Se Deus sabe que Adão pecará - ou que você e eu pecaremos - e pode conservar do acontecimento, mas não o faz, e o pré-conhecimento de Deus é infalível, então é simplesmente tão certo quanto se ele tivesse predestinado isso. Na verdade, é o mesmo que ser predestinado. Então a única diferença é se é determinado sem propósito ou com propósito.

Roger Olson expõe seu próprio ponto de vista: “Deus é soberano no sentido de que nada pode acontecer sem que Deus permita” (100). Então, se a queda aconteceu então Deus a permitiu. A queda “não era uma parte da vontade de Deus a não ser ao permiti-la relutantemente” (99). OK, mas então a queda era em algum sentido uma parte da vontade de Deus. Os calvinistas reconhecem que não era parte da vontade revelada (ou moral) de Deus, mas que ele de bom grado a permitiu como parte do seu plano. Roger Ainda está procurando algo entre: Deus “permiti-la”, mas não é uma “permissão de boa vontade” (64). À parte do fato de que qualquer ato de Deus em permitir algo já é um ato de vontade - uma escolha, meu ponto principal aqui é que a afirmação mais fraca de Roger é ainda forte o suficiente para ter problemas conosco. Roger concorda que Deus sabe de tudo que acontecerá. Deus até supervisiona tudo que acontecerá. Nada escapa da sua vigilância. “Eu acredito, como a Bíblia ensina e todos os cristãos deveriam acreditar, que nada pode acontecer sem a permissão de Deus” (71).

E ainda, Roger rejeita a afirmação de R.C. Sproul, “o que Deus permite ele decreta permitir” (78). Agora, o que poderia ser mais óbvio que o fato de que quando alguém com a autoridade para fazer senão permitir algo contrário à sua vontade revelada, ele está decidindo, escolhendo, decretando permiti-la? Aqui novamente, a noção de Roger de uma noção presumivelmente relutante é um oximoro. Permitir algo é fazer uma determinação positiva, embora isso de modo nenhum a faz responsável pela ação. Então qual é a diferença real entre dizer, com Roger, que “nada pode jamais acontecer que Deus não permita,” e com R. C. Sproul, “o que Deus permite, ele decreta permitir”?

Há na verdade uma trilha de hiper-calvinismo nas margens da cristandade agostiniana, que torna o decreto de Deus permitir em um decreto de realizar ou provocar. Ai, então: Deus é o autor do pecado. Próxima questão? Isto certamente resolve o enigma intelectual. Ou, pode desatar o nó em outra direção. Alguns têm ido além do arminianismo no ponto de vista sociniano de que Deus não sabe as ações futuras dos agentes morais livres. Conhecido como “teísmo aberto,” esta negação da onisciência de Deus reconhece que o arminianismo e o calvinismo são incapazes de resolver este dilema. Eles adequadamente veem que se Deus pré-conhece tudo da eternidade, incluindo nossos atos livres, então esses atos são certos de acontecer. Pré-conhecimento implica predestinação, então eles rejeitam a doutrina cristã clássica da onisciência de Deus.

Hiper-calvinistas e hiper-arminianos compartilham a mesma impaciência com mistério. Nenhuma posição se dobra reverentemente diante da revelação de Deus, reconhecendo suas claras afirmações da soberania divina e responsabilidade humana sem responder todas as nossas questões filosóficas. Contradições são repugnantes à fé, mas toda doutrina importante na escritura está envolta em mistério. Hiper-calvinismo e hiper-arminianismo estão dispostos mesmo a pôr escritura contra escritura, rejeitando alguns ensinos claros em favor de outros, pela satisfação racional. Ainda ambos, em diferentes formas, apresentam erros mortais - na verdade, blasfêmias - contra o caráter de Deus.

Felizmente, o debate entre Roger e eu não é hiper-calvinismo x hiper-arminianismo. A diferença real entre calvinismo e arminianismo é se Deus tem um propósito quando ele permite o pecado e o sofrimento. Novamente, ambas visões afirmam que nada acontece à parte da permissão de Deus. Porém, o calvinismo ensina que Deus nunca permite nenhum mal que ele não tenha já determinado cooperar para o nosso bem (Rm 8.28). Nada que ele permite pode terminar em mal. O que nós diríamos de uma divindade que “relutantemente permitiu” um terrível desastre ou tragédia moral, sem uma determinação para vencer aquele mal como o bem? Mas isto toma um plano e aquele plano deve necessariamente abranger o mal que ele está para conquistar.

Qualquer visão que faz Deus o autor do pecado faz na verdade tornar o objeto de nossa adoração em um monstro moral. Porém, qualquer divindade que simplesmente permanece relutantemente permitindo coisas horríveis pelos quais ele não tem um propósito maior em vista, é igualmente repreensível. Em um, Deus é soberano, mas não bom; no último, nem Deus é. Uma vez que você reconhece que Deus pré-conhece um ato pecaminoso e escolhas ao permiti-lo (porém relutantemente) quando ele poderia não ter escolhido, a única consolação é que Deus nunca o teria permitido a menos que ele já tivesse determinado por que ele permitiria e como ele tem decidido vencê-lo para sua glória e nosso bem. Felizmente, a escritura não revela que Deus faz exatamente aquilo. Roger argumenta que Deus “escolhe permitir” o sofrimento e o pecado (72). O calvinista diz que Deus escolhe permiti-los por uma razão. É permitir em vez de criar, mas é permissão com um propósito. Permissão sem propósito faz Deus um “monstro moral” na verdade.

A teologia reformada tem mantido consistentemente que a escritura ensina a soberania exaustiva de Deus e a responsabilidade humana. Deus não causa o mal. Na verdade, Deus não força ninguém a fazer nada contra a vontade dele ou dela. E ainda, nada fica de fora do sábio, amoroso, bom e justo plano “daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11). Que a soberania de Deus e a responsabilidade humana são verdades, nenhum estudante sério das escrituras pode negar. Como eles podem ser verdadeiros está além da nossa capacidade de entender. Como Calvino coloca, depois, seguindo Lutero, qualquer esforço de desvendar o mistério da predestinação e a responsabilidade humana além da escritura é uma “busca fora do caminho.” “Melhor mancar ao longo deste caminho,” diz Calvino, “do que correr com toda velocidade fora dele.”

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Fonte: White Horse
Tradução: Francisco Alison Silva Aquilo 
Divulgação: Bereianos
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Bancada evangélica prevê crescimento de 30%


Deputados ligados a igrejas podem ter 95 das 513 cadeiras da Câmara a partir de 2015
por Jarbas Aragão

Bancada evangélica prevê crescimento de 30%Bancada evangélica prevê crescimento de 30%
Entre uma polêmica e outra, a Frente Parlamentar Evangélica da Câmara dos Deputados parece ter se fortalecido nos últimos anos. Atualmente são 73 parlamentares, mas esperam eleger até 95. Isso marcaria um crescimento de 30% nas eleições. Sendo assim, ocupariam em torno de 18% das 513 cadeiras disponíveis.
Segundo especialistas consultados pelo jornal Estado de São Paulo, não é difícil que isso ocorra. “A presença dos evangélicos nunca foi tão grande. O debate [pautado pelo grupo] cresceu em eleições e no Legislativo”, explica Maria do Socorro Sousa Braga, cientista política e professora da Universidade Federal de São Carlos.
O IBGE afirma que os evangélicos já são 22% da população brasileira. Historicamente, seu voto é caracterizado pela fidelidade a líderes religiosos. “Há um confronto [dos evangélicos] em relação às questões morais e novos posicionamentos [de grupos LGBT]. Nesse debate os evangélicos são reforçados por integrantes de outras religiões também. Vários representantes católicos passam a apoiar as teses desses parlamentares”, enfatiza a professora.
Isso não significa que todos os seus candidatos saem vencedores. Por vezes, essa aproximação de Igreja e Estado causa rejeição, como foi o caso na última eleição para prefeito de São Paulo, quando Celso Russomano foi acusado de ser coordenado pela Igreja Universal.
Em geral os representantes dos evangélicos no Congresso se pronunciam contrários a questões como o aborto e o casamento gay. Mas eles tem outros interesses, como a concessões de rádio e tevê. Também lutam por projetos de interesse dos religiosos. Como, por exemplo, o que dá poder às igrejas para contestar leis por meio de recursos ao Supremo Tribunal Federal.
O deputado João Campos (PSDB-GO), atual presidente da Frente Parlamentar Evangélica, entende que a crescente atuação política dos evangélicos irá ajudar na expansão da bancada.
O pastor Marco Feliciano, deputado pelo PSC-SP, acredita ser um dos responsáveis pelo possível aumento do número de deputados religiosos na próxima eleição. “A minha participação na Comissão despertou católicos, evangélicos e espíritas”, afirma.
Segundo ele, há uma forte procura de outros políticos querendo fazer parcerias para ter sua imagem nos santinhos que serão distribuídos no ano que vem. Oficialmente, Feliciano não confirmou se sairá candidato a reeleição ou se pode tentar uma vaga no Senado.
A professora Maria do Socorro explica que, quando se trata dos candidatos à Presidência, sempre existe a tentativa de aproximação estratégica com os grupos religiosos. Mas, ressalta ela, isso tem de ser feito de forma discreta, para não causar rejeição de outros eleitores. Com informações Gazeta do Povo.
Fonte:gospelprime

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