quarta-feira, 11 de julho de 2012

Preocupações dos pastores com fiéis prejudica sua própria saúde


Por Jarbas Aragão
Estudo confirma que sacerdotes colocam os outros em primeiro lugar

Preocupações dos pastores com fiéis prejudica sua própria saúde
A maioria dos sacerdotes são ensinados a colocar as necessidades físicas e espirituais dos outros em primeiro lugar, mas essa dedicação pode ser prejudicial à sua própria saúde, indica um novo estudo da Universidade de Duke.
Estudo feito entre pastores da Carolina do Norte revelaram taxas elevadas de depressão e doenças crônica, mas é difícil convencê-los a procurar ajuda.
Para resolver esses problemas, o programa “Iniciativa pela Saúde do Clero”, da Duke Divinity School tem procurado oferecer cuidado preventivo em um contexto espiritual.
“Os pastores reconhecem a importância de cuidar de si mesmos, mas isso fica em segundo plano quando comparado com as suas responsabilidades profissionais, que inclui cuidar da comunidade”, disse Rae Jean Proeschold-Bell , diretora do centro de pesquisas e professor de pesquisa no Instituto de Saúde Global da Universidade de Duke.
O Instituto de Pesquisa encontrou uma taxa de obesidade de 40% entre os pastores da Carolina do Norte, enquanto a média estadual é de 29%. Pastores também sofrem com altas taxas de doenças crônicas, como diabetes, asma, artrite e hipertensão. Mais de 10% apresentavam sintomas de depressão, quase o dobro da média nacional.
Apesar desses problemas de saúde, os pastores se mostraram mais propensos a dizer que sua saúde não afeta negativamente o seu trabalho.
Proeschold-Bell disse que o estresse, que está ligado à má alimentação e ganho de peso, ocorre de muitas formas para os líderes religiosos.
Os horários dos pastores são imprevisíveis e cheios de atividades diferentes, resultando no que Proeschold-Bell chama de “sobrecarga da posição”. Ela também aponta para uma grande pressão interna para que o líder viva fielmente e apoie sempre sua comunidade.
“Os pastores têm muitos laços sociais, mas o apoio segue apenas uma direção”, disse ela.
Robin Swift, que dirigiu a iniciativa apontou que a ingestão descontrolada de alimentos é devido ao fato de os clérigos terem compromissos de visitas rotineiras, um fator que pesa nas  altas taxas de obesidade e problemas de saúde associados. ”A comunidade espera que você seja grato por sua hospitalidade e comunhão acontece muitas vezes ao redor da mesa”, disse Swift.
Para resolver esses problemas, o instituto criou o “Spirited Life”, uma iniciativa experimental, que dura 23 meses e fornece aconselhamento espiritual, físico e mental para 1.129 pastores, cerca de 64% dos pastores metodistas da Carolina do Norte.
O programa combina gerenciamento de stress, dietas programadas para perda de peso e uma dose saudável de teologia. Ela também oferece ao pastor um “conselheiro” independente para ajudá-lo a lidar com as preocupações com suas igrejas.
Um estudo semelhante, realizado pela Igreja Evangélica Luterana na América, apontou de maneira similar taxas elevadas de problemas de saúde física e mental entre seus pastores.
O Instituto  CREDO, da Igreja Episcopal Anglicana, oferece apoio para o bem-estar físico, emocional, financeiro, profissional e espiritual dos pastores. A Igreja Presbiteriana (EUA) oferece um programa similar. Essas denominações e outras já contam com redes de apoio semelhantes para melhorar a saúde de seus líderes.
Traduzido e adaptado de Religion News
Fonte:gospelprime

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